Chega propõe aumento de penas para incendiários e equiparação a terroristas

O Chega propõe aumentar as penas para quem for condenado por atear fogos florestais, prevendo a possibilidade de aplicação da pena máxima prevista no sistema português e a sua equiparação a terrorista.

Num projeto de lei que deu entrada esta terça-feira na Assembleia da República, o Chega propõe aumentar a pena mínima de prisão para quem provoque incêndios florestais de um para seis anos, e a máxima de oito para 12 anos.

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Caso o incêndio coloque em risco pessoas ou bens de valor elevado, deixe vítimas “em situação económica difícil” ou a pessoa atue com intenção de obter benefícios económicos, o Chega quer que seja punida com uma pena entre 12 a 25 anos, a pena máxima prevista no Código Penal português. Atualmente, se estiverem em causa fatores agravantes, a moldura penal é entre três e 12 anos.

“Quem praticar crime doloso de incêndio florestal a que devesse aplicar-se concretamente prisão efetiva e tiver cometido anteriormente crime doloso de incêndio florestal, é punido com pena de prisão de 12 a 25 anos, sempre que a avaliação conjunta dos factos praticados e da personalidade do agente revelar uma acentuada inclinação para a prática deste crime, que persista no momento da condenação”, lê-se no documento.

GNR já deteve 44 incendiários e identificou mais de 600 suspeitos

De acordo com o projeto de lei divulgado hoje, o Chega propõe que quem seja condenado pelo crime de incêndio florestal seja obrigado a ressarcir as vítimas “por todos os danos” provocados.

O partido liderado por André Ventura quer que a liberdade condicional só seja possível com a determinação de prisão domiciliária nos meses de maior risco de ocorrência de incêndios “e nos casos de menor gravidade”. O mesmo se aplica à suspensão do internamento para os casos em que um incendiário seja considerado inimputável.

Esta é uma das propostas anunciadas pelo líder do Chega na semana passada na sequência dos incêndios que têm afetado o país este verão.

Na exposição de motivos do projeto de lei, o Chega salienta as consequências do fogo, “seja pelo risco que causa à vida, seja pela massiva destruição de ecossistemas, prejuízos patrimoniais, custos ao Estado, bem como, ainda mais grave, a existência de perda de vidas”.

“O cenário deste ano é desolador, seja em função da extensão de área ardida, como das vidas que se perderam e das pessoas que ficaram sem as suas habitações, negócios, animais, etc”, acrescenta, considerando que o problema se coloca todos os anos e destacando “a importância das penas na prevenção deste tipo de atos criminosos”.

Os deputados do Chega apontam que existe um “sentimento de impunidade” e que a “reincidência neste tipo de crime é muito elevada”, e advogam que “aumentando-se a pena de prisão, menos reincidências existirão”.

“Além de punir na medida da gravidade do ato”, é necessário “inibir a prática de novos crimes, não só pelo próprio, como pela comunidade no geral, bem como transmitir confiança do Estado no cumprimento do Direito”, defendem também.

“Devemos, por isso, transmitir a mensagem clara e simples de que quem perturba gravemente a comunidade, prejudicando vidas, bens e poupanças alheias, bem como o sentimento comunitário de segurança, é severamente punido”, indicam, sustentando que a atual moldura penal é “desajustada face aos danos provocados”.

Regresso durou um ano. Gundogan deixa City e ruma à Turquia

İlkay Gündogan foi anunciado como reforço do último dia de mercado do Galatasaray, deixando o Manchester City após um regresso de um ano.

Os últimos três anos têm sido uma montanha russa para o internacional alemão. No verão de 2023, o médio rumou ao Barcelona depois de sete épocas de enorme sucesso em Inglaterra, no Manchester City.

A passagem pela Catalunha rendeu cinco golos e 14 assistências, mas regressou no verão seguinte ao City. Foi titular a maior parte da temporada, mas a reconstrução do plantel dos “citizens” tiraram-lhe espaço esta temporada.

Pelo terceiro verão seguido, Gundogan muda de clube e vai jogar na Turquia pela primeira vez, de onde os pais são naturais.

Gundogan cresceu na Alemanha, foi formado no Bochum, jogou no Nuremberga e Dortmund antes da mudança para Inglaterra.

Reforça agora o plantel de estrelas do Galatasaray, que conta também com Davinson Sánchez, Lucas Torreira, Mario Lemina, Mauro Icardi, Leroy Sané e Victor Oshimen.

Assina por duas épocas, com um salário público anunciado pelo clube de 4,5 milhões de euros líquidos por temporada.

“Vamos entrar”: Trump ameaça enviar tropas para Chicago

O Presidente dos Estados Unidos afirmou esta terça-feira que pretende enviar tropas da Guarda Nacional para combater o crime em Chicago, mas recusou indicar uma data concreta para a possível mobilização.

Desde que tomou posse, Donald Trump já destacou a Guarda Nacional para as cidades de Los Angeles e de Washington DC, governadas por democratas.

“Vamos entrar. Não disse quando, mas vamos entrar” em Chicago, declarou Trump aos jornalistas reunidos no Salão Oval, na Casa Branca.

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A ameaça surge no contexto de uma possível escalada da presença federal em cidades lideradas por democratas, uma estratégia que Trump tem promovido como resposta urgente à criminalidade — apesar de as autoridades locais indicarem uma queda nos homicídios, violência armada e assaltos em Chicago.

Trump ordena que sem-abrigo (que viu a caminho do campo de golfe) abandonem Washington

O presidente da câmara de Chicago, Brandon Johnson, garantiu no fim de semana que a polícia da cidade não irá colaborar com tropas da Guarda Nacional nem com agentes federais, caso Trump avance com o envio.

“Gostaria de receber chamadas de governadores e autarcas a pedir ajuda”, disse Trump, insinuando que esperaria um pedido formal do estado, apesar de reiterar a sua intenção de agir unilateralmente.

O governador do Illinois, J.B. Pritzker, democrata e apontado como potencial candidato presidencial em 2028, declarou anteriormente que o Presidente não tem autoridade legal para enviar tropas ao estado sem o seu consentimento.

Por seu lado, as autoridades locais têm-se preparado para uma possível operação federal semelhante às que Trump já realizou em cidades como Los Angeles e Washington.

No sábado, o autarca Brandon Johnson, rodeado por outros líderes municipais, assinou uma ordem executiva para preparar a cidade para qualquer tipo de ação federal.

Administração violou lei ao enviar tropa para Los Angeles

As declarações de Trump acontecem no dia em que a justiça considerou que a Casa Branca violou a lei ao enviar a Guarda Nacional para a cidade de Los Angeles, na Califórnia, durante manifestações contra as operações policiais anti-imigrantes irregulares.

Um juiz federal de São Francisco, Charles Breyer, determinou que a administração Trump violou deliberadamente a “Lei Posse Comitatus”, ao mobilizar tropas para reforçar operações federais em território norte-americano — uma prática proibida por essa legislação.

A lei, com mais de um século de existência, limita severamente o uso de forças armadas em ações de aplicação da lei no interior do país, garantindo a separação entre poder civil e militar.

A administração Trump destacou 4.000 elementos da Guarda Nacional e 700 fuzileiros navais em Los Angeles, em junho, para controlar multidões e apoiar agentes federais em rusgas de imigração e operações antidroga.

O juiz classificou a ação como uma violação intencional da lei, sublinhando a gravidade do recurso a forças militares em funções que, segundo a Constituição dos EUA, são da exclusiva responsabilidade das autoridades civis.

A decisão poderá ter implicações legais sérias e reacende o debate sobre o uso político das forças armadas em solo americano, especialmente em contextos de elevada tensão social e política.

Trump diz que EUA atingiram barco da Venezuela que transportava drogas

Donald Trump afirmou, esta terça-feira, 2 de Setembro, que os Estados Unidos atingiram uma embarcação venezuelana que transportaria drogas. “Há mais de onde esse veio”, ameaçou o Presidente norte-americano na conferência de imprensa na Sala Oval, realizada para falar da mudança do comando espacial para o Alabama.

“Temos muitas drogas a entrar no país há muito tempo. Vieram da Venezuela e estão a sair em enormes quantidades da Venezuela. Então removemos isso”, disse Trump sobre o ataque que as Forças Armadas dos EUA fizeram sobre uma embarcação no sul das Caraíbas.

O republicano não deu muitos detalhes sobre o ocorrido, mas garantiu que em breves momentos haveria mais informações. “Vocês vão ver e ler sobre isto. Aconteceu mesmo há poucos momentos. O nosso general tem sido incrível. Há mais de onde esse veio”, prometeu.

Comando espacial vai para o Alabama

O Presidente dos EUA avançou também que a sede do comando espacial norte-americano rumará ao Alabama, um estado conhecido por apoiar o republicano. Na conferência de imprensa na Sala Oval da Casa Branca, Donald Trump justificou a decisão com a existência de voto por correspondência no Colorado, onde se encontravam as instalações.

“Para sempre, [Huntsville] será conhecida como Rocket City [‘Cidade dos Foguetões’]”, disse sobre a cidade que já tinha essa alcunha antes desta terça-feira, uma vez que foi ponto de partida de várias missões espaciais no passado.

Ao justificar a decisão, Trump disse que um dos seus maiores problemas com o Colorado é o facto de o estado permitir voto por correspondência. “Esse grande problema. Isso foi um factor muito grande”, continuou o Presidente, que já por diversas vezes acusou o método de votação de permitir fraudes.

A mudança de localização do comando foi o motivo para a convocatória da conferência de imprensa. No entanto, havia um outro tema a gerar expectativa na Sala Ova: a saúde do Presidente dos EUA

Durante uma semana, vários utilizadores das redes sociais especularam sobre o estado de saúde de Trump devido à mancha que foi vista na sua mão e às poucas aparições públicas que tem feito. Questionado sobre o tema, o republicano respondeu: “Não vi nada disso. Andei muito ocupado e activo esta semana”, listando vários eventos em que participou, desde jogos de golfe a publicações no Truth Social — tudo provas de vida.

Adolescente com hipertimesia consegue ver com clareza todo o seu passado (e futuro)

Uma jovem francesa de 17 anos com uma excecional memória consegue “viajar no tempo” mentalmente. É um caso raríssimo de hipertimesia. Um caso recentemente descrito num estudo publicado na revista Neurocase está a surpreender os cientistas. Uma jovem francesa de 17 anos, identificada pelas iniciais TL, possui uma memória autobiográfica rica e precisa, a um nível fora do normal, que lhe permite revisitar momentos do passado e projetar acontecimentos futuros com um raríssimo nível de detalhe. De acordo com os investigadores, a menor apresenta um quadro de hipertimesia, condição extremamente rara que se distingue pela capacidade excecional de recordar experiências

Trump quis acabar com “brecha catastrófica” mas a suspensão de envios para os EUA apanha grande parte das encomendas (até as ofertas)

Os envios postais para os Estados Unidos da América foram suspensos pela maior parte dos operadores postais europeus, incluindo os CTT. Tudo porque Donald Trump alterou as regras da entrada de bens com valor de até 800 dólares, que deixaram de ser duty-free, ou seja, deixaram de ter isenção de taxas alfandegárias à chegada aos Estados Unidos. A mudança aconteceu na sexta-feira, 29 de agosto. Não apenas passaram a ser devidos direitos aduaneiros para esses envios como também os procedimentos alfandegários se modificaram.

As novas taxas de entrada, segundo a regra determinada agora, passam a ser devidas aos operadores de origem, o mesmo é dizer a quem envia. Esta alteração regulatória “coloca, pela primeira vez, o fardo da cobrança de direitos aduaneiros no transportador ou numa entidade qualificada pelo CBP [Customs and Border Protection, a entidade alfandegária] dos EUA“, indica a UPU (União Postal Universal), um organismo das Nações Unidas, explicando que os direitos alfandegários são agora “cobrados e remetidos ao CBP antes da chegada do objeto aos EUA”.

Por isso, “os transportadores informaram que não estão dispostos ou não têm capacidade para assumir esta responsabilidade”, diz fonte oficial da UPU ao Observador, acrescentando que “nenhuma das partes tem contacto direto com os remetentes ou destinatários”. O que acabou a condicionar também os envios de remessas postais de outros valores.

E se bem que continue a haver isenção de taxas nos produtos até 100 dólares (conhecidos por gifts), os procedimentos para estes bens também vão mudar, segundo indicou a DHL, explicando que os Estados Unidos pretendem impedir, com isto, que se aproveite esta isenção para fazer entrar produtos mais caros.

Por outro lado, ainda que os gifts tenham ficado de fora do agravamento tarifário, as transportadoras aéreas estão a colocar restrições também nestes envios, o que levou algumas empresas a suspenderem igualmente as remessas de produtos desses valores mais baixos. Os CTT têm neste momento os envios suspensos, com exceção de documentos e de encomendas através do produto Internacional Premium, que não serve para uma encomenda entre particulares ou entre um site de comércio eletrónico e o consumidor, mas antes, por exemplo, para o envio de encomendas entre empresas.

A suspensão abrange envios com bens com destino para os EUA, Porto Rico e restantes territórios sob sua administração (Guam, Samoa Americana e Ilhas Virgens Americanas).

Mas não houve suspensão apenas por parte dos CTT. A UPU indica ao Observador que tinha, a 1 de setembro, notificações de suspensão de 38 países membros da UPU. Sendo a maior parte suspensões do serviço de trânsito — um envio que passa por determinado país com origem noutro e que se destina aos Estados Unidos. “No entanto, sabemos que a escala de disrupção é muito abrangente”, indica a mesma fonte da UPU. O organismo diz mesmo que tem procurado uma imagem precisa das suspensões. E segundo os dados recolhidos, “verificamos uma queda de 81% no tráfego postal para os Estados Unidos da América na sexta-feira, 29 de agosto, em comparação com a sexta-feira anterior, 22 de agosto”.

Nos últimos 12 meses, o tráfego de entrada nos Estados Unidos da América de todas as categorias de correio representou 15% do tráfego postal global. Tendo, nesse período, sido originado em 44% da Europa, 30% da Ásia e 26% do resto do mundo.

Segundo dados do INE (Instituto Nacional de Estatísticas), as remessas postais para os Estados Unidos chegaram, em 2024, perto de 3,8 milhões de euros, cerca de 10% do total nacional (31,8 milhões de euros). Só a República Checa superou o valor dos Estados Unidos. E é esse valor que agora está suspenso.

A maior parte das remessas foi, tal como o Expresso referiu e o Observador confirmou nos dados do INE, de produtos de beleza, maquilhagem, bronzeadores e protetores solares, preparações capilares, champôs, sabões, vestuário e acessórios, cerâmica, instrumentos musicais, entre outros.

Ainda que a suspensão noticiada fosse para envios até 800 dólares, uma vez que as remessas de até 100 dólares continuam isentas de tarifas, os CTT acabaram por suspender na sexta-feira também os envios até 100 dólares. Apenas os documentos continuam a ser remetidos para os Estados Unidos, indica o site dos Correios.

Isto apesar de, inicialmente, e conforme tinha comunicado às redações, tivesse suspendido apenas os envios a partir de 100 dólares e até os 800 dólares. No comunicado em que divulgavam essa suspensão, os CTT escreviam que os envios com documentos e ofertas entre particulares (designadas de gifts) com valores inferiores a 100 dólares não estão abrangidas por esta suspensão. Só que acabaram por ser apanhadas também na decisão.

No site, e desde sexta-feira, 29 de agosto, os CTT explicam que “face ao embargo temporário ao transporte de qualquer tipo de mercadorias incluindo ofertas/gifts com destino aos EUA, determinado pelas companhias aéreas com as quais os CTT operam, torna-se operacionalmente inviável a prestação do serviço postal para os conteúdos indicados anteriormente isentos pelas restrições, sendo apenas possível garantir o envio de documentos.”

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Mesmo com margem mínima, Montenegro não espera drama orçamental

Um Orçamento sem dramas. É pelo menos isso que espera Luís Montenegro. Na véspera de começar a apresentar aos partidos as principais opções orçamentais do Executivo para o próximo ano, ninguém no Governo espera outra coisa que não uma debate parlamentar sem surpresas de última hora e tensões desnecessárias. É verdade que a margem para negociar o que quer que seja é reconhecidamente mínima, mas o momento político também tem uma enorme particularidade: o documento terá de ser entregue até 10 de outubro, mesmo na antecâmara das autárquicas. Quem der um passo em falso pode ser prejudicado nas eleições — e isso, julga-se no PSD, é um grande convite à sensatez e à moderação.

Aliás, ainda no domingo, Luís Montenegro definiu o tom com que o Governo parte para este princípio de conversa sobre o Orçamento do Estado para 2026. “Aqueles que se prenderem apenas às jogadas políticas e à gestão comunicacional vão falhar ao país e as pessoas não se vão esquecer disso”, avisou o primeiro-ministro, a partir da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide. Ao mesmo tempo, o social-democrata deixou a garantia de que não negociará, em circunstância alguma, na base de um qualquer “ultimato” ou de “linhas vermelhas“.

Mesmo endurecendo o tom, Montenegro também tentou dar algum conforto à oposição, sabendo que André Ventura e José Luís Carneiro, ainda a disputarem o papel de verdadeiro líder da oposição, terão dificuldades em posar ambos ao lado de Montenegro no dia em que o Orçamento for aprovado — o socialista já veio dizer que o primeiro-ministro tem definitivamente de escolher um parceiro. Antecipando os sapos que os adversários terão de engolir, o social-democrata aproveitou o mesmo discurso de domingo para aconselhar Chega e PS a não dramatizarem em excesso e a não tratarem o OE2026 como se fosse uma “questão de vida ou morte”. Era Montenegro a tentar esvaziar o balão.

É verdade que o fez sabendo — e isso é um dado adquirido na cúpula do PSD — que os adversários não têm margem para grandes aventuras. Até porque o início da discussão do Orçamento do Estado não coincide apenas com as autárquicas. Montenegro quer, no mínimo, continuar a recuperar a desvantagem autárquica para o PS e a afirmar-se como primeiro-ministro. André Ventura está numa fase de consolidação política e poderá vir a disputar as próximas presidenciais, pelo que não quererá ficar colado a uma eventual crise orçamental sem ganhos de causa evidentes. José Luís Carneiro acabou de chegar à liderança de um Partido Socialista em estado de choque depois da catástrofe das últimas legislativas e precisa de tempo para reorganizar o partido e recuperar iniciativa.

De uma forma ou de outra, os dois — Ventura e Carneiro — reagiram com prudência às palavras de Montenegro, desescalando a situação. O líder do Chega até foi o que foi mais longe nesse exercício — o que é revelador da maior sintonia que existe à direita. Não só disse acreditar que este ano há “condições mais favoráveis” para aprovar o Orçamento, como também acrescentou que não gosta de negociar com “ultimatos e de pistolas em cima da mesa” (no OE anterior, Ventura votou contra depois de várias ameaças, deixando a decisão nas mãos de Pedro Nuno Santos). Desta vez, o ambiente entre a AD e o Chega é assumidamente outro.

José Luís Carneiro, que antes de ser líder do PS sempre defendeu que o partido deveria permitir a viabilização do Orçamento do Estado, refugiou-se numa fórmula mais recuada que permite manter alguma pressão sem, na verdade, esticar em demasia a corda: só se pronunciará sobre o documento depois de entregue no Parlamentar e não o negociará previamente com o Governo. Apesar de tudo, no núcleo mais próximo de Montenegro, ninguém acredita que esta versão do secretário-geral socialista seja outra coisa que não uma forma de ganhar tempo — Carneiro está ‘condenado‘ a viabilizar o Orçamento. Por uma simples razão: quem o elegeu não compreenderia que o homem que tentou cultivar a imagem de líder moderado e que criticou a estratégia de balcanização de Pedro Nuno venha agora a fazer exatamente o contrário do que defendia.

É evidente que ninguém ignora que Carneiro não se pode simplesmente anular e que terá de ter alguns ganhos de causa. O líder socialista, de resto, tem usado o Orçamento do Estado como forma de pressionar o Governo a ceder na reforma da lei laboral. No domingo, poucas horas depois de Montenegro falar em Castelo de Vide, José Luís Carneiro aproveitou a presença dos jornalistas em Ribeira de Pena para fazer isso mesmo. “Que fique claro para o senhor primeiro-ministro: as pessoas não são linhas vermelhas. Quando dizemos que o Orçamento do Estado não pode dar respaldo a alterações das leis laborais que põem em causa os mais jovens, que ofendem as mulheres, que ofendem os trabalhadores; isto não são linhas vermelhas; isto é defender a vida das pessoas”, garantiu o socialista.

Ora, em rigor, as alterações às leis laborais escapam ao desenho do Orçamento do Estado — que o diga o PCP, que tantas vezes tentou fazer delas moeda de troca nas discussões com o PS de António Costa. Com esse dossiê fora da discussão, os homens de Montenegro julgam que o socialista não terá grande narrativa política para votar contra o Orçamento do Estado. O mesmo vale para o IRC, o grande cavalo de batalha de Pedro Nuno Santos na discussão orçamental anterior. Ainda em julho, em Conselho de Ministros, o Governo aprovou a descida do imposto até atingir os 17% em 2028. Falta ainda o ‘ok’ do Parlamento, mas a discussão será feita à margem do Orçamento e o Chega já admitiu votar a favor. Carneiro disse que espera para ver a proposta, mas o caminho, desse ponto de vista, parece estar desarmadilhado.

Também em julho, o Governo resolveu a questão do IRS, quando PSD e Chega chegaram a um princípio de entendimento: o partido de André Ventura permitiu a viabilização de uma primeira redução do imposto com a promessa de que, em 2026, o Governo terá uma nova descida de 0,3 pontos do segundo ao quinto escalão, medida que custará 300 milhões de euros já a partir de janeiro. Com um documento que se pretende muito despido dos tais “cavaleiros orçamentais” — que permitiam, no passado, fazer aprovar no Parlamento propostas que escapavam ao controlo do governo em funções —, o Executivo liderado por Luís Montenegro espera passar no teste sem grandes dificuldades.

Claro que, mesmo assim, há sempre margem para surpresas. Esta terça-feira, como avançou o Eco, o Chega fez saber que vai tentar forçar a aplicação do IVA zero num cabaz de alimentos essenciais. Os socialistas já admitiram viabilizar a proposta, até porque tinham a mesma medida inscrita no programa eleitoral. Ao mesmo Eco, António Mendonça Mendes estimou que a proposta venha a custar “500 milhões de euros”. Este tipo de propostas pode baralhar as contas no Excel de Joaquim Miranda Sarmento.

Contrariando todas as expectativas externas, e apesar da pressão que os empréstimos do PRR no exercício orçamental para 2026, a equipa de Miranda Sarmento continua convicta de que conseguirá um excedente de 0,1% do PIB — OCDE, Comissão Europeia, Conselho das Finanças Públicas e Banco de Portugal preveem que Portugal regresse aos défices no próximo ano. Será, com os dados que hoje se conhecem, um exercício engenhoso; se o Orçamento derrapar no Parlamento, mais difícil será.

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Escalada da tensão na Venezuela. EUA levam a cabo “ataque letal” contra navio no sul das Caraíbas

Em atualização

O Presidente norte-americano, Donald Trump. numa conferência de imprensa sobre a transferência do Comando Espacial para o Alabama, deu a notícia: “Nos últimos minutos, atacámos um navio que estava a vir da Venezuela. Era um navio que transportava muita droga. Vinha da Venezuela”.

Os Estados Unidos enviaram vários navios de guerra para a costa venezuelana ultimamente. O cerco militar tem sido criticado pelas autoridades venezuelanas, que alegam que Donald Trump pretende mudar o regime liderado por Nicolás Maduro.

O Presidente norte-americano não abordou estas acusações na conferência de imprensa, mas justificou o ataque com o facto de estar a entrar “muita droga” nos Estados Unidos desde a Venezuela.

Com submarinos nucleares e navios de guerra, Trump cerca militarmente a Venezuela. Pode levar ao fim do regime de Maduro?

Momentos depois, o secretário de Estado, Marco Rubio, recorreu às redes sociais para confirmar a informação avançada por Donald Trump. No X, o líder da diplomacia norte-americana confirmou que os Estados Unidos levaram a cabo um “ataque letal no sul das Caraíbas” contra uma “embarcação com drogas que tinha partido da Venezuela”.

Marco Rubio assinalou que o navio estava a ser usado por uma “organização narcoterrorista”, não precisando qual era.

Área 1 da Carris Metropolitana com 106 reforços de horários

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A Área 1 da Carris Metropolitana recebe reforços de horários e novas paragens para melhorar as ligações entre Amadora, Lisboa, Oeiras e Sintra durante o ano escolar.

Com o início do período escolar, no dia 11 de setembro, as linhas da área 1 da Carris Metropolitana vão sofrer ajustes significativos. Serão implementados 106 reforços de horários, introduzidas novas paragens e realizadas algumas alterações nos percursos. Estas mudanças têm como objetivo melhorar a cobertura do serviço e responder de forma mais eficaz às necessidades dos passageiros.

Ao longo do próximo mês, vinte linhas que ligam a Amadora, Lisboa, Oeiras e Sintra vão registar um aumento de frequência, facilitando as deslocações entre estes municípios. Entre as novidades está também a criação de uma nova paragem.

Nos dias úteis escolares, várias linhas da Carris Metropolitana terão horários adicionais. A linha 1206, que liga Algueirão-Mem Martins à Portela de Sintra via Hospital, terá reforços ao início da manhã e à noite. A 1209, entre Bairro da Felosa e Mira Sintra via Cemitério, terá um novo horário às 6h15, enquanto a 1218, entre Agualva-Cacém e Mira Sintra via Avenida Bomb Vol, acrescenta viagens às 16h20 e 16h40. Linhas como a 1219, 1245, 1525, 1703, 1706, 1709 e 1715 também registam reforços em vários períodos do dia, tanto de manhã como ao final da tarde, ajustando-se às rotinas escolares e profissionais da região.

Para todos os dias úteis do ano, as linhas 1212, 1215, 1220, 1226, 1523, 1603, 1719 e 1720 terão horários adicionais, aumentando a regularidade do transporte em trajetos chave entre Amadora, Agualva-Cacém, Massamá, Oeiras e Casal de Cambra. Estas alterações procuram garantir uma melhor distribuição das viagens ao longo do dia, evitando períodos de maior concentração e reduzindo tempos de espera.

Durante os fins de semana, algumas linhas da Carris Metropolitana terão reforços específicos. A linha 1115, que liga Caxias a Paço de Arcos, vai contar com 22 viagens adicionais distribuídas entre sábados e domingos. Também a linha 1601, entre Amadora Este e Carcavelos, e a 1706, entre Colégio Militar e UBBO via Brandoa, terão horários acrescidos durante todo o ano. A linha 1717 terá um reforço adicional apenas aos sábados, às 8h50, no sentido Colégio Militar.

Uma das novidades é a introdução de uma nova paragem na Avenida José Elias Garcia, número 68, em Queluz. Esta será servida pelas linhas 1230, 1510, 1511, 1512, 1513, 1515, 1518, 1519, 1601, 1715, 1716, 1717, 1720, 1721 e 1740, oferecendo maior acessibilidade aos passageiros da zona.

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