David Fonseca, Ana Bacalhau e Gisela João no Festival Dunas de São Jacinto em Aveiro

O Festival Dunas de São Jacinto está de regresso a Aveiro, de 22 a 24 de agosto, com concertos com David Fonseca, Ana Bacalhau e Gisela João, voos acrobáticos e um espetáculo noturno inédito, foi anunciado esta terça-feira.

“Com um cartaz musical de referência e um programa abrangente, gratuito e para todas as idades, o evento volta a celebrar o verão num território de elevada riqueza natural, com forte envolvimento comunitário“, refere uma nota camarária.

Um dos destaques vai para a estreia de “Palais des Aux”, um espetáculo noturno que será apresentado nas noites dos dias 22 e 23, com música, luz e projeção em grande escala, reforçando a componente imersiva do evento.

No dia 23 à tarde, regressa também o Aveiro Air Show, com manobras acrobáticas sobre a Baía de São Jacinto.

Na música, estão previstos concertos com Gisela João (dia 22), Ana Bacalhau (dia 23) e David Fonseca (dia 24), todos na Praça Carlos Roeder, com início às 22h00 nos dois primeiros dias e às 18h00 no dia de encerramento.

A programação musical inclui ainda atuações de Best Youth e Minta & The Brook Trout, além de espetáculos de novo circo e artes performativas como Gota, Las Cosas Imposibles e Matraka ma non Troppo.

No dia 24, o destaque vai para o FLY-IN Dunas 2025, o maior encontro nacional de aeronaves ultraleves, que volta a reunir dezenas de pilotos no Regimento de Infantaria n.º 10.

Ao longo dos três dias, haverá experiências de surf, stand up paddle, canoagem, frisbee, caminhadas, torneios desportivos, oficinas ambientais e o tradicional Festival de Papagaios, além da abertura ao público do Centro Interpretativo da Reserva Natural das Dunas de São Jacinto.

A componente cultural é reforçada com uma nova exposição sobre a história da Base Militar em São Jacinto, a presença da Biblioteca Itinerante “Dunas com História” e visitas guiadas pelo Trilho da Natureza, promovendo a valorização ambiental e o conhecimento do território.

Mantendo o compromisso com a mobilidade sustentável, estarão disponíveis os serviços de Eco-Taxi, E-Bike Xperience, o programa POP Verão (Programa Operacional Pedalar) e o circuito especial do ferryboat. Durante o evento, será assegurada a ligação entre os diferentes pontos de interesse, promovendo a acessibilidade a toda a população, refere a mesma nota.

B&B Hotels inaugura hotel no centro do Porto com 176 quartos

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Com 176 quartos e localização central, o novo hotel da B&B Hotels no Porto representa mais um passo na expansão da cadeia em Portugal.

A B&B Hotels reforçou a sua presença em Portugal com a abertura de um novo hotel no Porto, assinalando a estreia da marca no centro da cidade. Situado na zona de Lordelo do Ouro e Massarelos, o B&B Hotel Porto Centro Massarelos representa mais um passo na estratégia de expansão da cadeia francesa, assente numa abordagem funcional e acessível, com foco na relação qualidade-preço.

Este é o terceiro hotel da marca no município do Porto, e o primeiro localizado em pleno centro da cidade. Se incluirmos a unidade de Vila Nova de Gaia, trata-se do quarto hotel na área metropolitana do Porto. Com esta abertura, a B&B Hotels passa a contar com 18 unidades em Portugal, totalizando 77 hotéis na Península Ibérica.

A nova unidade oferece 176 quartos pensados para acolher tanto turistas como viajantes em negócios, com um design ajustado às exigências do quotidiano, segundo o conceito “Smart Simplicity” – uma filosofia que valoriza o essencial, eliminando o supérfluo.

A localização central proporciona fácil acesso a zonas emblemáticas como o centro histórico do Porto, a área universitária e a ribeira do Douro, permitindo aos hóspedes uma experiência urbana completa, sem abdicar do conforto nem da conveniência. Os quartos estão equipados com ar condicionado, Wi-Fi de alta velocidade, Smart TV com Chromecast, bem como café e bebidas quentes disponíveis gratuitamente. O pequeno-almoço buffet e a receção aberta 24 horas por dia completam os serviços disponibilizados.

Há “algum incómodo” com a lei dos estrangeiros, admite João Lourenço

Angola ainda não manifestou o desconforto claro com a lei dos estrangeiros aprovada no parlamento português como Brasília o fez mas, “de facto, existe algum incómodo” admitiu João Lourenço numa entrevista TVI/CNN Portugal em que garantiu que “Angola fez mais em 50 anos do que o regime colonial em 500 anos”

“O Brasil teve a coragem de manifestar já esse mesmo incómodo. Nós até aqui não dissemos nada, mas é evidente que estamos a seguir a evolução da situação com muita atenção”, disse o Presidente angolano esta terça-feira à noite.

“O países são soberanos” começou por referir o chefe de Estado. “Você só recebe na sua casa quem você quer, ninguém lhe pode impor outras pessoas que não quer”, exemplificou, dirigindo-se ao jornalista. Mas, ressalvou, “não se deve fugir da prática internacional em termos de imigração”. Até porque, argumentou, “hoje são uns, amanhã são outros, no passado foram outros”, sublinhando que “os portugueses emigraram para todo o mundo”. Logo, apelou, “o mínimo que a gente exige que Portugal não trate os imigrantes que escolheram Portugal para fazer a sua vida de forma pior do que os países que os acolheram ao longo dos anos”.

Este será um dos temas que estará em cima da mesa no encontro do Presidente angolano como o seu homólogo português, na visita de três dias que faz no final desta semana a Portugal, acredita João Lourenço. “Nós Angola temos imigrantes, mas como presidente da União Africana, tenho de falar de africanos de forma geral”.

No entanto, João Lourenço não acredita que tenha sido por causa da imigração que alguns chefes de Estado não estiveram na cimeira da CPLP.

“A razão não é a da imigração. Se fosse, talvez alguns países africanos não estivessem como sinal de protesto, razão não é essa”, respondeu. Presidentes de Angola, Brasil e Portugal não estiveram presentes. Os “chefes de Estado têm agendas muito preenchidas. Angola tem as suas razões para não estar e não temos que justificar. Quando não dá não dá, mas fomos representados”, explicou João Lourenço.

Sobre os augúrios de que a organização pode ruir se a liberdade de circulação entre os países membros cair, Lourenço frisou que a obrigação de todos “é tudo fazer para evitar que isso possa vir a acontecer para não descambar este grande projeto de comunidade que é a CPLP”.

Questionado sobre a relação Angola/Europa e o papel de Portugal nessa ligação João Lourenço foi muito claro: “A porta de entrada de África ou Angola na Europa não é Portugal, isso não é verdade”. O Presidente angolano esclareceu que Luanda tem “relações com qualquer país europeu sem ter de passar necessariamente por Portugal”.

“Não há encomendas acabadas, empacotadas com laços bonitos, dizendo que é a Angola dos meus sonhos ou Portugal dos meus sonhos, isso não existe, os países dos nossos sonhos são para serem construidos todos os dias com altos e baixos, avanços e recuos”, começa por responder Lourenço a uma pergunta sobre se Angola 50 anos depois da independência é o país que se sonhou. E logo a seguir compara o que Luanda conseguiu em meio século comparando com o que os portugueses fizeram em meio milénio. “Angola fez muito mais em 50 anos do que o regime colonial português fez em 500 anos, em quase todos os domínios, em termos de infraestruturas, redes de estradas, produção e distribuição de energia números de escolas, alunos e carteiras, quantidade e qualidade de hospitais”, garantiu João Lourenço. 

O Presidente angolano adianta depois que “esse balanço, com números, comparando o antes e o depois” será apresentado mais perto de novembro, o mês em que Angola celebra os 50 anos de independência. Isto para responder também a “um ou outro saudosista” que diz que “no tempo colonial era melhor” mas que não consegue apresentar factos. “Se calhar ele já comia sozinho um bife enquanto os outros comiam farinha com água, que nós aqui chamamos mongué, mas devia estar isolado numa ilha de milhões de cidadãos angolanos”.

Ator pornográfico matou e desmembrou duas pessoas que transportou em malas. Depois filmou-se a dançar nu

Yostin Andres Mosquera, ator pornográfico de 35 anos, foi considerado culpado pelo homicídio de Albert Alfonso, de 62 anos, e Paul Longworth, de 71 anos, um casal com quem vivia em Londres, após tê-los assassinado, esquartejado e tentado ocultar os corpos, num crime com alegadas motivações financeiras e registado em vídeos.

O crime ocorreu no dia 8 de julho de 2024, num apartamento em Shepherd’s Bush, no oeste de Londres. De acordo com o The Telegraph, Mosquera, cidadão colombiano, estava na casa de Alfonso, que pagava por conteúdos sexuais e encontros com o agressor. A relação era marcada por práticas sexuais extremas, sendo que a última acabou mesmo em homicídio.

Segundo a investigação iniciada pelas autoridades britânicas, o ator pornográfico atacou primeiro Alfonso, ferindo-o mortalmente no tronco, no rosto e no pescoço. As imagens captadas mostram o momento exato do crime, em que o agressor aparece nu, lutando com Alfonso antes de o esfaquear até à morte. Em pleno ato sexual de violência, Mosquera chega mesmo a perguntar “Gostas disto?“, enquanto esfaqueia o sexagenário. Logo depois, canta e dança junto ao corpo, demonstrando frieza e descontrolo.

Paul Longworth, que não tinha participado neste encontro sexual, foi encontrado com sinais de um ataque com martelo, tendo sido atingido na parte de trás da cabeça até 13 vezes, ficando com o “crânio estilhaçado“.

Yostin Mosquera esquartejou e decapitou os corpos, congelou partes dos restos mortais e colocou as restantes em duas malas. Dois dias depois dos homicídios, o ator viajou para Bristol para se desfazer das provas, tendo passado pela ponte suspensa de Clifton.

As suspeitas surgiram quando funcionários da ponte notaram o comportamento suspeito de Mosquera, que carregava duas malas pesadas — uma vermelha e outra prateada — das quais escorria um líquido que tentou justificar como sendo “óleo de peças automóveis”. Um ciclista que passou no local confrontou-o e, desconfiado, filmou a fuga do ator. As imagens captadas revelaram-se cruciais para a investigação, sendo que a polícia foi logo chamada para o local.

Ao abrirem as malas, as autoridades encontraram membros e os troncos das duas vítimas. Os agentes presentes ficaram abalados com a descoberta. “Acho que esta é provavelmente uma das investigações de assassinato mais traumáticas e angustiantes com as quais já lidei”, afirmou um dos polícias responsáveis pelo caso.

“Paul e Albert foram assassinados da forma mais brutal e cruel possível na própria casa. A investigação foi complexa e intensa e trabalhámos incansavelmente para reunir provas que garantissem a justiça contra Mosquera”, pode ler-se na nota da Metropolitan Police, que acrescenta: “A equipa consumiu centenas de horas de vídeos, incluindo algumas das imagens mais perturbadoras e explícitas. Estas imagens ficarão na memória de todos nós durante muito tempo”.

Durante o julgamento, a acusação apresentou provas de que Mosquera realizou pesquisas na internet antes dos crimes, incluindo expressões como “onde é fatal bater na cabeça?” e pesquisas sobre valores de casas e congeladores. Momentos após os homicídios, tentou aceder às contas bancárias das vítimas a partir de um computador — o que fez com que se acreditasse que a motivação do crime foi financeira.

O ator de 35 anos acabou por admitir que matou Alfonso, alegando perda de controlo, mas negou ter assassinado Longworth de forma intencional. O júri do tribunal de Woolwich demorou cerca de cinco horas a deliberar e considerou-o culpado de duplo homicídio.

O juiz, Bennathan KC, anunciou que a sentença de Yostin Andres Mosquera será lida no dia 24 de outubro.

[É sábado. No lobby de um hotel de Albufeira um assassino misterioso espera junto ao bar por um convidado especial: representa a Organização para a Libertação da Palestina. Quando o vê entrar, o terrorista dispara quatro tiros e foge. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o primeiro episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music.]

O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos. Não vamos nessa, Vanessa

Vanessa Kirby, tão espantosa que ela era como a princesa Margaret nas primeiras temporadas de The Crown, tão fantástica que até foi nomeada para o Óscar no já esquecido Pieces of a Woman do húngaro Kornél Mundruczó, tão incrível como a Josefina do Napoleão de Ridley Scott e geralmente a melhor coisa onde quer que apareça, que andas tu a fazer a envergar o fato justo de Sue Storm, a Mulher Invisível?

Está bem, é verdade que o esposo Reed Richards, o Sr. Fantástico, é nada menos do que Pedro Pascal (talvez o único actor a poder verdadeiramente invocar o manto superstar cool de Brad Pitt e George Clooney). E que o Coisa, Ben Grimm, é Ebon Moss-Bachrach, o Richie de The Bear. E que o mano Johnny, o Tocha Humana, é Joseph Quinn, de Stranger Things e Gladiador II. E que por esta quarta tentativa de “activar” o Quarteto Fantástico, a mais azarada das “propriedades intelectuais” da Marvel e a única que ainda não descolou verdadeiramente no grande ecrã, passa gente tão estimável como Natasha Lyonne, Julia Garner, Paul Walter Hauser, Ralph Ineson ou o compositor Michael Giacchino.

Mas, na verdade, o verdadeiro génio que aqui se descobre chama-se Kasra Farahani e é… o designer de produção, responsável por criar a ambientação visual desta Nova Iorque retrofuturista numa “Terra 828” (homenagem ao mestre Jack Kirby) e, por isso, “fora do baralho” do habitual “Universo Cinematográfico Marvel”. Como se o tempo tivesse parado no início da década de 1960 e os avanços tecnológicos tivessem sido filtrados pelo design estilizado, modernista e futurista do “mundo do amanhã” tal como pensado por Walt Disney, Le Corbusier ou Ettore Sottsass. Mas quando é o design de produção que mais se retém de um filme que quer travar o passo ao Super-Homem, há algo que não está bem.

E o que não está bem é muito simples. É que O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos tem tudo o que devia ter, e que era suposto ter, para encher o olho. Só não tem é alma nem originalidade, limitando-se a cumprir as figuras obrigatórias do caderno de encargos do filme de super-heróis. Se foram muito raros os realizadores a conseguirem impor-se à linha de montagem da Marvel, Matt Shakman, que tem experiência sobretudo em televisão (episódios de Mad Men, Nunca Chove em Filadélfia, A Guerra dos Tronos ou WandaVision), dificilmente o alcançaria. E, mesmo quando se tem uma boa ideia de partida (pôr Sue e Reed a serem pais), mais a introdução da Surfista Prateada e do vilão devorador de mundos Galactus, com apreciável fidelidade à era clássica dos comics, tudo acaba por se resumir ao mesmo de sempre: os heróis salvam a Terra dos vilões, há muita porrada, muito efeito especial, muita destruição gratuita, e depois uma cena pós-créditos que deixa a porta aberta para futuras entradas no “Universo Cinematográfico Marvel”.

Vanessa, Pedro, Ebon e Joseph criam uma dinâmica muito credível, mas nem eles, nem o restante elenco, nem o design, nem a música, nada consegue que O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos seja mais do que é: um sorvete de Verão ou um pacote de pipocas, calorias vazias que entretêm e se esquecem assim que se sai do cinema. Com uma vantagem: do logótipo da Marvel ao final do genérico de fim, a duração fica abaixo das duas horas. Já é qualquer coisa.

“Liberdade de educar”. Colégios não estão preocupados com mudanças na disciplina de Cidadania

A discussão sobre a proposta do Governo para a disciplina de Cidadania, e a redução de temas ligados com sexualidade e saúde sexual, passa ao lado dos colégios privados.

O diretor-executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), Rodrigo Queiroz e Melo, considera que, desde que esteja “assegurada a liberdade de educar dentro dos valores que são o projeto educativo de cada colégio, não estamos preocupados”.

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Os colégios não percebem o porquê da discussão que se instalou por causa da disciplina de Cidadania, na sequência da eliminação de temáticas relacionadas com sexualidade.

Cidadania. Pais pedem clarificação de conceitos e conteúdos da nova disciplina

À Renascença, o diretor-executivo da AEEP considera que as críticas não fazem sentido, nem as eventuais mudanças nos conteúdos da disciplina vão interferir nos projetos educativos das escolas privadas.

Rodrigo Queirós e Melo diz que a proposta do Governo é suficientemente abrangente, permitindo às escolas trabalhar os temas propostos.

“Esta discussão, no que toca aos projetos educativos, não tem nenhum impacto. O que estava em vigor até agora era uma lista de temas que deveriam ser abordados ao longo do ano e em diferentes ciclos e de diferentes formas, mas que as escolas geriam como entendessem”, explica o dirigente.

Rodrigo Queirós e Melo olha para a proposta do Governo e vê “grandes temas, que depois cada escola gere como entender”.

“Esta é a riqueza do ensino particular e cooperativo, porque as nossas propostas educativas são baseadas num projeto de valores e de maneira de estar na vida e é esse projeto que os pais vão à procura”, sublinha.

Sexualidade fora da disciplina de Cidadania? Psicólogos alertam para riscos, médicos católicos aplaudem fim da "propaganda"

Os colégios defendem a “liberdade de escolha“ na educação e criticam que “toda a discussão que ouvimos parte do princípio de que alguém pode impor a outrem um modo de educar os seus filhos em valores e em modos de estar”.

“Estando assegurada a nossa liberdade de educar dentro dos valores que são o projeto educativo de cada colégio, não estamos preocupados. Compreendemos as dinâmicas sociais do público, mas não nos metemos nelas”, afirma Rodrigo Queirós e Melo.

O diretor-executivo da AEEP considera que “nenhum pai está à espera que, num colégio de matriz católica, a sexualidade seja tratada da mesma forma de um colégio com matriz laica, muito diferente ou muito progressista em matéria sexual”.

“São mundos diferentes, são valores diferentes e os pais têm direito a ter acesso na educação dos seus filhos aos valores que os pais definem como seus”, defende Rodrigo Queirós e Melo.

Câmara de Loures apresentou queixa contra “comercialização de barracas” no Talude

O presidente da Câmara Municipal de Loures revelou esta terça-feira que apresentou uma queixa-crime ao Ministério Público denunciando uma “teia criminosa” de “comercialização de barracas” no bairro do Talude Militar.

“Estão a comercializar barracas a dois mil e três mil euros cada cinco metros quadrados, com garantia de luz e água”, disse Ricardo Leão, numa cimeira organizada pela SIC Notícias.

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De acordo com o autarca socialista, entre março e julho “quadruplicou o número” de habitações precárias no Talude Militar.

Questionado sobre que “teia criminosa” é essa, Ricardo Leão adiantou: “É uma só pessoa, que está identificada, que tem lá uma barraca também”.

Cotrim espera para ver, Blanco admite que liberal avance mesmo se Moreira entrar na corrida a Belém

Em três dias, dois protocandidatos a Belém no espaço de centro-direita. Depois de o eurodeputado e ex-presidente da Iniciativa Liberal (IL) ter revelado que está a equacionar uma candidatura presidencial, no sábado, na Convenção da Iniciativa Liberal, foi avançado, na segunda-feira, pela CNN que o autarca portuense também está a ponderar entrar na corrida. Rui Moreira deverá anunciar a sua decisão esta noite na estação de Queluz. Já João Cotrim de Figueiredo mantém-se em reflexão e recusa pronunciar-se para já sobre eventuais adversários.

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Há uma ilha americana onde os carros são proibidos. Até a recolha do lixo é feita com cavalos

No coração do Michigan, o estado norte-americano conhecido pela sua indústria automóvel, há uma pequena ilha onde os cavalos ainda são reis. Berço da “Motor City” de Detroit, onde nasceram empresas como Ford, General Motors e Chrysler, o Estado de Michigan, no Estados Unidos, é frequentemente chamado de “a capital mundial do automóvel“. No entanto, ao largo da costa norte do Estado, no Lago Huron, há uma ilha tranquila e pitoresca que atrai viajantes há centenas de anos — e que proíbe carros desde que praticamente eles foram inventados. Bem-vindo a Mackinac, uma ilha de 3,8 quilómetros quadrados, onde vivem

Liga Contra a Sida defende que retirar educação sexual da disciplina de Cidadania é retrocesso de 40 anos

A presidente da Liga Contra a Sida alertou esta terça-feira que retirar a educação sexual da disciplina de Cidadania é um retrocesso de 40 anos, pode agravar o estigma, a desinformação e os diagnósticos tardios de infeções sexualmente transmissíveis.

O alerta de Maria Eugénia Saraiva à agência Lusa surge na sequência das novas aprendizagens essenciais propostas pelo Governo para a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, em consulta pública desde segunda-feira, que deixam de incluir a sexualidade e saúde sexual no ensino básico e secundário.

“Se a proposta do Governo avançar — eu duvido, e por isso apelo para que organizações não-governamentais, mas também investigadores, professores, se juntem — Portugal poderá perder uma das suas principais ferramentas de prevenção” de infeções sexualmente transmissíveis (IST), avisou a psicóloga e especialista em sexologia.

A presidente da Liga Portuguesa Contra a Sida (LPCS), instituição mais antiga na área do VIH em Portugal, sustentou que “a ausência de formação estruturada nas escolas pode aumentar o número de diagnósticos tardios, reduzir o uso de métodos de prevenção e reforçar o estigma e a desinformação na área do VIH e outras infeções sexualmente transmissíveis”.

Nesse sentido, considerou que esta medida representa “um retrocesso de mais de 40 anos na promoção dos direitos humanos e na prevenção de abusos”.

“Num país onde ainda há casos de abusos sexuais, violência no namoro, baseada no sexo ou orientação sexual, discriminação e desinformação, remover o acesso sistemático à educação sexual é negar uma resposta concreta a problemas reais, do nosso dia-a-dia e não me parece correto voltar aos silêncios do passado. Esta formação é fundamental na medida que promove empatia, respeito e ainda cidadania ativa”, defendeu.

No seu entender, “a educação sexual é um direito humano que não se pode revogar”, sendo uma matéria que estava integrada na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento e em projetos de Educação para a Saúde, ao abrigo da lei de 2009 que estabelece o seu enquadramento legal e pedagógico.

“A educação sexual tem sido marcada por avanços legais e sociais significativos, mas não tem sido linear. A partir do ano 2000 (…) houve uma aposta em formação de professores, criação de gabinetes de apoio nas escolas e o envolvimento da comunidade escolar e de centros de saúde e associações como a LPCS, integrando a educação sexual nos currículos escolares”, recordou.

Apesar de serem poucas horas anuais de formação, havia espaço nas escolas para abordar estes temas, ficando demonstrado que “não se trata apenas de uma disciplina curricular, mas de uma ferramenta essencial para proteger, informar, empoderar os jovens, ensinando a dizer não“, defendeu.

“Contrariamente ao que muitos pensam”, quando a LPCS é convidada a ir às escolas não tem apenas como objetivo ensinar a colocar o preservativo, mas também abordar o tema da educação sexual, falando sobre prevenção, métodos de proteção, e promover o rastreio precoce que é essencial para interromper cadeias de transmissão.

“No fundo, capacitar os jovens para reconhecer sinais de alerta e procurar apoio junto de quem os pode orientar, que é fundamental”, disse, elucidando que os países que não têm programas de educação sexual, registam maiores taxas de IST e gravidezes precoces.

Estima-se que 46.764 pessoas vivam com VIH no país, com 95% já diagnosticadas. Em 2023, foram notificados 924 novos casos de VIH, sendo a maioria em homens entre os 20 e os 39 anos. Cerca de 58% dos diagnósticos são tardios, o que compromete o tratamento e aumenta o risco de transmissão, alerta a LPCS.

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