Chelsea conquista Liga Conferência

O Chelsea derrotou o Betis, por 4-1, e conquistou a Liga Conferência.

A equipa espanhola ainda marcou primeiro, mas os ingleses deram a volta ao marcador no segundo tempo.

Os espanhóis adiantaram-se pelo marroquino Abde Ezzalzouli (nove minutos), mas os ingleses, que contaram com o português Pedro Neto de início, acabaram por construir a vitória na segunda parte, com golos do argentino Enzo Fernández (65), do senegalês Nicolas Jackson (70), de Jadon Sancho (83) e do equatoriano Moisés Caicedo (90+1).

A formação londrina sucede, assim, ao Olympiacos como detentor do troféu, tendo vencido pela sétima vez uma competição europeia, após os triunfos na Liga dos Campeões (2011/12 e 2020/21), Liga Europa (2012/13 e 2018/19) e Taça das Taças (1970/71 e 1997/98).

O clube que deu dois passos atrás para dar um em frente: Chelsea vence Betis e conquista Liga Conferência

Era a terceira divisão das competições europeias, mas não deixava de ser uma competição europeia. Em Wrocław, na Polónia, Betis e Chelsea disputavam a final da Liga Conferência com a certeza de uma eventual vitória poderia ser o salto definitivo para voos mais altos: no caso dos espanhóis, para dentro do lote de equipas com troféus continentais; do lado dos ingleses, para uma espécie de regresso ao futuro.

Do lado do Betis, o clube espanhol discutia mesmo a primeira final europeia da sua história, garantindo já o facto de estar a cumprir uma das melhores temporadas de sempre. O sexto lugar na La Liga garantiu desde logo o apuramento para a Liga Europa, mas Manuel Pellegrini não tinha medo de assegurar que os espanhóis não viajaram para a Polónia apenas para jogar futebol durante 90 minutos.

“Jogando de igual para igual, acho que temos as mesmas chances que eles têm de ganhar o jogo. Não podemos cometer nenhum erro devido à motivação excessiva. A coisa mais fácil para mim seria dizer que o Chelsea é favorito, mas acho que não é. Não pensamos que somos o David contra Golias, pensamos que temos a mesma possibilidade de ganhar o jogo e vamos começar a tentar fazê-lo desde o primeiro minuto. Não importa o orçamento de uma equipa ou de outra. Estaremos absolutamente convencidos, desde o primeiro minuto, de que podemos ganhar o jogo”, explicou o treinador chileno, que está no Betis desde 2020.

Do lado do Chelsea, o clube inglês podia alcançar o nono troféu europeu, ainda que longe das duas Ligas dos Campeões e até das duas Ligas Europa que tem no palmarés. Ainda assim, a conquista de uma competição europeia não deixava de confirmar um autêntico virar de página nos blues depois de vários anos de irregularidade, inconsistência e insucesso entre a saída de Roman Abramovich e a entrada de Todd Boehly.

“A mensagem das últimas 48 horas foi no sentido de que fizemos algo importante, mas se queremos confirmar que estamos a tornar-nos um clube importante temos mesmo de mostrar vontade de ganhar o jogo. É um jogo diferente, é uma final e é um jogo que queremos ganhar. A Liga Conferência é importante e tem sido importante porque é a competição em que estamos inseridos. Se conseguirmos ganhar é bom, porque continuamos a construir a mentalidade vencedora. Não se pode construir uma mentalidade vencedora se não se ganharem jogos”, indicou o técnico italiano, que garantiu o quarto lugar da Premier League e levou os ingleses de volta à Liga dos Campeões.

Assim, esta quarta-feira na Polónia, Manuel Pellegrini apostava em Antony, Isco e Abde Ezzalzouli no apoio a Cédric Bakambu, sendo que Lo Celso começava no banco. Já Enzo Maresca lançava Pedro Neto, Cole Palmer e Madueke nas costas de Nicolas Jackson, com Enzo Fernández e Moisés Caicedo no meio-campo.

A primeira oportunidade do jogo pertenceu ao Betis, com Antony a cabecear ao lado já dentro da grande área (5′). O Chelsea respondeu por intermédio de Cole Palmer, que atirou ao lado (6′), mas foram mesmo os espanhóis a abrir o marcador: Isco colocou em Abde Ezzalzouli e o marroquino, já na área, atirou cruzado para bater Filip Jörgensen (9′). Ao intervalo, os ingleses tinham mais bola mas de forma algo inconsequente, já que os espanhóis tinham a capacidade de manter algum ascendente e controlo em relação à final.

Ambos os treinadores mexeram logo no início da segunda parte, com Manuel Pellegrini a trocar Romain Perraud por Ricardo Rodríguez e Enzo Maresca a lançar Reece James no lugar de Malo Gusto. A 20 minutos do fim, porém, o Chelsea já tinha aproveitado o recuar do Betis para carimbar a reviravolta: Enzo empatou de cabeça depois de uma enorme assistência de Cole Palmer (65′) e Nicolas Jackson alcançou a remontada também de cabeça e também depois de um passe de Palmer (70′).

Manuel Pellegrini fez mais uma substituição logo depois do segundo golo, trocando Bakambu por Aitor Ruibal, mas Jadon Sancho aumentou a vantagem já nos últimos minutos com um belo remate em jeito a partir da esquerda (83′). Já nos descontos, Caicedo fechou as contas (90+1′). O Chelsea venceu o Betis com direito a reviravolta e conquistou a Liga Conferência, regressando aos dias mais bonitos na Europa e carimbando um claro passo rumo ao futuro.

Ventura não quer ser “candidato da confusão” e promete “estabilidade”

André Ventura acredita que “nada será como antes” e numa “mudança profunda” no sistema político, referindo-se à ultrapassagem do Chega ao PS, contabilizados os votos dos círculos da emigração.

Em declarações aos jornalistas, esta quarta-feira à noite, ao chegar ao hotel em Lisboa onde o partido vai fazer uma segunda ronda da noite eleitoral, o líder do Chega prometeu que não tem “pressa” de chegar ao poder.

“Há um novo líder da oposição, que tem o dever de ser a alternativa, não quero dizer aos portugueses que temos pressa, os portugueses precisam de estabilidade”, afirmou André Ventura.

Chega conquista dois deputados na emigração e torna-se a segunda força política

O líder do Chega não concretiza como, mas promete que vai dar “estabilidade” ao país, em resposta a líderes como Luís Montenegro, que o acusam de só apontar o que está mal, diz que não quer ser o “líder da destruição”.

“O que eu espero não é ser o candidato da confusão ou o líder da destruição. Ser líder da oposição pode ser, simultaneamente, fiscalização, escrutínio, confronto e luta contra a corrupção”, projeta o líder do partido.

André Ventura assegura que ainda não falou com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e questionado de forma mais concretamente se as pessoas podem esperar por novas eleições antecipadas, o presidente do Chega promete: “respeitamos o tempo dos portugueses e da estabilidade”.

André Ventura já fala em legislativas

Pouco depois, durante um discurso perante dezenas de militantes, André Ventura voltou a dizer que quer ser o partido da estabilidade, mas prometeu vencer as próximas eleições legislativas.

“Alguns perguntam se será possível um partido com esta natureza manter a sua assertividade e ao mesmo tempo ser o principal partido da oposição? Estes 60 deputados vão fazer isso e nós vamos vencer as próximas eleições legislativas em Portugal“, afirmou o presidente do partido.

Na habitual ótica de confrontação, André Ventura fala para fora: “Dissemos que em oito anos seríamos o maior partido deste país. Muitos riram, gozaram, humilharam, mandaram abaixo, muitos quiseram denegrir e diminuir”.

Ventura diz liderar um projeto de “esperança” e rejeita “saudosismos”, numa altura em que muitos continuam a acusá-lo de querer voltar ao passado e de não se afastar do Estado Novo. “Não queremos saudosismos, nem futurismos”.

[artigo atualizado às 23h10 com o essencial do discurso]

Betis 🆚 Chelsea | “Cavalgada” blue na segunda parte vale troféu

Betis 🆚 Chelsea | “Cavalgada” blue na segunda parte vale troféu

O Chelsea sucede ao Olympiacos como detentor da Conference League. A formação de Londres fez uma primeira parte apagada, foi para o intervalo a perder, mas reentrou de uma forma imparável e marcou quatro golos, perante um Bétis desorientado. Os blues são a primeira equipa a conquistarem a totalidade das provas da UEFA.

“Blues” ditam leis no segundo tempo

A primeira parte deu ideia de que este seria um jogo com muito Chelsea, mas vencedor espanhol.

Mais sombre Betis 🆚 Chelsea | “Cavalgada” blue na segunda parte vale troféu às GoalPoint.

Professores e investigadores universitários promovem petição pela Palestina

Acompanhe o nosso liveblog sobre o conflito israelo-palestiniano

Centenas de professores e investigadores universitários de todo o país já assinaram uma petição designada “Manifesto pelo passado, presente e futuro da Palestina. Não somos cúmplices”, dirigida às instituições de ensino superior e investigação científica.

“Nós, abaixo-assinados, docentes e investigadoras/es a trabalhar no ensino superior e na investigação em Portugal, nas diversas áreas das ciências, artes e humanidades, consideramos que a nossa consciência, os códigos deontológicos que nos regem e o conhecimento que produzimos e transmitimos nos impõem a condenação da violência que vem sendo infligida ao povo palestiniano pelo Estado de Israel”, assim começa o texto.

Entre os subscritores encontram-se Alexandre Abreu, do Instituto Superior de Economia e Gestão, André Barata, da Universidade da Beira Interior, João Rodrigues, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), João Teixeira Lopes, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e Jorge Ramos do Ó, do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.

O objetivo da iniciativa é levar as instituições universitárias a tomarem posição: “Em nome da nossa humanidade comum, e com base nos princípios éticos e de responsabilidade social que regem o ensino superior e a investigação científica, instamos as nossas instituições — universidades, centros de investigação e demais estruturas académicas – a tomar uma posição clara e firme de solidariedade com o povo palestiniano. O silêncio, perante tamanha violência e destruição, não é neutro: é conivente”.

Depois de recordarem a definição do crime de genocídio à luz do direito internacional humanitário (“sujeição do grupo a condições de existência ou a tratamentos cruéis, degradantes ou desumanos, suscetíveis de virem a provocar a sua destruição, total ou parcial”, conforme Lei n.º 31/2004), os subscritores recusam “qualquer forma de conformismo perante a morte de dezenas de milhares de palestinianos — entre os quais se contam numerosos estudantes, professores, investigadores e trabalhadores das esferas da educação e da ciência”.

Por junto, garantem no seu texto, que não podem ser “cúmplices de invasões militares, de ocupações coloniais, de formas de discriminação sistemática, de regimes de apartheid e de práticas que configuram crimes contra a humanidade, incluindo o genocídio”.

José Manuel Pureza, da FEUC, José Soeiro, do Departamento de Sociologia da Universidade do Porto, Luís Mah, do ISCTE — Instituto Universitário de Lisboa, Manuel Loff, da FLUP, Paulo Granjo, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Miguel Vale de Almeida, do ISCTE-IUL, e Pedro Aires de Oliveira, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, também integram o conjunto dos subscritores.

As instituições distribuem-se pelo conjunto do país, como se constata com a diversificação geográfica das ligações dos subscritores, que se distribuem por universidades (Algarve, Beira Interior, Lisboa, Minho, Porto) e institutos politécnicos, exemplificados pelos de Leiria e Porto.

Ao fim da tarde de quarta-feira, a petição aproxima-se das 600 assinaturas.

Chega é oficialmente a 2.ª força do Parlamento. Teve mais votos na Europa do que AD e PS juntos

Os emigrantes gostam do Chega. O partido liderado por André Ventura venceu destacadamente os círculos consulares. Na Europa, teve mais votos do que AD e PS juntos; e é agora, oficialmente, a segunda força política do Parlamento. O Chega foi o grande vencedor dos círculos da emigração, assegurando um mandato dentro e fora da Europa. Os restantes dois mandatos foram atribuídos à AD. Já o PS, pela primeira vez, não elegeu no estrangeiro. Com estes resultados, o Chega (60) ultrapassa o PS (58) em número de deputados na Assembleia da República e passa a ser o líder da oposição. Na

Quatro palestinianos mortos em invasão de armazém de alimentos da ONU

O Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas avançou que “uma multidão de pessoas esfomeadas” invadiu um dos armazéns de alimentos da ONU no Centro na Faixa de Gaza na tarde desta quarta-feira, 28 de Maio, depois de um bloqueio total de quase três meses imposto por Israel ao território ter agravado a fome e uma situação humanitária já catastrófica. Pelo menos quatro pessoas morreram, esmagadas ou baleadas, e várias ficaram feridas.

Segundo as autoridades de saúde locais, duas pessoas foram esmagadas e morreram por asfixia, e outras duas foram alvejadas, após derrubarem as paredes de metal do armazém da ONU, em Deir al-Balah, na tentativa desesperada de arranjar comida. Há ainda vários feridos, incluindo mulheres e crianças. Ainda não é claro se quem abriu fogo sobre a multidão foram soldados israelitas.

Fotografias divulgadas pela Associated Press mostram centenas de pessoas a deixar o local com grandes sacos de farinha nos ombros, num cenário caótico.

“O PAM tem alertado constantemente para as condições alarmantes na região e para os riscos de limitar a ajuda humanitária a pessoas famintas que dela necessitam desesperadamente”, declarou a agência da ONU em comunicado. “Gaza precisa de um reforço imediato da ajuda alimentar. Essa é a única forma de garantir às pessoas que não passarão fome.”

O incidente acontece um dia depois de uma pessoa morrer e 48 ficarem feridas ao tentarem alcançar um centro de distribuição de alimentos da Fundação Humanitária de Gaza (entidade privada apoiada por Israel e pelos Estados Unidos), em Rafah.

De acordo com Ajith Sunghay, chefe do Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos nos Territórios Palestinianos Ocupados, muitos dos feridos foram baleados pelas Forças de Defesa de Israel, que dispersaram a multidão a tiro.

Também o comissário-geral da agência da ONU para os refugiados palestinianos, Philippe Lazzarini, descreveu “imagens chocantes de pessoas esfomeadas a empurrarem-se contra vedações, desesperadas por comida”. “Foi caótico, indigno e inseguro”, considerou.

Em dois dias, Israel matou pelo menos dez pessoas que tentavam chegar a ajuda humanitária e alimentos em Gaza, segundo o Governo palestiniano.

Israel anunciou há pouco mais de uma semana um alívio “temporário” ao cerco total imposto à Faixa de Gaza, após ter bloqueado durante 11 semanas a entrada de qualquer ajuda no território palestiniano. Contudo, o Governo israelita impôs os seus próprios termos à retoma do apoio humanitário, ignorando o princípio de que a ajuda deve ser distribuída de forma independente.

“A privatização da ajuda e o uso da ajuda como arma constituem um precedente muito perigoso. Não só em Gaza, mas também noutros conflitos”, alertou esta quarta-feira a coordenadora da ONU para o processo de paz no Médio Oriente, Sigrid Kaag, perante o Conselho de Segurança numa sessão sobre a Palestina.

Dos 900 camiões solicitados pela ONU, apenas 200 chegaram à população da Faixa de Gaza. Para comparação, antes de Outubro de 2023 entravam todos os dias no enclave cerca de 600 camiões, da ONU e do sector privado.

ERC recebeu 9 mil queixas do anúncio antiaborto de Miguel Milhão

O Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação (ERC) determinou a abertura de um procedimento de averiguações à transmissão deum anúncio contra o aborto exibido na TVI, CNN, Now e CMTV.

Em comunicado, a entidade reguladora refere que recebeu “mais de 9.000 participações, submetidas por cidadãos e associações”, referentes ao anúncio que mostra mulheres em fila a aguardar o procedimento e onde o Estado, vestido de negro e sem rosto, carimba autorizações para a interrupção voluntária da gravidez. ‘Joana’ dá corpo a uma mulher que vive a experiência mostrando-se angustiada com todo o processo e os enfermeiros são apresentados com luvas ensanguentadas.

“A averiguação ocorre no âmbito das competências da ERC previstas na Constituição da República Portuguesa e nos seus Estatutos, designadamente, as de de verificar o respeito pelos limites à liberdade de programação previstos na Lei da Televisão e dos Serviços Audiovisuais a Pedido”, refere o regulador.

O anúncio, designado “Obrigado Mãe”, da autoria de “Guru Mike Billions” – Miguel Milhão, fundador da empresa Prozis -, foi exibido nos dias 25 e 26 de maio. Nas redes sociais já eve na rede social X perto de cem mil visualizações.

Em reação, o autor indicou ao Expresso que a iniciativa faz parte da promoção da sua “carreira como DJ/produtor” e que o vídeo em causa não é mais do que uma “expressão artística de agradecimento” à mãe.

A reação que chegou tarde e não teve efeito: Sporting vence FC Porto e ganha vantagem nas meias-finais do Campeonato

Mais um Campeonato, mais uma meia-final do playoff, mais um cruzamento entre Sporting e FC Porto. Até aqui, o filme era em tudo idêntico ao que se passou em 2023/24, quando os dragões ganharam nas grandes penalidades do jogo 5 para se qualificarem para a decisão onde iriam derrotar o Benfica para conquistarem o título (e a dobradinha). No entanto, muito mudara: os leões, agora com Edo Bosch no comando, ficaram em segundo da fase regular e partiam com o fator casa moralizados também com a vitória na Taça de Portugal 35 anos depois, ao passo que os azuis e brancos, terceiros na fase inicial da prova, tentavam curar as feridas de uma temporada em que perderam a Supertaça, a Taça de Portugal e também a Liga dos Campeões.

“É uma meia-final e o primeiro de uns possíveis cinco jogos. Vamos encontrar um rival muito difícil. Sabemos a qualidade individual e coletiva do FC Porto mas estamos preparados e tranquilos para o jogo 1. Estamos onde queremos e a motivação tem de ser uma das nossas armas. Mensagem do treinador? Foi a mesma de sempre, estarmos focados a 100% e trabalharmos dia a dia para as coisas ficarem mais fáceis nos jogos. Contamos também mais uma vez com os adeptos, esperamos por eles. Precisamos deles, é o momento em que mais precisamos”, destacara Nolito Romero, uma das figuras do Sporting.

“Os resultados positivos ajudam sempre mas a verdade é que antes dos dois jogos com a Juventude Pacense tivemos semanas boas de treino. Isso dá-nos confiança para enfrentar as meias-finais com garantias. Este ano eles têm o fator casa e nós temos que conseguir vencer fora para passar. Temos duas oportunidades, esta é a primeira e sabemos que a pressão está do lado de quem tem o fator casa mas saberemos jogar com isso para tentar trazer a vitória, anular o fator casa e preparar o jogo 2 com o conforto de uma vitória fora. Conhecemos o plantel e o estilo de jogo do Sporting e estamos a trabalhar tendo isso em conta. São uma equipa que cria muitas oportunidades mas que também dá opções ao rival, por isso tentaremos enfrentar da melhor forma essas debilidades para obtermos um rendimento positivo”, apontara o técnico Ricardo Ares.

Era nestes moldes que surgia o jogo 1 no Pavilhão João Rocha, depois de o Sporting ter de ir à “negra” para bater a Sanjoanense e o FC Porto ter ganho em dois encontros frente à Juventude Pacense. E se na fase regular os leões ganharam em casa (4-0) e empataram fora num jogo com muita polémica à mistura (3-3), agora as meias-finais começaram com novo triunfo verde e branco pela margem mínima (3-2), numa noite em que também o Benfica, líder da primeira fase, bateu o Óquei de Barcelos na Luz por 4-3.

O encontro começou praticamente com o primeiro golo do jogo, com Alessandro Verona a assistir Rafa Bessa para um desvio praticamente sem ângulo que bateu Xavi Malián (2′). Essa vantagem tranquilizou a equipa do Sporting, que teve na gestão dos momentos do jogo a sua melhor arma para ir tentando travar as tentativas de reação esboçadas por um FC Porto sem grandes argumentos ofensivos e que foi encontrando sempre um Ângelo Girão a encher a baliza. Assim, e até ao intervalo, seriam mesmo os leões a aumentar o avanço após uma paragem técnica dos dragões, com João Souto a fazer aquilo que Nolito Romero não conseguira após um cartão azul a Ezequiel Mena (5′) e a transformar um livre direto após falta de Rafa sobre Bridge (19′).

O segundo tempo teve características diferentes, com o FC Porto a correr mais riscos e a subir as linhas de pressão em busca do golo que pudesse reabrir a partida, mas foi o Sporting que voltou a marcar num lance em que Facundo Bridge teve todo o espaço pelo meio para atirar sem hipóteses para Xavi Malián (39′). O 3-0 parecia fechar as contas em definitivo mas os azuis e brancos teriam ainda uma palavra a dizer num final de encontro eletrizante: Hélder Nunes reduziu com um grande remate de meia distância do meio-campo que conseguiu finalmente bater Girão (45′), Ezequiel Mena fez o 3-2 após uma grande assistência de Rafa (47′) e tudo ficou em aberto até aos segundos finais, com o FC Porto a arriscar o 5×4 mas sem efeitos.

Hamas chegou a um acordo com o enviado norte-americano sobre cessar-fogo

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O Hamas disse esta quarta-feira ter chegado a um acordo com o enviado norte-americano, Steve Witkoff, sobre “uma estrutura geral que garantirá um cessar-fogo permanente” em Gaza, admitindo libertar 10 reféns, esperando agora uma reação de Israel.

“O acordo inclui a libertação de 10 prisioneiros israelitas e de vários corpos, em troca da libertação de um número acordado de prisioneiros palestinianos, garantida pelos mediadores. O movimento aguarda uma resposta a esse acordo”, disse o movimento islamita, em comunicado.

O Hamas afirma que esta proposta inclui “uma estrutura geral que garantirá um cessar-fogo permanente, a retirada completa das forças israelitas da Faixa de Gaza, o fluxo de ajuda e um comité profissional que assumirá o controlo dos assuntos da Faixa imediatamente após o acordo ser anunciado”.

Há dois dias, um responsável israelita garantiu que os negociadores israelitas rejeitaram uma proposta dos EUA para um cessar-fogo em Gaza, com esses termos— 10 reféns vivos e negociar o fim da ofensiva —, embora tenham dito que se estavam a cingir à “estrutura de Witkoff”.

Esta proposta, apresentada pelo mediador palestiniano-americano, Bishara Bahbah, contou com a colaboração e aprovação de Witkoff. Na terça-feira, uma delegação israelita chegou ao Cairo no âmbito dos esforços egípcios para reativar as negociações de cessar-fogo, disse à agência noticiosa espanhola EFE uma fonte de segurança no Egito.

As negociações mantiveram-se paralisadas, com o Hamas a exigir o fim definitivo da guerra como condição para a libertação dos reféns, enquanto várias autoridades israelitas afirmaram que a libertação dos prisioneiros da Faixa de Gaza não terminaria a sua ofensiva no enclave.

À data desta quarta-feira, 58 reféns permanecem em Gaza, 20 dos quais ainda estão vivos, disse o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Num ataque sem precedentes em território israelita, em 7 de outubro de 2023, o Hamas matou cerca de 1.200 pessoas e fez perto de 250 reféns.

Israel desencadeou então uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou até agora mais de 54 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

A ofensiva israelita também destruiu grande parte das infraestruturas do território governado pelo Hamas desde 2007.

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