Reveladas exigências que Putin fez a Trump para acordo de paz na Ucrânia

Guerra Rússia-Ucrânia

As propostas já terão sido comunicadas ao Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Duas regiões são essenciais para que o Presidente russo aceite negociar uma trégua em território ucraniano.

Reveladas exigências que Putin fez a Trump para acordo de paz na Ucrânia

Kevin Lamarque

A Rússia apresenta como exigências para um acordo de paz com a Ucrânia as regiões de Donetsk e Lugansk.

Segundo fontes que acompanharam a cimeira no Alasca, citadas pela agência Reuters, o Presidente russo, Vladimir Putin, exige uma retirada total das forças ucranianas das duas regiões. Esta será uma condição essencial para Putin aceitar um potencial acordo de paz.

Apesar de serem territórios atualmente sob controlo russo, a Ucrânia detém ainda cidades importantes na região de Donetsk, como Kramatorsk e Sloviansk.

Kramatorsk

Evgeniy Maloletka

Em troca, o líder russo terá prometido pôr fim aos avanços nas frentes de Kherson e Zaporíjia, no sul do país.

De acordo com a Reuters, estas exigências já foram comunicadas ao Presidente ucraniano Volodymyr Zelensk, que já afirmou, por diversas vezes, que recusa ceder quaisquer territórios à Rússia.

Zelensky

Guglielmo Mangiapane

Zelensky e os aliados europeus já reiteraram igualmente que a Ucrânia deve manter as fronteiras intactas.

O encontro do Alasca foi o primeiro dos dois presidentes desde 2019 e marcou o regresso de Putin aos Estados Unidos, após 10 anos de ausência, bem como a um grande palco diplomático, apesar de procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra, e de relações suspensas entre Washington e Moscovo desde a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

No Hospital Júlio de Matos, nasceu uma horta que “é um despertar para a vida”

A horta tornou-se uma missão para Edgar Oliveira. O utente de 44 anos do Serviço Regional de Psiquiatria Forense até se levanta mais cedo para vir regar este cantinho verde do Hospital Júlio de Matos, em Lisboa. “Venho todos os dias às 8h30 e às 20h”, indica, a apontar para a sementeira ou para as torres da horta que ajudou a montar. “Sinto-me bastante orgulhoso porque gosto de ver a natureza a crescer.”

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Estamos a um passo de poder “editar o cérebro” para curar doenças

A edição cerebral está “cada vez mais próxima da realidade”: as ferramentas de alteração genética que estão a enfrentar doenças mortais. Resultados impressionantes em ratos abrem caminho a avanços na edição genética para doenças neurológicas. Os cientistas estão cada vez mais próximos de aplicar a edição do genoma a um novo alvo formidável: o cérebro humano. Nos últimos dois anos, uma série de avanços tecnológicos e resultados promissores em ratos têm vindo a lançar as bases para tratar doenças cerebrais devastadoras através de técnicas derivadas da edição genética CRISPR–Cas9. Os investigadores acreditam que os ensaios em humanos poderão estar apenas

GNR não fez qualquer apreensão de vinho tranquilo ilegal nos últimos três anos

Há um ano, vários responsáveis do sector vitivinícola reunidos na Universidade Portucalense, no Porto, numa conferência promovida pela Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (ANCEVE), pediram ao Governo mais fiscalização na estrada e nas adegas, para garantir uma melhor rastreabilidade do vinho rotulado e comercializado em Portugal.

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Zumbido único da vespa asiática pode ser chave para controlar propagação

Mundo dos Animais

Os investigadores identificaram o som único dos ninhos de vespas asiáticas e afirmam que pode ser a chave para as encontrar e remover.

Vespa asiática

Vespa asiática

Karla Salp / AP

As vespas asiáticas zumbem com uma frequência única que pode ser a chave para controlar a sua propagação, descobriu uma equipa de cientistas do Reino Unido.

Umaequipa da Universidade de Southampton afirmou ter detetado a frequência que zumbem estes insetos invasores. Com esta “arma”, os ninhos de vespas podem agora ser encontrados e rapidamente identificados de forma a conter esta ameaça para as abelhas.

Avespa asiática ou velutina desmembra e come abelhas. Fica do lado de fora das colmeias e captura as abelhas à medida que entram e saem. Uma única vespa asiática pode caçar e comer 30 a 50 abelhas por dia.

Os investigadores dizem que os ninhos, cujo pico populacional ocorre em setembro e outubro, podem ser detetados através do som, permitindo distinguir os ninhos e colmeias de outras vespas e abelhas.

A frequência dos ninhos foi de 125 Hz, com um volume na gama dos 51 decibéis.

“O ninho pode ser detetado a cerca de 20 m de distância com um microfone direcional”, disse a investigadora Sophie Gray, acrescentando que o próximo passo será construir um drone capaz de localizar ninhos.

O projeto foi liderado por Paul White, professor de processamento estatístico de sinais na universidade, e pelo orientador do projeto, Adrian Dwyer.

As vespas asiáticas ainda não estão estabelecidas no Reino Unido e todos os ninhos descobertos foram destruídos.

“Chegaram a Inglaterra pela primeira vez por Kent em 2016 e, nos últimos dois a três anos, começaram a instalar-se aqui. Podem estar debaixo da terra, a 15 metros de altura numa árvore, numa caixa de pássaros ou num arbusto – podem estar em qualquer lugar”, explicou Gray.

A investigadora Sophie Gray mede a frequência de um ninho de vespas asiáticas em Jersey

southampton.ac.uk

Vespa asiática em Portugal

A identificação ou suspeita de existência de ninhos deve ser comunicada à Proteção Civil Municipal, através dos telefones 231 480 550 ou 916 601 234.

A vespa velutina é uma espécie asiática que exerce uma ação destrutiva sobre as colmeias de abelhas melíferas e pode constituir perigo para a saúde pública.

Esta espécie de vespa predadora foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004. Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir do final do ano seguinte.

armadilha para vespas

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João Miguel Tavares e a realidade

O documentário vive de uma prática fundamental: parte daquilo que as imagens dão a ver, privilegiando o registo visual face a construções discursivas que possam prescindir da observação. Este primado da evidência visual é domínio de todo o cinema, incluindo o documental. Quando um território é devastado, quando os bairros de uma cidade se transformam em escombros, a evidência visual estabelece parâmetros irrefutáveis – as imagens de Gaza pertencem a essa categoria de prova documental.

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Hackers atacam barragem na Noruega e libertam caudal de 7,5 milhões de litros de água

As autoridades norueguesas atribuíram oficialmente um recente ciberataque a uma barragem em Bremanger, Noruega, à Rússia, levantando receios de sabotagem contra infraestruturas críticas em toda a Europa. É a primeira vez que Oslo associa formalmente um ataque deste tipo a atores pró-russos. No passado dia 7 de abril, hackers acederam remotamente aos controlos digitais da barragem de Bremanger, que gere operações de aquicultura, e abriram uma válvula. Segundo a agência Reuters, o ataque libertou cerca de 500 litros de água por segundo durante quatro horas consecutivas, até que as autoridades detetaram e travaram a intrusão. Embora as autoridades norueguesas tenham

Uma nova teoria explica os “pequenos pontos vermelhos” no Universo Primordial

Estes objetos ténues e compactos, encontrados em imagens do espaço profundo, são a descoberta mais surpreendente do James Webb. Astrónomos do Centro de Astrofísica / Harvard & Smithsonian (CfA/HS) propuseram uma nova explicação para algumas das galáxias mais intrigantes do universo primitivo, apelidadas de “pequenos pontos vermelhos” (LRDs). Num novo estudo, publicado esta semana na The Astrophysical Journal Letters, os astrónomos Fabio Pacucci e Avi Loeb sugerem que estas galáxias são o resultado de halos de matéria escura que rodam muito lentamente, uma estrutura cósmica extremamente rara. Estes objetos ténues e compactos, descobertos em imagens do espaço profundo do Telescópio

O marcelês

O marcelês. A possível entrada de juízes sugeridos pelo Chega no Tribunal Constitucional tem levado a um exercício intenso do marcelês, esse dialecto que, ao contrário doutros, como o barranquenho, não se desenvolveu na raia mas sim no eixo mais urbano do país que, com algumas variantes, leva de Lisboa a Cascais, com passagem por Belém. Esta semana o marcelês esteve particularmente activo no Expresso, que está para o marcelês como o linguista Matteo Bartoli estava para Tuone Udaina, o último falante da língua dálmata: Matteo Bartoli entrevistou Tuone Udaina, o que fez dele a última pessoa a falar com alguém que sabia falar dálmata, o que era ao mesmo tempo um achado único e a partilha duma imensa solidão, o que de alguma forma se aplica ao falante de marcelês, Marcelo, e ao seu intérprete, o Expresso.  E escrevo intérprete num sentido quase demiurgo, porque o marcelês não se destina a ser transcrito mas sim insinuado, como bem se vê nas suas manifestações desta semana:

«Apesar de Montenegro ter uma visão formal, “depois é um pragmático”, ouve o Expresso. E, se isso acontecer, “não é um juiz, é o partido todo que entra”, teme-se em Belém, onde o Chega é visto como uma ameaça ao segredo e uma certa sacralização do Tribunal Constitucional.» (sublinhados meus)

«Aos olhos de Marcelo, sabe o Expresso, o longo jejum de poder e as frágeis minorias governativas deste ano e meio fizeram avultar no PSD uma certa “insensibilidade”, que levou o Governo a absorver parte das propostas do Chega, como preço a pagar pela governabilidade.» (sublinhados meus)

“Ouve o Expresso”?  Mas quem ouve, ouve alguém. E a quem ouve o Expresso? Não se sabe quem ouviu, nem quem foi ouvido e contudo sabe-se o que foi ouvido por alguém não identificado a outro alguém igualmente incógnito. E afinal o que foi ouvido? “O PR receia que, apesar de achar que o chefe do Governo e líder do PSD é um institucionalista, acabará por dar pelo menos um lugar de juiz constitucional à escolha do Chega.”  E será que não devia ser assim? O Chega, pelos resultados eleitorais obtidos nas últimas legislativas, alimenta a natural expectativa de ver reflectida essa realidade eleitoral nas substituições que vão ter lugar no Tribunal Constitucional. Outros partidos com menos votos que o Chega, como são os casos do PCP e do BE, viram chegar ao TC juízes indicados por si.  Porque seria desta vez diferente? Segundo o marcelês, “‘não é um juiz, é o partido todo que entra’, teme-se em Belém, onde o Chega é visto como uma ameaça ao segredo e uma certa sacralização do Tribunal Constitucional”. O que quer isto dizer exactamente: “Não é um juiz, é o partido todo que entra”? Temos juízes próximos do CDS, do BE, do PCP, do PS, do PSD. Entraram estes partidos todos no TC atrelados aos juízes que lhes são próximos? Ora aqui confrontamo-nos com uma das principais características do marcelês: não é passível de ser respondido, questionado, confrontado porque o marcelês não visa o conteúdo mas sim a intenção. E no caso a intenção é óbvia: segundo o marcelês, Marcelo pretende que o PSD negoceie com o PS as políticas para o país e a exclusão do Chega. É caso para dizer: “Agora é tarde. Inês é morta.” Marcelo não só andou com os governos da geringonça ao colo como nunca travou as tácticas de insuflação do Chega e consequente enfraquecimento do PSD levadas a cabo pelo PS. O resultado dessas suas brilhantes tácticas ficou bem expresso no resultado das últimas legislativas.

Mas, não contente com o que fez no passado, Marcelo quer agora tornar-nos o futuro ainda mais clivado do que já está ao defender que a renovação do TC se resolva entre PS e PSD, excluindo o Chega. O tempo em que não se tinha de contar com o Chega acabou e acabou também por culpa de Marcelo.

Em política ter razão não chega. Há que ter em conta que há momentos em que decidir baseado na razão que se tem se pode tornar numa forma insuportável de arrogância. E foi isso que aconteceu a Luís Montenegro quando manteve a festa do PSD no Pontal enquanto o país se confrontava com grandes incêndios. O país já compreendera que ele, Montenegro, não tinha percebido as implicações de manter a empresa Spinumviva enquanto era primeiro-ministro e agora o mesmo país volta a fazer um esforço para compreender que Montenegro tenha mantido o Pontal apesar dos incêndios. Enfim, Montenegro espera sempre que o compreendam. Mas a cada compreensão fica uma pergunta: será que Montenegro não percebe? E sobretudo já chega de justificar estas incompreensões de Montenegro com a “tabela PS”, ou seja com o comportamento dos líderes socialistas, nomeadamente António Costa, nos incêndios de 2017 e outros momentos dramáticos. Foi precisamente para fazer Portugal vir à superfície do lodo pantanoso desses anos que os portugueses votaram como votaram nas últimas legislativas. Se era para vivermos em contraponto com aquilo que o PS fez, então tínhamos deixado o PS no governo, que sempre era uma vida pior para o país mas mediaticamente mais descansada. E obviamente de maior agrado das paredes de Belém.

Há um limite para a nossa compreensão? “Tribunal liberta bombeiro de Ourém suspeito de ter ateado quatro fogos. Apesar das suspeitas que recaem sobre o homem, foi colocado em liberdade, pese embora o “perigo real” de continuar a atividade criminosa. Alegadas “dívidas” impedem que lhe seja cobrada uma caução.”
Acredito que a decisão do tribunal de Ourém seja uma interpretação rigorosa da lei. Mas perante decisões como esta sinto o mesmo incómodo que perante Luís Montenegro no Pontal enquanto o país ardia: será que não percebem que há um limite para a nossa compreensão?

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