O que significou o abraço de Lage a Akturkoglu? “É alguém que valorizamos muito e conto com ele para sábado”

Akturkoglu regressou de lesão frente ao Nice, no apuramento para o “play-off” da Liga dos Campeões, mas poderá estar de saída para o Fenerbahçe? O treinador Bruno Lage continua sem abrir o jogo e, em declarações à V+, não detalhou o motivo de um abraço prolongado ao jogador antes da sua entrada em campo.

Análise do jogo: “A equipa entrou muito bem no jogo e tivemos a consistência de continuar com a exibição. Controlámos, fizemos mais um bom jogo, vamos sentindo a equipa a crescer. Missão cumprida, seguimos em frente.”

Agora segue-se José Mourinho, será especial? “Sim, mas a nossa cabeça está já no Estrela.”

O que representou o abraço a Akturkoglu? “Eu abraço todos os jogadores, para que entrem com frescura e determinação. Ele fez um grande trabalho no ano passado e é alguém que valorizamos muito. Conto com ele para sábado.”

Schjelderup merece mais aposta? “Não é caso de apostas, o Fredrik Aursnes também jogou muito bem, com um golo e uma assistência. Tem a ver com o crescimento da equipa, a maturidade e evolução dos jogadores. Hoje foi uma boa exibição a nível ofensivo e defensivo. Independentemente de terem menos cabelo, como o Fredrik, ou mais cabelo, como o Andreas.”

Leiria. Motociclista de 40 anos morre em despiste na EN 242 na Marinha Grande

Um homem de 40 anos morreu esta terça-feira na sequência de um despiste de motociclo na Estrada Nacional 242 (EN 242) na Marinha Grande, distrito de Leiria, disseram à Lusa fontes policiais.

O alerta para o acidente foi dado pelas 20h30, para um despiste de um motociclo na EN 242 em Amieirinha, Marinha Grande, referiu fonte do Comando Sub-regional da Região de Leiria.

Fonte da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Leiria adiantou à Lusa que a vítima mortal é um homem de 40 anos.

No local estiveram elementos da Viatura Médica de Emergência e Reanimação, dos bombeiros da Marinha Grande e da PSP.

Espanha: Incêndio faz mais uma morte e destrói património da humanidade

Aumenta para dois o número de mortos nos incêndios dos últimos dias em Espanha.

Uma pessoa morreu esta terça-feira quando combatia um incêndio em Molezuelas de la Carballeda, que está a afetar as províncias de Zamora e Leon, no noroeste de Espanha.

A vítima de 35 anos estava a operar uma máquina de rasto quando foi apanhado pelas chamas, avança o jornal El Mundo.

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Este incêndio que deflagrou durante o fim de semana destruiu a zona de Las Médulas, uma antiga mina romana a céu aberto que é património da humanidade desde 1997.

Noutro incêndio que lavra em Oímbra, na província de Ourense, dois bombeiros ficaram feridos. O prognóstico é reservado, adianta o jornal El País.

Um homem morreu num incêndio florestal na localidade de Tres Cantos, um subúrbio a norte de Madrid, anunciaram as autoridades espanholas, esta terça-feira, que acionaram o nível de pré-emergência devido aos vários fogos ativos no país.

O homem de 50 anos, que sofreu queimaduras em 98% do corpo na segunda-feira, é a primeira vítima mortal dos vários incêndios que afetam Espanha em plena vaga de calor.

Aviso laranja devido ao calor até 6.ª feira em Castelo Branco, Guarda e Bragança

Acompanhe o nosso liveblog sobre a situação dos incêndios em Portugal

Castelo Branco, Guarda e Bragança vão estar sob aviso laranja devido ao calor até ao final de sexta-feira, anunciou esta terça-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O aviso laranja, o segundo mais grave, foi prolongado até sexta-feira devido à “persistência de valores muito elevados da temperatura máxima” para estes três distritos, de acordo com o comunicado do instituto.

Já os distritos de Évora, Beja e Portalegre vão estar sob aviso laranja até às 18h00 de quinta-feira, passando a aviso amarelo até ao final do dia de quinta-feira.

Vila Real e Viseu estão sob aviso amarelo até às 06h00 de quinta, altura em que passam a aviso laranja até às 18h00 de quinta-feira.

Em Porto, Faro, Setúbal, Viana do Castelo, Aveiro, Braga e Lisboa está em vigor um aviso amarelo até ao final do dia de quinta-feira, enquanto em Santarém, Leiria e Coimbra o aviso amarelo do IPMA vigora até às 18h00 de sexta-feira.

O Governo anunciou também esta terça-feira que vai prolongar a situação de alerta, que estava em vigor até quarta-feira, até ao final do dia da próxima sexta-feira, devido ao risco agravado de incêndio rural.

A renovação da situação de alerta tem como base dois motivos principais: a continuação de temperaturas elevadas em todo o país para os próximos dias e a diminuição de ignições devido às proibições determinadas.

Entre as medidas em vigor estão a proibição de acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, de acordo com os Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, bem como a realização de queimas e queimadas, ficando igualmente suspensas as autorizações emitidas para esse período.

A situação de alerta implica também a proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais e rurais com o recurso a maquinaria e o uso de fogo de artifício e outros artefactos pirotécnicos. Neste caso, também as autorizações já emitidas ficam suspensas.

Se tiver uma história que queira partilhar sobre irregularidades na sua autarquia, preencha este formulário anónimo.

Renfe garante “transbordo simples” e mesmos horários no comboio internacional Celta

A Renfe garantiu esta terça-feira que o comboio internacional Celta, entre o Porto e Vigo, fará um “transbordo simples” em Viana do Castelo e continuará com os mesmos horários, adiantando apenas “motivos operacionais” como causa para a mudança no serviço.

“A partir de 17 de agosto [domingo], por motivos operacionais, o serviço do comboio Celta fará um transbordo de um comboio para outro na estação de Viana do Castelo.Trata-se de um transbordo simples entre comboios. O serviço far-se-á da forma habitual quanto a horários”, pode ler-se numa resposta de fonte oficial operadora ferroviária espanhola Renfe a questões da Lusa.

A Lusa tinha questionado a Renfe sobre os motivos para o transbordo do serviço conjunto com a Comboios de Portugal (CP), de quem é a responsabilidade das alterações ao serviço, se não há material circulante disponível para fazer toda a rota, quem é responsável pelas revisões dos comboios e se não é possível utilizar locomotivas bitensão para efetuar o serviço, mas não obteve mais esclarecimentos.

Também fonte oficial da CP remeteu para o comunicado emitido na sexta-feira.

Em causa estão alterações ao serviço do comboio internacional Celta, que faz o trajeto Porto-Vigo, e que vai obrigar a transbordo em Viana do Castelo a partir de domingo, para permitir “garantir a continuidade do serviço”, anunciou a CP na sexta-feira.

Segundo a CP, esta é uma medida “excecional e temporária”, sem indicar qual a data de conclusão dos “ajustes transitórios” no serviço que é operado em conjunto com a espanhola Renfe desde julho de 2013, ligando Vigo ao Porto com paragens em Valença, Viana do Castelo e Nine.

[Um homem desobedece às ordens dos terroristas e da polícia e entra sozinho na embaixada. Momentos depois, ouve-se uma enorme explosão“1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto a embaixada turca em Lisboa e uma execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o quarto episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube MusicE ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui e o terceiro aqui]

Atualmente há duas circulações diárias do comboio em cada sentido, com partidas às 08h13 e 19h10 de Porto—Campanhã e respetivas chegadas às 11h35 e 22h34 (hora espanhola) a Vigo-Guixar e, no sentido contrário, partidas às 08h58 e 19h56 (hora espanhola) de Vigo-Guixar e respetivas chegadas às 10h20 e 21h18 portuguesas a Porto—Campanhã.

A partir de domingo, “o trajeto entre Porto-Campanhã e Viana do Castelo será assegurado por automotoras elétricas UTE 2240, mantendo-se as automotoras UTD 592 [a diesel] no percurso Viana do Castelo — Vigo”, segundo a CP.

“Trata-se de uma medida excecional e temporária, sem qualquer supressão de comboios. O serviço manter-se-á assegurado com a introdução de transbordo em Viana do Castelo”, assegura. A CP diz que “manterá um acompanhamento próximo com a Renfe, parceira deste serviço internacional, prestando todos os esclarecimentos necessários e monitorizando os efeitos desta medida sobre a oferta”.

Apesar do comboio Celta ser feito com recurso a uma automotora a diesel, a linha ferroviária está eletrificada de ambos os lados da fronteira, mas em tensões elétricas diferentes. Além disso, há também diferenças nos sistemas de sinalização e segurança.

O Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular denunciou hoje a “traição” de fazer alterações ao comboio internacional Celta em agosto, condenando a “má gestão” e garantindo que irá fazer tudo para repor os níveis de serviço transfronteiriços.

“Se não for temporário, eles não o vão admitir. Por agora só podem dizer que é temporário e deixar que as pessoas se esqueçam. Só que nós não nos vamos esquecer, vamos estar em cima do assunto como já estivemos noutras vezes, até que se resolveu”, disse esta terça-feira à Lusa Xoán Mao, secretário-geral da organização que reúne 38 autarquias do Norte de Portugal e da Galiza.

Também o candidato independente à Câmara do Porto, Filipe Araújo, acusou a CP de desinvestimento e desinteresse na ligação Porto—Vigo, uma “ligação estratégica para o Porto e para a região Norte”.

“Os migrantes não são um problema”, diz arcebispo emérito de Andorra

O arcebispo emérito de Urgel, em Andorra, alertou na noite desta terça-feira que os “migrantes não são um problema” e pediu uma “resposta solidária” a quem chega a Portugal e à Europa para trabalhar.

Na homília da procissão das velas, em Fátima, D. Joan Enric Vives (que serviu numa das províncias de Andorra com uma das maiores comunidades portuguesas naquele país) apelou à mobilização de todos para ajudar a população estrangeira, relembrando que essa é também uma forma de compromisso “com os que não têm voz” e de “viver o Evangelho”.

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“A imigração, os migrantes não são um problema: são um sinal dos tempos que exige uma leitura evangélica e uma resposta solidária. O Papa Francisco sintetizou a atitude cristã face à migração em quatro verbos: acolher, proteger, promover e integrar. Estes são um verdadeiro programa pastoral, social, político, religioso e humano”, afirmou.

Milhares de migrantes esperados nas celebrações de agosto em Fátima

Na visão do também antigo copríncipe de Andorra, a mensagem de Nossa Senhora de Fátima deve ser lida como um incentivo à “defesa dos direitos humanos dos migrantes”, que deixam o seu país por “necessidade ou em busca de liberdade” e que têm “o direito a ser tratado com dignidade em qualquer fronteira”.

Acolher migrantes não é uma opção política; é uma exigência evangélica. Significa defender a dignidade sagrada de cada ser humano, criado à imagem de Deus. Devemos reconhecer o rosto de Cristo no migrante”, realçou, num recinto iluminado pelas centenas de velas erguidas na noite da habitual Peregrinação do Migrante e Refugiado.

Relembrando o “modelo de Maria”, D. Joan Enric Vives apelou aos cerca de 60 mil fiéis presentes para “construir pontes e não muros”, procurar a “fraternidade” e também a “justiça com cada irmão e irmã” e erguer um acolhimento de “verdadeira fé e amor”.

Na homília da celebração da palavra da noite desta terça-feira, o arcebispo de nacionalidade espanhola evocou também a “história portuguesa marcada pela emigração” e vários exemplos da história da própria Igreja para mostrar como os católicos se devem sentir convidados a serem “hospitaleiros”.

“A própria Maria experimentou a migração, o desenraizamento, a insegurança e a incerteza da viagem. (…) Não é esta a história que se repete em milhões de famílias de hoje? Todos os dias, homens, mulheres e crianças atravessam fronteiras em busca do mesmo que todos desejamos: paz, trabalho, segurança e um futuro melhor. E, muitas vezes, o que encontram é suspeita, rejeição ou indiferença”, assinalou.

O Santuário de Fátima acolhe esta terça e quarta-feira a Peregrinação do Migrante e do Refugiado, presidida este ano por D. Joan-Enric Vives, arcebispo emérito de Urgel e ex-copríncipe de Andorra. Na noite da procissão da velas, o Santuário estimou que marcaram presença 60 mil fiéis e recebeu a inscrição formal de 50 grupos de peregrinos, oriundos de 22 países.

Desembarque no Algarve mostra importância de "redes de emergência"

Três distritos com aviso laranja devido ao calor até sexta-feira

Castelo Branco, Guarda e Bragança vão estar sob aviso laranja devido ao calor, até ao final do dia de sexta-feira, anunciou esta terça-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O aviso laranja, o segundo mais grave, deve-se à “persistência de valores muito elevados da temperatura máxima” para estes três distritos foi prolongado até sexta-feira, de acordo com o comunicado do instituto.

Já os distritos de Évora, Beja e Portalegre vão estar sob aviso laranja até às 18h00 de quinta-feira, passando a aviso amarelo até ao final do dia de quinta-feira.

Vila Real e Viseu estão sob aviso amarelo até às 06h00 de quinta-feira, quando passam a laranja até às 18h00 de quinta-feira.

Em Porto, Faro, Setúbal, Viana do Castelo, Aveiro, Braga e Lisboa está em vigor um aviso amarelo até ao final do dia de quinta-feira, enquanto em Santarém, Leiria e Coimbra o aviso amarelo do IPMA vigora até às 18h00 de sexta-feira.

O Governo anunciou hoje que vai prolongar a situação de alerta, que estava em vigor até quarta-feira, até ao final do dia da próxima sexta-feira, devido ao risco agravado de incêndio rural.

A renovação da situação de alerta tem como base dois motivos principais: a continuação de temperaturas elevadas em todo o país para os próximos dias e a diminuição de ignições devido às proibições determinadas.

Entre as medidas em vigor estão a proibição de acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, de acordo com os Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, bem como a realização de queimas e queimadas, ficando igualmente suspensas as autorizações emitidas para esse período.

A situação de alerta implica também a proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais e rurais com o recurso a maquinaria e o uso de fogo-de-artifício e outros artefactos pirotécnicos. Neste caso, também as autorizações já emitidas ficam suspensas.

“Geração de músicos à rasca” inspirou um livro

Histórias que relatam as dificuldades de viver da música são a base do livro “Fora de Horas: o retrato de uma geração de músicos à rasca”, de Hugo Geada, que é apresentado na quarta-feira no Festival Paredes de Coura.

Editado pela CISMA, associação cultural da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, o livro faz uma panorâmica de empregos improváveis, estúdios improvisados, dificuldades financeiras e desigualdade de género com que se deparam pessoas que criam música.

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Em comunicado, a CISMA adiantou que a obra do jornalista Hugo Geada parte de histórias reais, “contadas na primeira pessoa, sem autocomiseração: da música para os cafés, das salas de ensaio para as obras ou até para chats eróticos”.

Blaya, David Bruno, Selma Uamusse, Bia Maria, Marco Duarte, João Borsch, Femme Falafel, Maria Reis ou Cláudia Guerreiro são alguns dos 24 músicos que partilharam os seus relatos.

“É um reflexo da precariedade vivida por músicos em Portugal. Com base em dezenas de entrevistas e experiências reais, revela os desafios e sacrifícios enfrentados por quem tenta criar música num país que investe pouco na cultura”, acrescentou a editora, em nota enviada à agência Lusa.

Segundo a CISMA, “mais do que revelar os empregos improváveis e precários, ou as dificuldades logísticas e financeiras de quem tenta fazer música em Portugal, é um livro de histórias, histórias de artistas de diferentes gerações que lutam por sobreviver num sistema que insiste em tratar a arte como um “hobby”, um retrato cru e necessário da arte feita à margem – e contra todas as probabilidades”.

“Fora de Horas: o retrato de uma geração de músicos à rasca” tem a sessão de lançamento marcada para quarta-feira, às 12h30, no Palco Jazz na Relva do Festival Paredes de Coura e conta, além do autor, com a presença de Marco Duarte, um dos músicos entrevistados, e da jornalista Marta Rocha.

O livro vai estar à venda por 15 euros.

Hugo Geada, jornalista, 28 anos, natural de Estarreja, contou que também ele tentou a sorte na música, “com uma banda que não foi a lado nenhum”.

Incêndios. Populares unidos em Paredes para travar fogo que desceu a serra do Alvão

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Populares uniram-se esta terça-feira em Paredes, na serra do Alvão, Vila Real, para travar o fogo que se aproximou do cimo da aldeia, onde os pastores retiraram as cabras e vacas das cortes para os protegerem dentro da localidade.

Ana Silva está a viver há pouco tempo em Paredes e a sua preocupação foi com o barracão com feno, coelhos e galinhas. Consigo estavam cerca de mais 10 pessoas com giestas e “batedores caseiros” a tentar apagar os reacendimentos e travar a progressão das chamas para o seu barracão.

“Ao menos para proteger o feno do ano todo ou não vamos ter o que dar de comer ao gado”, afirmou à agência Lusa, salientando que as pessoas se uniram para proteger também “o pulmão” de Paredes.

É a floresta de pinhal adulto que está a arder esta noite perto da aldeia, para onde se dirigiu esta terça-feira o incêndio que deflagrou a 2 de agosto, em Sirarelhos, no concelho de Vila Real. Esta é já a 25.ª quinta aldeia percorrida pelo fogo que serpenteou a serra do Alvão, já esteve em conclusão e reativou por duas vezes.

De Paredes, o incêndio progride para Benagouro e Vilarinho da Samardã.

No cimo da aldeia, junto com os populares estavam operacionais da Força Especial da Proteção Civil, pelo resto da aldeia espalharam-se bombeiros e militares da GNR.

“Eles fazem o que podem, mas a prioridade são as casas. Estou muito preocupada, logo isto no primeiro ano em que estou aqui a morar. Foi uma tarde de sobressalto”, afirmou Ana Silva.

Adelaide Coutinho tem 55 cabras, dois cavalos e duas vacas que estavam na corte e que trouxe para junto de casa. As suas cabras estão agora, protegidas, num pequeno campo de futebol vedado.

“Tive que as tirar para as conseguir salvar. O incêndio passou lá, mas, graças a Deus, os meus filhos conseguiram salvar aquilo”, afirmou.

As chamas destruíram os pastos para os animais. “E depois? Temos que tirar do bolso para lhe darmos de comer”, salientou a pastora que ao mesmo tempo que falava com a Lusa regava também o quintal da sua casa com medo da queda de alguma faúlha.

Adelaide Coutinho referiu que não estava à espera que o incêndio chegasse tão perto da aldeia. “Foi muito assustador”, afirmou,.

Mais em baixo, Jaime Coutinho também estava a regar a envolvente da sua casa e referiu suspeitar de fogo posto, lamentando “que não haja ninguém que ponha termo a isto” . “Isto é tudo à mão, com isqueiros e com o que calha”, considerou.

Marcelo Escaleira é emigrante em França e referiu que esta foi uma tarde de sobressalto. “O incêndio está muito perigoso e temos medo que nos cerque a aldeia”, referiu.

À memória dos habitantes desta aldeia vêm outros incêndios que aqui bateram, em 2005, em 2017, em 2022 e, agora, outra vez em 2025.

“Está a arder o pulmão da aldeia que é a floresta de Paredes. Esta parte ardeu em 2005, ficou horrível, já estava outra vez bonito e, agora, de novo, tudo a arder”, frisou.

Carla Mezia fala “num caos”. “Do nada para o nada alastrou e foi mesmo tudo. É a nossa floresta que estava bonita, verdinha, dava-nos aqui muito ar e vai tudo embora”, salientou.

Carla mostrou-se ainda preocupada com a sua casa e o terreno em frente a ela que “não está limpo, nem deixam limpar”.

Segundo a página da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 21h15 estavam mobilizados para este incêndio 483 operacionais e 163 veículos.

​Incêndio em Santiago do Cacém terá sido causado por trovoada

O incêndio que deflagrou esta terça-feira de Santiago do Cacém está a ceder aos meios e terá sido provocado por uma trovoada.

A informação foi avançada aos jornalistas pelo comandante regional da Proteção Civil do Alentejo Litoral, Tiago Bugio.

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Pelas 22h15, o incêndio que lavra em Santiago do Cacém tinha “três frentes ativas a ceder aos meios de combate”, adiantou a mesma fonte.

“Neste momento, as operações de combate estão a surtir efeito e as três frentes ativas já estão com muito menor intensidade e estamos a conseguir debelar este incêndio”, salientou.

Incêndios: Situação de alerta prolongada até sexta-feira

O incêndio, que começou pelas 16h40, terá sido provocado por causas naturais, nomeadamente uma trovoada seca.

“O incêndio ocorreu devido a causas naturais, segundo os populares. Minutos antes da ocorrência, identificaram descargas elétricas. Foram visíveis os relâmpagos e audível esta trovoada seca”, explica o comandante Tiago Bugio.

No concelho de Santiago do Cacém, a primeira prioridade foi defender das chamas a localidade de Vale da Eira.

Em Azinheira de Barros foram feitas descargas aéreas com retardante para evitar a progressão do evento.

Temperaturas continuam a subir e surge a ameaça de chuva e trovoada

Os meios também foram posicionados para defender suiniculturas e outras propriedades agrícolas também foram defendidas.

A circulação no IC1 continua cortada nos dois sentidos. A alternativa é a A2.

Pelas 22h30, combatiam as chamas 364 operacionais, apoiados por 127 viaturas.

Entretanto, o Governo prolongou a situação de alerta até sexta-feira em Portugal continental, por causa das altas temperaturas e do risco de incêndio. A situação de alerta deveria terminar às 23h59 de quarta-feira, mas o Ministério da Administração Interna (MAI) decidiu estender a medida até às 23h59 de 15 de agosto.

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