Incêndio ameaça aldeias em Mondim de Basto

O incêndio que deflagrou em Vila Real avançou para o concelho de Mondim de Basto, onde ameaça as aldeias de Pardelhas e Ermelo, embora ainda não haja ordem para evacuação.

“Há um risco sério de o incêndio chegar a essas aldeias. As pessoas estão já avisadas para se concentrarem nos locais identificados em termos de prevenção e temos já preparado, no centro escolar do município, uma zona de acolhimento para, se for necessário, deslocarmos alguém”, referiu à Lusa o presidente da Câmara de Mondim de Basto, Bruno Ferreira.

O fogo teve início na noite de sábado, em Sirarelhos, no concelho de Vila Real, progredindo depois pela serra do Alvão. Segundo o autarca, o vento forte e os acessos difíceis ajudaram à propagação das chamas naquela zona, onde se mantém cortada ao trânsito a Estrada Nacional 304 (EN304).

De acordo com os dados da Proteção Civil, em permanente atualização, no total há neste momento 72 fogos ativos em Portugal Continental, que estão a ser combatidos por 1925 operacionais, apoiados por 627 meios terrestres e 14 meios aéreos.

Todo o território do Continente está em situação de alerta desde as 00:00 de domingo e até às 23h59 de quinta-feira, face às condições meteorológicas que favorecem a propagação de incêndios. No total, mais de 140 concelhos do interior Norte e Centro e da região do Algarve estão em risco máximo.

Devido às temperaturas extremamente elevadas, os distritos de Bragança, Porto, Vila Real e Viana do Castelo estão sob aviso vermelho, o mais grave na escala do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Os outros distritos do continente encontram-se sob aviso laranja, com exceção de Beja, que permanece a amarelo. Faro volta a ser o único distrito sem qualquer aviso meteorológico.

Um anticiclone intenso vai trazer uma nova onda de calor a Portugal nos próximos dias, com temperaturas a superar os 40 graus em várias regiões. “Poderá ser o agosto mais quente dos últimos 15, 20 anos, em termos gerais “, disse à CNN Portugal o climatologista Mário Marques.

Incêndios. Aldeias de Pardelhas e Ermelo em Mondim de Basto estão em risco

O presidente da Câmara de Mondim de Basto disse esta segunda-feira que o incêndio proveniente de Vila Real está a colocar em risco as aldeias de Pardelhas e Ermelo, bem como área do Parque Natural do Alvão.

“Temos já cerca de 500 hectares de área ardida no nosso concelho, temos duas aldeias confinadas, Pardelhas e Ermelo, e estamos preocupados com os cerca de oito quilómetros de extensão de incêndio que temos neste momento”, afirmou Bruno Ferreira à agência Lusa.

O autarca especificou que “não há, para já, evacuações”, há sim um “cuidado redobrado porque o fogo aproxima-se muito destas aldeias e as pessoas têm que estar de precaução caso ele possa chegar à suas habitações”.

“Quer dizer que há um risco sério de o incêndio chegar a essas aldeias, as pessoas estão já avisadas para se concentrar nos locais identificados em termos de prevenção e temos já preparado, no centro escolar do município, uma zona de acolhimento para, se for necessário, deslocarmos alguém, termos as condições para o fazermos”, referiu.

O fogo que atingiu Mondim de Basto teve início às 23h45 de sábado, em Sirarelhos, progredindo pela serra do Alvão, aproximando-se de várias aldeias e entrou, no domingo à tarde, em Mondim de Basto.

“É de facto uma área bastante grande, dispersa e que implica que haja todos os meios concentrados para podermos realizar este combate”, referiu, acrescentando que “estão a atuar quatro meios aéreos” naquela zona.

Bruno Ferreira explicou que o vento forte e os acessos difíceis ajudaram à propagação das chamas naquela zona, onde se mantém cortada ao trânsito a Estrada Nacional 304 (EN304).

“Temos uma preocupação de primeiro proteger casas e pessoas, mas também proteger este parque”, sublinhou.

O fogo mantém duas frentes ativas, a de Mondim de Basto e uma outra em Vila Real, na zona de Sirarelhos.

De acordo com a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 11h00, estavam mobilizados para esta ocorrência cerca de 397 operacionais, apoiados por 132 viaturas e seis meios aéreos.

“Enorme insensibilidade social”. CGTP critica revisão de direitos de maternidade

A Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens (CIMH) da CGTP acusa o Governo de com as propostas para revisão dos direitos de maternidade e paternidade demonstrar uma “enorme insensibilidade social” e promover a “desumanização das relações laborais”.

“As propostas do Governo que visam, nomeadamente, a revisão dos direitos de maternidade e de paternidade refletem uma enorme insensibilidade social e constituem um grave retrocesso nos atuais direitos das crianças, das mães e dos pais trabalhadores”, sustenta a CIMH/CGTP-IN numa carta aberta dirigida à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e ao Governo.

“Na prática mais não são do que uma tentativa de desumanização das relações laborais e de regresso ao tempo de má memória da troika”, acrescenta.

Na carta aberta divulgada esta segunda-feira, a central sindical lamenta que, em vez de combater os “horários de trabalho desregulados e sistematicamente alterados pelo patronato” e a “proliferação desregrada e infundada de regimes de turnos e trabalho em dias de descanso e feriados”, o Governo siga “o caminho inverso”, pretendendo “fazer tábua rasa dos pareceres, acórdãos e sentenças dos tribunais” sobre o trabalho flexível nas famílias com filhos até aos 12 anos.

Adicionalmente, sustenta que, “ao pretender limitar a licença de amamentação até aos dois anos de idade da criança”, a ministra Rosário da Palma Ramalho “ignora por completo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) que defendem que a amamentação pode ir para além dos dois anos”.

“E, inexplicavelmente, coloca as mães sob suspeita ao exigir a prova, através de atestado médico, de seis em seis meses, quando hoje é feito ao fim de um ano”, enfatiza.

Por outro lado, “ao manifestar a intenção de acabar com o direito a três dias de faltas justificadas e remuneradas, em caso de luto gestacional”, o executivo “confirma não reconhecer o impacto devastador desta perda, que confere atualmente às mães e aos pais o direito a estas ausências justificadas e remuneradas”, defende a CGTP.

“Estamos a falar de vidas. Do superior interesse das crianças, de mães e de pais que zelam, acompanham e cuidam, pelos quais a Sra. ministra e o seu Governo demonstram um profundo desprezo e uma total indiferença”, acusa a CIMH.

Sustentando que “os problemas do país não residem nos direitos das crianças ou dos seus pais, mas na injusta distribuição da riqueza, na política seguida que precariza o emprego, fomenta os horários longos e desregulados, explora muito e paga pouco”, a central sindical destaca o “mais de um milhão e 900 mil trabalhadores a trabalhar por turnos, à noite, aos fins de semana e feriados, sendo que destes, 48% são mulheres”.

Para a CIMH/CGTP-IN, o Governo “pretende atacar e punir” o “compromisso político com a promoção da maternidade e da paternidade conscientes, respeitadas e protegidas” que até agora foi sendo construído, apelando, por isso, paea que “todas as mulheres e homens se juntem a uma luta comum para travar e derrotar estas propostas”.

O anteprojeto de reforma da legislação laboral, que prevê, segundo o Governo, a revisão de “mais de uma centena de artigos do Código de Trabalho”, já foi apresentado aos parceiros sociais e será negociado em sede de Concertação Social.

Fogo consumiu mais de 75 mil hectares no Parque Nacional da Peneda-Gerês

O incêndio no Parque Nacional da Peneda-Gerês consumiu “mais de 75 mil hectares” daquela zona natural protegida, há “prejuízos avultados” em várias áreas e animais sem pasto, disse hoje o presidente da Câmara de Ponte da Barca. .

“A nossa zona de parque foi quase toda consumida. A Serra Amarela e as zonas à volta ficaram todas queimadas. Somando os hectares que arderam no nosso concelho aos de Terras de Bouro, foram consumidos mais de 75 mil hectares no PNPG”, adiantou Augusto Marinho, presidente da autarquia de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo.

O autarca explicou que vai ser preciso “restabelecer os habitats, de modo a recuperar o património natural” perdido no incêndio que começou a 26 de julho, mas, no imediato, é preciso resolver outra “situação muito urgente” dos animais que ficaram sem pasto.

“É preciso desenvolver mecanismos para terem condições para os alimentar”, explicou.

A autarquia está, por isso, a “fazer um levantamento dos diversos prejuízos para comunicar às diferentes entidades governamentais”, não sendo possível apontar um prazo para a contabilização estar concluída, disse.

“Ainda estamos muito focados a resolver problemas essenciais, como o abastecimento de água, porque algumas tubagens foram queimadas pelo fogo e esta manhã uma aldeia estava sem água”, observou.

Os prejuízos, disse Augusto Marinho, “são diversos”, abrangendo “animais que morreram, colmeias destruídas e infraestruturas como “rails” ou vias de acesso”.

Também o turismo teve “muitos prejuízos”, com sítios onde as reservas foram “canceladas a 100%”.

Apesar de o fogo ter sido dominado no domingo e estar ainda “em resolução”, o autarca manifesta-se preocupado com a “necessidade de vigilância permanente e muito apertada, porque os reacendimentos podem ser perigosos”.

“O fogo é muito traiçoeiro e na noite de domingo ardeu uma casa devoluta na aldeia de Mosteirô, freguesia de Britelo, e em Lourido uma frente de fogo ameaçava a aldeia e a população saiu, com o receio. Não houve ordem das autoridades e regressaram pouco tempo depois, mas isto mostra a ameaça que o fogo representa e o receio das pessoas”, vincou.

O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) foi criado em 1971 e é gerido pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). Ocupa uma área com cerca de 70 mil hectares, distribuídos por cinco concelhos: Melgaço, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca (Viana do Castelo), Terras de Bouro (Braga) e Montalegre (Vila Real).

De acordo com o “site” da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 11:30 de hoje o fogo que deflagrou a 26 de julho mobilizava 393 operacionais, apoiados por 128 viaturas e dois meios aéreos.

Descoberto mega-esquema de corrupção nas compras para a Defesa na Ucrânia

A revelação foi feita dois dias após o Governo ucraniano voltar a restabelecer a independência das agências anti-corrupção. Os nomes dos envolvidos não foram revelados. As autoridades anticorrupção da Ucrânia revelaram este sábado um novo escândalo em torno da aquisição de equipamento militar, apenas dois dias depois de o Parlamento ter restabelecido a independência das agências responsáveis por combater este tipo de crimes. A reversão foi adotada após intensos protestos populares e pressão direta da Comissão Europeia sobre Zelenskyy. A informação foi divulgada pelo Gabinete Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU) e pelo Gabinete Especial do Procurador Anticorrupção (SAPO), que afirmam

Árbitros azeri e sueco para Cluj-Braga e Larne-Santa Clara

O azeri Elchin Masiyev é o árbitro do jogo de quinta-feira entre o Cluj e o Sporting de Braga, enquanto o sueco Adam Ladebäck arbitra o Larne-Santa Clara, informou esta segunda-feira a UEFA.

Os bracarenses disputam a primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga Europa de futebol em Cluj-Napoca, em jogo às 17h30 (horas de Lisboa), e os açorianos visitam o Larne (20h00), da Irlanda no Norte, na terceira pré-eliminatória da Liga Conferência.

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Em outros jogos da terceira competição da UEFA, a Liga Conferência, a UEFA nomeou os árbitros portugueses Cláudio Pereira para o Klaskvík-Neman, Miguel Nogueira para o Viking-Basaksehir e Luís Godinho para o Rapid Viena-Dundee United.

A segunda mão das eliminatórias das duas competições decorrerá uma semana depois, em 14 de agosto, em casa dos dois emblemas luso.

No último dia do fim das candidaturas ao ensino superior há menos 8 mil candidatos

Até domingo, tinham feito a sua candidatura ao concurso nacional de acesso ao ensino superior 47.796 estudantes, segundo as estatísticas atualizadas ao dia pela Direção-Geral do Ensino Superior. Comparando com igual momento do ano passado, e quando falta apenas o dia de hoje, segunda-feira, para o fim da candidatura à 1ª fase, são menos 8374, ou seja, uma redução de 15%. Amanhã, será possível fazer um balanço final, mas tudo indica que o número de candidatos pode ficar abaixo dos 50 mil, na ordem do que aconteceu em 2018.

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Homem que decapitou outro em Lisboa levou a cabeça para casa, lavou-a e meteu-a no frigorífico

O suspeito de decapitar um homem de 29 anos, na semana passada, em Lisboa, terá tratado “impecavelmente” da cabeça da vítima. Suspeita-se de que a levou para casa, a lavou e a conservou no frigorífico. Na semana passada, um homem guineense de 34 anos foi decapitado por um nigeriano de 29, em Lisboa. Mussa Baldé morreu às mãos de Jonathan Uno, após um alegado encontro amoroso que correu mal. O corpo da vítima foi encontrado na madrugada de quarta-feira, sem cabeça, no Pátio Salema, na zona do Rossio. No dia seguinte, o suspeito deslocou-se ao Hospital de São José entregou

Festival sem álcool, tabaco e droga na Covilhã em agosto

Uma quinta biológica entre o Ourondo e o Paul, no concelho da Covilhã, acolhe, entre 06 e 10 de agosto, mais uma edição do Ananda Festival of Bliss, evento onde não é permitido álcool nem tabaco ou drogas. Segundo Pedro Henriques, da organização, este é um festival diferente dos demais, onde é feito um “convite à reconexão”.

“O que nos distingue é o espaço seguro e consciente que oferecemos: livre de álcool, drogas e tabaco. Criamos um ambiente onde todos podem explorar uma vida mais saudável e plena, através de práticas espirituais, partilhas verdadeiras e uma programação pensada para o crescimento interior e coletivo”, sustentou, em declarações à agência Lusa, aquele elemento do Ananda Festival of Bliss. Durante cinco dias, os participantes, provenientes de diferentes partes de Portugal e do mundo, podem esperar “uma imersão profunda no seu mundo interior e na beleza da vida comunitária”.

Pedro Henriques adiantou que o evento promovido no Ananda Valley é “uma celebração da liberdade interior, da expressão autêntica e do despertar do ser” e que os dias do festival são para viver “em comunhão consciente, onde a música, o movimento, a meditação e o contacto profundo com a Terra abrem as portas para a alegria, o silêncio interior e um sentimento autêntico de pertença”.

A organização frisou que o festival reflete os valores da Ananda Kalyani: espiritualidade, regeneração ecológica, ativismo social e serviço ao bem comum. No programa há ioga, danças sagradas, concertos, oficinas, mercado e arte e outras atividades, como “terapias de cura”, assim como refeições saudáveis, incluídas no preço.

“A programação oferece desde concertos e danças ao entardecer até momentos de introspeção e espiritualidade profunda. Teremos também uma programação dedicada às crianças, com atividades criativas e brincadeiras conscientes para os mais pequenos”, reforçou, à Lusa, Pedro Henriques. No cartaz destacam-se nomes como Roaman, Anirvan Deva, Anaidcram, Mariana Cortesão ou Ricardo Passos. Segundo o mesmo responsável, o festival é também “um espaço de encontro entre pessoas de coração aberto e estilos de vida conscientes, unidos por uma vontade comum de cuidar do planeta”.

O Ananda Festival of Bliss, que se realiza perto da serra da Estrela, no concelho da Covilhã, distrito de Castelo Branco, destina-se a quem se interessa por natureza e ecologia, ioga, meditação, música, dança e quem pretenda ter momentos de “conexão e reflexão”. Os preços situam-se entre os 220 e os 245 euros, com desconto (195 euros) para residentes nas localidades vizinhas do Ananda Valley: Ourondo, Paul e Casegas. De acordo com a organização, o intuito é “fortalecer as raízes locais e criar pontes duradouras com a comunidade envolvente”.

A entrada é gratuita para crianças até aos cinco anos, custa 55 euros para quem tem entre os seis e os 11 anos e 110 euros até aos 16 anos. Os bilhetes diários custam entre 70 e 90 euros, com exceção do primeiro e último dia.

Jardim Zoológico celebra o nascimento de 3 crias de Flamingo

Não há uma sem duas, nem duas sem três!
O Jardim Zoológico celebra o nascimento de 3 crias de Flamingo que já podem ser observadas pelos visitantes.

O verão chegou com boas notícias ao Jardim Zoológico: nasceram três crias de flamingo, que já podem ser observadas no lago desta nova instalação emblemática. Estas novas vidas surgiram nos dias 6, 17 e 19 de julho e representam mais um sinal positivo do trabalho de conservação e bem-estar animal que define a missão do Zoo.

Com penas cinzentas, passos inseguros e uma curiosidade contagiante, as crias trazem uma nova dinâmica ao grupo residente, composto agora por 39 indivíduos. Ao lado dos adultos — cujas plumagens rosa vibrante são o símbolo da espécie —, os mais novos prometem encantar os visitantes e proporcionar momentos de observação do início de vida de uma das aves mais fascinantes do planeta.

A instalação dos flamingos foi pensada ao detalhe para estimular o comportamento natural da espécie, que é altamente sensível à envolvente. A reprodução dos flamingos exige um ambiente favorável, estabilidade, segurança e um acompanhamento permanente das crias — e é por isso que cada um destes três nascimentos foi celebrado como uma conquista.

Embora os sexos das novas aves ainda estejam por confirmar, os visitantes já podem acompanhá-las no recinto, onde se movem entre adultos a explorar o mundo que as rodeia. À medida que forem crescendo também elas adotarão a coloração característica dos flamingos adultos.

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