IGAS rejeita relação entre morte de utente de Vendas Novas e greve do INEM

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) rejeitou esta sexta-feira uma relação direta entre a morte do utente de Vendas Novas, no distrito de Évora, e a greve dos técnicos do INEM no final de 2024.

“Não é possível o estabelecimento de nexo de causalidade entre a demora e o desfecho fatal verificado uma vez que as probabilidades de sobrevivência seriam bastante limitadas, quase nulas, atento o quadro clínico do utente”, concluiu a IGAS.

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Em causa está a morte de um utente, de 73 anos, residente em Vendas Novas, no dia 31 de outubro de 2024, que originou a abertura de um inquérito ao atendimento realizado pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

O inquérito foi instaurado em 27 de maio, tendo o relatório sido concluído na passada quarta-feira.

A IGAS já concluiu as investigações a sete das 12 mortes registadas durante a greve dos técnicos do INEM às horas extraordinárias, que arrancou em 30 de outubro e foi suspensa a 7 de novembro, mas que no dia 4 de novembro coincidiu com uma greve geral da administração pública.

O MP tem seis inquéritos em investigação a mortes ocorridas durante a greve do INEM.

O relatório foi remetido ao Conselho Diretivo do INEM, ao Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Alentejo Central, ao Ministério Público (MP), à Procuradoria da República da Comarca de Montemor-o-Novo, onde corre um inquérito judicial, e ao Ministério da Saúde.

Euro sobe face ao dólar e interrompe ciclo de cinco quedas

O euro subiu esta sexta-feira face ao dólar, interrompendo um ciclo de cinco sessões a perder, no mesmo dia em que foi revelado que a taxa de desemprego nos EUA aumentou para 4,2% em julho.

Às 18h00 (hora de Lisboa), o euro seguia a 1,1538 dólares, quando na quinta-feira, pela mesma hora, negociava a 1,1423 dólares.

O euro também subiu em comparação com a libra, mas cedeu face ao iene.

O Banco Central Europeu (BCE) fixou a taxa de câmbio de referência do euro em 1,1404 dólares.

A taxa de desemprego nos EUA aumentou, em julho, 0,1 pontos percentuais, atingindo 4,2%, no mesmo mês em que os empregadores criaram 73.000 postos de trabalho, abaixo das estimativas, indicou o Departamento do Trabalho (DOL) dos EUA. As estimativas apontavam para a criação de 115.000 postos de trabalho naquele mês. O número de desempregados aumentou em 221.000.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, avançou com uma política tarifária sobre quase todos os países, acreditando que os impostos vão trazer de volta a indústria à América do Norte, além de permitirem angariar novos fundos. Os economistas têm vindo a avisar que o custo das tarifas será repercutido no consumidor final.

No mês passado, a indústria norte-americana cortou 11.000 postos de trabalho, depois de ter reduzido 15.000 em junho e 11.000 em maio.

Divisas……………..esta sexta-feira…………..quinta-feira

Euro/dólar…………..1,1538……………..1,1423

Euro/libra…………..0,87120…………….0,86393

Euro/iene……………170,58…………….172,12

Dólar/iene…………..147,86…………….150,69

Alemanha, França e Espanha fazem lançamentos aéreos de ajuda em Gaza

Acompanhe o nosso liveblog sobre o conflito no Médio Oriente.

A Alemanha, a Espanha e a França juntaram-se esta sexta-feira aos Emirados Árabes Unidos e à Jordânia no lançamento aéreo de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, onde quase um quarto da população sofre de fome.

No total, de acordo com o exército israelita, os cinco países, juntamente com Israel, lançaram 126 pacotes de ajuda alimentar no sul e no norte do enclave palestiniano.

A Alemanha lançou 34 paletes com quase 14 toneladas de alimentos e material médico em dois voos militares, enquanto a França tinha programado quatro voos com um total de 40 toneladas de ajuda para esta sexta-feira.

A Espanha lançou 12 toneladas de ajuda, incluindo 5.500 rações alimentares, que poderão alimentar cerca de 11.000 pessoas na Faixa de Gaza.

Os países europeus juntam-se assim à Jordânia e aos Emirados Árabes Unidos que na quinta-feira, pelo quarto dia consecutivo, lançaram um total de 16 toneladas de alimentos e leite para bebés.

Relatos de testemunhas na Faixa de Gaza, citados pelas agências internacionais, referiram que seis descargas ocorreram no norte do enclave, uma das quais aterrou numa zona inacessível depois de ter caído numa zona militarizada.

As mais de 100 caixas de ajuda alimentar caíram num dia com mais lançamentos aéreos do que o habitual, coincidindo com a visita do enviado dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, para supervisionar a receção de alimentos em Gaza.

Na quinta-feira foram lançadas 43 caixas de ajuda a Gaza, de acordo com o exército israelita.

Fontes de Gaza disseram à agência espanhola EFE que um dos lançamentos, contendo cerca de 15 caixas de ajuda humanitária, caiu no corredor de Netzarim, que é totalmente controlado pelo exército israelita e divide Gaza em norte e sul.

“Na primeira quinzena de julho, pelo menos 5.000 crianças com menos de 5 anos foram internadas por desnutrição aguda e 63 crianças perderam a vida devido à desnutrição e à fome em Gaza, em julho. Temos de inundar a Faixa de Gaza com água, alimentos e medicamentos, não há tempo a perder”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noel Barrot, numa entrevista à Franceinfo, anunciando os quatro voos franceses previstos para hoje.

A Espanha justificou a sua ação alegando, nas palavras do ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, que os habitantes do enclave palestiniano estão a sofrer “uma fome induzida” por Israel.

“É uma vergonha para toda a humanidade”, lamentou o ministro espanhol, que exigiu que o Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu permita a passagem “permanente, ininterrupta e livre” de toda a ajuda humanitária necessária.

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, que se encontra atualmente na região para discutir um possível cessar-fogo entre Israel e o Hamas e a “dramática” situação humanitária dos habitantes de Gaza, afirmou, por sua vez, que Berlim “não poupa esforços para ajudar a população” palestiniana.

“Perante a situação absolutamente dramática, o lançamento de ajuda por via aérea é uma forma adicional de fazer chegar rapidamente os fornecimentos urgentes aos mais necessitados. Ao mesmo tempo, continuamos a trabalhar intensamente para restabelecer a rota humanitária terrestre com as organizações das Nações Unidas, que não pode ser substituída por lançamentos aéreos”, sublinhou o ministro alemão.

O diretor da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA), Philippe Lazzarini, criticou esta sexta-feira os lançamentos aéreos de ajuda humanitária em Gaza, afirmando que são dispendiosos e menos eficazes do que o transporte efetuado por camiões.

“Os lançamentos aéreos são pelo menos 100 vezes mais caros do que os camiões. Os camiões transportam o dobro da ajuda dos aviões”, referiu Lazzarini na rede social X.

Desde outubro de 2023, data que marca o início do conflito em Gaza, mais de 150 pessoas já morreram de desnutrição e fome, a maioria crianças, segundo o Ministério da Saúde do enclave, tutelado pelo Hamas.

Como Bob Wilson esticou o teatro e o tempo

Foi a partir do início dos anos 1990 que Bob Wilson (1941-2025) se tornou uma presença mais ou menos regular em Portugal, com cada visita a assumir as proporções de um acontecimento excepcional. Um dos desses acontecimentos foi a estreia de O Corvo Branco na Expo’98, no então novíssimo Teatro Camões, um espectáculo em colaboração com o compositor norte-americano Philip Glass e com libreto da escritora portuguesa Luísa Costa Gomes.

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A Ilha dos Faisões troca hoje de nacionalidade. Só volta a ser espanhola daqui a 6 meses

Afinal, a Ilha dos Faisões é de quem? Depende. Hoje é francesa, mas ontem era espanhola. Daqui a cinco meses continuará a ser espanhola, mas daqui a sete será francesa. Chegou o dia. Há precisamente meio ano, assinalámos que a Ilha dos Faisões voltava a ser espanhola. Pero… se acabó. A Ilha dos Faisões volta, a partir de hoje e durante seis meses, a ser a Île des Faisans. Mas os espanhóis que não se aborreçam muito… Não vale a pena, visto que, daqui a seis meses, vuelve la Isla de los Faisanes. Parece muito confuso, mas, na realidade, é

IGAS conclui que morte de homem em Vendas Novas não pode ser atribuída a atraso do CODU

A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) concluiu mais um dos seis inquéritos que estavam em falta dos 12 abertos às mortes alegadamente causadas pelos atrasos no atendimento do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), durante os dias da greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar em Novembro de 2024. E concluiu que a morte de um homem de 73 anos, residente em Vendas Novas, no dia 31 de Outubro de 2024 (véspera de um fim-de-semana prolongado), não pode ser directamente atribuída à demora no atendimento, apesar de ter existido um “efectivo atraso”.

De acordo com uma nota da IGAS tornada pública esta sexta-feira, “concluiu-se que, não obstante se ter verificado um efectivo atraso no atendimento que condicionou o socorro médico à vítima, não é possível o estabelecimento de nexo de causalidade entre a demora e o desfecho fatal verificado uma vez que as probabilidades de sobrevivência seriam bastante limitadas, quase nulas, atento o quadro clínico do utente”.

Em causa está a morte de um homem de 73 anos que se sentiu mal em casa em Vendas Novas e que não conseguiu obter assistência atempada. Segundo fontes locais citadas na altura, o atendimento demorou mais de 40 minutos e foi necessário o recurso aos Bombeiros de Vendas Novas, que só conseguiram activar o INEM após considerável atraso. A situação resultou na morte do homem em casa.

O relatório foi aprovado no dia 30 de Julho e remetido a várias entidades: ao Conselho Directivo do INEM para que avalie as alterações que considere necessárias ao funcionamento do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM); ao Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Alentejo Central para conhecimento das conclusões e propostas; ao Ministério Público, Procuradoria da República da Comarca de Montemor-o-Novo, onde corre um inquérito judicial sobre esta ocorrência; e ao gabinete da Ministra da Saúde Ana Paula Martins para conhecimento. Este é o sétimo inquérito a ser concluído pelas IGAS, sendo que há ainda cinco investigações a decorrer.

Recorde-se que no início de Junho, de forma a agilizar estas investigações, o inspector-geral da Saúde, Carlos Carapeto, decidiu desagregar os 12 casos em investigação e criar igual número de processos autónomos para evitar mais atrasos. A intenção do inspector-geral é que as conclusões fossem sendo conhecidas à medida que os inspectores fossem concluindo cada processo.

Em causa estão mortes em Bragança, Freixo de Espada à Cinta, Tondela, Almada, Castelo de Vide, Vila Nova de Cacela, Vendas Novas, Pombal (nesta localidade, foram duas), Ansião e Matosinhos, bem como uma morte na madrugada de 4 de Novembro de 2024, na freguesia de Vale da Tocha, concelho de Montemor-o-Velho.

Recorde-se que o Ministério Público (MP) tem “em investigação” seis inquéritos relacionados com mortes que ocorreram durante a greve às horas extraordinárias dos técnicos de emergência pré-hospitalar do INEM, que em dois dias coincidiu com paralisações da administração pública, entre o final de Outubro e o início de Novembro do ano passado.

Segundo informação enviada recentemente ao PÚBLICO pela Procuradoria-Geral da República, dois inquéritos referem-se a mortes ocorridas em Bragança. Estão ainda em investigação casos ocorridos em Montemor-o-Novo, Almada, Pombal e Tondela.

Trump envia submarinos nucleares para proximidades da Rússia

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou esta sexta-feira o envio de dois submarinos nucleares para regiões próximas da Rússia.

Donald Trump responde desta forma a declarações de Dmitry Medvedev, antigo presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país.

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“Eu ordenei que dois submarinos nucleares fossem posicionados em regiões apropriadas, apenas em caso de essas declarações tolas e inflamatórias serem mais do que apenas isso”, explicou o líder dos Estados Unidos, numa mensagem publicada nas redes sociais.

Dmitry Medvedev recordou, na quinta-feira, que Moscovo tem capacidades ofensivas nucleares que pode utilizar como último recurso e disse que Trump deve ter cuidado com as suas palavras.

O Presidente norte-americano e o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia têm mantido uma troca de acusações, depois de Trump, a 29 de julho, ter ameaçado o governo de Moscovo com sanções senão acordar um cessar-fogo com a Ucrânia num prazo de 10 dias.

Medvedev acusou Trump de enveredar por um “jogo de ultimatos” e recordou o poderio nuclear da Rússia.

Colisão de dois pesados provoca um morto, um ferido grave e corte da A13 em Penela

Uma colisão entre dois veículos pesados articulados de mercadorias provocou esta sexta-feira um morto e um ferido grave na autoestrada 13 (A13) no município de Penela, distrito de Coimbra, disse fonte da Proteção Civil.

De acordo com fonte do comando sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Leiria, que despachou meios para o local, o acidente aconteceu no sentido sul-norte da A13, ao quilómetro 180, após o nó de Avelar, no distrito de Leiria, embora o local do acidente já seja no distrito de Coimbra.

“Foi uma colisão entre dois pesados articulados de mercadorias, tendo um ficado completamente atravessado na via. Resultou numa vítima mortal e num ferido grave”, esclareceu a fonte.

Na altura, o trânsito no troço da autoestrada ficou cortado nos dois sentidos, tendo já sido reposto, quatro horas depois da ocorrência, no sentido norte-sul para libertar 40 camiões que se encontravam retidos na estrada.

Segundo a mesma fonte, estes veículos pesados não conseguiam fazer inversão de marcha (como sucedeu com as viaturas ligeiras que, com o apoio e orientação da GNR, foram saindo da autoestrada, regressando ao nó de Avelar) e tiveram de esperar pela abertura de uma das vias, que voltou a ser fechada após a retirada dos camiões.

Fonte do Comando Territorial da GNR de Coimbra disse à Lusa, pelas 17h05, que o restabelecimento da circulação no outro sentido “ainda vai demorar”, estando em curso operações de remoção dos dois veículos pesados e de limpeza da via.

Face ao corte da A13, o trânsito está a ser desviado para o IC3, entre Penela e Avelar.

O alerta foi dado às 12h54 e, no local, nas operações de socorro e segurança estão 19 operacionais, apoiados por nove viaturas dos bombeiros voluntários de Ansião, GNR, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da empresa concessionária da A13.

Quatro voos divergiram e 12 foram cancelados no Aeroporto da Madeira devido ao vento

Quatro voos divergiram e 12 foram cancelados esta sexta-feira até às 17h00 no Aeroporto Internacional da Madeira, entre chegadas e partidas, devido ao vento forte na zona leste da ilha.

A página na internet da ANA — Aeroportos de Portugal, que sinaliza os cancelamentos e os voos que divergiram ao longo do dia, alerta que as previsões meteorológicas apontam para condições adversas que podem condicionar a operação (partidas e chegadas), até sábado, solicitando aos passageiros que confirmem o estado do voo antes de se dirigirem ao aeroporto.

Já a Capitania do Porto do Funchal prolongou até às 18h00 desta sexta-feira um aviso de vento forte para a orla marítima do arquipélago da Madeira, indicando que pode atingir os 61 quilómetros por hora.

O vento que se faz sentir na zona de Santa Cruz, onde se localiza o Aeroporto Internacional da Madeira, está a condicionar a operação.

“Zelensky pensou que o argumento da guerra chegava para justificar tudo”, Yaroslav Yurchyshyn, deputado da oposição ucraniana

Vestido com camisa ucraniana típica, preta com bordados brancos, Yaroslav Yurchyshyn, do partido Holos (que significa “voz” ou “voto” em ucraniano), chegou para a entrevista com o Expresso com ar de dever cumprido. O deputado tinha votado a favor de uma lei apresentada ao Parlamento pelo Presidente do país, que não considera perfeita, mas que julga essencial para gerar consenso entre o poder, a sociedade civil e os parceiros europeus. O diploma, aprovado com 331 votos a favor e nenhum contra, e promulgado passadas duas horas por Volodymyr Zelensky, devolve a independência ao Gabinete Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU) e à Procuradoria Especializada Anticorrupção (SAP).

São instituições essenciais para o caminho da adesão à União Europeia (UE), criadas em 2014 depois da Revolução da Dignidade (também conhecida como Revolução de Maidan). Zelensky argumentou que estes mecanismos tinham “forte influência russa” e, por isso, colocou NABU e SAP sob a supervisão do procurador-geral, seu aliado. O povo não gostou e saiu à rua. Kiev assistiu aos maiores protestos desde o início da invasão russa em larga escala, há três anos e meio. O Governo ucraniano mereceu fortes críticas dos parceiros europeus e arriscou-se a ver suspensos milhares de milhões de euros em ajuda externa, fundamentais para manter a economia ucraniana a funcionar.

Na manhã de quinta-feira, enquanto socorristas tentavam resgatar dos escombros as vítimas de mais um violento ataque das forças russas à capital, os parlamentares interromperam as férias e voltaram à Rada, o Parlamento ucraniano, para corrigir o “erro” da semana anterior.

Como correu a votação no Parlamento? Como descreve o ambiente?
Como esperado, ou talvez até além do esperado, a proposta foi aprovada por uma maioria muito expressiva. Como é típico da política, sobretudo agora que a sessão voltou a ser transmitida em direto, cada deputado quis declarar a sua posição ao microfone. O mais importante é que a sociedade foi ouvida. Não houve debate sério sobre se deveríamos ou não restaurar a independência das infraestruturas anticorrupção, isso foi aceite como dado adquirido. O debate foi apenas sobre a melhor forma de o fazer. No fim, todos convergiram para a proposta do Presidente, que corrigiu um erro cometido sobretudo pela sua própria equipa. E foi o melhor desfecho possível. Mesmo num contexto de lei marcial, em que os cidadãos têm meios limitados de influenciar o poder, não podem votar, estão restringidos nos seus direitos de protesto pacífico e nem sequer podem aceder livremente à zona governamental da cidade por razões de segurança, foi possível alcançar uma solução. Isso mostra que a democracia ucraniana não só continua viva em tempo de guerra como está a desenvolver-se.

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