Maior ataque russo desde o início da Guerra atinge edifício do Governo da Ucrânia

O ataque russo deste domingo sobre Kiev, o maior desde a invasão da Ucrânia pelas tropas russas, provocou a morte a duas pessoas e causou um incêndio num edifício onde se encontram os gabinetes dos ministros da Ucrânia. Foi a primeira vez que a Rússia atacou um edifício governamental em Kiev. Um ataque em massa com drones e mísseis russos contra a capital da Ucrânia matou pelo menos duas pessoas e feriu 18, informaram hoje as autoridades ucranianas. Entre os mortos estava uma criança de 1 ano, cujo corpo foi retirado dos escombros pelas equipas de resgate, disse o chefe

Mais de 40 empresas de calçado portuguesas expõem em Milão. Governo diz-se otimista mas reconhece momento de incerteza

De acordo com Paulo Gonçalves, 90% da produção de calçados portuguesa é para a exportação, destinada a 170 países. Na MICAM, os empresários citam mercados diferentes — há marcas a trabalhar para países como Alemanha, Países, Baixos e Inglaterra; enquanto outras assumem que o foco é no mercado norte-americano. Diante das tarifas de 15% impostas pela administração Trump para produtos europeus importados, e que entraram em vigor há uma semana, algumas das empresas que expõem na MICAM dizem ainda não sentir o impacto.

Não afetou de todo. Os clientes mantêm as encomendas”, assume Cristiano Carvalho, Managing Director da PC Footwear, que produz calçados para marcas como a Maje Paris ou a norte-americana Rag and Bone. “Acredito que Portugal sempre teve este âmbito de trabalhar private label. O mercado português é um pouco difícil de se trabalhar e por isso temos que apostar no exterior”, diz, afirmando que a qualidade e o luxo é o diferencial para manter as exportações. Maria Manuela Vieira Rodrigues, da Tentoes, marca de calçados profissionais, também diz que a empresa não sente os efeitos da aplicação da tarifa. “Focamos muito na tecnologia e estamos sempre a apostar em algo novo”, considera.

Já o CEO da Kyaia olha para a aplicação dos direitos alfandegários com maior preocupação. “As tarifas são sempre menos boas. Obviamente que elas têm que ser comparadas e avaliadas, e por isso a Comissão Europeia falou de forma positiva destas tarifas, comparativamente a outros mercados. E porque sabemos que outros estão onerados com tarifas muito maiores. Mas as tarifas, por si só, não são boas”, assinala Tiago Brandão Rodrigues. “Se em determinado momento as tarifas forem muito altas, a inevitabilidade é que acabe por repercutir no consumidor final. E isso é muito complexo, porque se são mais caras, necessariamente as pessoas vão se retrair.”

“Conheço muito bem o setor industrial, sei o que é viver períodos de dificuldade, e este é maior“, diz o secretário de Estado da Economia, citando o exemplo das tarifas impostas pelos EUA. “Pode-nos abrir mais um cenário de aumento de competitividade e de posicionamento. O setor e as empresas estão conscientes disto. É uma altura de não desinvestir no mercado americano, pelo contrário, de investir mais, porque Portugal vai ficar melhor que outros.”

O porta-voz da APICCAPS concorda. “Se é verdade que nós pagamos taxas aduaneiras na ordem dos 15%, os grandes players internacionais, como a China, vão pagar 30%. Outro player internacional, a Índia, paga 50%, o Brasil, que é outro produtor de calçado de referência a nível internacional, vai pagar 50%. O México, 25%. Portanto, na cena competitiva internacional, nós até ficamos relativamente bem posicionados.”

Para ultrapassar as dificuldades, as empresas apostam em sustentabilidade e inovação. “Diria que os investimentos que temos vindo a fazer na área da automação, da robótica, da sustentabilidade, criam um novo posicionamento estratégico das nossas empresas na cena competitiva internacional. Nós estamos, de facto, a investir como nunca. No âmbito do PRR são 100 milhões de euros que estamos a terminar de investir. E isso permite que as nossas empresas sejam mais rápidas, que sejam mais ágeis e sejam mais capazes de responder aos desafios que lhes são colocados pelos nossos clientes internacionais.”

O Observador está em Milão a convite da APICCAPS.

Mais de 40 empresas de calçados portuguesas expõem em Milão. Governo diz-se otimista mas reconhece momento de incerteza

De acordo com Paulo Gonçalves, 90% da produção de calçados portuguesa é para a exportação, destinada a 170 países. Na MICAM, os empresários citam mercados diferentes — há marcas a trabalhar para países como Alemanha, Países, Baixos e Inglaterra; enquanto outras assumem que o foco é no mercado norte-americano. Diante das tarifas de 15% impostas pela administração Trump para produtos europeus importados, e que entraram em vigor há uma semana, algumas das empresas que expõem na MICAM dizem ainda não sentir o impacto.

Não afetou de todo. Os clientes mantêm as encomendas”, assume Cristiano Carvalho, Managing Director da PC Footwear, que produz calçados para marcas como a Maje Paris ou a norte-americana Rag and Bone. “Acredito que Portugal sempre teve este âmbito de trabalhar private label. O mercado português é um pouco difícil de se trabalhar e por isso temos que apostar no exterior”, diz, afirmando que a qualidade e o luxo é o diferencial para manter as exportações. Maria Manuela Vieira Rodrigues, da Tentoes, marca de calçados profissionais, também diz que a empresa não sente os efeitos da aplicação da tarifa. “Focamos muito na tecnologia e estamos sempre a apostar em algo novo”, considera.

Já o CEO da Kyaia olha para a aplicação dos direitos alfandegários com maior preocupação. “As tarifas são sempre menos boas. Obviamente que elas têm que ser comparadas e avaliadas, e por isso a Comissão Europeia falou de forma positiva destas tarifas, comparativamente a outros mercados. E porque sabemos que outros estão onerados com tarifas muito maiores. Mas as tarifas, por si só, não são boas”, assinala Tiago Brandão Rodrigues. “Se em determinado momento as tarifas forem muito altas, a inevitabilidade é que acabe por repercutir no consumidor final. E isso é muito complexo, porque se são mais caras, necessariamente as pessoas vão se retrair.”

“Conheço muito bem o setor industrial, sei o que é viver períodos de dificuldade, e este é maior“, diz o secretário de Estado da Economia, citando o exemplo das tarifas impostas pelos EUA. “Pode-nos abrir mais um cenário de aumento de competitividade e de posicionamento. O setor e as empresas estão conscientes disto. É uma altura de não desinvestir no mercado americano, pelo contrário, de investir mais, porque Portugal vai ficar melhor que outros.”

O porta-voz da APICCAPS concorda. “Se é verdade que nós pagamos taxas aduaneiras na ordem dos 15%, os grandes players internacionais, como a China, vão pagar 30%. Outro player internacional, a Índia, paga 50%, o Brasil, que é outro produtor de calçado de referência a nível internacional, vai pagar 50%. O México, 25%. Portanto, na cena competitiva internacional, nós até ficamos relativamente bem posicionados.”

Para ultrapassar as dificuldades, as empresas apostam em sustentabilidade e inovação. “Diria que os investimentos que temos vindo a fazer na área da automação, da robótica, da sustentabilidade, criam um novo posicionamento estratégico das nossas empresas na cena competitiva internacional. Nós estamos, de facto, a investir como nunca. No âmbito do PRR são 100 milhões de euros que estamos a terminar de investir. E isso permite que as nossas empresas sejam mais rápidas, que sejam mais ágeis e sejam mais capazes de responder aos desafios que lhes são colocados pelos nossos clientes internacionais.”

O Observador está em Milão a convite da APICCAPS.

Marques Mendes afasta-se de Marcelo: “Há coisas que, mesmo pensadas, não devem ser ditas publicamente”

Luís Marques Mendes deu este sábado mais um passo para se demarcar de Marcelo Rebelo de Sousa. O candidato à Presidência da República deixou claro que a sua candidatura não é a continuidade do mandato do actual chefe de Estado. A amizade de mais de 20 anos, a militância comum na família social-democrata e até a experiência de comentador televisivo ao domingo não impedem Marques Mendes de marcar diferenças. “Sou mais contido no uso da palavra. Há coisas que, mesmo pensadas, não devem ser ditas publicamente”, atirou.

No evento “Campus da Liberdade 2025”, organizado pelo Instituto +Liberdade, em Peniche, o ex-líder do PSD assegurou também que, se chegar a Belém, recusará convites para iniciativas com ligação partidária. “O Presidente deve ser independente e equidistante”, afirmou, numa alusão directa à Universidade de Verão do PSD, onde Marcelo Rebelo de Sousa esteve há apenas uma semana.

Por fim, recordou que discordou de uma das decisões mais emblemáticas de Marcelo: a não recondução de Joana Marques Vidal como procuradora-geral da República. “Não sou melhor, mas sou diferente”, frisou.

Confrontado com as declarações no podcast “Política com Assinatura”, da Antena 1, quando classificou a candidatura de Henrique Gouveia e Melo como um risco enorme e um perigo para a democracia, Marques Mendes afirmou que não vê problema numa candidatura seja ela “civil ou militar”, mas que continua a achar “importante” ter “alguém com experiência política” em Belém “porque é o cargo mais político do país”.

“Nos cargos de topo, é recomendável escolher pessoas que não sejam uma aventura nem um tiro no escuro”, insistiu. “Se os accionistas tiverem de escolher um administrador, vão preferir alguém experiente, porque experiência é segurança, confiança e menos incerteza. Foi isso que disse e mantenho”, reiterou. “Isto não é uma crítica, é uma constatação. Cabe aos portugueses decidir se preferem experiência ou arriscar numa solução mais experimental”, declarou.

O candidato à Presidência da República foi também questionado sobre o tema da descentralização e sobre se concordava que os municípios devem ter mais autonomia face ao Governo central, respondendo que “Portugal continua a ser um país muito centralista” e que a sua experiência enquanto vereador lhe mostrou que é desejável “uma descentralização mais profunda, em áreas como prevenção de incêndios, saúde e educação”. “É no terreno que muitas decisões têm de ser tomadas, não em Lisboa”, declarou.

“O Presidente da República não governa nem legisla, mas deve ter causas e exercer um poder mediador — pró-activo, para juntar partes e resolver problemas. A descentralização será uma das minhas causas”, prometeu.

Marques Mendes admitiu ainda que a saída de um primeiro-ministro pode justificar a dissolução da Assembleia da República, mas “não necessariamente”. Recorda que, no caso de António Costa, defendeu eleições — “não fazia sentido indigitarem um primeiro-ministro que não fosse líder do PS, isso seria confusão total” , mas sublinha que, perante um chumbo do Orçamento, a convocação de legislativas “não é automática”.

Carneiro elogia Alexandra Leitão e contraria Pedro Nuno. “Grande escrutínio a Moedas é dia 12 de outubro”

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, considerou que o grande escrutínio político que vai ser feito sobre a tragédia do elevador da Glória, em Lisboa, vai ser nas eleições autárquicas de 12 de outubro, recusando, novamente, exigir a cabeça de Carlos Moedas.

José Luís Carneiro colocou-se assim mais uma vez ao lado de Alexandra Leitão, não alinhando com o discurso de Pedro Nuno Santos, que já pediu por duas vezes a demissão de Carlos Moedas, sobre as consequências políticas do acidente no Elevador da Glória.

“Entendo que Alexandra Leitão tem estado exemplar na gestão deste processo”, sublinhou o secretário-geral do PS, lembrando que a atual candidata do PS à autarquia de Lisboa respeitou o luto e depois desse período estará pronta para discutir as responsabilidades políticas, em articulação com os vereadores municipais. “Esse é o local para fazer escrutínio do presidente da Câmara”, frisou Carneiro.

“A candidata mostrou, tem sido reconhecido por muita gente, grande sentido de responsabilidade ao respeitar um momento de recolhimento, de dor e de luto. Naturalmente que o escrutínio tem de ser feito. A partir de agora, em termos de sede de vereação municipal e também da candidata à Câmara Municipal [Alexandra Leitão], de realizarem esse escrutínio. Mas é um escrutínio que vai ser feito no dia 12 de outubro. Esse é mesmo o grande escrutínio político”, disse.

Não tem sido este o entendimento de Pedro Nuno Santos. O antigo líder do PS já exigiu por duas vezes a demissão de Carlos Moedas, contrariando as orientações definidas por Alexandra Leitão e por José Luís Carneiro. No sábado, num texto publicado nas suas redes sociais, Pedro Nuno deixou mesmo um recado para dentro de portas.

“A direita, nos partidos e na comunicação social, elogia-nos quando somos ‘sóbrios’ e ‘moderados’ nas críticas. Noutras palavras, quando somos ‘bem comportados’ com eles. Há, infelizmente, quem na esquerda se tenha viciado tanto nos elogios da direita que já não conseguem viver sem eles. Os nossos adversários políticos e seus apoiantes gostariam que nos calássemos, mas nós não lhes podemos fazer esse favor.”

*Com Miguel Pinheiro Correia

Pedro Nuno deixa um aviso ao PS: “Há, infelizmente, quem se tenha viciado nos elogios da direita”

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Adolescentes estão a oferecer serviços como assassinas contratadas a gangues na Suécia

Há cada vez mais jovens adolescentes suecas a envolver-se com gangues e até a oferecer serviços de assassinatos contratados. Muitas delas crescem em famílias desestruturadas, são toxicodependes e sofrem de abusos sexuais. A violência associada ao crime organizado na Suécia está a assumir contornos cada vez mais preocupantes, com as autoridades a alertarem para o crescente envolvimento de raparigas adolescentes como executoras em homicídios contratados. Determinadas em mostrar-se “mais duras do que os rapazes”, algumas oferecem os seus serviços em plataformas de mensagens encriptadas, segundo a procuradora de Estocolmo, Ida Arnell. Num caso recente, uma jovem de 15 anos foi

Morreu Carlos Barbosa, ex-presidente do Paços Ferreira

O Paços Ferreira comunicou, este domingo, a morte de Carlos Barbosa, antigo presidente do clube, cargo que ocupou entre 2010 e 2014.

“Sob a sua presidência, foi responsável por conquistas memoráveis que elevaram o nome do Futebol Clube de Paços de Ferreira a nível nacional e internacional, entre elas, o histórico terceiro lugar na Primeira Liga, garantindo pela primeira vez o acesso à [pré-eliminatória] da Champions, um feito que permanece como um dos maiores marcos da nossa história. Foi também durante o seu mandato que se consolidaram importantes obras de melhoria nas infra-estruturas do Estádio Capital do Móvel”, escreve o clube.

Carlos Barbosa, que tinha 61 anos, esteve “ligado aos órgãos sociais do clube” desde 1999.

Geraint Thomas terminou carreira no final da Volta à Grã-Bretanha

O ciclista Geraint Thomas, da INEOS, pendurou a bicicleta no final da Volta à Grã-Bretanha.

O atleta britânico, de 39 anos, teve direito a guarda de honra e mini passeio com o filho Macsen.

Na última etapa ainda tentou entrar na fuga, mas acabou por fechar a geral no 80.º lugar.

Geraint Thomas conquistou o Tour em 2018, a Volta à Suíça em 2022 e a Volta ao Algarve (2015 e 2016), para além de outros resultados de relevo. Foi ainda vários anos figura de proa da sua equipa.

A prova acabou por ser conquistada pelo francês Romain Grégoire. O português Afonso Eulálio, da Bahrain Victorious, ficou em sexto.

Elevador da Glória. Marques Mendes quer apuramento de responsabilidades mas considera precipitado falar em demissões

O candidato presidencial Luís Marques Mendes considerou este domingo que devem ser apuradas todas as responsabilidades do acidente com o elevador da Glória, mas considerou precipitado falar em demissões, e destacou a “atitude responsável” do PS.

“Nós não podemos pôr o carro à frente dos bois. Responsabilidades, apurá-las todas, as técnicas e as políticas, mas fazê-lo com o rigor que as coisas exigem. Ainda ninguém sabe exatamente porque é que aconteceu aquele acidente gravíssimo, aquela tragédia. Vamos esperar e depois assumir responsabilidades”, afirmou, quando questionado se os responsáveis políticos se devem demitir.

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O antigo líder do PSD falava aos jornalistas em Peniche (distrito de Leiria), à margem de uma intervenção da iniciativa Campus da Liberdade 2025, organizada pelo Instituto +Liberdade.

O candidato às eleições presidenciais do início do próximo ano defendeu que “a culpa não pode morrer solteira” e “não pode impor-se uma ideia de impunidade”.

Considerou que o “Estado voltou a falhar”, mas “falta saber é o que é que falhou em concreto”, e disse que é preciso aguardar pelo inquérito que deve ser feito “com tranquilidade e com rigor”, mas “num prazo razoável”.

Luís Marques Mendes deixou também “uma palavra de muito apreço pela atitude responsável da generalidade dos agentes políticos e, em especial, do PS, do seu secretário-geral e da sua candidata à Câmara de Lisboa, porque, ao evitarem entrar na querela das demissões, estão a dar um sinal de exigência na mesma, mas de maturidade e de sentido de responsabilidade”.

O Elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e 23 feridos.

O equipamento gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.

Investigadores de Coimbra criam músculos artificiais para robôs “bioinspirados”

Um grupo de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) desenvolveu músculos artificiais capazes de se adaptar ao contacto com o meio envolvente, abrindo caminho a uma nova geração de robôs “mais flexíveis e seguros”. Um artigo publicado na revista “Nature Communications” dá a conhecer os detalhes do trabalho.

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