Alterações laborais mobilizam milhares de pessoas em defesa de mulheres e famílias

Quase 24.700 pessoas já assinaram uma petição online contra os retrocessos nos direitos das mulheres, mães e bebés, enquanto outra, pelos direitos das famílias, tem mais de 14.000 assinaturas, ambas contras as recentes propostas de alteração à legislação laboral.

As duas petições estão disponíveis na página online “Petição Pública” e constam ambas da lista das petições mais ativas.

No caso da petição contra os “retrocessos inaceitáveis nos direitos das mulheres, mães e bebés”, que esta sexta-feira de manhã tinha 24.649 assinaturas, o pedido é para que a Assembleia da República rejeite ou altere as propostas que limitam a licença de amamentação até aos 2 anos, rejeite a revogação das faltas por luto gestacional e rejeite a alteração do horário flexível de trabalho.

Relativamente à licença de amamentação, defende que as alterações propostas pelo Governo são “um atentado à saúde, à ciência e à maternidade”, ignorando as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que vão no sentido da defesa da amamentação até aos 2 anos.

Os peticionários defendem que esta alteração legislativa é “contrária à promoção da natalidade, que o próprio Governo diz pretender incentivar”, “um obstáculo à conciliação entre vida profissional e familiar” e “um incentivo ao desmame precoce e forçado, com potenciais impactos negativos duradouros”.

A petição está também contra o fim do direito a três dias de faltas justificadas e remuneradas em caso de luto gestacional, criticando que a proposta do Governo, ao eliminar esse direito, remeta a perda gestacional “para o silêncio, para o esquecimento e para a invisibilidade”.

Relativamente ao horário flexível, defendem que se trata de “uma realidade que ajuda as famílias a obter o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e estar presente na vida e crescimento dos filhos”.

A petição que se intitula como uma “Carta Aberta pelos Direitos da Família”, e que esta manhã reunia 14.033 assinaturas, tem objetivos semelhantes, pedindo à Assembleia da República e ao Governo que não avancem num conjunto de alterações às leis do trabalho, por serem “um sério retrocesso nos direitos laborais, sociais e familiares, com especial impacto sobre as mulheres, as crianças e as famílias”.

“As medidas contempladas afetam negativamente aspetos centrais da política de parentalidade, saúde materno-infantil e conciliação entre vida profissional e familiar, contrariando recomendações internacionais, compromissos públicos assumidos e o melhor conhecimento científico disponível”, defendem os peticionários.

Defendem, por isso, a rejeição de qualquer proposta que limite a licença de amamentação até aos 2 anos, a rejeição da revogação do direito a faltar três dias ao trabalho por luto gestacional e se mantenha o atual regime de horário flexível.

Esta petição pede também que “se rejeite a obrigatoriedade de partilha da licença parental para que esta seja paga a 100%, permitindo que cada família possa decidir, de acordo com a sua realidade, como gerir este tempo crucial, sem ser penalizada financeiramente”.

Alerta para o “impacto direto e duradouro sobre milhares de famílias portuguesas” em resultado destas propostas legislativas, e apela a todos os grupos parlamentares “para que assumam a sua responsabilidade histórica e rejeitem qualquer retrocesso em matérias tão centrais para o futuro das famílias e das crianças em Portugal”.

“Apelamos igualmente ao Governo para que reavalie estas medidas, reafirmando o compromisso com a igualdade, a saúde pública, o combate à precariedade e a promoção de uma parentalidade consciente e respeitada”, lê-se ainda.

As várias alterações à legislação laboral que o Governo se prepara para implementar fazem parte de um anteprojeto entregue na semana passada aos parceiros sociais, em sede de Concertação Social.

CMVM alerta para contactos fraudulentos que se fazem passar pela entidade

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) alertou esta sexta-feira para fraudes onde os indivíduos se apresentam como colaboradores da entidade com o pretexto de ajudar na alegada recuperação de montantes perdidos em fraudes anteriores.

A CMVM avançou que os contactos fraudulentos reportados são efetuados através de chamadas telefónicas, de mensagens da aplicação WhatsApp, bem como através de e-mail.

A entidade recomenda a desconsideração deste tipo de contactos e apela a que o visados não entrem em ‘links’ nem descarreguem qualquer tipo de anexos indexados às mensagens.

“A CMVM nunca contacta os investidores via aplicação WhatsApp e os contactos da CMVM são exclusivamente efetuados através de remetentes com o domínio “@cmvm.pt”, sendo apenas estes os endereços legítimos”, lê-se em comunicado.

A entidade avançou ainda que devido à utilização da sua imagem para atividades de cariz fraudulento irá proceder às devidas diligências junto das entidades judiciais competentes.

Em caso de suspeita é possível contactar a CMVM através da Linha de Apoio ao Investidor 800 205 339 ou enviando uma mensagem para o e-mail: [email protected].

Detido suspeito de atear três fogos em Ponte da Barca em junho

Um homem, de 57 anos, foi detido por suspeita da prática de três crimes de incêndio florestal, em junho, na freguesia de Vila Chã (Santiago), em Ponte da Barca, anunciou esta sexta-feira a Polícia Judiciária (PJ).

Em comunicado, a PJ de Braga adianta que “nos dias 19 e 29 de junho foram detetadas ignições que resultaram em incêndios florestais na freguesia de Vila Chã (Santiago)”, no concelho de Ponte da Barca, distrito de Viana do Castelo, “junto a caminhos florestais de difícil acesso e já algo afastados do aglomerado habitacional”.

“Segundo algumas testemunhas, foi possível referenciar-se a presença e trânsito de um motociclo que ali circulava e em cujos locais de passagem foram imediatamente detetados focos de incêndio que evoluíram para a mancha florestal”, adianta.

A PJ conseguiu identificar o condutor do motociclo, “tendo sido encetadas diligências que culminaram com a recolha de prova consistente que atesta a presumível autoria dos factos”.

Os “três locais onde os incêndios foram ateados situam-se em zonas com condições de propagação a manchas florestais extensas, gerando risco acentuado para toda a floresta, onde pontuam aglomerados habitacionais”, salienta.

A polícia refere ainda que a “zona rural em questão, contígua ao Parque Nacional Peneda-Gerês e de orografia com declive acentuado, é amplamente conhecida pela sua biodiversidade”.

Os incêndios foram extintos pelos bombeiros e por populares, que precocemente os detetaram, impedindo a sua propagação.

O suspeito será presente à autoridade judiciária para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coação.

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Cinco jovens detidos em Oeiras por dezenas de roubos a estafetas, informa PSP

Cinco jovens foram detidos e um menor foi identificado na freguesia de Porto Salvo, Oeiras, por serem suspeitos de dezenas de crimes de roubos a estafetas de distribuição de refeições com recurso a violência, avançou esta sexta-feira a PSP.

Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP explica que as detenções e a identificação dos jovens, com idades compreendidas entre os 15 e 19 anos, tiveram lugar na quarta-feira.

Os detidos já foram presentes à autoridade judiciária competente, tendo sido aplicada a quatro deles a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva, enquanto o quinto suspeito ficou sujeito a apresentações diárias às autoridades.

Segundo a força policial, os roubos ocorriam desde o final do mês de fevereiro, sendo os alvos estafetas ao serviço de plataformas eletrónicas de distribuição de refeições. A investigação apurou que o grupo atuava com elevado grau de premeditação.

“Os suspeitos realizavam encomendas fictícias, com o objetivo de atrair os estafetas para zonas previamente escolhidas e com fraca iluminação pública. No momento da entrega, o grupo emboscava as vítimas, utilizando violência sob a forma de força física e causando-lhes lesões que, em muitos casos, obrigaram a cuidados médicos de urgência”, pode ler-se na nota.

Em algumas ocorrências, os autores “revestiam o crime de especial gravidade ao recorrerem a armas brancas para ameaçar e intimidar os estafetas, facilitando assim a subtração de bens”.

Apurou-se também que, em várias situações, os suspeitos aguardaram que o estafeta concluísse a entrega para o surpreenderem no momento em que retomava a marcha, aproveitando o momento de vulnerabilidade da vítima.

Segundo a PSP, foram roubadas quantias em dinheiro, telemóveis e os motociclos utilizados pelas vítimas para o exercício da atividade profissional.

Apesar da violência exercida, a atuação dos polícias permitiu que todos os motociclos fossem recuperados, no próprio dia ou nos dias imediatos à prática dos crimes.

Durante os assaltos, alguns elementos do grupo ocultavam a identidade com recurso a balaclavas, “denotando deliberada intenção de dificultar a sua identificação e associar-se a uma atuação organizada”.

Este padrão de atuação “reiterado e violento” gerou, segundo a PSP, um clima de medo e insegurança junto da comunidade de estafetas, muitos dos quais manifestaram receio em continuar a atividade em determinadas zonas do concelho de Oeiras, no distrito de Lisboa.

Também a população local demonstrou crescente inquietação, uma vez que os roubos ocorriam em áreas residenciais, provocando alarme social e um sentimento de insegurança.

Detido suspeito de atear fogo em área florestal de Chaves

Um homem de 53 anos foi detido por suspeita de ter ateado um incêndio em área florestal do concelho de Chaves, anunciou esta sexta-feira a Polícia Judiciária (PJ) de Vila Real.

O Departamento de Investigação Criminal de Vila Real disse, em comunicado, que o incêndio ocorreu pelas 00h30 do dia 3 de julho e consumiu “área de mancha florestal, constituída, maioritariamente, por mato e pinheiro bravo”.

“Esteve em perigo uma vasta mancha florestal assim como alguns prédios urbanos, de valor consideravelmente elevado, que apenas não foram consumidos devido à rápida deteção e subsequente intervenção dos meios de combate, nomeadamente de populares e dos bombeiros”, referiu a Judiciária.

O detido vai ser presente a interrogatório judicial para aplicação de eventuais medidas de coação.

Diogo Ribeiro, em 12º nos 100 metros mariposa, perde título mundial

O nadador português Diogo Ribeiro acabou, esta sexta-feira, no 12º lugar a meia-final de 100 metros mariposa nos Mundiais de natação pura em Singapura, falhando a qualificação para a final na distância em que foi campeão do mundo em 2024.

Ribeiro, de 20 anos, foi sexto da sua semifinal com um tempo de 51,21 segundos, quatro centésimos mais lento do que o seu recorde (e recorde nacional), não conseguindo o apuramento para a final, em que o último tempo elegível foi de 50,88s.

O mais rápido desta fase foi o suíço Noe Ponti, que nadou a distância em 50,18s.

Antes, de madrugada, o nadador natural de Coimbra já havia sido 26º nos 50 metros livres, a que se junta o quarto lugar, com recorde nacional, nos 50m mariposa, a outra distância em que tinha ganhado o ouro em Doha 2024.

Também Diana Durães se despediu esta madrugada, com o 24º lugar nos 800 metros livres, que nadou em 8m49,84s.

Camila Rebelo terminou em nono as meias-finais dos 200 metros costas, distância em que era a vigente campeã da Europa, falhando a final e concluindo assim a participação portuguesa nos Mundiais de Singapura.

Rebelo nadou em 2m09,40s, a pouco menos de meio segundo do seu recorde nacional, de 2m08,95s, e foi a primeira a ficar de fora das oito melhores. O apuramento para a final fechou em 2m09,09s, tempo pertencente à húngara Dora Molnar, enquanto a chinesa Xuwei Peng foi a mais rápida das semifinais, com 2m07,76s.

Salvo alguma desistência que coloque Rebelo, primeira reserva, na final dos 200 costas, Portugal encerrou esta sexta-feira a participação nos Mundiais Singapura 2025, com um dos melhores resultados de sempre no feminino para a campeã da Europa.

O México tem um novo aliado na busca pelas vítimas dos cartéis: os porcos

Os cientistas e as autoridades mexicanas estão a usar porcos mortos para tentar avaliar o efeito da decomposição dos corpos humanos em valas comuns e descobrir os locais onde os cartéis enterram as vítimas. Há mais de 130 mil pessoas desaparecidas no México e os cientistas e autoridades estão a recorrer a métodos inovadores, incluindo a utilização de porcos mortos, para tentar localizar os corpos enterrados em valas comuns por cartéis de droga. Este projeto científico, centrado no estado de Jalisco, o mais afetado do país, visa responder a uma das maiores crises humanitárias da América Latina. Os porcos, escolhidos

Calor excessivo no final de Julho levou a 264 mortes acima do esperado

Na última semana de Julho, as elevadas temperaturas registadas no país foram responsáveis por um excesso de mortalidade. Segundo a Direcção-Geral da Saúde (DGS), “na sequência do alerta de período de tempo quente que teve início a 25 de Julho de 2025, foi detectado um excesso de mortalidade, observando-se 264 óbitos em excesso em Portugal continental”.

Tal correspondeu a um excesso relativo de mais 21,2% face ao esperado, entre 26 e 30 de Julho de 2025, sobretudo no grupo etário com 75 ou mais anos de idade e na região norte, conforme estimativas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA)”, refere a DGS em comunicado, salientando que as elevadas temperaturas do ar “estão, geralmente, associadas a períodos de mortalidade mais elevada do que o esperado para a altura do ano”​.

Para os próximos dias, “está prevista uma subida acentuada das temperaturas em todo o território continental, com valores que deverão atingir ou superar os 40°C em várias regiões de Portugal continental, sobretudo nos dias 2 e 3 de Agosto”, alerta o organismo liderado por Rita Sá Machado, que explica que as temperaturas – mínimas e máximas – têm “um impacto negativo”, como “consequência de desidratação ou de descompensação de doenças crónicas, entre outros factores, especialmente entre os mais idosos”.

“À data de hoje [sexta-feira], o índice ÍCARO para Portugal Continental – calculado pelo INSA e que estima o impacto das temperaturas do ar na mortalidade – antecipa um efeito muito significativo da temperatura na mortalidade durante o período de tempo quente, em particular nas regiões norte, centro e Alentejo”, alerta a DGS, que reforça que toda a população, especialmente os grupos mais vulneráveis, nos quais se incluem pessoas com doenças crónicas, idosos, crianças, grávidas, profissionais ao ar livre, pessoas sem abrigo ou em isolamento social, deve ter cuidados redobrados para se proteger do calor.

Entre as recomendações estão a de beber água, mesmo que a pessoa não sinta sede, procurar ambientes frescos, usar roupas largas e claras, evitar estar no exterior entre as 11 e as 17h00. E lembra que, na presença de sinais de alerta, como suores intensos, febre, vómitos ou náuseas ou pulsação acelerada ou fraca, as pessoas devem ligar para a Linha SNS 24 ou para o 112, se for um caso urgente.

A DGS adianta ainda que, face à situação actual, tem coordenado a activação dos planos de contingência, de acordo com as avaliações de risco efectuadas, em articulação com a Direcção Executiva do SNS (DE-SNS) e estruturas locais.

CGTP desafia candidatos presidenciais a posicionarem-se sobre revisão da lei laboral

O secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, desafiou esta sexta-feira todos os candidatos presidenciais a assumirem uma posição sobre a revisão da legislação laboral proposta pelo Governo, que considerou um “ataque a quem trabalha”.

Tiago Oliveira falava aos jornalistas na sede da CGTP, em Lisboa, depois de se reunir com o candidato presidencial apoiado pelo PCP, António Filipe, que manifestou preocupação com o anteprojeto do Governo para alterar a lei laboral e admitiu que recorreria ao veto político.

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Para o secretário-geral da CGTP, “era importante que todos aqueles que hoje assumem esta candidatura se pronunciassem sobre aquilo que está em cima da mesa relativamente à revisão da legislação laboral”.

“Que se pronunciassem sobre este ataque que está em curso, sobre este pacote laboral que foi trazido à discussão. Era importante que cada um se pronunciasse sobre aquilo que é o objetivo, sobre como vê e aquilo que perspetiva para o futuro do país no que diz respeito ao mundo do trabalho”, desafiou.

Segundo Tiago Oliveira, aquilo que está em cima da mesa na revisão da legislação laboral “é um verdadeiro ataque a quem trabalha, é um verdadeiro ataque no que diz respeito aos valores essenciais”, enfatizando o “papel do Presidente da República de cumprir e fazer cumprir a Constituição”.

Considerando que a reunião com António Filipe foi “bastante positiva”, o secretário-geral da CGTP fez questão de “valorizar a iniciativa do candidato” presidencial apoiado pelo PCP porque traz à discussão uma “questão central” que é a do trabalho.

“Há uma grande comunhão nas preocupações, há uma grande comunhão naquilo que são os objetivos a atingir de futuro e é importante trazer esta discussão cada vez mais para a sociedade”, disse.

O Governo aprovou, em 24 de julho, em Conselho de Ministros um anteprojeto de reforma “profunda” da legislação laboral, que será negociado com os parceiros sociais, e inclui rever “mais de uma centena de artigos do Código de Trabalho”.

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