A Polícia Judiciária desmantelou um grupo que clonava cartões bancários, resultando num prejuízo estimado superior a 450 mil euros.

Em comunicado, a PJ refere que a Operação “Ctrl €” resultou em dez detidos por fortes indícios da autoria de crimes de associação criminosa, em ações policiais nas zonas da Grande Lisboa, Grande Porto, Minho e Algarve.

A investigação começou em fevereiro de 2024, depois da Sociedade Interbancárias de Serviços (SIBS) ter detetado “comportamentos anómalos” na rede Multibanco.

“Detetou-se que entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, vários cartões bancários emitidos por instituições bancárias nacionais tinham sido comprometidos em Caixas Automáticas (ATM/Multibanco), localizadas em diversos pontos do país, detetando-se ainda, sobretudo na região da Grande Lisboa, registos de movimentos a débito não autorizados nas contas bancárias dos titulares dos cartões contrafeitos (clonados) donde resultaram os referidos prejuízos patrimoniais e ainda a tentativa de movimentos na ordem dos 900 mil euros”, explica o comunicado.

Os detidos, com idades entre os 21 e os 54 anos, serão presentes a primeiro interrogatório judicial de arguido detido no Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

Os dados dos cartões podem ser comprometidos através de interferência no processamento informático de cartões legítimos, com recurso a dispositivos (skimmers), que permitem a leitura da banda magnética, e a microcâmaras que captam o PIN, instalados de forma dissimulada em terminais ATM. O skimming pode ocorrer em estabelecimentos comerciais, nomeadamente em bares, restaurantes e postos de combustível.

O alerta para o problema surgiu há cerca de dois anos. Cerca de 1200 inquilinos dos bairros municipais em Loures não pagavam as rendas, alguns deles há anos, sem que ninguém os alertasse para a situação.

“Atuámos, primeiro com um ato humanista, não fomos logo para o despejo“, lembrou Ricardo Leão, em declarações proferidas durante a Local Summit, promovida pelo jornal ECO.

Na altura, o autarca optou por criar um plano de regularização de dívidas que podia ir até 60 prestações. Hoje, garante, “baixámos para 18,5% de incumpridores”

Ainda assim, são cerca de 400 inquilinos, que “nem sequer se dignaram a responder à câmara, nem em participar neste plano de redução de dívidas. Estão-se borrifando“, desabafou Ricardo Leão.

Face a esta situação, diz, todos eles “já receberam a ordem de despejo”.

“Quem não cumpre as suas obrigações é despejado das suas habitações”, diz o presidente da Câmara de Loures, garantindo qque não vai permitir que esses moradores “ocupem casas às pessoas que estão na lista de espera”.

O município de Loures tem um universo de cerca 2.500 fogos municipais, em que as rendas mensais rondam os 10 a 15 euros mensais, explica o jornal ECO.

Ricardo Leão refere, por fim, que esta é “a justiça social” que quer para o concelho, “onde todos sintam que todos cumprimos.”

Depois de estar sob os holofotes de Hollywood, tendo ganho um Globo de Ouro e estando nomeada nos Óscares, Fernanda Torres vai regressar ao grande ecrã com um novo filme que escreveu e em que também é a protagonista.

De acordo com a “Variety”, a longa-metragem chama-se “Os Corretores” e será realizada por Andrucha Waddington que já trabalhou com Fernanda Torres e a mãe, Fernanda Montenegro, no filme de 2005 “Casa de Areia”.

Trata-se de uma tragicomédia sobre o mercado imobiliário. A narrativa fala de um casal que trabalha na indústria, com Fernanda Torres perfilada para assumir o papel feminino, enquanto a personagem masculina ainda não tem um ator atribuído.

A produção está a Globo Filmes e da Conspiração e deve arrancar no final do ano. Não há, neste momento, uma data de lançamento anunciada.

Fernanda Torres e o cinema brasileiro ganharam bastante notoriedade no ano passado com “Ainda Estou Aqui”, um filme que valeu ao Brasil o seu primeiro Óscar de Melhor Filme Internacional e a Fernanda Torres um Globo de Ouro.

A atriz brasileira foi, de resto, uma das pessoas que mais reuniu a atenção dos média durante a época de prémios em Hollywood. Sinal disso é o facto desta notícia sobre o seu novo filme – que é uma produção brasileira – ter sido avançada pela imprensa norte-americana.

“Ainda Estou Aqui” é o segundo filme mais visto em Portugal, nos primeiros cinco meses do ano. Segundo os dados mais recentes do Instituto do Cinema e do Audiovisual, a longa-metragem foi vista por 383.058 pessoas e gerou uma receita bruta de 2.408.733,20 euros.

Esta semana, um novo filme brasileiro acolheu muita atenção no Festival de Cannes. No podcast “Watch Party”, desta quinta-feira, falamos melhor sobre “O Agente Secreto”, protagonizado por Wagner Moura e realizado por Kleber Mendonça Filho.