Brasil vence Chile e sobe ao segundo lugar na corrida ao Mundial 2026

Estevão, Lucas Paquetá e Bruno Guimarães colocaram o Brasil no caminho para a vitória por 3-0 face ao Chile, levando a canarinha ao segundo lugar na qualificação para o Mundial2026 de futebol com 28 pontos.

Na quinta-feira, o Chile fez a sua parte para dificultar a partida à seleção brasileira, ainda que o selecionador Nicolás Córdova tenha apostado em vários jovens, com qualificação já impossível.

Apesar de ter começado a partida com quatro avançados (Raphinha, Gabriel Martinelli, Estevão e João Pedro), o Brasil só inaugurou o marcador no Maracanã aos 38 minutos, através de Estevão, o jovem de 18 anos avançado do Chelsea.

Apesar da entrada de mais três avançados (Richarlison, Luiz Henrique e Kaio Jorge), houve pouca emoção até à reta final da segunda parte, quando a equipa sob o comando do italiano Carlo Ancelotti marcou dois golos em apenas cinco minutos e fechou o resultado final.

Dois médios que atuam em Inglaterra, Lucas Paquetá, do West Ham, e Bruno Guimarães, do Newcastle, marcaram aos 72 e 76 minutos respetivamente para selarem a goleada no Rio de Janeiro.

O Brasil, que já tinha garantido um lugar no Mundial2026, subiu ao segundo lugar da qualificação, mas, após um mau arranque, está a 10 pontos da grande rival, a Argentina, que lidera com 38 pontos.

A canarinha termina a qualificação na terça-feira, ao defrontar a Bolívia em El Alto, cidade situada a 4.150 metros de altitude.

Já o Chile ocupa a última posição da qualificação da América do Sul, com apenas 10 pontos em 51 possíveis e já sem qualquer hipótese de ir ao Mundial de 2026.

Juno deteta a última assinatura auroral das quatro maiores luas de Júpiter

Júpiter possui as auroras mais brilhantes e espetaculares do Sistema Solar. Perto dos seus polos, estas luzes cintilantes oferecem um vislumbre da forma como o planeta interage com o vento solar e com as luas “varridas” pelo campo magnético de Júpiter. Ao contrário das auroras da Terra, as maiores luas de Júpiter criam as suas próprias assinaturas aurorais na atmosfera do planeta – um fenómeno que a Lua da Terra não produz.

Governo dos Açores aprova separação do “handling” da SATA para alienação

O Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) aprovou esta quinta-feira a resolução que permite a separação da unidade económica responsável pelos serviços de ‘handling’ da companhia aérea SATA, para que possa avançar o processo de alienação, anunciou o vice-presidente.

Segundo o vice-presidente do executivo regional de coligação, Artur Lima, que fez a leitura do comunicado do Conselho do Governo que esteve reunido esta quinta-feira em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, foi aprovada uma resolução “que determina a prática dos atos necessários à separação da unidade económica responsável pelos serviços de assistência em escala (‘handling’) e a sua afetação à SATA Holding, S.A., criada no âmbito do processo de reorganização societária do grupo SATA”.

O Governo açoriano adiantou que a medida “enquadra-se no plano de reestruturação da SATA, aprovado pela decisão da Comissão Europeia, de 7 de junho de 2022, que determina a necessidade de separação da referida unidade económica de modo a torná-la passível de alienação”.

Artur Lima explicou aos jornalistas que, agora, é preciso que a SATA Holding crie a empresa de ‘handling’, “para depois poder ser privatizada”.

“As instruções são dadas à SATA Holding, que vai criar essa empresa de ‘handling’, e essa empresa de ‘handling’, depois, será privatizada. E será o conselho de administração da SATA a dar depois os passos necessários para a privatização e cumprir assim o compromisso que temos com a União Europeia”, referiu.

Artur Lima sublinhou tratar-se do “primeiro passo com vista à privatização do ‘handling’ da SATA”.

Quanto a expectativas no processo de privatização, o governante admitiu que “tem tudo para correr bem”, sublinhando que resulta, sobretudo, das exigências da União Europeia e do compromisso do Governo com a União Europeia.

“Sendo uma empresa única a operar nos nove aeroportos [dos Açores], julgo que tem tudo para correr bem”, concluiu.

Artur Lima adiantou que o executivo regional açoriano também aprovou o Programa de Incentivos à Captação de Novas Rotas Aéreas, “aplicável à implementação de novas rotas regulares de transporte aéreo comercial na Aerogare Civil das Lajes”, na ilha Terceira.

“A isenção ou redução das taxas de tráfego (taxas de passageiros) pode constituir um instrumento de estímulo relevante à implementação e consolidação de novas rotas aéreas, reforçando a conectividade externa da ilha Terceira, promovendo a mobilidade, a coesão regional e a competitividade económica do território”, segundo o comunicado do Conselho do Governo.

Na nota refere-se que, “neste contexto, e visando a captação e fidelização de novas rotas regulares de transporte aéreo de passageiros com origem ou destino na Aerogare Civil das Lajes, importa estabelecer um programa específico de incentivos assente na aplicação faseada de reduções percentuais das taxas de passageiros, de acordo com condições objetivas de elegibilidade e operação”.

Artur Lima explicou que o aeroporto das Lajes, que é gerido pelo Governo dos Açores, era o único da região que não tinha incentivos à captação de rotas e era necessário criar esses incentivos “para que as companhias também possam voar para a Terceira nas mesmas condições que voam para outros aeroportos”.

O Governo Regional aprovou ainda o Roteiro para a Neutralidade Carbónica dos Açores, para que a região atinja a neutralidade carbónica da sua economia em 2050, e a resolução que cria a Estrutura de Missão para Acompanhamento da Execução do Plano de Recuperação e Resiliência, “garantindo o sucesso do mesmo e os impactos positivos na sociedade e economia açorianas”.

Dirigentes históricos da CGTP e UGT pedem união contra alterações do Governo às leis laborais

Os antigos líderes da CGTP-IN, Manuel Carvalho da Silva, e da UGT, José Torres Couto, vão lançar um apelo a estas estruturas sindicais para que se unam na mobilização dos trabalhadores contra as alterações do Governo às leis laborais.

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“Os signatários apelam à CGTP e à UGT para convergirem na mobilização dos trabalhadores na luta pela defesa dos seus direitos e interesses”, pode ler-se, num comunicado conjunto destes dois históricos dirigentes das centrais sindicais a que a agência Lusa teve acesso.

O apelo dos antigos dirigentes é para que as estruturas sindicais também exerçam “a sua influência junto dos partidos da oposição (em particular do PS) para rejeitarem as medidas anunciadas pelo governo”.

“Finalmente o nosso apelo à CGTP e à UGT é também para atuarem, em consonância, seja no conselho de concertação social, quer junto do Presidente da República, bem como junto de outras organizações e entidades da sociedade civil”, pode ler-se na nota que anuncia uma conferência de imprensa de Manuel Carvalho da Silva e José Torres Couto, para as 11:30 de sexta-feira.

Neste apelo às estruturas sindicais e aos trabalhadores portugueses, os antigos dirigentes sindicais sublinham que o Governo da AD liderado por Luís Montenegro “decidiu atacar os direitos dos trabalhadores, sem que tal intenção tivesse sido anunciada na sua campanha eleitoral” para as legislativas de maio.

“Luís Montenegro, por omissão, mentiu aos portugueses e aos trabalhadores em particular! Acaso Luís Montenegro teria tido o mesmo número de votos nas eleições legislativas se, porventura, tivesse anunciado que iria propor 100 alterações às leis laborais contrárias aos interesses e direitos dos trabalhadores?”, questionam Manuel Carvalho da Silva, ex-secretário-geral da CGTP-IN, e José Torres Couto, ex-secretário-geral da UGT.

Os históricos dirigentes sublinham também que “as promessas não cumpridas, a mentira repetida e as privatizações e outras negociatas desastrosas, indiciadores de corrupção, constituem a base da desilusão de muitos milhares de portugueses para com o regime democrático e são a razão essencial da subida de influência dos movimentos e partidos fascistas em Portugal”.

E atribuem a “estagnação da economia nacional (…) à persistência em manter uma retrógrada política de baixos salários a qual não estimula o patronato a investir na inovação tecnológica e na melhoria da gestão”.

O anteprojeto de reforma da legislação laboral aprovado pelo Governo, que está ainda a ser negociado com os parceiros sociais, prevê a revisão de “mais de uma centena” de artigos do Código de Trabalho.

As alterações previstas na proposta – designada “Trabalho XXI” e que o Governo apresentou em 24 de julho como uma revisão “profunda” da legislação laboral – visam desde a área da parentalidade (com alterações nas licenças parentais, amamentação e luto gestacional) ao trabalho flexível, formação nas empresas ou período experimental dos contratos de trabalho, prevendo ainda um alargamento dos setores que passam a estar abrangidos por serviços mínimos em caso de greve.

Segundo a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, o objetivo é flexibilizar regimes laborais “que são muito rígidos”, de modo a aumentar a “competitividade da economia e promover a produtividade das empresas”.

Ainda segundo a ministra, a reforma “valoriza os trabalhadores através do mérito”, estimula o emprego, “em especial o emprego jovem”, e dinamiza a negociação coletiva.

A CGTP convocou para 20 de setembro, em Lisboa e no Porto, manifestações contra as alterações à lei laboral, estando ainda previstos para 13 de setembro protestos organizados por um grupo de cidadãs, com o lema “Nada nos cala quando a dignidade dos nossos filhos depende da nossa força”.

Reitor da Universidade do Porto denuncia pressão para admitir candidatos sem a nota mínima para Medicina

O reitor da Universidade do Porto (UP), António Sousa Pereira, disse ao Expresso que foi pressionado a abrir vagas extraordinárias no curso de Medicina para admitir candidatos que não tinham obtido a classificação mínima na prova exigida no concurso especial de acesso para licenciados. Um dos a sugerir a abertura das vagas foi o ministro da Educação, Fernando Alexandre, que confirmou ao mesmo jornal a disponibilidade para a criação das vagas “desde que, para o efeito, existisse base legal”. Pediu um parecer à Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), que concluiu pela inadmissibilidade jurídica.

Foram abertas 37 vagas para a Faculdade de Medicina da UP no âmbito do concurso especial de acesso para licenciados. Dos 50 candidatos, apenas sete tiveram 14 ou mais valores na prova de conhecimentos realizada em maio, a nota mínima de acesso de acordo com o regulamento do concurso. Entretanto, segundo o semanário, a comissão de seleção do concurso, formada por seis professores da instituição, definiu já depois de serem conhecidos os resultados pela “aplicação excecional” de uma nota mínima de 10 valores — o que permitira a entrada de mais 30 alunos. Os candidatos foram então avisados sobre a entrada no curso, sem que o reitor tivesse sido informado.

O reitor decidiu não homologar os resultados, justificando ao jornal que “não se podem alterar as regras a meio de um concurso para fazer entrar candidatos que não cumprem os requisitos”. Contudo, Sousa Pereira alega que os estudantes entendiam que tinham o direito adquirido por terem sido comunicados da admissão e protestaram junto do Parlamento e pessoas influentes. “Tive muitas pressões, de muitos lados, no sentido de homologar a lista. Houve várias pessoas a tentar influenciar no sentido de serem criadas vagas para estes alunos. Pessoas influentes, que têm acesso ao poder”, diz o reitor da UP, que não citou nomes mas disse envolver pessoas com influência junto do Governo. De acordo com Sousa Pereira, uma das pessoas que defendeu a abertura das vagas extraordinárias foi o diretor da Faculdade de Medicina, Altamiro da Costa Pereira.

O reitor pediu então um parecer ao diretor-geral do Ensino Superior, que respondeu no final de julho a afirmar que “a decisão de não homologar a lista encontra-se fundamentada no quadro jurídico aplicável“.

Já em agosto foi a vez do ministro da Educação tentar intervir no caso. “O ministro falou comigo porque estava muito incomodado com a situação. Eu disse-lhe que preferia ser obrigado pelo tribunal a abrir as vagas, se este entender que os candidatos têm realmente direito adquirido, a ir eu sentar-me no banco dos réus porque não cumpri a lei e admiti alunos em situação irregular”, disse o reitor da UP ao Expresso, que afirmou ter sugerido ao ministro uma intervenção da IGEC. O ministro optou por solicitar o parecer “tendo em conta que a divulgação da lista de candidatos admitidos gerou uma legítima expectativa”. Contudo, a IGEC confirmou a decisão do reitor e concluiu pela “inadmissibilidade jurídica” da abertura das vagas. Agora o caso pode ir a tribunal — o Ministério da Educação diz que foi aberto um processo de provedoria na Inspeção-Geral na sequência de uma “exposição subscrita por candidatos a este concurso”.

Fundo Macquarie vai ficar com 40% da Luz Saúde por 310 milhões

A Macquarie Asset Management vai ficar com 40% da Luz Saúde por 310 milhões de euros, anunciou a Fidelidade, dona da empresa de saúde e vendedora dessa participação.

Através da operação com o fundo Macquarie European Infrastructure Fund, a Luz Saúde é assim avaliada acima de 1,1 mil milhões de euros (Enterprise Value).

A Fidelidade manterá uma posição maioritária na Luz Saúde, assumindo que a equipa de gestão e a estratégia da empresa é para serem mantidas.

A conclusão da transação está prevista para o final de 2025, após aprovações regulatórias necessárias.

Já em agosto a Bloomberg avancava com o negócio.

Mortes de criança e de polícia são resquícios de manifestações em Moçambique

O bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique disse esta quinta-feira que a morte de uma criança a tiro e linchamento de um polícia em Maputo são “resquícios” das manifestações pós-eleitorais, considerando a situação de direitos humanos complicada no país.

“O nosso posicionamento para a situação de Bobole é que a nossa nação ainda não serenou. Portanto, ainda vivemos resquícios do processo eleitoral“, disse Carlos Martins, referindo que existem indicações “muito claras” de que o país precisa de pacificação para o desenvolvimento.

Em declarações aos jornalistas, à margem de um evento público em Maputo, o bastonário classificou como complicada a situação dos direitos humanos no país, criticando a atuação da polícia e dos populares, além de sugerir uma investigação para apurar responsabilidades.

“Naturalmente, para a morte da criança está claro que houve um disparo efetuado pela polícia, é mais claro. Relativamente à população, é muito mais complicado [apurar a responsabilização], porque são pessoas indetermináveis. Portanto, só uma investigação é que poderá apurar. Mas, claramente que a Ordem dos Advogados não é a favor de justiça pelas próprias mãos”, disse Carlos Martins.

Em causa estão quatro agentes da polícia moçambicana que alegadamente mataram, na segunda-feira, a tiro, uma criança de 12 anos, em Bobole, província de Maputo, sul do país, durante uma perseguição, usando um carro particular, à viatura em que o menor seguia com os seus pais para a província de Manica, no centro de Moçambique, provocando assim revolta popular que culminou com linchamento de um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM).

A polícia moçambicana avançou na segunda-feira que foi instaurado um processo disciplinar contra os agentes “com vista à sua expulsão”, enquanto decorrem outras diligências para a responsabilização criminal dos polícias envolvidos no baleamento mortal da criança.

O Comando-Geral da PRM lamentou as mortes da criança e do agente da corporação e pediu que a sociedade moçambicana não se paute pela justiça “pelas próprias mãos, independentemente das circunstâncias”.

O ministro da Justiça moçambicano admitiu na quarta-feira a possibilidade de ter havido excesso de zelo ou desvio de comportamento na operação policial, garantido a responsabilização dos envolvidos.

Também a Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) moçambicana disse na quarta-feira que a morte a tiro de uma criança por polícias demonstra uma grave violação dos direitos fundamentais e humanos, condenando também a morte de um dos agentes envolvidos.

Moçambique viveu desde as eleições de 9 de outubro de 2024 um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais que deram vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, no poder, e empossado como quinto Presidente do país.

Cerca de 400 pessoas morreram em resultado de confrontos com a polícia, conflitos que cessaram após encontros entre Mondlane e Chapo em 23 de março e em 20 de maio, com vista à pacificação do país.

Incêndio em edifício na cidade do Porto faz cinco feridos

Um incêndio que deflagrou na quinta-feira à noite num edifício em Lordelo do Ouro, no Porto, fez cinco feridos, adiantaram à Lusa fontes da Proteção Civil do Porto e dos Bombeiros Sapadores.

Os feridos foram levados para o hospital, sendo um grave e os restantes leves, segundo a Proteção Civil.

O fogo no edifício na Rua Correia de Sá 245 já está extinto e a situação está controlada. O alerta foi dado à Proteção Civil às 21h43 desta quinta-feira.

De acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 23h22 mantinham-se no local 29 operacionais, apoiados por 10 viaturas.

Elevador da Glória. Histórico de manutenção será analisado exaustivamente, garante GPIAAF

O historial de manutenção e supervisão do elevador da Glória será analisado exaustivamente pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF), que vai contar com ajuda externa na sua investigação.

Em conferência de imprensa na sede da Polícia Judiciária (PJ), em Lisboa, o coordenador do GPIAAF, Nelson Oliveira disse que será analisado “tudo o que seja relevante para a investigação“.

Será analisado não só o projeto inicial do ascensor, como a sua posterior eletrificação e “sucessivas melhorias e renovações”, mas sobretudo o historial de manutenção e fiscalização, disse Nelson Oliveira, ao lado do diretor nacional desta polícia, Luís Neves, do diretor do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), Francisco Corte Real e do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, Álvaro Almeida.

“Há muito historial, quer do funcionamento, mas principalmente de qual é o regime de manutenção a que está sujeito, o regime de supervisão, de fiscalização por entidades externas, é tudo isso que iremos olhar, registo de manutenção, portanto será feita uma análise perfeitamente exaustiva, isso posso garantir a toda a documentação que seja relevante”, disse.

Nesta análise, inclui-se também “a formação das pessoas que fazem as intervenções, os contratos que existem de prestação de serviços com os prestadores externos à Carris”.

Nelson Oliveira recusou comprometer-se com um prazo final para a conclusão da investigação, reiterando que apenas pode prometer um relatório preliminar no prazo de 45 dias e que o tempo de elaboração do relatório final “dependerá dos meios com que o GPIAAF venha a ser dotado, entretanto”, depois de ter sido questionado sobre que resposta tinha existido ao pedido para contratar mais um investigador.

“Deve ficar também claro que a admissão de um ou dois investigadores não resolve as situações de imediato, porque um investigador para ser formado necessita de dois anos. Mas eu não me queria alongar sobre esta matéria, este não é o momento nem o local. Nós estamos num dia de luto nacional e municipal devido a este trágico evento”, disse.

“Mas queria, no entanto, deixar esta convicção de que seguramente o Estado português, através do Governo, irá dotar muito brevemente o GPIAAF com os meios de que necessita, porque o respeito às vítimas que houve este incidente assim o exige”, acrescentou.

Ainda questionado quanto à auditoria externa sobre o acidente pedida à Carris pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, o coordenador do GPIAAF disse que esse pedido era uma novidade para si, mas sublinhou que as investigações do Ministério Público e do gabinete têm prioridade e prevalência sobre quaisquer outras que possam vir a existir.

“Sendo certo que o GPIAAF, no que lhe diz respeito, em qualquer momento da investigação, se identificar algum aspeto que entenda que constitui um risco imediato, nesse mesmo momento informará as autoridades competentes para que tomem as devidas precauções ou tomem as devidas ações, sendo que, tanto quando sei, foi já tomada uma medida cautelar que parece avisada, que é ter parado os outros ascensores até ser feita uma peritagem por uma entidade independente”, acrescentou.

O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e duas dezenas de feridos.

O Governo decretou um dia de luto nacional, cumprido esta quinta-feira.

O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.

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