Primeira fase de abertura e desassoreamento da Lagoa de Albufeira concluída esta quinta-feira

A primeira fase da empreitada de abertura e desassoreamento da Lagoa de Albufeira, no concelho de Sesimbra, distrito de Setúbal, fica esta quinta-feira concluída, informou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Em comunicado, a APA explica que a obra, iniciada em 30 de maio, garante a ligação entre a lagoa e o mar através da abertura da barra de maré, com recurso a meios mecânicos terrestres, e o estabelecimento do canal com orientação noroeste-sudeste numa extensão de aproximadamente 560 metros.

O canal terá, ao longo de cerca 420 metros, uma largura de rasto da ordem dos 50 metros, afunilando para 30 metros na ligação com o mar, ao longo de 140 metros.

A intervenção envolve um investimento de cerca de 1,6 milhões de euros e um prazo de execução de 100 dias, com financiamento atribuído ao abrigo do Programa Temático para a Ação Climática e Sustentabilidade – Sustentável 2030, e dando cumprimento à Decisão sobre a Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (DCAPE).

A APA adianta que, previamente à obra, o levantamento veio identificar a necessidade de escavar um volume adicional ao previsto no projeto de execução de cerca de 30.000 metros cúbicos, prorrogando os trabalhos de escavação por uns dias.

“Na DCAPE foram definidas as zonas a dragar, os volumes a movimentar, o destino final dos dragados, assim como os Planos de Monitorização a implementar e as medidas de minimização a adotar reforçando-se a necessidade de abrir artificialmente a Lagoa, periodicamente com dragagens de manutenção, para evitar a sua eutrofização”, explica a Agência Portuguesa do Ambiente.

A APA contou com a colaboração da Autoridade Marítima Nacional/Capitania do Porto de Setúbal e da Câmara Municipal de Sesimbra, estando prevista a retoma dos trabalhos na Lagoa de Albufeira no outono para garantir a renaturalização das áreas de depósito dos dragados.

Em agosto de 2024, a APA submeteu candidatura para a execução da empreitada de abertura e desassoreamento da Lagoa de Albufeira e, após a aprovação da candidatura, em novembro de 2024, foram desenvolvidos os procedimentos prévios à empreitada: Revisão do Projeto de Execução; Prospeção Arqueológica prévia ao início da obra; Monitorização da evolução do assoreamento no interior da Lagoa de Albufeira; Levantamento Aerofotogramétrico e Topográfico; Monitorização da qualidade da água na Lagoa de Albufeira; Monitorização dos sistemas ecológicos da Lagoa de Albufeira; Assistência Técnica à Obra da Empreitada; e Fiscalização da Empreitada.

Em junho, em resultado do levantamento efetuado pelo empreiteiro, foi identificado um volume adicional de 30.075 metros cúbicos a dragar/escavar, face aos 26.910 inicialmente previstos no Projeto de Execução.

Assim, a APA lançou Concurso Público Urgente, adjudicado em 06 de agosto, pelo valor de 206.977,00 euros, com prazo de execução de 15 dias.

Associação de regantes alerta para prejuízos na agricultura devido a avaria em estação em Leiria

O administrador-delegado da Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Lis alertou esta quinta-feira para prejuízos na agricultura decorrentes da avaria numa estação elevatória no concelho de Leiria, que obrigou a descargas de efluentes não tratados no rio.

“Os agricultores ficaram coibidos de poder regar [com água do rio] algumas das suas culturas — hortícolas, milho e outras — e com as temperaturas que se têm feito sentir, e com a própria temperatura que esteve ontem [quarta-feira] e anteontem [terça-feira], uma coisa sabemos, as culturas têm um decréscimo na produtividade”, afirmou à agência Lusa Henrique Damásio. Segundo Henrique Damásio, o decréscimo na produtividade das culturas não é possível, por agora, medir.

Na quarta-feira, a Águas do Centro Litoral (AdCL) divulgou que a estação de Monte Real, que eleva efluente para a estação de tratamento de águas residuais do Coimbrão, estava “temporariamente inoperacional devido a uma avaria nas bombas que compõem o sistema de elevação”. De acordo com a empresa, “foi acionado o sistema de descarga de emergência da estação, bem como da estação elevatória a montante (Serra de Porto do Urso)”, e as descargas ocorreram, “respetivamente, no rio Lis e numa vala de rega adjacente”.

Esta situação levou à interdição de banhos na Praia da Vieira, na Marinha Grande, onde desagua o rio Lis, e o Município de Leiria desaconselhou atividades no troço do rio Lis a jusante de Monte Real, como captações para rega, banhos e pesca. Esta quinta-feira, a AdCL assegurou que a avaria está resolvida, tendo terminado as descargas de efluentes para o rio Lis.

O administrador-delegado adiantou que “outra das questões que têm grande implicação nisto que aconteceu é aquilo que fica acumulado nas valas e em alguns terrenos”. Para Henrique Damásio, esta é uma “situação muitíssimo mais grave do que efluente pecuário, porque o efluente doméstico não tratado tem uma série de substâncias que são muitíssimo nocivas e perigosas”. Este responsável referiu ainda que a infraestrutura de transporte de efluentes, que é “muito pouco robusta do ponto de vista da questão das avarias”.

“Os casos em que têm acontecido interdição das praias por causa de questões relacionadas com esgoto, quer aqui, quer noutros lados, têm sido uma constante”, observou, para acrescentar ser necessário fazer evoluir as estruturas de saneamento. Henrique Damásio salientou haver um “caminho largo a percorrer” para “não estar constantemente a criar estes prejuízos, quer à agricultura, quer ao ambiente, que é ainda um dos mais graves, quer ao turismo”.

A Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Lis, com 3.686 associados, compreende uma área de dois mil hectares divididos por 11 mil parcelas, desde os arredores de Leiria até à Vieira de Leiria, na Marinha Grande. As culturas preponderantes são o milho e as hortícolas.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) revelou que na sequência da avaria, registada às 10h00 de terça-feira, notificou a AdCL a instalar um sistema de retenção para impedir a descarga de efluente no rio Lis.

Numa nota, a APA divulgou que notificou aquela empresa para, “além de realizar todas as diligências para reparar, o mais rapidamente possível, o sistema de bombagem associado” à estação elevatória, “instalar, com caráter de urgência, um sistema de retenção do efluente, de forma a reduzir significativamente ou mesmo impedir a sua descarga no rio Lis”.

A APA esclareceu ainda que, em articulação com o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da Guarda Nacional Republicana (GNR), “já acionou todos os mecanismos legais aplicáveis, incluindo os sancionatórios”.

A GNR de Leiria, por seu turno, revelou que está a investigar a poluição no rio Lis e que a situação tem “grave impacto na fauna e flora locais”, havendo já “evidências desse impacto com fauna morta, sobretudo peixes”.

A Câmara de Leiria reclamou a criação de uma comissão de inquérito e a garantia de “compensações ambientais e sociais”.

Israel anuncia plano de colonatos para “enterrar” ideia de um Estado palestiniano

O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, anunciou que vai avançar com um projeto de colonato há muito adiado, que dividirá a Cisjordânia e cortará de Jerusalém Oriental — um movimento que o seu gabinete disse que “enterrará” a ideia de um Estado palestiniano.

O governo palestiniano, aliados e grupos de ativistas condenaram o plano, classificando-o como ilegal e afirmando que a fragmentação do território destruiria qualquer proposta de paz para a região apoiada pela comunidade internacional.

No local previsto para o colonato em Maale Adumim, Smotrich afirmou, esta quinta-feira, que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o Presidente dos EUA, Donald Trump, tinham concordado com a retoma do projeto de desenvolvimento E1, embora não tenha havido confirmação imediata de nenhum dos dois.

“Quem, no mundo, tentar reconhecer hoje um Estado palestiniano receberá a nossa resposta no terreno. Não com documentos, nem com decisões ou declarações, mas com factos. Factos de casas, factos de bairros”, disse Smotrich.

Israel congelou os planos de construção em Maale Adumim em 2012 e novamente em 2020, devido a objeções dos EUA, de aliados europeus e de outras potências que consideravam o projeto uma ameaça a qualquer futuro acordo de paz com os palestinianos.

A medida poderá isolar ainda mais Israel, que já viu alguns dos seus aliados ocidentais condenarem a sua ofensiva militar em Gaza e anunciarem que irão reconhecer um Estado palestiniano.

Os palestinianos receiam que a construção de colonatos na Cisjordânia — que se intensificou acentuadamente desde o ataque do Hamas a Israel em 2023, que desencadeou a guerra em Gaza — lhes retire qualquer hipótese de criar um Estado próprio na região.

Num comunicado intitulado “Enterrar a ideia de um Estado palestiniano”, o porta-voz de Smotrich disse que o ministro aprovou o plano para construir 3.401 casas para colonos israelitas entre um colonato existente na Cisjordânia e Jerusalém.

Em Maale Adumim, Smotrich disse à Reuters que o plano entraria em vigor na quarta-feira, sem especificar o que aconteceria exatamente nesse dia.

Expansão de colonatos “fragmentará ainda mais o território palestiniano”

A organização israelita de direitos humanos Breaking the Silence, criada por ex-soldados israelitas, criticou Smotrich, acusando-o de incentivar a expansão dos colonatos na Cisjordânia enquanto o mundo está concentrado na guerra em Gaza.

“Esta apropriação de terras e expansão de colonatos não só fragmentará ainda mais o território palestiniano, como reforçará o apartheid”, afirmou o grupo.

Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente da Autoridade Palestiniana, apelou aos Estados Unidos para pressionarem Israel a parar a construção de colonatos.

O Qatar, que tem mediado entre o Hamas e Israel nas tentativas de garantir um cessar-fogo em Gaza, condenou as ações de Smotrich como uma “violação flagrante do direito internacional”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, Espen Barth Eide, disse que a medida mostra que Israel “procura apropriar-se de terras pertencentes a palestinianos para impedir uma solução de dois Estados”.

Construção de casas num ano

O grupo Peace Now, que monitoriza a atividade dos colonatos na Cisjordânia, afirmou que ainda faltam alguns passos antes do início da construção, incluindo a aprovação do Conselho Superior de Planeamento de Israel. Mas, se tudo avançar, as obras de infraestrutura poderão começar dentro de alguns meses, e a construção de casas dentro de cerca de um ano.

“O plano E1 é mortal para o futuro de Israel e para qualquer hipótese de alcançar uma solução pacífica de dois Estados. Estamos à beira de um abismo, e o governo está a conduzir-nos a toda a velocidade”, afirmou o grupo num comunicado.

Os palestinianos já estão desmoralizados pela campanha militar israelita, que matou mais de 61.000 pessoas em Gaza, segundo autoridades de saúde locais, e temem que Israel acabe por os expulsar desse território.

Cerca de 700.000 colonos israelitas vivem entre 2,7 milhões de palestinianos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Israel anexou Jerusalém Oriental — movimento não reconhecido pela maioria dos países — mas não estendeu formalmente a sua soberania à Cisjordânia.

A ONU e a maioria das potências mundiais afirmam que a expansão dos colonatos compromete a viabilidade de uma solução de dois Estados, ao fragmentar o território palestiniano. O plano de dois Estados prevê um Estado palestiniano em Jerusalém Oriental, na Cisjordânia e em Gaza, a existir lado a lado com Israel.

Israel invoca ligações históricas e bíblicas à região, que chama de Judeia e Samaria, e diz que os colonatos oferecem profundidade estratégica e segurança.

A maioria da comunidade internacional considera todos os colonatos ilegais ao abrigo do direito internacional, posição apoiada por várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU, incluindo uma que insta Israel a parar toda a atividade de colonatos.

Israel rejeita esta interpretação, dizendo que a Cisjordânia é “território disputado” e não “ocupado”.

Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia impuseram sanções, em junho, a Smotrich e a outro ministro de extrema-direita defensor da expansão dos colonatos, acusando ambos de incitar repetidamente à violência contra palestinianos na Cisjordânia.

A popularidade de Smotrich tem caído nos últimos meses, com sondagens a indicarem que o seu partido não conquistaria qualquer assento caso fossem realizadas eleições legislativas hoje. O seu eleitorado provém, sobretudo, dos colonos.

Ateou fogo a roupas em casa da ex-companheira e abriu gás do fogão para se vingar. Foi detido pela PJ

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de 36 anos por suspeitas de ter ateado fogo a roupas em casa da ex-companheira, na Covilhã, e de ter aberto o gás do fogão para se vingar por uma queixa sobre violência doméstica.

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Em comunicado, a PJ indica que o homem é suspeito da “autoria de um crime de incêndio, explosões e outras condutas perigosas, no apartamento de um prédio de habitação, violação de domicílio ou perturbação da vida privada e de morte e maus-tratos a animal de companhia” cometidos no apartamento de um prédio de habitação, na cidade da Covilhã, onde residiu com a sua ex-companheira.

“Os factos ocorreram após consumo de bebidas e produtos estupefacientes por parte do suspeito, motivado por um sentimento de revolta e vingança pelo facto de a sua ex-companheira ter apresentado queixa contra si, por violência doméstica”, acrescenta a nota.

Ainda segundo a PJ, o homem “após colocar fogo a roupas e objetos no quarto da ex-companheira, através de chama direta, com utilização de um isqueiro, ausentou-se, deixando os bicos do fogão a gás abertos, na cozinha, com intenção de vir a provocar o maior dano possível, o que não sucedeu devido à pronta intervenção dos bombeiros na sequência de alerta de vizinhos, aos primeiros sinais de fumo”.

O detido irá ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

Viana do Castelo atenta a comboio Celta reclama investimento na linha do Minho

O presidente da Câmara de Viana do Castelo disse esta quinta-feira que vai vigiar a implementação “temporária” de transbordo no comboio Celta Porto/Vigo, prevista até “meados de dezembro”, e reclama investimento na linha do Minho.

“Por se tratar de uma medida temporária e excecional, a câmara compreende os motivos que levaram a esta medida, mas vai ficar vigilante e atenta para que sejam cumpridos os prazos, sublinhando que é necessário continuar o investimento na Linha do Minho, fundamental para o tecido social, cultural e turístico da região do Norte de Portugal e da Galiza”, indicou o autarca, numa resposta escrita enviada à Lusa, a propósito do transbordo que vai ser implementado no domingo.

O socialista Luís Nobre revelou ter recebido a garantia de que se trata de uma solução “temporária e que, em meados de dezembro, a situação será reposta”.

“Em causa está o atraso nas obras de eletrificação da linha do Algarve com a redução do número de automotoras da série 592. As ligações [do Celta] continuam a ser asseguradas com automotoras elétricas da série 2240 entre Porto e Viana do Castelo e com automotoras diesel da série 592 entre Viana do Castelo e Vigo”, explicou.

O autarca indicou também que, “em dezembro, será ativada a catenária na Linha do Algarve, libertando as automotoras diesel, que serão transferidas para o Norte e permitirão que as ligações internacionais voltem a ser realizadas nos moldes atuais”.

O comboio internacional Celta vai obrigar a transbordo em Viana do Castelo a partir de domingo, numa medida “excecional e temporária”, revelou a CP na sexta-feira.

De acordo com a CP, a medida garante “a continuidade do serviço” que, desde julho de 2013, liga o Porto a Vigo com paragens em Valença, Viana do Castelo e Nine.

A operadora espanhola Renfe garantiu na terça-feira que o comboio internacional Celta fará um “transbordo simples” em Viana do Castelo e continuará com os mesmos horários, adiantando apenas “motivos operacionais” como causa para a mudança no serviço.

“O serviço far-se-á da forma habitual quanto a horários”, pode ler-se numa resposta de fonte oficial operadora ferroviária espanhola Renfe a questões da Lusa.

Atualmente há duas circulações diárias do comboio em cada sentido, com partidas às 08h13 e 19h10 de Porto-Campanhã e respetivas chegadas às 11h35 e 22h34 (hora espanhola) a Vigo-Guixar e, no sentido contrário, partidas às 08h58 e 19h56 (hora espanhola) de Vigo-Guixar e respetivas chegadas às 10h20 e 21h18 portuguesas a Porto-Campanhã.

A partir de domingo, “o trajeto entre Porto-Campanhã e Viana do Castelo será assegurado por automotoras elétricas UTE 2240, mantendo-se as automotoras UTD 592 [a diesel] no percurso Viana do Castelo — Vigo”, disse a CP.

“Trata-se de uma medida excecional e temporária, sem qualquer supressão de comboios. O serviço manter-se-á assegurado com a introdução de transbordo em Viana do Castelo”, assegura.

Apesar do comboio Celta ser feito com recurso a uma automotora a diesel, a linha ferroviária está eletrificada de ambos os lados da fronteira, mas em tensões elétricas diferentes. Além disso, há também diferenças nos sistemas de sinalização e segurança.

O Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular denunciou a “traição” de fazer alterações ao comboio internacional Celta em agosto, condenando a “má gestão” e garantindo que irá fazer tudo para repor os níveis de serviço transfronteiriços.

A ligação veio permitir percorrer os 175 quilómetros que separam as cidades em duas horas e 15 minutos, quando anteriormente a ligação demorava mais de três horas.

ONU vai construir 400 casas para mulheres em Cabo Delgado

A ONU Mulheres prevê construir até final do ano cerca de 400 casas para apoiar mulheres afetadas pelos ataques terroristas em quatro distritos da província moçambicana de Cabo Delgado, que enfrenta uma insurgência armada desde 2017.

De acordo com Marie Laetitia, representante daquela agência das Nações Unidas em Moçambique, o projeto vai “ajudar também para o empoderamento económico”.

A responsável acrescentou que estas casas, ainda em construção, vão beneficiar mulheres residentes nos distritos de Palma, Macomia, Muidumbe e Chiúre, este último sendo o epicentro da nova onda de ataques de terroristas desde finais de julho em Cabo Delgado.

De acordo com Laetitia, devido à preocupação com os deslocados, aquela agência apoiou o Instituto Nacional de Gestão e Redução de Risco de Desastres (INGD) de Moçambique a integrar o género na sua política de redução de desastres climáticos.

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

De acordo com o mais recente relatório da OIM, com dados de 20 de julho a 03 de agosto, “a escalada de ataques e o crescente medo de violência” por parte de grupos armados não estatais nos distritos de Muidumbe, Ancuabe e Chiúre, levaram ao deslocamento de aproximadamente 57.034 pessoas, num total de 13.343 famílias.

O ministro da Defesa Nacional admitiu no final de julho preocupação com a onda de novos ataques em Cabo Delgado, adiantando que as forças de defesa estão no terreno a perseguir os rebeldes armados.

“Como força de segurança não estamos satisfeitos com o estado atual, tendo em conta que os terroristas nos últimos dias tiveram acesso às zonas mais distantes do centro de gravidade que nós assinalámos”, disse Cristóvão Chume, aos jornalistas.

Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos na província de Cabo Delgado, um aumento de 36% face ao ano anterior, indicam dados divulgados recentemente pelo Centro de Estudos Estratégicos de África, uma instituição académica do Departamento de Defesa do Governo norte-americano que analisa conflitos em África.

Trump e Putin vão reunir-se a sós antes de conferência de imprensa conjunta, diz Casa Branca

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, vão reunir-se a sós na sexta-feira, no Alasca, antes de realizarem uma conferência de imprensa conjunta, afirmou esta quinta-feira a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.

Numa entrevista à Fox News, Leavitt disse que os EUA dispõem de várias ferramentas para ajudar a pôr fim ao conflito entre a Ucrânia e a Rússia. Este é, aliás, o principal tema a ser discutido no encontro entre Trump e Putin.

Embora já fosse conhecido o encontro de sexta-feira entre os dois presidentes, poucos detalhes foram revelados até agora. Certo é que Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, não foi convidado.

Genebra torna transportes públicos gratuitos para combater poluição de ozono

Os transportes públicos serão temporariamente gratuitos em Genebra, pela primeira vez na Suíça, como parte de uma série de medidas para combater o aumento da poluição na cidade, que está a registar um pico grave de poluição por ozono à superfície – um gás nocivo que pode causar problemas respiratórios e desencadear dores de cabeça e ataques de asma, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

O sistema de alerta de poluição de Genebra anunciou que as concentrações de ozono tinham ultrapassado o limiar de segurança sanitária ambiental de 180 microgramas por metro cúbico durante 24 horas, segundo um comunicado do Cantão de Genebra.

A onda de calor que está a varrer a Europa contribui para isto. Na terça-feira, as temperaturas atingiram 37 graus Celsius e o Governo emitiu avisos de calor para o Oeste e Sul da Suíça. As altas temperaturas e a baixa cobertura de nuvens significam que os poluentes de ozono se acumulam e demoram mais tempo a dispersar-se, disse à Reuters o Gabinete do Ambiente do Cantão de Genebra.

O ozono troposférico, que é nocivo para a saúde humana, não deve ser confundido com a camada de ozono que funciona como um “escudo” protector do nosso planeta e que, por extensão, protege os seres vivos que nele habitam.

Quando se forma na atmosfera, através da interacção entre gases precursores e a luz do sol, o ozono é um poluente do ar. Se os limiares de concentração na atmosfera são excedidos, o ozono pode ser nocivo para a saúde humana, e está associado a doenças respiratórias e cardiovasculares.

Limites excedidos em Portugal

Também em Portugal tem havido picos de concentração de ozono de 180 µg/m³ (microgramas por metro cúbico), definida como limiar de informação à população sobre este poluente. Na quarta-feira, este patamar foi ultrapassado nas estações de monitorização da qualidade do ar nos Olivais, concelho de Lisboa, e em Paio Pires, concelho do Seixal (Setúbal), alertou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo.

A diferença é que, na Suíça, as autoridades estão a tomar medidas. Os transportes públicos foram tornados gratuitos pela primeira vez na quarta-feira em todo o cantão francês, para incentivar os residentes e os visitantes a trocarem os seus automóveis por autocarros, eléctricos, comboios e barcos, a fim de reduzir as emissões de poluentes provenientes do tráfego.

As medidas tomadas no âmbito deste protocolo de emergência visam reduzir as emissões de óxido de azoto, nomeadamente através da promoção dos transportes públicos e da limitação da circulação dos veículos mais poluentes, declarou o gabinete do ambiente.

Os passageiros não precisarão de bilhete e os controlos da bilhética serão suspensos até que a poluição melhore, informaram as autoridades num comunicado. Entre as 6h00 (5h00 em Portugal continental) e as 22h, apenas os carros com emissões mais baixas são autorizados a circular no centro da cidade.

Causa de morte prematura

A exposição ao ozono no início da vida, até aos dois anos, aumenta o risco de uma criança desenvolver asma e “pieira” aos quatro anos, revela uma análise publicado na revista médica JAMA Network Open, que envolveu 1188 crianças dos Estados Unidos.

A poluição atmosférica por ozono é hoje uma das principais causas de mortalidade prematura na Europa. Com a crise climática, estes fenómenos tendem a piorar, uma vez que a radiação solar interfere directamente no complexo processo de formação do ozono na troposfera (daí a denominação ozono troposférico ou respirável).

Um estudo publicado no ano passado na revista científica Nature Medicine explicava que o aquecimento global reforça as condições que levam à formação de ozono troposférico no futuro. Isto porque “os mecanismos fotoquímicos de formação de ozono são favorecidos durante as ondas de calor e períodos de elevada radiação solar”. O artigo alerta que este é, de resto, o “factor dominante” que faz com que os investigadores estimem maiores concentrações de ozono e, como resultado, maior impacto na saúde pública.

Passo a passo da cimeira entre Donald Trump e Vladimir Putin

Acompanhe aqui o nosso liveblog sobre a guerra na Ucrânia

O conselheiro do Kremlin, Yuri Ushakov, apresentou esta quinta-feira o plano para a cimeira entre Donald Trump e Vladimir Putin a realizar-se na próxima sexta-feira, na base norte-americana Elmendorf–Richardson, em Anchorage no Alasca.

Depois de uma viagem de nove horas para Putin, a partir de Moscovo, e de oito horas para Trump, a partir de Washington D.C., os dois Presidentes encontram-se às 11h30 locais (20h30 em Lisboa). Para essa hora, está agendada uma reunião a dois — com a “participação, naturalmente, de tradutores”. Antes deste primeiro encontro, “está programado que cada um dos Presidentes diga algumas palavras”.

Depois desta reunião, Putin e Trump voltam a falar à imprensa através de uma conferência de imprensa conjunta, em que irão “resumir os resultados das negociações”. O encontro entre os dois Presidentes continua com um “pequeno-almoço de trabalho”.

A agenda para o dia inclui ainda uma reunião entre as delegações russa e norte-americana, constituídas por cinco elementos cada. A equipa russa será constituída pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, da Defesa, Andrei Belousov, das Finanças, Anton Siluanov, pelo representante especial para o investimento e a cooperação económica, Kirill Dmitriev, e pelo conselheiro Yuri Ushakov, detalhou o próprio, citado pela TASS.

Débora Monteiro: “Estava sozinha quando soube que eram gémeos, tive de abraçar o médico. Senti um amor incrível, mas também muito medo”

Alta Definição

Podcast

Mãe de gémeas e apresentadora do ‘Domingão’, Débora Monteiro fala com franqueza sobre os desafios da maternidade, desde o período em que precisou de injeções e “hora marcada para fazer amor” para engravidar, até aos primeiros anos das filhas, vividos em plena pandemia, enquanto conciliava o trabalho e a vida familiar. Recorde aqui a sua história com a versão do ‘Alta Definição’ em podcast

Aos 40 anos, Débora Monteiro olha para o seu percurso com orgulho: realizou muitas das ambições que tinha como mãe, na família e na carreira. Mas chegar até aqui não foi simples. Mãe de gémeas e apresentadora do ‘Domingão’, fala com franqueza sobre os desafios da maternidade, desde o período em que precisou de cirurgia, injeções e “hora marcada para fazer amor” para engravidar, até aos primeiros anos das filhas, vividos em plena pandemia, enquanto conciliava o trabalho e a vida familiar. Para a atriz, a maternidade é muitas vezes romantizada, quando na verdade “a realidade é cansativa e exige uma grande adaptação”. Ainda assim, quando Daniel Oliveira lhe pergunta o que é que foi o melhor destes quarenta anos, a atriz não hesita em responder: “As minhas filhas”.

Este programa foi inicialmente emitido na SIC a 10 de junho de 2023, recorde aqui o testemunho da atriz com a versão podcast do ‘Alta Definição’. A sinopse deste episódio foi criada com o apoio de IA. Saiba mais sobre a aplicação de Inteligência Artificial nas Redações da Impresa.

Entrevistas intimistas conduzidas por Daniel Oliveira. Todas as semanas um novo convidado no ‘Alta Definição’, um programa da SIC. Ouça mais episódios:

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