Autárquicas. Analista de crimes financeiros Rita Ribeiro é a candidata do Bloco de Esquerda à Câmara de Espinho


A analista de crimes financeiros Rita Ribeiro é a cabeça de lista do BE à Câmara Municipal de Espinho, revelou esta segunda-feira o partido, defendendo a necessidade de maior proximidade entre a autarquia e a população, em especial os jovens.
Tendo exercido nos últimos quatro anos o cargo de deputada municipal nesse concelho do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, a candidata, de 30 anos, é licenciada em Direito pela Faculdade da Universidade de Coimbra e pós-graduada em Ciências Jurídico-Forenses.
“Trabalha atualmente como analista de crimes financeiros, com experiência consolidada na área do direito bancário: a prevenção da corrupção, o financiamento de terrorismo e o branqueamento de capitais”, adianta o Bloco de Esquerda (BE).
A candidatura de Rita Ribeiro a Espinho visa “colocar o cidadão no centro das decisões e garantir que a política volte a ser feita com proximidade”, para que o concelho se torne “mais inclusivo, acessível e ambientalmente responsável”.
Para isso, a candidata quer um município “construído em conjunto com a comunidade — especialmente com os jovens, que têm sido sistematicamente excluídos dos processos de decisão” — e defende uma política “mais transparente, mais próxima e, acima de tudo, mais humana”.
Segundo o BE, a cabeça de lista à Câmara de Espinho sempre foi ativa “em causas sociais, culturais e políticas, movida pelo desejo de transformar a realidade que a rodeia”.
Foi presidente do Coro Misto da Universidade de Coimbra, membro do Núcleo de Estudantes de Direito e “organizadora e coordenadora de debates, workshops, ações de sensibilização e encontros internacionais”.
Além disso, participou em “inúmeros voluntariados, coordenou projetos europeus de capacitação juvenil e cooperou e integrou diversas associações culturais, movimentos locais e coletividades do concelho, sempre com espírito de serviço público”.
Além de Rita Ribeiro pelo BE, às eleições de 12 de outubro em Espinho também já foram anunciadas as candidaturas de José Ilídio Sá (IL), Pilar Gomes (CDU), Luís Canelas (PS) e ainda Maria Manuel Cruz como independente — que, embora sendo presidente da Câmara pelo PS desde 2023 (na sequência da renúncia de Miguel Reis devido ao caso Vórtex), se desvinculou entretanto do partido, por esse ter preferido como cabeça de lista o vereador Luís Canelas.
Quanto ao PSD, o candidato confirmado pela estrutura distrital e nacional do partido é Jorge Ratola, mas está a decorrer um processo de impugnação dessa candidatura por iniciativa de Ricardo Sousa, que foi o nome votado por unanimidade na concelhia e é acompanhado nessa contestação por mais de 110 militantes.
O executivo municipal de Espinho é atualmente composto por sete elementos: Maria Manuel Cruz, Leonor Lêdo Fonseca e Lurdes Rebelo, pelo PS; Luís Canelas, eleito pelo PS, mas agora sem pelouros, após a presidente lhe retirar a confiança política; e Lurdes Ganicho, João Passos e Hélder Rodrigues, pelo PSD.