EUA aplicam “tarifão” de 50% ao Brasil, Embraer e sumo entre as exceções

O Presidente norte-americano, Donald Trump, assinou esta quarta-feira um decreto com tarifas de 50% para a maioria dos produtos oriundos do Brasil.

Mas há cerca de 700 exceções, adianta o jornal “Folha de São Paulo”, como aviões comerciais, metais preciosos, ferro-gusa, polpa de madeira, energia, fertilizantes ou sumo de laranja.

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As ações da Embraer – que vende 70% dos seus aviões comerciais para os EUA – e do produtor Suzano valorizaram após ser conhecida a decisão de Donald Trump.

“Não estamos a enfrentar o pior cenário”, disse aos jornalistas o ministro brasileiro do Tesouro, Rogério Ceron.

“É um desfecho mais benigno do que poderia ter sido”, sublinhou.

Welber Barral, o antigo ministro do Comércio do Brasil, é menos otimista. Avisa que ainda é cedo para celebrar, porque apenas uma parte dos três mil produtos exportados para os EUA vão escapar às tarifas de 50%.

Na ordem executiva, Donald Trump liga as tarifas de 50% ao Brasil ao que apelida de “perseguição” ao antigo presidente Jair Bolsonaro – também conhecido como “Trump dos Trópicos” -, que foi acusado de envolvimento numa alegada tentativa de golpe de Estado após a derrota de 2022.

Évora começa aplicar taxa turística na 6.ªfeira com novos prazos para operadores

A taxa turística no concelho de Évora, no valor de 1,5 euros, vai começar a ser cobrada na sexta-feira, com prazos alargados para a primeira comunicação e respetivo pagamento ao município, após críticas dos operadores.

Num esclarecimento esta quarta-feira divulgado, a Câmara de Évora confirmou a entrada em vigor da taxa na sexta-feira, apesar de “dúvidas, críticas, sugestões e propostas” de operadores turísticos durante uma reunião sobre o processo, realizada esta semana.

“Os primeiros meses correspondem a um período de adaptação” dos operadores e da câmara “à aplicação e operacionalização da taxa turística, procurando-se, pelo diálogo e esclarecimento, responder às questões que surgirão da prática”, realçou.

Perante as queixas, a autarquia decidiu alargar o prazo para a primeira comunicação à câmara referente à cobrança de agosto, prevista inicialmente para entre os dias 01 e 15 de setembro, e o respetivo pagamento, nos 10 dias úteis seguintes.

Assim, os operadores turísticos do concelho passam a ter que fazer a primeira comunicação entre 01 e 15 de outubro, coincidindo com o prazo da segunda comunicação referente a setembro, e o pagamento nos posteriores 10 dias úteis.

Contactado pela agência Lusa, o presidente do município, Carlos Pinto de Sá, reconheceu que, apesar de lhe parecer que o processo de pagamento à câmara “era claro”, se justifica este alargamento dos prazos.

“Desta forma, ganhamos mais de dois meses, o que permite que qualquer dúvida possa ser esclarecida”, frisou, salientando que o alargamento visa “tranquilizar os operadores” e, ao mesmo tempo, “resolver questões que possam surgir”.

O autarca referiu que, nos primeiros três ou quatro meses de aplicação da taxa turística, haverá “um período de adaptação”, que prevê “flexibilidade por parte da câmara para analisar todas as situações e poder introduzir correções”.

Segundo Pinto de Sá, o município vai disponibilizar canais de contacto direto com os operadores turísticos e funcionários municipais estarão igualmente disponíveis para esclarecer eventuais dúvidas.

“Não vamos adiar, nem seria possível, porque o regulamento não permite a aplicação da taxa turística mais tarde”, afirmou, insistindo que a câmara está disponível para ouvir e avaliar sugestões que visem melhorar o processo.

O presidente do município admitiu que “a reunião com os operadores [realizada na segunda-feira] deveria ter sido feita mais cedo” e que “deveria ter havido mais contactos” sobre os procedimentos de operacionalização da taxa.

“Quisemos garantir que a plataforma digital estaria a funcionar e quisemos garantir, mas não conseguimos, que a entidade bancária nos pudesse disponibilizar a comunicação para colocar os pagamentos por via multibanco mais cedo”, sublinhou.

Ainda assim, Pinto de Sá vincou que “a maior parte dos operadores já se tinha preparado para aplicar a taxa”, pois “as plataformas digitais de reservas que são mais usadas já preveem a aplicação da taxa” nas unidades turísticas de Évora.

Nas declarações à Lusa, o autarca reiterou que a taxa visa “minorar o impacto turístico na cidade” e vai “financiar ações em áreas como a promoção e receção de turistas, património, espaço público, higiene e limpeza, cultura, desporto e proteção civil”.

“Parece-me que é uma boa solução, que, aliás, já está a ser genericamente utilizada, não apenas em Portugal”, considerou, observando que a taxa a aplicar em Évora, “se não for a mais baixa, é das mais baixas”.

A Câmara de Évora vai começar a cobrar, a partir de sexta-feira, uma taxa de 1,5 euros por hóspede e por noite nos estabelecimentos turísticos do concelho, com algumas isenções, prevendo uma receita anual mínima de 600 mil euros.

Incêndio em Terras de Bouro está a cerca de 200 metros de casas

O incêndio no concelho de Terras de Bouro está a cerca de 200 metros de habitações na freguesia de Brufe, com os bombeiros a fazer uma linha de água para proteger pessoas e bens, disse esta quarta-feira à noite o presidente da Câmara.

Em declarações à Lusa, Manuel Tivo, que está no local, afirmou que “a preocupação neste momento”, relativamente aquele incêndio, que veio de Ponte da Barca e chegou ao concelho de Terras de Bouro, “é salvar pessoas e os seus bens”.

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Depois, é extinguir o incêndio para que se salvaguarde o património natural daquela zona.

Ao todo, o presidente da Câmara estima que estejam em risco cerca de 70 habitações, contando com as de residentes, mas também as de turismos rural e de emigrantes.

O que espera agora o autarca é que os ventos ajudem esta noite ao trabalho dos 60 operacionais, que estão a evitar que o fogo chegue às habitações.

E deixa um apelo à Proteção Civil para que, na próxima madrugada reforce meios para o combate aquele incêndio.

Carro de Marques Mendes abalroado, candidato escapa ileso

O candidato presidencial Marques Mendes escapou ileso a um acidente que envolveu a sua viatura oficial, esta quarta-feira à noite, em Tires, avança o Cascais 24 horas.

O carro de Marques Mendes foi abalroado quando o antigo líder do PSD já estava a abandonar a viatura.

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Ninguém ficou ferido em resultado da colisão, mas o automóvel de Marques Mendes sofreu danos consideráveis.

O acidente aconteceu quando o candidato presidencial se dirigia para uma sessão de fados, comemorativa dos 20 anos do Mercado de São Domingos de Rana.

Apesar do susto, Marques Mendes marcou presença no evento.

Ponha os olhos neste modelo eléctrico proposto por 4.300€

A Bestune é uma das inúmeras marcas do construtor estatal chinês First Automotive Works (FAW), que mantém na China joint-ventures com fabricantes estrangeiros como a Volkswagen e a Toyota. Esta marca lançou recentemente o seu modelo mais pequeno e acessível, o novo Pony EV, que comercializa em várias versões, cujos preços variam entre 34.900 e 45.900 yuans, o que corresponde a valores entre 4.255€ e 5.596€, ao câmbio desta quarta-feira.

Quando afirmamos que o Pony EV é um veículo “pequeno”, não é coisa para menos, uma vez que, com 3 metros de comprimento e a oferecer quatro lugares, posiciona-se mais próximo do antigo Smart Fortwo (dois lugares e 2,695 m) do que do Smart Forfour (quatro lugares e 3,495 m). Por outro lado, face ao actual eléctrico mais barato do mercado, o Dacia Spring, comercializado por 16.900€ entre nós, o Bestune Pony EV possui uma distância entre eixos 47 cm menor, sendo ainda 70 cm mais curto, 7,3 cm mais estreito e 11,1 cm mais alto, o que explica o ar estranho e deixa antever um espaço interior muito acanhado, em comprimento e largura.

Evidenciadas as reduzidas dimensões do eléctrico da Bestune — marca que até 2018 envergava a denominação Besturn —, convém atentar nas especificações técnicas do modelo. O Pony EV monta um motor com 27 cv na versão mais barata e de 42 cv na mais cara, alimentados por packs de baterias LFP (fosfato de ferro e lítio), mais baratas mas com menor densidade energética, que possuem capacidades de somente 9,4 kWh no primeiro caso e de 18,1 kWh no segundo, com uma versão intermédia a ser proposta com uma capacidade de 13,9 kWh.

BYD quer lançar na Europa um eléctrico por 18.500€

O Pony EV anuncia uma autonomia de 122 km, segundo o método chinês CLTC (que corresponde a aproximadamente 92 km de acordo com o mais rigoroso método europeu WLTP), para a bateria intermédia anunciar 170 km (128 km em WLTP) e a maior reivindicar 222 km entre recargas (167 km em WLTP). A autonomia é mínima, em demasia para a maioria dos utilizadores, pois até o Dacia Spring, que não é conhecido por ser brilhante nesta matéria, consegue percorrer 225 km com a bateria de 26,8 kWh (em WLTP). Para encontrar uma autonomia assim tão acanhada é necessário regressar ao primeiro Smart Fortwo Electric Drive, que anunciava apenas 135 km (pelo antigo e menos exigente método europeu NEDC, muito similar ao ainda hoje utilizado na China), o que deveria equivaler a cerca de 101 km em WLTP.

Incontornável é o facto de os condutores chineses pagarem muito menos por este tipo de veículos eléctricos, pequenos e baratos, quando comparados com os europeus. Contudo, há que ter em conta as ajudas do Estado, mais evidente nos construtores que são controlados pelo Governo, como é o caso da FAW. Caso este pequeno Pony EV venha a ser comercializado na Europa e até mesmo em Portugal, é pouco provável que o seu preço se aproxime sequer dos 4300€ a 5600€. Basta recordar o que aconteceu com o BYD Seagull (ou Dolphin Mini), o modelo eléctrico mais vendido da marca e que entre nós é comercializado como Dolphin Surf. Na China é proposto por 69.800 yuans, cerca de 8500€, mas em Portugal custa 22.318€ (sem campanha de financiamento, segundo o site da marca). E as diferenças que possam existir ao nível da capacidade da bateria, equipamento ou potência do motor não justificam o brutal incremento de 262%.

Zelensky suscitou dúvidas sobre a sinceridade dos compromissos anticorrupção da Ucrânia e arriscou-se a perder aliados ocidentais

Há precisamente um ano, uma sondagem realizada na Ucrânia dava conta de que a corrupção era entendida como maior ameaça ao desenvolvimento da Ucrânia como democracia moderna do que a invasão russa: 51% contra 46%. Por isso, o anúncio de uma lei que retirava a independência a duas importantes agências anticorrupção — o Gabinete Nacional Anticorrupção (NABU) e a Procuradoria Especializada Anticorrupção (SAP) — desencadeou protestos em massa, os primeiros desde que a Rússia lançou a sua invasão em larga escala da Ucrânia, em 2022.

“As ações do Presidente prejudicaram a confiança entre ele e a população”, garante Mattia Nelles, diretor executivo do German-Ukrainian Bureau, organização focada em investigação e consultoria estratégica para melhorar as relações germano-ucranianas. Apesar de as taxas de aprovação do Presidente da Ucrânia continuarem elevadas, “os protestos servem de alerta”, sublinha Nelles. “Caso Zelensky atue contra o que a maioria da sociedade considera inegociável — o caminho europeu —, os ucranianos não hesitarão em exigir veementemente uma correção de rumo.”

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Designers da Barbie morrem em acidente de viação na Itália

Mario Paglino e Gianni Grossi, designers italianos que colaboravam com a Mattel na criação de barbies personalizadas, morreram num acidente de viação no passado domingo em Milão, na Itália. De acordo com a agência italiana ANSA, o embate teve outras duas vítimas mortais: um homem de 82 anos que conduzia na contramão e um amigo do casal de designers — uma mulher que seguia no mesmo carro sobreviveu.

O acidente aconteceu na A4 entre Turim e Milão na manhã do passado domingo, quando Egidio Ceriano, um homem de 82 anos que renovou a carta de condução há, 2 conduzia na contramão. O veículo do idoso percorreu sete quilómetros antes de embater contra o carro onde seguiam Mario Paglino, de 52 anos, Gianni Grossi, de 55 anos, Amodio Valerio Giurni, um funcionário do banco BPM de 37 anos, e a sua mulher, Silvia Moramarco, de 36. Silvia foi a única sobrevivente e foi levada para o Hospital Nigarda, em Milão, em condição crítica.

Mario Paglino e Gianni Grossi fundaram, em 1999, a Magia2000, uma empresa focada na produção de barbies personalizadas. Ao longo dos anos os dois designers, que eram colecionadores da boneca, criaram convenções internacionais e colaboraram com a Mattel em algumas situações, como uma coleção de barbies da empresa aérea Alitalia ou a criar bonecas OOAK — One Of A Kind.

No Instagram oficial, a Barbie lamentou as mortes. “A equipa Barbie está de coração partido pela perda de Mario Paglino e Gianni Grossi, dois criadores estimados e colaboradores da Mattel que trouxeram alegria e arte ao mundo da Barbie com a Magia2000. Como designers talentosos e apaixonados e colecionadores de uma vida, os seus espíritos e amor pela marca transformou cada criação que tocaram em obras de arte. Para além dos seus talentos memoráveis, eles partilharam a energia que animava todos os espaços onde entravam. Seja a liderar a Convenção de Bonecas em Milão ou a exibir os seus talentos e amor pela Barbie em eventos de bonecas em todo o mundo, as suas presenças trouxeram entusiasmo, gargalhadas e senso de pertença”.

[Horas depois do crime, a polícia vai encontrar o assassino de Issam Sartawi, o dirigente palestiniano morto no átrio de um hotel de Albufeira. Mas, também vai descobrir que ele não é quem diz ser. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o segundo episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E ouça o primeiro aqui]

Pediu a mulher em casamento… 43 vezes. Foi preciso ir ao centro do mundo

É determinado: Luke Wintrip insistiu, e insistiu, até que a namorada disse que sim. Foram 4 anos de tentativas. – Queres casar comigo? – Não. – E agora, queres casar comigo? – Ainda não. Luke Wintrip fez a típica proposta de casamento à sua namorada Sarah Wintrip ao longo de 4 anos. Mas não foi uma tentativa de vez em quando, nem uma tentativa por ano. Luke pediu a namorada em casamento… 43 vezes. E sim, após tantas tentativas, conseguiu o “sim” que queria. A primeira proposta foi em 2018: “É muito cedo; só estamos juntos há seis meses“, lembrou

Incêndios: Quatro aldeias evacuadas em Ponte da Barca

Cerca de 150 habitantes de quatro aldeias de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, estão esta quarta-feira à noite a ser retiradas das suas habitações, por razões de segurança, face à proximidade das chamas do incêndio que deflagrou no Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Ponte da Barca adiantou que “os habitantes dos lugares da Igreja, em Britelo, Sobredo, Germil e Lourido, na Serra Amarela, no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) estão a ser concentrados nos pontos da Aldeia Segura, definidos para cada uma das localidades, para serem transferidos para o centro escolas de Entre Ambos-os-Rios”.

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“Estamos a retirar estas pessoas de casa por questões de segurança. A frente de fogo é muito grande. Está a encaminhar-se com muita violência para alguns pontos. O objetivo é as populações fiquem cercadas e, também por causa do fumo intenso que se faz sentir”, adiantou Augusto Marinho.

O PNPG abrange os distritos de Braga (concelho de Terras de Bouro), Viana do Castelo (concelho de Melgaço, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca) e Vila Real (concelho de Montalegre), numa área total de cerca de 70.290 hectares.

Área ardida em Portugal mais do que duplica em apenas quatro dias de incêndios

O incêndio que deflagrou no sábado em Ponte da Barca, no PNPG , alastrou na manhã de hoje ao concelho vizinho de Terras de Bouro, no distrito de Braga.

O autarca social-democrata adiantou que, pelas 22h29, “não havia casas consumidas pelas chamas, nem registo de feridos”, em Ponte da Barca.

“Ainda não há, mas temos tido muita sorte”, destacou.

Ao início da noite, o vice-presidente da Câmara de Ponte da Barca, José Alfredo, disse que o incêndio que lavra desde sábado à noite é “uma facada no coração” do PNPG, único parque nacional do país.

“O coração do PNPG está a arder, literalmente. Hoje o parque leva uma facada no coração. Os impactos deste incêndio terão efeitos num futuro muito longo”, afirmou.

"Falta de visibilidade" impediu mais meios aéreos em Arouca e Ponte da Barca

Durante a tarde de hoje, presidente da Câmara disse ter pedido ao Governo para acionar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil ou outros acordos bilaterais com outros países para combater o incêndio no PNPG.

“Falei com a ministra da Administração Interna. Pedi-lhe para acionar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil ou acordos bilaterais com Espanha ou com outros países que achar mais rápidos que ajudem a combater este flagelo, quer em Ponte da Barca quer no país”, afirmou à Lusa, Augusto Marinho.

O pedido do autarca social-democrata surge depois vários apelos que tem vindo a dirigido ao Governo, sem sucesso, para reforço dos meios aéreos para combate ao incêndio que começou no sábado PNPG.

“É impossível combater este incêndio com apenas um meio aéreo. Esta frase diz tudo. Estou indignado, revoltado”, afirmou Augusto Marinho.

De acordo com o “site” da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 22:35 o fogo que deflagrou na noite de sábado, mobilizava 401 operacionais, apoiados por 139 viaturas.

Portugal devia ter reconhecido o Estado da Palestina “há muito tempo”, diz António Filipe

Acompanhe o nosso liveblog sobre o conflito no Médio Oriente.

O candidato presidencial Antonio Filipe defendeu esta quarta-feira que Portugal já devia ter dado “há muito tempo” o passo no sentido de reconhecer o Estado da Palestina.

Antonio Filipe reagia assim à declaração conjunta assinada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, no final da conferência, que terminou na terça-feira, em Nova Iorque, no sentido do reconhecimento do Estado da Palestina.

“Creio que Portugal já devia ter feito isso há muito tempo, não há nenhuma justificação para que o Estado português não tenha já reconhecido o Estado da Palestina. A maioria dos países do mundo já o faz, na União Europeia há países que já o fazem e há outros que o projetam fazer a muito curto prazo. Portugal já devia ter abandonado essa lista cada vez mais reduzida dos países que não reconhecem o Estado da Palestina”, disse.

Pela Europa, assinaram a declaração Andorra, Finlândia, França, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Malta, Noruega, Portugal, San Marino, Eslovénia e Espanha. Entre estes países, Espanha, Irlanda, Noruega e Eslovénia reconheceram o Estado palestiniano no ano passado.

França anunciou na semana passada que dará esse passo na Assembleia Geral da ONU, em setembro, e o Reino Unido poderá fazer o mesmo, anunciou o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na terça-feira.

“Convidamos todos os países que ainda não o fizeram a aderir a este apelo” sobre o reconhecimento do Estado da Palestina, exortam os ministros na declaração conjunta, que apelam ainda aos países que ainda não o fizeram “a estabelecer relações normais com Israel e a expressar a sua vontade de iniciar discussões sobre a integração regional do Estado de Israel”.

António Filipe que falava aos jornalistas no Barreiro, no distrito de Setúbal, à margem de um encontro com comissões de utentes, destacou que é preciso fazer mais do que reconhecer o Estado da Palestina.

“É importante no plano diplomático fazer todos os esforços para que haja um cessar de fogo, para que a população da Palestina deixe de ser massacrada, como está a ser, pelas autoridades israelitas, e que não haja restrições à entrada de ajuda humanitária na faixa de Gaza”, disse.

O candidato presidencial realçou ainda a importância do cumprimento das resoluções das Nações Unidas.

“As resoluções das Nações Unidas, aquilo que apontam é para a existência de dois Estados, é para, nas fronteiras de 1967, que são as fronteiras internacionalmente reconhecidas. É isso que é fundamental , ou seja, quando se fala dos dois Estados, isso implica que haja um reconhecimento do Estado Palestino viável nas fronteiras de 1967. O empenhamento do Estado português no plano diplomático deveria ser precisamente com esse objetivo”, frisou.

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