Reino Unido. Líder de movimento religioso que pratica ensino doméstico num antigo orfanato autoproclama-se sucessor de Maomé, Jesus e Papa

São cerca de 100 as pessoas, incluindo várias crianças, a viverem num antigo orfanato na cidade de Crewe, no Reino Unido, onde se instalou o movimento religioso Ahmadi Religion of Peace and Light (AROPL, na sigla original) em 2021. Segundo o The Guardian, o grupo é liderado pelo egípcio-americano Abdullah Hashem, que se autoproclamou novo Papa após a morte de Francisco, e tem sido alvo de investigações e críticas por não permitir que as crianças frequentem escolas, por os membros terem de doar todo o salário à instituição e pelas alegadas curas espirituais.

Hashem apresenta-se como líder espiritual e fundador do AROPL, declara-se o Mahdi (figura messiânica na tradição islâmica) e reivindica os títulos de sucessor do profeta Maomé, de Jesus e do Papa. Comunica com os seguidores através das redes sociais — como o TikTok e o YouTube, onde partilha doutrinas religiosas e experiências pessoais para converter mais pessoas ao movimento.

De acordo com o The Guardian, vários documentos judiciais, registos públicos e relatos de antigos membros do grupo religioso indicam que as cerca de 100 pessoas residentes no antigo orfanato são incentivadas a doar totalmente os salários, a vender os bens e a dedicarem-se exclusivamente à causa do grupo (princípios de paz, igualdade e direitos humanos).

Nas redes sociais, Abdullah Hashem é uma presença ativa, ao produzir conteúdo de forma regular sobre cerimónias e discursos. A organização afirma que a adesão é voluntária e que os membros podem sair a qualquer momento.

Nos vídeos publicados, vários seguidores afirmam que o líder do movimento, considerado “pai, imam e Deus”, realiza curas espirituais. Embora o AROPL apoie o sistema de saúde pública do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês), uma criança relatou que ficou melhor das dores de estômago depois de receber uma bênção de Hashem. “Ele disse-me para fechar os olhos, disse umas palavras, não sei quais. Realmente funcionou, o meu estômago está curado”, disse a menina. Outra das crenças promovidas pelo líder é que a epilepsia pode ser tratada ao colocar uma ave-do-paraíso nos órgãos genitais do doente.

O ensino a partir de casa é conduzido pelos pais e pelos residentes do antigo orfanato, pelo que as crianças não frequentam uma escola formal. “Não podemos controlar totalmente o que acontece com os nossos filhos enquanto eles estiverem a conviver com pessoas que não conhecemos”, alega o líder do movimento.

[A polícia é chamada a uma casa após uma queixa por ruído. Quando chegam, os agentes encontram uma festa de aniversário de arromba. Mas o aniversariante, José Valbom, desapareceu. “O Zé faz 25” é o primeiro podcast de ficção do Observador, co-produzido pela Coyote Vadio e com as vozes de Tiago Teotónio Pereira, Sara Matos, Madalena Almeida, Cristovão Campos, Vicente Wallenstein, Beatriz Godinho, José Raposo e Carla Maciel. Pode ouvir o 7.º episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui, o quarto aqui, o quinto aqui e o sexto aqui]

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No Reino Unido, a legislação permite o ensino doméstico desde que seja registado no Departamento de Educação do governo britânico. Vários antigos membros do grupo demonstraram preocupação com o isolamento social dos jovens. Os serviços sociais de Cheshire East chagaram a investigar, por duas vezes, o bem-estar das crianças. No entanto, não foram encontradas evidências que justificassem qualquer ação oficial.

O movimento religioso está em processo de solicitação do estatuto de caridade no Reino Unido. Embora nos Estados Unidos já tenha esse reconhecimento, o grupo afirma ter enfrentado perseguições em países como Argélia, Turquia e Malásia por discriminação religiosa.

Antes de se estabelecer no Reino Unido, o movimento religioso esteve baseado na Suécia. Contudo, em 2022, o governo sueco revogou os vistos de 69 membros após concluir que empresas ligadas ao grupo foram usadas para obter vistos falsos. Na Alemanha, onde a organização também já funcionou, está em curso uma investigação sobre o desaparecimento da cidadã alemã Lisa Wiese, membro do grupo, depois de ter viajado para a Índia, em 2019. O AROPL nega qualquer envolvimento e afirma não ter informações sobre o caso.

Presidente da Câmara de Gouveia recorre de condenação e não se demite

O presidente da Câmara de Gouveia vai manter-se em funções e já recorreu da decisão da Relação, que confirmou a condenação a três anos e meio de prisão, com pena suspensa, pelo crime de prevaricação de titular de cargo político.

Em 11 de junho, o Tribunal da Relação de Coimbra julgou “totalmente improcedentes” os recursos apresentados pelos arguidos às condenações no caso das parcerias público-privadas (PPP) realizadas pelos municípios de Trancoso, Gouveia (distrito da Guarda) e Alcobaça (distrito de Leiria), entre 2007 e 2011, com a empresa de obras públicas MRG.

Em abril de 2023, o Tribunal da Guarda tinha condenado Álvaro Amaro, presidente da Câmara de Gouveia na altura dos factos, a três anos e seis meses de prisão, com pena suspensa, pelo crime por prevaricação de titular de cargo político, condicionada ao pagamento de 25 mil euros.

A mesma pena foi aplicada a Luís Tadeu, atual presidente do município e vice de Álvaro Amaro na altura dos factos.

Após a condenação na primeira instância, Álvaro Amaro renunciou ao mandato de eurodeputado. Luís Tadeu manteve-se em funções na Câmara de Gouveia e na presidência da Comunidade Intermunicipal Região das Beiras e Serra da Estrela (CIMRBSE).

“Não me conformo com a decisão. Não fui acusado, nem fui condenado, por ter roubado, por ter sido corrompido, por ter corrompido, por ter feito o que quer que seja, a não ser, eventualmente — e isso é muito discutível — ter havido uma falha em termos de um processo de contratação pública. Nada mais”, disse Luís Tadeu (PSD).

O autarca falava na última Assembleia Municipal de Gouveia, realizada na segunda-feira, respondendo a interpelações dos deputados socialistas Pedro Pacheco e José Mota.

“Estou de consciência tranquila, volto a dizer não fiz nada que, em consciência, mereça aquela condenação. Como tal, continuarei em funções até ao final do mandato”, acrescentou.

Luís Tadeu revelou também que já recorreu do acórdão da Relação.

“O processo não acabou, ainda posso recorrer e recorri, porque não estou convicto daquela sentença. Se tiver de pagar, serei eu, do meu bolso, cumprirei aquilo que me for imposto. Se o processo estivesse terminado hoje, pagaria na hora porque, felizmente, tenho dinheiro para pagar”.

Perante a Assembleia Municipal, onde o assunto foi abordado no período de antes da ordem do dia, Luís Tadeu, que não pode recandidatar-se por ter atingido o limite de mandatos, voltou a reiterar a sua inocência.

Luís Tadeu referia-se à requalificação da zona da antiga fábrica têxtil Bellinos & Bellinos, no centro da cidade.

Segundo disse na Assembleia Municipal, “estão feitos dois terços, falta o pavilhão, cujo projeto está pronto e tem financiamento garantido na ITI da CIMRBSE. São 8,5 milhões, não é conversa fiada”.

Além de Álvaro Amaro e Luís Tadeu, foi ainda condenado o ex-presidente da Câmara de Trancoso, Júlio Sarmento, a pena de prisão efetiva de sete anos, pelos crimes de prevaricação, corrupção e branqueamento de capitais, também confirmada pela Relação de Coimbra.

Já o empresário Fernando Gouveia manteve a pena de seis anos e seis meses de prisão, o consultor Marco Carreiro a de cinco anos de prisão suspensa (condicionada ao pagamento de 25 mil euros) e a empresária Josefina Araújo a uma pena suspensa de dois anos e meio por branqueamento de capitais.

Os nove arguidos (três foram absolvidos na primeira instância) eram suspeitos da prática de crimes de corrupção, prevaricação de titular de cargo político, branqueamento de capitais e participação económica em negócio, entre outros, num esquema de PPP alegadamente lesivo para os municípios.

O Tribunal da Guarda tinha absolvido o presidente da Câmara de Alcobaça, Hermínio Rodrigues, a empresa MRG – Engineering & Solutions, S.A. e Eduardo Nogueira.

Presidente do parlamento dos Açores defende “frente insular” para pressionar República

O presidente do parlamento açoriano, Luís Garcia, considerou esta quarta-feira que a República usa muitas vezes a “suposta divisão” entre as regiões da Madeira e dos Açores para bloquear algumas matérias e sublinhou a importância de consolidar uma “frente insular”.

“Queremos olhar para o futuro e construir esse futuro também em conjunto. Temos desafios que são comuns e que são complexos e se tivermos a união dos dois parlamentos a probabilidade de sucesso é maior”, afirmou.

Luís Garcia falava à margem de uma reunião com o reitor da Universidade da Madeira, no Funchal, no âmbito de uma vista oficial de dois dias a esta região autónoma, que termina hoje.

Falo, por exemplo, do aprofundamento da autonomia, falo da revisão da Lei das Finanças Regionais, que são dois temas importantes para as regiões, que requerem uma consolidação interna e uma frente comum, uma frente insular, para podermos fazer alguma pedagogia e conseguir avanços a nível da República”, reforçou.

O presidente da Assembleia Legislativa dos Açores reconheceu haver diferenças entre os dois arquipélagos, mesmo quando os órgãos de governo próprio são da mesma cor política, como ocorre atualmente, sob a liderança do PSD, mas considerou haver também um esforço em “pôr as coisas em cima da mesa, conversar e dialogar”.

Luís Garcia defendeu ser “mais fácil trabalhar numa frente comum”, considerando que “a República e o centralismo usam muitas vezes a nossa divisão, ou suposta divisão, para não avançar com determinadas matérias”.

“Portanto, nós temos de ter o nosso trabalho de casa muito bem feito e atempadamente feito”, reforçou.

Em relação às universidades insulares, Luís Garcia classificou-as como “pilares fundamentais” das regiões autónomas e identificou o processo de financiamento, da competência do Estado, como o principal problema.

“Não nos podemos [os parlamentos regionais] demitir de ajudar a resolver esse problema”, disse, realçando que as universidades insulares têm grande dificuldade em projetar o futuro devido à imprevisibilidade ao nível do seu financiamento.

No decurso da visita à Madeira, o presidente da Assembleia Legislativa dos Açores participou nas cerimónias comemorativas do Dia da Região Autónoma e das Comunidades Madeirenses, na terça-feira, e manteve contactos com várias entidades, tendo participado também numa reunião de preparação das X Jornadas Parlamentares Atlânticas, fórum que junta os dois arquipélagos portugueses, Canárias e Cabo Verde.

Operação Marquês: Portugal no banco dos réus

Naquela noite de Novembro de 2014, o país assistiu em directo a um momento até então impensável —​ um antigo primeiro-ministro a ser detido por polícias, na manga de um avião do aeroporto de Lisboa. José Sócrates, que regressava de Paris, era suspeito de crimes de corrupção de um processo ainda por nomear, comunicou a Procuradoria-Geral da República.

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Violência contra civis no Sudão do Sul aumenta para níveis recorde

De acordo com um novo relatório da Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS), a violência contra civis no país está a aumentar para níveis recorde, registando 1.607 vítimas no primeiro trimestre deste ano.

No relatório aponta-se que 739 civis foram mortos, 679 feridos, 149 raptados e 40 sujeitos a Violência Sexual Relacionada com o Conflito (VSRC) entre janeiro e março de 2025.

A UNMISS mostra que o número de crianças vítimas aumentou de 114 para 171, sendo que “as mulheres e as raparigas continuaram a ser desproporcionadamente afetadas pela VSRC e por outros atos de violência sexual e baseada no género, representando em conjunto 98% das vítimas documentadas”.

Em consonância com o trimestre anterior, a maioria das vítimas foi atribuída a milícias comunitárias ou grupos de defesa civil (66%), enquanto elementos armados oportunistas e não identificados foram responsáveis por 22%.

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As partes convencionais do conflito armado e outros grupos armados foram responsáveis por 15% das vítimas, registando um aumento de 27% (de 152 para 193). A escalada dos confrontos armados “prejudicou gravemente a proteção dos civis” e, segundo a ONU, “resultou em violações e abusos dos direitos humanos e do direito humanitário internacional”.

“É da responsabilidade primária do Governo proteger os civis e prevenir os conflitos, que continuam a causar danos imensos às comunidades em todo o país”, disse o representante especial adjunto do secretário-geral da UNMISS, Guang Cong.

Cong apela a “esforços concertados e coletivos a nível nacional, estatal e local para abordar as causas e os fatores subjacentes, facilitar a resolução de queixas através do diálogo e responsabilizar os perpetradores, a fim de pôr fim ao ciclo mortal da violência.”

PCP acusa Montenegro de querer rever legislação laboral para acentuar precariedade

O secretário-geral do PCP acusou esta quarta-feira o primeiro-ministro de querer rever a legislação laboral para “impor mais precariedade” e mais horas de trabalho e qualificou PSD, CDS, Chega, IL e PS como o “quinteto do retrocesso”.

Numa sessão pública em Rio de Mouro, Sintra, de apresentação de candidatos autárquicos, Paulo Raimundo criticou as declarações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que, na manhã desta quarta-feira, reiterou a intenção de revisitar a legislação laboral, incluindo a lei da greve, com o objetivo de consagrar serviços mínimos que garantam uma “maior proporcionalidade” entre direitos.

O secretário-geral do PCP questionou se esta revisão da legislação laboral que o primeiro-ministro defende irá servir para “acabar com essa brutal precariedade que afeta a larga maioria dos trabalhadores”, para aumentar salários ou as condições de trabalho.

De seguida, deu a resposta: “não”.

O primeiro-ministro quer “alterar as leis laborais para pressionar mais direitos, para impor mais precariedade, para impor mais horas e mais tempo de trabalho. Ora, não é isto que serve à maioria, aos que trabalham, aos que criam a riqueza, aos que põem o país a funcionar”, acusou.

Pouco depois, em declarações aos jornalistas, Paulo Raimundo foi questionado se está preocupado com uma eventual alteração à lei da greve e respondeu que essa é uma “casca de banana para os trabalhadores escorregarem”.

O secretário-geral do PCP frisou que o primeiro-ministro “vai tentar impor limitações ao direito à greve”, e vai enfrentar a resposta dos trabalhadores, mas “o problema de fundo” é que o executivo não tem “nenhuma vontade em resolver” questões como a contratação coletiva, a desregulação dos horários de trabalho ou a reposição do tratamento mais favorável ao trabalhador.

“O que é que o primeiro-ministro quer fazer? Quer resolver algum destes problemas ou quer acentuar isto tudo? Quer acentuar isto tudo”, acusou.

Questionado assim se considera que esta ameaça de mexer na lei da greve é uma cortina de fumo que o executivo está a avançar para não mexer noutros direitos, Paulo Raimundo disse que “não é uma cortina de fumo” e não minimiza o impacto dessa medida.

Mas “o que o Governo vem agora dizer é uma coisa completamente surreal. No fundo, é dizer assim: o direito à greve não está em causa desde que as pessoas vão trabalhar“, criticou, antes de frisar que os serviços mínimos já existem e estão em vigor em setores como a saúde.

[A polícia é chamada a uma casa após uma queixa por ruído. Quando chegam, os agentes encontram uma festa de aniversário de arromba. Mas o aniversariante, José Valbom, desapareceu. “O Zé faz 25” é o primeiro podcast de ficção do Observador, co-produzido pela Coyote Vadio e com as vozes de Tiago Teotónio Pereira, Sara Matos, Madalena Almeida, Cristovão Campos, Vicente Wallenstein, Beatriz Godinho, José Raposo e Carla Maciel. Pode ouvir o 7.º episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui, o quarto aqui, o quinto aqui e o sexto aqui]

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No seu discurso, Paulo Raimundo acusou Chega, PS e IL de estarem a suportar as medidas que estão a ser avançadas por PSD e CDS, qualificando estes cinco partidos como um “quinteto do retrocesso que está em contramão com aquilo que é preciso”.

“Quando é preciso aumentar salários, este quinteto apresenta e propõe mais precariedade, mais desregulamentação das horas de trabalho, mais ataques aos direitos”, afirmou.

Paulo Raimundo criticou em particular a proposta de redução do IRS do Governo, salientando que se traduz, na prática, em mais “10 cêntimos por dia” para a maioria dos trabalhadores, desafiando os restantes partidos a aprovarem a proposta do PCP sobre este imposto, que visa reduzir a taxa sobre o primeiro e segundo escalão e criar um novo escalão para quem aufere um salário anual acima dos 250 mil euros.

Na reta final do discurso, num concelho com forte população imigrante, Paulo Raimundo abordou criticou partidos, numa alusão ao Chega, que usam uma “agenda mentirosa e demagógica” e procuram “dividir os trabalhadores, as populações, a juventude”.

“Acusar os pobres da nossa própria pobreza, acusar os outros trabalhadores da razão funda da nossa exploração, é dar corpo e dar espaço e alimentar a minoria” que está a “crescer à custa do nosso trabalho e da nossa divisão”, avisou, antes de deixar um apelo à unidade dos trabalhadores.

“Unidade, unidade, unidade para combater aqueles que nos exploram e que nos querem levar por diante”, pediu.

Santos Silva sai de cena, ministra da Saúde mantém-se à tona e IRS passa no Parlamento

A dirigente do PS, Mariana Vieira da Silva, assume apoio a Sampaio da Nóvoa, mas falta saber se o antigo embaixador da UNESCO se candidata à substituição de Marcelo Rebelo de Sousa.

Ainda em debate, o futuro da ministra da Saúde, a quem o social-democrata Duarte Pacheco pede “soluções”, caso contrário “é sair por ela própria”.

À distância, a partir de Bruxelas, a eurodeputada do Bloco de Esquerda Catarina Martins entra no debate para tentar responder à pergunta: “O que está a acontecer ao Governo de Pedro Sanchéz, em Espanha?”

Descoberta a cidade egípcia perdida de Imet

Vibrante, musical e espiritual centro urbano tem cerca de 2500 anos e foi agora “desenterrado” no Delta do Nilo. Alexandre, o Grande parece ter mudado as rotinas religiosas da antiga cidade. Uma cidade egípcia perdida terá sido recentemente descoberta durante escavações no Delta do Nilo, onde foram encontradas casas-torre e um edifício cerimonial dedicado a Wadget, a deusa do Baixo Egito cujo nome significa “A Verde” — a cor das serpentes. A zona recentemente revelada será mesmo a antiga cidade de Imet, que terá sido construída durante o Período Tardio do Egito (c. 664 a 332 a.C.), antes da conquista

“Women Drivers”. O que é o novo serviço da Uber só para mulheres?

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Ataque israelita com munição pesada a café lotado em Gaza pode constituir crime de guerra, dizem especialistas

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As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) usaram uma bomba MK-82, de 230kg, que provoca uma explosão massiva e espalha estilhaços por uma área ampla, para atingir na segunda-feira um café lotado junto à costa da Faixa de Gaza, provocando dezenas de mortos e feridos. A informação é avançada pelo jornal Guardian, que refere que o uso deste tipo de munições pesadas numa zona com um elevado número de civis — incluindo mulheres, crianças e idosos — pode constituir um crime de guerra.

A bomba, de fabrico norte-americano, foi identificada por especialistas em armamento atráves de fotografias do jornal britânico que mostram os destroços do café al-Baqa, na cidade de Gaza, e fragmentos da MK-82. O ataque, acreditam especialistas em direito internacional e direitos humanos ouvidos pelo Guardian, não cumpre com a Convenção de Genebra, que estabelece nomeadamente que é proibido um exército lançar ataques que causem “perda incidental de vidas civis” que sejam “excessivos ou desproporcionais” à vantagem militar obtida.

“Quando vemos uma situação em que há uso de munições pesadas, particularmente num espaço civil lotado, mesmo com a melhor capacidade de selecionar alvos do mundo… isso vai criar necessariamente um resultado indiscriminado que não está em conformidade com as convenções de Genebra“, sublinhou Andrew Forde, professor assistente de Direito dos Direitos Humanos na Universidade de Dublin.

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É quase impossível entender como o uso deste tipo de munição pode ser justificado. Se estamos a falar de 20, 30, 40 ou mais vítimas civis, geralmente este seria um alvo de altíssima importância… Para as forças de coligação no Afeganistão e no Iraque, o número aceite para um alvo de altíssima importância era de menos de 30 civis mortos, e somente em circunstâncias excecionais”, disse também Marc Schack, professor associado de direito internacional na Universidade de Copenhaga.

O ataque também foi criticado pela organização Human Rights Watch, que apontou que os militares sabiam que o uso de uma bomba destas ir provocar um elevado número de mortos e feridos e que deve ser investigado como um crime de guerra.

Segundo a Al Jazeera, o ataque israelita ao café de dois andares provocou pelo menos 39 mortos e dezenas de feridos. “Este lugar não tinha um vínculo com ninguém, nenhuma ligação política ou militar. Estava cheio de pessoas, incluindo crianças, para uma festa de aniversário”, disse uma testemunha.

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