Estudantes pelo fim ao fóssil marcham esta segunda-feira até à Assembleia da República

Os estudantes pelo fim ao fóssil até 2030 manifestam-se esta segunda-feira entre a Praça José Fontana, em Lisboa, e a Assembleia da República, num percurso de cerca de três quilómetros com paragens para outras ações, anunciou o movimento.

“Através de muita criatividade e inovação, [os estudantes pelo fim ao fóssil] vão mostrar a assertividade da mensagem que querem passar para todos os partidos em campanha eleitoral”, refere uma das porta-vozes do protesto, Matilde Ventura, citada num comunicado.

Segundo a nota, desde dezembro de 2024, aderiram à Greve Estudantil pelo Fim ao Fóssil até 2030 alunos de 10 escolas e faculdades, incluindo da Escola Básica Ribeiro Sanches, em Penamacor, distrito de Castelo Branco.

Entre as restantes, estão a Escola Secundária de Camões, a Escola Artística António Arroio, a Escola Superior de Teatro e Cinema e as faculdades de Medicina e de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, todas na Grande Lisboa.

A marcha até à Assembleia da República tem início agendado para as 12h00, na Praça José Fontana, perto do Saldanha, onde fica a Escola Secundária de Camões, conhecida por Liceu Camões.

Matilde Ventura promete que a manifestação desta segunda-feira “será só o início” caso os partidos ignorem a marcha e não integrem o fim ao fóssil até 2030 nos seus programas eleitorais.

Episcopado português reúne-se em Fátima dois dias após o funeral de Francisco

A morte do Papa Francisco deve marcar a abertura da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que começa esta segunda-feira em Fátima.

É esperado que o tema seja abordado na intervenção inicial do presidente da CEP, José Ornelas, ao mesmo tempo que durante os trabalhos, que se prolongam até quinta-feira, não estarão presentes os cardeais Manuel Clemente, António Marto e Américo Aguiar.

Estes membros do episcopado português — os dois primeiros, bispos eméritos de Lisboa e Leiria-Fátima, e o terceiro bispo de Setúbal — estarão em Roma, onde participam nas reuniões que antecedem o início do conclave para a eleição do novo pontífice, onde terão direito de voto, tal como o cardeal José Tolentino Mendonça, prefeito o Dicastério para a Cultura e a Educação, na Cúria Romana.

Seis cardeais em Roma, quatro com poder de voto. Conheça os portugueses que vão escolher o sucessor de Francisco

Ao longo dos quatro dias de trabalhos, os participantes na reunião vão refletir em “estilo sinodal” sobre a situação dos seminários, além de analisarem propostas de documentos pastorais sobre a “Liturgia viva da Igreja”, “O primado da pessoa e da sua consciência” e “A família”.

O processo sinodal em curso, lançado pelo Papa Francisco, o Jubileu 2025 e o ponto de situação sobre o processo de compensações financeiras às vítimas de abuso no seio da Igreja serão outros temas em discussão durante os trabalhos.

A Assembleia Plenária da CEP reúne-se duas vezes por ano em reuniões ordinárias — abril e novembro. A CEP é presidida pelo bispo de Leiria-Fátima, José Ornelas, tendo como vice-presidente o bispo de Coimbra, Virgílio Antunes, e como secretário o padre Manuel Barbosa.

Lagarta “Colecionadora de Ossos” canibal veste-se com os restos das suas presas

Uma espécie de lagarta recentemente descoberta tem, no mínimo, um sentido de moda macabro. Parece o enredo de um filme de terror: uma lagarta carnívora e canibal escondida nas sombras de uma teia de aranha e vestida com os restos das suas antigas presas. Foi encontrada na ilha havaiana de O’ahu, e é diferente de tudo o que os cientistas viram antes. A nova espécie de lagarta não só vive num ambiente estranhamente precário, suspensa entre teias dentro de cavidades de árvores, fendas de rochas e troncos caídos, como é carnívora. E depois de terminar o seu festim, usa os

Guardiola felicita Liverpool mas avisa: «Espero que na próxima época sejamos melhores»

Treinador do Manchester City, que foi campeão quatro vezes consecutivas, deu os parabéns ao rival

Campeão nas últimas quatro épocas, Pep Guardiola felicitou o Liverpool, mas já mostrou que quer o título de volta.

“Muito merecido. Foram uma equipa fantástica. Tal como fizemos, eles vão tentar defender o título. Espero que na próxima época sejamos melhores para competirmos até ao fim”, apontou o técnico do Man. City.

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Por Record

Suspeito de ataque com carro que matou 11 em Vancouver acusado de homicídio

O Ministério Público (MP) da província da Colúmbia Britânica, no oeste do Canadá, acusou de homicídio Adam Lo Kai-ji, o suspeito de um atropelamento que matou 11 pessoas num festival de rua em Vancouver.

Num comunicado divulgado no domingo, o MP disse que apresentou oito acusações de homicídio de segundo grau contra Adam Lo e disse que mais acusações eram possíveis.

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O suspeito, de 30 anos, que tinha sido detido no local do atropelamento, tem um historial de problemas de saúde mental, revelou a polícia.

Lo, que vive em Vancouver, já compareceu em tribunal e o juiz decidiu que o suspeito deveria permanecer sob custódia, disse o MP.

Horas antes, a polícia do Canadá tinha revisto para 11 o número de mortos, com idades entre 5 e 65 anos, devido ao ataque no sábado à noite.

​Canadá. Nove mortos e vários feridos num atropelamento em massa em Vancouver

O atropelamento deixou ainda dezenas de pessoas feridas. Algumas estão em estado crítico, e as autoridades temem que o número de mortos aumente nos próximos dias.

Pelas 20h00 locais (4h00 de domingo em Lisboa), na zona de Sunset on Fraser, um jipe preto avançou a alta velocidade contra a multidão que participava num festival que reúne a comunidade filipina de Vancouver, conhecido como Lapu Lapu.

“É o dia mais sombrio da história de Vancouver”, disse o chefe da polícia de Vancouver, Steve Rai, em conferência de imprensa.

O jornal Vancouver Sun, citado pela agência de notícias Efe, referiu que, quando estava a ser interrogado, o suspeito pediu “desculpa” às pessoas que assistiam à cena, tendo-lhes pedido para não filmarem a sua cara com os telemóveis.

Para já, a política descarta que se trate de terrorismo.

“Neste momento, estamos confiantes de que não foi um ato de terrorismo”, disse no domingo de manhã o departamento de polícia.

Mark Carney, líder do Partido Liberal (progressista) e atual primeiro-ministro (depois de ter substituído Justin Trudeau no partido e no Governo), cancelou o primeiro evento do último dia de campanha eleitoral. Os canadianos escolhem hoje o próximo chefe de Governo.

“Guiana Brasileira” e memes como marcadores de identidade coletiva

Os artigos da equipa do PÚBLICO Brasil são escritos na variante da língua portuguesa usada no Brasil.

Acesso gratuito: descarregue a aplicação PÚBLICO Brasil em Android ou iOS.

Como diz o ditado popular contemporâneo: “Quem tem limite é município, o brasileiro não”. Há alguns dias, um meme tem provocado debates acalorados nas redes sociais (enquanto o calor não chega definitivamente às terras lusitanas). De um lado, brasileiros compartilham fervorosamente a mais nova trend de amor e ódio entre Brasil e Portugal nas redes sociais: o meme da “Guiana Brasileira” ou “Portugal em pé”.

No auge da brincadeira, houve uma enxurrada de conteúdos, desde imagens da bandeira do novo território fictício, com o brasão e o lema “Ordem e Bacalhau” (paródia do “Ordem e Progresso” da bandeira brasileira), até a inserção de um marcador no Google Maps e a criação de uma página na Wikipédia por internautas animados com a ideia do 28° estado brasileiro ou por aqueles que só desejavam surfar na onda de likes e engajamento.

Na cultura digital, os memes emergem como um novo código de expressão, e os brasileiros parecem ter entendido plenamente o poder dessa comunicação. No livro Internet Memes and Society, a pesquisadora, Anastasia Denisova, explora o papel dos memes na sociedade e na política, analisando desde a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 até as eleições presidenciais dos EUA em 2016. Os memes funcionam como ferramentas estéticas interativas, estimulando criatividade e conexão entre indivíduos.

Sua natureza mutável permite que usuários adaptem narrativas conforme suas visões de mundo, transformando-os em instrumentos dinâmicos de comunicação. Além disso, atuam como “molduras interpretativas”, estruturando ideias e direcionando sua compreensão, o que facilita a expressão de identidades coletivas e políticas no ambiente digital.

Os memes consolidaram-se como uma forma de “dizer coisas” sem assumi-las completamente, sintetizando humor, crítica social e identidade cultural em formatos virais. Entre os brasileiros, essa linguagem ganha contornos únicos, mesclando irreverência, criatividade e, por vezes, polêmica. O fenômeno “Guiana Brasileira”, que brinca com a ideia de uma anexação fictícia de Portugal ao Brasil, ilustra como os memes transcendem o entretenimento para refletir dinâmicas geopolíticas, identidade nacional e questões políticas.

Com a crescente presença da imigração brasileira em Portugal, é inevitável que influenciemos as dinâmicas culturais locais, um processo que não cabe em juízos binários de “bom” ou “ruim”. Como herdeiros de um legado colonial, parte dos portugueses se sente invadida por certas brincadeiras, reagindo com indignação à “invasão” brasileira (tanto nas ruas quanto nas redes sociais). Um exemplo foi o caso da influenciadora Nokas, que publicou um vídeo contestando as piadas envolvendo Portugal.

Do outro lado, o meme da Guiana chegou a ser mencionado no podcast “Disto o Nuno Rogeiro Não Fala”, na Rádio Comercial, em que o apresentador estendeu a brincadeira renomeando cidades dos Estados Unidos a partir de referências da cultura brasileira. Já o artista queer NOUÃ, imigrante que vive em Portugal há nove anos, publicou um “pedido de desculpa” para lá de criativo, reconhecendo o processo de colonização reversa e ironizando a violência cultural que uma família brasileira poderá causar aos locais ao reunir-se num domingo para fazer um churrasco.

Como marcadores identitários profundamente políticos, que ora provocam risos, ora acirram disputas simbólicas, nesse jogo de humor e tensão, Brasil e Portugal reescrevem, mesmo que virtualmente, as fronteiras de um passado colonial que ainda ecoa. E, por isso, incomoda tanto ambos os lados.

Em se tratando de liberdade de expressão, não há fórmulas de dizer se isso é certo ou errado. Se é ou não é desrepeito a uma cultura ou um povo. O que não se pode nunca perder de vista é que a linha entre o humor e a xenofobia, o amor e o ódio, a paz e a guerra é tênue, seja do lado de cá ou de lá do Atlântico. E brincar sobre a anexação de territórios independentes não deixa de ser uma piada perigosa. O passado e o presente que o digam.

Por último, epá, não nos levem tão à serio!

Trump garante: Ucrânia está pronta para desistir da Crimeia em “semana crucial”

O Presidente dos Estados, Donald Trump, disse acreditar que a Ucrânia está pronta para desistir de recuperar a península da Crimeia, ocupada pela Rússia desde 2014, com as negociações a entrarem numa “semana crucial”.

Embora Kiev tenha até agora afastado a ideia de abandonar a península, que a Rússia anexou em 2014, o líder norte-americano disse no domingo que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, poderia mudar de posição.

“Acho que sim. A Crimeia foi há 12 anos”, disse Trump aos jornalistas durante uma viagem a Nova Jérsia, quando questionado se achava que Zelensky estava disposto a ceder o território para pôr um fim à invasão russa.

Horas antes, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia está “mais próximo do que em qualquer outro momento nos últimos três anos, mas ainda não foi alcançado”.

Em relação ao estado das negociações, Rubio disse, durante um programa da televisão NBC, que “tem motivos para ser otimista e também para se preocupar”.

“Se esta fosse uma guerra fácil de terminar, outra pessoa já a teria terminado há muito tempo”, enfatizou.

Zelensky e Trump marcaram presença no funeral do Papa Francisco na Praça de S. Pedro, no sábado, tendo, antes do funeral, conversado num encontro privado no interior da basílica que, segundo a Casa Branca, foi “muito produtivo”.

O Presidente ucraniano considerou positivo o encontro com Trump, a quem agradeceu as iniciativas tomadas para terminar com a guerra.

“Esperamos resultados em tudo o que foi discutido. Cessar-fogo total e incondicional. Uma paz segura e duradoura que evite outra guerra. Uma reunião muito simbólica que poderá converter-se em histórica se alcançarmos resultados conjuntos”, destacou Zelensky.

Horas depois do encontro, Trump ameaçou com novas sanções o Presidente russo, Vladimir Putin, porque “demasiadas pessoas estão a morrer” na Ucrânia e a situação faz parecer que o seu homólogo “não quer parar a guerra”, afirmou na sua rede social Truth Social.

“Putin não tinha nenhuma razão para disparar mísseis contra zonas civis, cidades e populações nos últimos dias. Faz-me pensar que talvez não quer parar a guerra (…) e tem de ser tratado de maneira diferente, através de sanções bancárias ou sanções secundárias. Demasiada gente está a morrer!!!”, exclamou.

Também no sábado, o Chefe do Estado-Maior do Exército russo, Valery Gerasimov, garantiu a Putin que os militares russos tinham recuperado o controlo total da região russa de Kursk.

Os soldados da Ucrânia tinham entrado nesta zona fronteiriça em agosto.

No sábado, o exército ucraniano qualificou de falsas as alegações de Gerasimov e afirmou que prosseguia as operações em Kursk.

No domingo, foi a vez de Zelensky garantir que as forças ucranianas “continuam as operações defensivas e ativas em áreas designadas das regiões [russas] de Kursk e Belgorod”.

Lucro da Galp cai 41% no primeiro trimestre para 192 milhões de euros

A Galp teve um lucro de 192 milhões de euros no 1.º trimestre, uma queda de 41% face ao período homólogo, justificada com paragens programadas para manutenção em unidades de produção no Brasil e diminuição das margens de refinação.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a petrolífera adianta que o resultado ajustado a custo de substituição (RCA) antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (EBITDA) foi de 669 milhões de euros, menos 29% que no período homólogo de 2024.

Este resultado resulta da “diminuição nos resultados das duas principais áreas de negócio da Galp”, ou seja, o upstream (exploração e produção) no Brasil e o industrial e midstream, que inclui a refinação.

Rui Rocha quer reduzir “funcionários públicos sem criar nenhum drama social”

28 abr, 2025 – 07:10 • Susana Madureira Martins

Em entrevista à Renascença a caminho das eleições legislativas de 18 de maio, Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal (IL), propõe o controlo de despesa de 1% ao ano para compensar a redução generalizada de impostos e recusa as políticas radicais de cortes no setor público do presidente da Argentina, o ultraliberal Javier Milei, ou de Elon Musk na administração dos Estados Unidos da América. “Não faz sentido nenhum”, afasta o líder dos liberais.

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