Reforço de confiança de 18,3 milhões de euros

SAD investe forte na contratação em definitivo de Nehuén Pérez, por 13,3 M€, e na compra de mais 15 por cento do passe de Samu, por 5 M€

Conforme Record deu conta na sua edição de domingo, Martín Anselmi e André Villas-Boas já estão a planificar a próxima época e, nesse sentido, o dia de ontem trouxe novos sinais ao mercado. Movimentos já planeados, mas igualmente importantes por se traduzirem num investimento de 18,3 milhões de euros para assegurar a contratação em definitivo de Nehuén Pérez, por 13,3 milhões que acrescem aos 4 milhões da cedência, e o reforço da aposta em Samu, com a aquisição de mais 15 por cento do passe por 5 milhões.

Por José Miguel Machado e André Monteiro

Lebedenko na órbita do V. Guimarães

Lateral-esquerdo, de 26 anos, está em final de contrato com o Vizela

Uma das figuras da excelente campanha do Vizela na Liga Portugal Meu Super, Lebedenko está referenciado pela SAD do V. Guimarães como possível alvo para a próxima temporada. A cumprir a segunda época nos vizelenses, o lateral-esquerdo, de 26 anos, está em final de contrato e, por isso, livre para assinar por outro clube.

Por Marques dos Santos

Intocável: Di María e mais dez nos grandes jogos

Extremo foi titular em todos os jogos frente aos rivais desde que voltou à Luz e procura agora primeiro golo aos leões

Di María chegará ao dérbi com um período de três semanas sem competir, mas Bruno Lage tem duas garantias: o extremo mostra-se apto a nível físico e, sobretudo, está talhado para jogos grandes. Desde que voltou ao Benfica, o internacional argentino foi titular nas 11 partidas frente aos eternos rivais e foi uma das grandes figuras em vários desses clássicos.

Por Nuno Miguel Ferreira e Rafael Soares

Marquês veste-se à campeão: Câmara de Lisboa em contrarrelógio

Possibilidade de haver decisão já no sábado deu tiro de partida em operação ímpar. Tudo fechado hoje

Record tinha, logo no dia 16 de abril, noticiado que o dérbi de 10 de maio – no próximo sábado (18h00) –, entre Benfica e Sporting, podia dar campeão, e que esse facto tinha precipitado o pontapé de saída nas diligências da Câmara Municipal de Lisboa.

Por Bruno Fernandes e Nuno Miguel Ferreira

José Faria: «O Rio Ave tem um passado forte e devia querer vencer sendo melhor»

Treinador do Estrela da Amadora deixa críticas depois da derrota frente aos vila-condenses

No final do Rio Ave-E. Amadora (2-0), José Faria falou no facto do encontro ter sido adiado devido ao mau tempo, mas sublinhou que não foi por isso que a equipa perdeu. O treinador do Estrela deixou ainda algumas críticas ao adversário.

“Estamos numa fase muito importante da época e, por mais que tentemos controlar a ansiedade e os nervos, a importância do jogo para ambas as equipas tornou as coisas mais difíceis. Quem marcasse primeiro podia desbloquear o jogo. O Rio Ave aproveitou um erro nosso e conquistou um penálti. Depois acabaram por vencer bem. O Rio Ave foi melhor, tem um grande plantel e jogadores de qualidade, como o André Luiz, que já foi nosso. Mostrou um nível alto. Dou os parabéns ao clube e às gentes de Vila do Conde. Adiamento do jogo? Não quero usar isso como desculpa, mas foram três dias fora de casa. Não tivemos campo, nem equipamento próprio. O Rio Ave voltou a casa, treinou, estava mais preparado. Num jogo equilibrado, os pequenos detalhes contam. Mas não foi por isso que perdemos”, disse o técnico do Estrela, que ainda não tem a permanência garantida.

“No jogo da primeira volta, vencemos, mas houve um momento infeliz com os apanha-bolas, incentivados pelo público, a atirarem bolas para o campo. Não foi algo premeditado pelo Estrela. Assumi responsabilidade, falei com eles, e nunca mais aconteceu. Lamentavelmente hoje pareceu vingança. O Rio Ave é um clube histórico, de uma região de gente trabalhadora. Tem um passado forte e devia querer vencer sendo melhor. Mas hoje não foi o exemplo certo para os mais novos.”

Gutto: “Ir para o Interior foi a melhor decisão de saúde mental e física que tomei. Um mês depois de estar lá melhorei exponencialmente”

O Tal Podcast

Podcast

Da cultura do hip hop, que o ajudou a procurar um sentido para a sua identidade, à máquina que hoje pressiona os músicos para não pararem de produzir sucessos e dar concertos, Gutto fala sobre música, cultura, Portugal e a sua nova vida no campo. Oiça aqui a conversa com o músico que fez história com os Black Company, popularizados pelo hit “Nadar”, e tantos outros sucessos que marcaram a década de 90

Apresenta-se como alguém “muito fechado, muito envergonhado, e muito introspectivo”, mas que, quando sobe ao palco, transforma-se. Augusto Armada nos documentos, e Gutto na assinatura artística, o músico revela, neste episódio, que prefere estar no seu canto, longe da exposição.

“Não é uma coisa específica minha. Conheço muitos artistas que são também assim”, aponta o ex-integrante dos Black Company, pouco ativo nas redes sociais, mas cada vez mais presente no equilíbrio da vida fora dos ecrãs.

Nuno Fox

“A ida para o interior foi a melhor decisão de saúde que tomei, não só mental”, conta o improvável agricultor, hoje aos comandos da própria quinta. “Um mês depois de estar lá, a saúde física melhorou exponencialmente”, diz, completamente rendido à desaceleração dos dias. Mas mais do que fazer a ‘prova de vida’ do músico, nesta conversa percorremos alguns dos marcos da sua carreira.

A começar pelo êxito “Nadar”, passando pela composição “Ser Negro”, sem esquecer a amizade com Boss AC, parceiro de vários projetos, incluindo uma turné nacional focada na Educação e Inclusão.

Nuno Fox

Reconhecido como um pioneiro do hip-hop e do R&B em Portugal, Gutto fez história com os Black Company, popularizados pelo hit “Nadar”, e tantos outros sucessos que marcaram a década de 90.

Além da projeção coletiva, destacou-se a solo, a partir do seu “Private Show”, álbum que, em 2022, celebrou duas décadas de existência, mote para um raro espetáculo, combinado com a festa do seu 50.º aniversário.

Hoje a caminho dos 53 anos, Gutto, nascido em Luanda e educado na margem Sul do Tejo, dedica-se à formação e ao coaching comportamental, e vai matando saudades do palco com atuações pontuais.

Para trás ficou o sonho de se tornar juiz, alimentado desde os 12 anos, e reformulado a partir de uma carreira inesperada na música, que conseguiu conciliar com a licenciatura em Direito. Sempre atento ao ritmo e poesia da vida, usa as redes sociais com muita moderação, e recentemente trocou a cidade pelo campo, onde se deleita a escutar os passarinhos, a apanhar azeitonas e fruta, e a fazer azeite.

Oiça aqui a conversa do músico com Georgina Angélica e Paula Cardoso, n’O Tal Podcast.

Nuno Fox

O Tal Podcast é um podcast semanal dedicado às relações interpessoais e aos afectos humanos. Através de conversas profundas com convidados notáveis, o podcast revela uma narrativa original e abre as portas a uma comunidade internacional de reflexão e de interesse.

Pioneiro na cultura negra e afro-descendente em Portugal, é um espaço onde cabem todas as vidas, emocionalmente ligadas por experiências de provação e histórias de humanização.

Em longas conversas sem guião, Georgina Angélica e Paula Cardoso apresentam convidados especiais, em novos episódios, todas as quintas-feiras nos sites do Expresso, SIC e SIC Notícias ou qualquer plataforma de podcasts.

Tiago Pereira Santos com Nuno Fox

Georgina Angélica é especialista em Educação e Intervenção Social. Atua como educadora, formadora e palestrante, com mais de 20 anos de experiência em Portugal, Inglaterra e Angola.

Paula Cardoso é fundadora da rede Afrolink e autora da série de livros infantis ‘Força Africana’. É ainda apresentadora do programa de TV “Rumos” , transmitido na RTP África.

Ouça aqui mais episódios d’O Tal Podcast:

Luis Galván, campeão do mundo pela Argentina, morre aos 77 anos

O antigo defesa conquistou o Mundial de 1978

Luis Galván, defesa-central que foi campeão do mundo pela Argentina, morreu na segunda-feira, aos 77 anos.

“A Associação do Futebol Argentino, através do seu presidente Claudio Tapia, lamenta o falecimento do defesa campeão do mundo com a Seleção Argentina em 1978, Luis Galván, e expressa as suas condolências aos familiares e entes queridos”, pode ler-se na nota divulgada pela AFA.

Através de uma publicação nas redes sociais, o Talleres, clube onde Luis Galván é um ídolo, lamentou a morte do antigo futebolista: “É com grande tristeza que comunicamos o falecimento de Luis Adolfo Galván, emblema do Clube e Campeão do Mundo pela Seleção Argentina em 1978. Acompanhamos a sua família e entes queridos neste momento, e elevamos as nossas orações para o descanso eterno da sua alma”, lê-se no comunicado. O ex-internacional argentino, que conquistou o título mundial pela Albiceleste em 1978, é até aos dias de hoje o futebolista com mais jogos oficiais pelo Talleres, com 502 partidas realizadas.

De acordo com a imprensa internacional, a causa da morte não foi divulgada.

Por Record

Rui Ferreira: «Estamos frustrados, mas acreditamos muito que vamos conseguir»

Treinador do AVS reage à derrota caseira frente ao Boavista

Após o AVS-Boavista (1-2), Rui Ferreira, treinador da formação da Vila das Aves, reforçou que mantém a confiança que a equipa vai conseguir chegar ao playoff e evitar a despromoção.

“Entrámos bem no jogo, chegámos ao golo com naturalidade e de forma meritória. O jogo ficou depois marcado pelo lance em que falhámos o segundo, por Piazón, e, depois, num lance inesperado, com um remate cruzado, sofremos o empate. O Boavista acreditou e no último ‘suspiro’ voltou a marcar, num lance que tem sido recorrente ao longo da temporada. Podemos estar a falar aqui de algum nervosismo, alguma ansiedade, e acabamos por cometer erros. Fruto muitas das vezes da pressão que existe, os jogadores acabam por cometer erros. É mais do lado mental. Não tivemos a sorte do jogo do nosso lado. Não temos andado confortáveis e a pressão é para todos. Faltam dois jogos, nada está decidido. Estamos frustrados, mas acreditamos muito que vamos conseguir”, afirmou o treinador dos avenses.

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Girona regressa aos triunfos na Liga espanhola 11 jogos depois

O Girona regressou hoje aos triunfos na Liga espanhola de futebol depois de 11 jogos sem vitórias, ao bater o Maiorca por 1-0, em jogo da 34.ª jornada do campeonato.

A jogar em casa, o Girona marcou o único golo da partida logo aos 10 minutos, por intermédio do uruguaio Cristhian Stuani, com o Maiorca, que contou com o português Samu Costa a titular e Chiquinho como suplente não utilizado, a não conseguir responder, numa altura em que luta por um lugar europeu.

O Girona, grande surpresa da época passada, com um terceiro lugar que lhe valeu a inédita presença na Liga dos Campeões, estava há 11 jogos sem vencer no campeonato, somando sete derrotas e quatro empates.

O último triunfo tinha sido há mais de três meses, quando venceram o Las Palmas, por 2-1.

Com este resultado, o Girona está no 15.º lugar do campeonato, com 38 pontos, seis acima da zona de despromoção, enquanto o Maiorca é 10.º, com 44, e desperdiçou a oportunidade de entrar em zona europeia.

Os maiorquinos têm os mesmos pontos do Rayo Vallecano, que é oitavo, última posição de acesso à Liga Conferência, e do Osasuna, nono, enquanto o Celta de Vigo tem 46, no sétimo posto, lugar de Liga Europa.

​Lágrimas no Couço. “Temos obrigação de honrar a memória”

Conhecida como “aldeia vermelha”, o Couço, em Coruche, distrito de Santarém é terra onde as memórias do passado vivem-se com lágrimas presentes.

Paulo Raimundo ainda nem era nascido no 25 de abril, mas sabe ligar-se a quem enfrentou os tempos da resistência ao regime de Salazar. Quando o secretário-geral chegou para o almoço na Casa do Povo do Couço foi, como não raras vezes acontece, cumprimentar as gentes que, nas cozinhas (mais ou menos) improvisadas, prepararam a refeição.

Raimundo encontrou meia-dúzia de senhoras já com mais idade que tinham tudo pronto para servir o almoço – sopa com legumes de uma horta local e carne de porco à portuguesa. Beijinhos à direita, beijinhos à esquerda e logo uma senhora emociona-se e larga em lágrimas. Recorda o marido, “um grande comunista”. Raimundo abraça a senhora e consola-a como pode e segue para o seu lugar na mesa principal.

Quando toma a palavra, Raimundo alude a esse passado. “Como sabem, sou secretário-geral não é assim há tanto tempo… O ano passado em campanha aqui estivemos e em anteriores campanhas acompanhei quer o camarada Jerónimo [de Sousa], tive o privilégio de acompanhar o [Carlos] Carvalhas também em outras iniciativas, passando aqui no Couço… Não tive esse privilégio de acompanhar o Álvaro [Cunhal] aqui no Couço, mas ele esteve cá”, começa por dizer, como quem explica que há uma gratidão dos secretários-gerais para com aquele povo.

"Cheguem-se os 'Joões' à frente." Na freguesia comunista de Couço pede-se um sucessor para Jerónimo

“O facto de virmos ao Couço em campanha eleitoral é porque também temos a obrigação de honrar essa memória e essa história”, acrescenta.

À sua frente estão mais de 100 pessoas, maioritariamente reformados, que durante quase meia hora escutam atentamente Raimundo. Uma delas é Maria Antónia Sabino, acompanhada do marido, sentado numa cadeira de rodas.

Maria Antónia, 70 anos, sempre passados no Couço, diz que o discurso de Paulo Raimundo foi “muito bom”.

Questionada sobre o que mudou na terra em sete décadas, responde que “pouco”. “Quando eles entraram [na altura da revolução] mudou alguma coisa, mas nos últimos anos… nada”.

Raimundo não fica muito mais tempo. Segue a caravana da CDU e ficam os da terra a acabar de arrumar a Casa do Povo.

Não se sabe quando serão as próximas legislativas, mas será praticamente certo que o secretário-geral do PCP ao Couço voltará.

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