O que esperar do Pontal 2025

A festa do Pontal, a tradicional rentrée do PSD, passou por várias transformações ao longo dos anos, mas em 2025 vai ser o que sempre foi: uma festa a meio do Verão, ao fim da tarde, no Calçadão de Quarteira, com animação (este ano o convidado é o cantor Toy), discursos políticos e muito convívio entre sociais-democratas bronzeados.

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A estrada que pôs duas crianças órfãs e o fogo que levou memórias de infância. Em Seia, as chamas ainda são um trauma

A estrada não tem nome formal, mas isso não lhe tira importância nem memória. Quem passa por aqui acima e abaixo todos os dias e desenha a curva para Vide vai, provavelmente, a pensar nos afazeres do trabalho, que afastam para longe a história de quem aqui perdeu a vida. São os efeitos da passagem do tempo, mas que, rapidamente, são invertidos à mínima chama que apareça na encosta da aldeia de Cide, no concelho de Seia.

“Fiquei impressionada, a gente conhecia-se, éramos como família – vivíamos ao lado um dos outros. Ainda para mais, era um casal jovem, com duas crianças pequenas”. Rosa Correia nasceu em Cide, mas é emigrante em França. Lembra-se bem do dia, em outubro de 2017, em que soube que os vizinhos tinham morrido cercados pelas chamas na estrada, à beira de casa. “Quando há estas situações, ainda nos lembramos mais”, conta à Renascença.

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A aldeia fez o luto, mas não esquece. A própria dificuldade de Bruno Moura em falar do assunto autoexplica-se quando finalmente encontra palavras para resumir o que sente: “Tenho um bocado esse trauma ainda.”

Dessa altura, Bruno também não se esquece da noite de aflição, em que subiu a estrada à revelia das autoridades para mandar mais de três mil litros de água para um barracão, que conhecia desde criança e onde tinha guardado todo o material de construção civil do pai. Não conseguiu e só ali perdeu mais de cem mil euros em equipamento, que não estava protegido por seguros.

PJ detém bombeiro por alegadamente ter ateado quatro fogos

Um bombeiro da corporação dos Bombeiros Voluntários de Ourém foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) suspeito de ser o autor de, pelo menos, quatro incêndios florestais neste concelho, nos meses de Junho e Julho, foi hoje anunciado.

No comunicado, a PJ refere que, através do seu Departamento de Investigação Criminal de Leiria, e com o apoio do Grupo de Trabalho Para a Redução de Ignições da Região Centro Litoral, deteve na quarta-feira o suspeito, de 31 anos.

De acordo com a PJ, os incêndios florestais ocorreram em 26 de Junho, e 1, 17 e 19 de Julho.

“O suspeito (…) [terá ateado] o fogo com a utilização de artefactos retardadores, numa zona com vasta mancha florestal, povoada com pinheiro-bravo, carvalhos, eucaliptos e mato, existindo na proximidade vários aglomerados habitacionais e complexos comerciais”, explica o comunicado.

A PJ adianta que “a área ardida foi considerável”, assinalando ainda que, “não fosse a rápida e eficaz intervenção dos bombeiros locais, os incêndios poderiam ter tido proporções mais gravosas”.

A investigação suspeita que o mesmo bombeiro seja o autor de outros incêndios florestais naquele mesmo concelho do distrito de Santarém, atendendo ao padrão espacio-temporal e modo de actuação.

O arguido, residente na zona de Ourém, não tem antecedentes criminais e vai ser presente à autoridade judiciária competente, para eventual aplicação de outras medidas de coação.

À agência Lusa, fonte da Directoria do Centro da PJ, sediada em Coimbra, afirmou que a investigação acredita que o arguido produziria os próprios artefactos utilizados, atendendo aos objectos apreendidos no decurso das buscas.

Segundo a mesma fonte, a investigação admite que a acção do suspeito ter-se-á devido a benefícios pecuniários que poderia ter ao ser activado para combater os incêndios.

A detenção teve o apoio do Grupo de Trabalho Para a Redução de Ignições da Região Centro Litoral, que inclui PJ, Guarda Nacional Republicana e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Ourém, Guilherme Isidro, explicou que “a PJ, no seguimento da investigação, fez diligências junto de um bombeiro desta corporação e aqui na corporação, no que diz respeita aos pertences pessoais do bombeiro, que acabou detido”.

“A corporação estará sempre disponível para colaborar com as autoridades naquele que é o seu trabalho de investigação e aguarda com serenidade o cabal esclarecimento da situação”, declarou Guilherme Isidro.

Este responsável esclareceu que o bombeiro detido é voluntário na corporação há seis anos e funcionário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ourém.

“Neste período, foi sempre um elemento cumpridor das suas obrigações”, garantiu o comandante. Segundo a GNR, até ao dia 31 de Julho, foram detidas 36 pessoas em flagrante delito e identificadas 525 pessoas pela prática do crime de incêndio rural, tendo ainda, neste período, sido registados 2 979 crimes de incêndio.

Enganava alarmes das lojas com papel de alumínio. Foi apanhado na Av. da Liberdade

Um homem de 51 anos foi apanhado na semana passada pela polícia a sair de uma loja da Avenida da Liberdade, em Lisboa, com 11 T-shirts e três pares de óculos. Nem o vestuário nem os acessórios tinham passado pela caixa registadora, graças a um expediente bem conhecido das autoridades: recorria a papel de alumínio para neutralizar os alarmes das lojas, um clássico neste tipo de furtos, tendo também na sua posse, além de um rolo deste material, um alicate para cortar os alarmes. “Encontrava-se bastante apetrechado para cometer estes ilícitos criminais e denotava bastante prática”, descreve em comunicado a PSP, que o interceptou “quando saía em passo acelerado de uma das lojas da Avenida, o que levantou suspeitas”.

Tanto nesta zona de lojas de luxo como na Baixa, comerciantes e lojistas têm-se queixado ultimamente do aumento dos furtos e dos roubos, motivando acções de vigilância das autoridades. O ladrão da Avenida “andava bastante activo nos últimos dias”, refere a PSP, acrescentando que, no ano passado, ainda se encontrava na prisão pelo mesmo tipo de delito, tendo sido libertado ainda em 2024. Irá agora ser julgado. As T-shirts e os três pares de óculos, que subtraiu de uma casa de óptica, foram avaliados em 530 euros.

Outro homem, mais novo e natural da Gâmbia, foi igualmente detido na semana passada por se dedicar ao mesmo tipo de actividade, também na Baixa de Lisboa. Com 23 anos de idade, “andava já a ser investigado devido à sua conduta bastante violenta”, explica a PSP. É suspeito de roubar telemóveis nas estações do metro e do comboio e o arrombamento da montra de uma loja da Rua do Carmo, durante a madrugada, rendeu-lhe 2400 euros. Para se apoderar de três auriculares de um estabelecimento comercial da Rua dos Fanqueiros, ameaçou a empregada com uma garrafa de vidro. Mesmo assim, esta ainda o perseguiu rua fora, numa tentativa de reaver os bens furtados. A sua actuação na Baixa tornou-se de tal forma notória que já corria em vídeos nas redes sociais. Presente a primeiro interrogatório judicial, ficou a aguardar julgamento em prisão preventiva.

“Não podemos continuar assim” na Ucrânia e em Gaza, diz Leão XIV

O Papa Leão XIV apelou esta quarta-feira a um cessar-fogo na Ucrânia, ao fim da fome na Faixa de Gaza e à libertação dos reféns.

Em declarações aos jornalistas em Castel Gandolfo, o bispo de Roma defendeu a “diplomacia suave” do Vaticano para questões que “não podem ser resolvidas através da guerra”.

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Sobre o encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, marcado para sexta-feira, no Alasca, o Papa mantém a esperança numa trégua nos combates.

“Temos sempre que procurar um cessar-fogo. A violências, as muitas mortes, devem parar. Vamos ver como conseguirão chegar a um acordo, porque, depois de todo este tempo, qual é o propósito da guerra? Temos sempre que procurar o diálogo, os esforços diplomáticos, não violência nem armas”, declarou o Papa natural dos Estados Unidos.

Questionado sobre uma eventual deportação da população da Faixa de Gaza, numa altura em que Israel prepara uma ocupação total, Leão XIV mostra-se “muito preocupado”.

“A crise humanitária deve ser resolvida. Não podemos continuar assim. Conhecemos a violência do terrorismo e o honramos aqueles que morreram, bem como os reféns – eles têm que ser libertados. Mas também temos que pensar nas muitas pessoas que estão a morrer de fome”, declarou.

Sobre o papel do Vaticano nos esforços para resolver estes conflitos, o Papa diz que a Santa Sé “não os pode parar”, mas está empenhada.

“Estamos a trabalhar, digamos assim, através de uma ‘diplomacia suave’, sempre convidando, encorajando o caminho da não violência através do diálogo e procurando soluções – porque estes problemas não podem ser resolvidos com a guerra”, salientou.

O Papa Leão XIV falava aos jornalistas à entrada da Villa Barberini, em Castel Gandolfo, onde vai passar alguns dias de férias, mas com várias atividades na agenda.

IGEC abriu inquérito a escola onde alunas receberam informação errada sobre exames

A Inspecção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) instaurou um processo de inquérito à directora de turma e à direcção do Agrupamento de Escolas de Ponte de Lima, onde quatro alunas se queixam de lhes ter sido prestada informação errada sobre os exames nacionais, o que teve como consequência o chumbo a uma disciplina e a retenção no ensino secundário. O processo foi aberto na sequência de uma queixa apresentada pelos encarregados de educação de duas alunas, diz o Ministério da Educação em resposta a uma série de esclarecimentos que tinham sido pedidos pelo PÚBLICO sobre este assunto.

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“Envergonhado” com falha de três Canadair, Gouveia e Melo pede fim do “improviso”

Perante os incêndios que se têm propagado com violência pelo país, e cujo combate se transformou numa rotina diária dos bombeiros nas últimas duas semanas, o candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo partilhou uma mensagem nas redes sociais em que diz ter-se sentido “envergonhado” pela avaria de três aviões Canadair — que considera ser “inaceitável” e que entende representar o “colapso da organização”​ —, e declara: “Não podemos continuar a improvisar. Isto é o Estado do improviso.”

Num vídeo de cerca de dois minutos, o candidato presidencial argumenta que “ano após ano, após ano”, o fogo continua a destruir “as nossas florestas e o nosso ambiente”, deixando uma crítica implícita quanto às lições que deveriam ter sido retiradas do incêndio de Pedrógão: “O que hoje vejo outra vez na televisão — sete anos depois, oito anos depois —, é exactamente a mesma situação.”

O candidato presidencial defende que é “inaceitável, em termos de planeamento e organização, que três meios aéreos, que são os Canadair, de repente ficassem todos avariados”. “​Há aqui falhas estruturais que têm que ser resolvidas e que têm que ser combatidas”, afirma, dizendo ter-se sentido “completamente envergonhado enquanto um agente do Estado, enquanto português” perante essa falha. E justifica: “Porque isto é o colapso da organização e nós temos que fazer qualquer coisa.”

Para o ex-militar, que surge em algumas imagens ao longo do vídeo em operações de apoio às populações afectadas pelos incêndios de 2017 — altura em que era vice-chefe do Estado-Maior da Armada —, é preciso “desenvolver uma economia da floresta” e “fazer povoamento do interior outra vez”.

“Não podemos ter mais de metade do nosso território praticamente despovoado, com uma densidade habitacional muito baixa. Nós temos de fazer planeamento florestal, desmatamento, substituição de algumas espécies, combater alguns interesses económicos de monoculturas e, depois, em termos da prevenção e do combate aos incêndios, temos de unir o Estado todo com uma resposta sólida, organizada e planeada. Não podemos continuar a improvisar. Isto é o Estado do improviso.”

Gouveia e Melo apela também ao combate de “alguns interesses económicos de monoculturas”.

Por fim, deixa uma promessa: “Eu, se for eleito como Presidente da República, farei tudo para combater isto.”

Centeno arranja plano B para substituir director de informática arguido

O Banco de Portugal mudou de director de informática, um departamento que foi apanhado no meio de duas investigações judiciais nos últimos meses. Aliás, o agora ex-director é um dos visados num dos casos desde Abril, tendo mesmo sido constituído arguido.

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Marque no calendário: Feriados e fins de semana prolongados até ao final de 2025 e em 2026

O quente mês de agosto está a meio, muitos portugueses estão de férias, mas para quem está a trabalhar aproxima-se um fim de semana prolongado: sexta-feira, dia 15, feriado da Assunção de Nossa Senhora.

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Até ao fim de 2025, o calendário indica que vamos ter ainda cinco feriados nacionais pela frente, que passam a seis se contarmos com o 1 de janeiro.

  • 5 de outubro: Dia da Implantação da República, um domingo;
  • 1 de novembro: Dia de Todos os Santos, um sábado;
  • 1 dezembro: Restauração da Independência, segunda-feira;
  • 8 dezembro: Imaculada Conceição, segunda-feira;
  • 25 de dezembro: Dia de Natal, quinta-feira;

No calendário para 2026, com o Dia de Ano Novo, estão marcados 12 feriados nacionais, com possibilidade de pontes e fins de semana prolongados.

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