Um ano depois de acabarem o curso, 84% dos estudantes da ULisboa conseguiram emprego

Dezoito meses depois de concluírem o curso, 90% dos estudantes da Universidade de Lisboa encontram trabalho, segundo os dados divulgados pela universidade. Menos de um ano depois de acabarem o curso, 84% já tinham conseguido integrar o mercado de trabalho. Dos mais de 3000 inquiridos, 58% conseguiram trabalho na sua área de formação, refere a instituição de ensino superior.
Estas percentagens são relativas aos recém-formados de licenciatura e mestrado que responderam a um inquérito de empregabilidade da ULisboa, feito em 2024 a estudantes que se diplomaram em 2021/2022: tiveram 3338 respostas de diplomados (de um total de 8213), o que corresponde a 40,6% do total. Os antigos estudantes das 18 escolas que compõem a universidade puderam responder ao inquérito online entre 20 de Março e 10 de Novembro de 2024.
Neste questionário anual, os alunos devem indicar se conseguiram obter emprego (e se foi na sua área de formação) numa fase inicial de entrada no mercado de trabalho. A experiência profissional posterior não é tida em conta.
Dos inquiridos em 2024, 28% conseguiram emprego fora da área de formação e 13% continuavam sem actividade profissional remunerada.
Quais os cursos que resultaram em mais emprego na área?
- Medicina (95%)
- Farmácia (89%)
- Outros cursos de Saúde (86%)
- Veterinária (84%)
- Informática (79%)
- Educação (76%)
- Direito (75%)
Quais os cursos em que mais estudantes encontraram emprego fora da área de formação?
- Engenharia, excluindo Informática (58%)
- Ciências Sociais (38%)
- Artes (33%)
- Humanidades (33%)
- Matemática e Estatística (32%)
- Ciências Físicas e da Terra (31%)
“A interpretação destes dados é complexa, mas não inteiramente surpreendente”, afirma o vice-reitor da ULisboa, João Peixoto. E explica: em algumas áreas de formação, a correspondência entre o estudo e o emprego é muito forte, com um mercado de trabalho mais estável e um maior nível de especialização; noutras, o grau de polivalência é maior e os cursos podem enquadrar-se em várias áreas profissionais.
Os dados recolhidos pela universidade mostram ainda que os alunos com mestrado tinham mais probabilidade de encontrar emprego do que os estudantes que tinham apenas licenciatura. “A taxa de empregabilidade entre quem concluiu recentemente um mestrado integrado é de 97% e a dos mestrados de 2.º ciclo é de 94%”; no caso das licenciaturas, é de 77%.
“Ao longo destes dez anos de monitorização, os dados evidenciam uma elevada e consistente empregabilidade e um aumento das remunerações médias dos estudantes que concluem os seus estudos na ULisboa”, refere a universidade numa nota enviada às redacções.
No que aos salários diz respeito, o ordenado médio mensal dos recém-diplomados é de 1468 euros brutos. Os licenciados recebem menos do que os que optaram por tirar mestrado: em média, os licenciados recebem 1323 euros; quem tem um mestrado integrado recebe em média 1590 euros e quem tem um mestrado de 2.º ciclo recebe em média 1522 euros.
Dos inquiridos, 84% dos diplomados optaram por ficar em Portugal, mas os dados mostram que a diferença salarial entre quem fica e quem emigra é “significativa”: “Quem permanece no país recebe, em média, cerca de 1400 euros mensais, enquanto aqueles que optam por trabalhar na Europa ganham perto de 2300 euros”, refere a universidade.