Insultos, Schmidt a tentar ir confrontar adeptos, a tocha que levou a uma carga policial: o tenso final após o empate do Benfica

A contestação a Roger Schmidt não é propriamente uma novidade, as palavras contra Rui Costa sendo mais raras não são novas, mas Vila do Conde voltou a assistir a uma escalada dessa tensão sobretudo em relação ao técnico alemão. Nem mesmo o facto de o Benfica ter criado inúmeras ocasiões para resolver um encontro onde não contava com Di María, Rafa ou David Neres, entre outros, serviu para atenuar um empate sofrido de penálti nos descontos que pode deixar os encarnados a dez pontos do campeão Sporting no final da Liga. Depois, regressaram os protestos. Primeiro ainda no interior do estádio, depois junto ao autocarro.

Logo após o apito final, a equipa acabou por não se aproximar dos adeptos como é habitual no final dos jogos também pelos cânticos de “Vocês são uma vergonha” e “Oh Schmidt, vai para o c******”, o que gerou ainda mais protestos por parte dos adeptos encarnados presentes em Vila do Conde. No entanto, o pior estava ainda para chegar na altura em que a comitiva dos lisboetas se preparava para deixar o estádio.

Vários adeptos do Benfica ficaram na zona próxima ao Vermelhão, que iria transportar os jogadores, técnicos e restantes membros da comitiva para Lisboa, e prosseguiram os protestos não só contra Roger Schmidt mas também contra Rui Costa, presidente dos encarnados. A chegada do alemão potenciou essas críticas.

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[Já saiu o primeiro episódio de “Matar o Papa”, o novo podcast Plus do Observador que recua a 1982 para contar a história da tentativa de assassinato de João Paulo II em Fátima por um padre conservador espanhol. Ouça aqui.]

“Foi uma época longa e ficámos em 2.º. Vamos aceitar, crescer e analisar.” O balanço de Schmidt à temporada “difícil”

A caminho da porta do autocarro, o treinador não gostou da forma como os adeptos se estavam a manifestar e tentou abordar alguns, num movimento que acabou por ser travado de imediato pelas forças policias. Assim, Schmidt acabou por entrar mesmo na viatura. Já tinham sido atiradas algumas garrafas, depois houve mesmo o lançamento de uma tocha para a zona de acesso ao autocarro, altura em que a polícia avançou para os adeptos para dispersar os aglomerados existentes e impedir que os desacatos escalassem mais, como mostram as imagens de um vídeo publicado pelo jornal Record sobre esse momento em específico.

Três turistas espanhóis mortos num ataque a tiro no Afeganistão

Três turistas espanhóis e um civil afegão foram mortos num ataque a tiro na província de Bamiyan, no centro do Afeganistão, avançam esta sexta-feira vários órgãos de comunicação social internacionais e confirmaram autoridades espanholas.

Quatro suspeitos foram detidos no local do crime, uma zona turística, enquanto decorre uma investigação aos homicídios. Até agora, não houve qualquer reivindicação imediata de responsabilidade pelo ataque. O New York Times revela que o tiroteio ocorreu por volta das 17h30, quando pelo menos um homem armado abriu fogo contra o grupo de turistas que saía de um bazar na capital da província, segundo testemunhas oculares.

Na rede social X, Pedro Sánchez, mostrou-se “chocado” com a notícia do assassinato dos cidadãos espanhóis no Afeganistão.”Estou a acompanhar de perto a situação. A Unidade de Emergência Consular está a trabalhar para prestar toda a assistência necessária”, afirmou o presidente do governo espanhol.

Desde que assumiram o controlo do Afeganistão em 2021, os talibãs prometeram restaurar a segurança e encorajar um pequeno mas crescente número de turistas a visitar o país. Como refere o The Guardian, o ataque de sexta-feira foi um dos mais graves contra cidadãos estrangeiros desde que as forças estrangeiras abandonaram o país e os talibãs assumiram o controlo.

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Estudo conclui que número de alunos no ensino profissional quadruplicou em duas décadas

O ensino profissional em Portugal cresceu exponencialmente em duas décadas, com quatro vezes mais alunos em 2016 do que em 1995, mas as mudanças no mercado de trabalho exigem o reforço da aposta, segundo um estudo esta sexta-feira divulgado.

Com 112.395 alunos inscritos no ensino profissional, entre os mais de 350 mil estudantes do secundário, Portugal quadruplicava em 2016 o número de alunos inscritos naquele via de ensino em 1995, sendo um dos países da OCDE onde o ensino profissional mais cresceu.

A conclusão é do estudo “Ensino profissionalizante: à procura do tempo perdido”, que faz parte do terceiro volume das séries históricas “O Ensino em Portugal antes e depois do 25 de Abril” promovido pelo Edulog, o ‘think tank’ para a Educação da Fundação Belmiro de Azevedo.

Da autoria de João Ferreira e Pedro Martins, professores da Universidade Nova de Lisboa, os investigadores avaliaram a evolução do ensino profissional ao longo dos últimos 50 anos e notaram que, após o início de uma procura crescente pelo ensino técnico-profissional na década de 1960, a tendência foi consolidada a partir de 2004, com a reforma do ensino secundário.

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A partir dessa altura, a aposta no ensino profissional como alternativa aos cursos científico-humanísticos foi reforçada e o objetivo tem sido caminhar no sentido de uma divisão mais ou menos equitativa dos alunos do ensino secundário entre os dois percursos e, apesar de o país continuar distante dessa meta, houve uma aproximação significativa em duas décadas.

Em 1995, entre 449.663 alunos a frequentar o ensino secundário, 26.198 estavam no profissional. Uma década depois, em 2005, o número de estudantes no secundário tinha caído para cerca de 306 mil, mas havia mais no profissional (36.765).

Em 2016, esse número era significativamente maior (112.395) e o ensino profissional representa esta sexta-feira a segunda maior modalidade de ensino secundário, refere a EDULOG em comunicado.

Além da procura crescente, a análise dos autores mostra que, por outro lado, os alunos que optam por esta via de ensino têm cada vez mais sucesso: Em 2020/2021 e em 2021/2022, cerca de 70% dos alunos conseguiram acabar o curso em três anos, mais 17 pontos percentuais face 2014/2015.

No entanto, acrescenta o comunicado, “trata-se de um crescimento mais pequeno do que o registado no período homólogo para o ensino científico-humanístico, onde se verificou uma subida de 55% para 79%”, ainda que estes possam ter sido beneficiados pelas regras excecionais de conclusão do secundário, implementadas devido à pandemia da covid-19.

Os autores olharam também para o perfil dos alunos e concluíram que, por norma, os estudantes procuram no ensino profissional uma formação “mais prática e orientada para o mercado de trabalho”, sem fecharem a porta ao ensino superior.

Por outro lado, o contexto socioeconómico parece ter algum impacto na decisão, já que os estudantes do profissional são tendencialmente de contextos mais desfavorecidos, em relação aos colegas dos cursos científico-humanísticos.

O estudo avança que, entre 2014 e 2022, cerca de 43% dos alunos do profissional eram beneficiários de ação social escolar quando estavam no 9.º ano, quase o dobro dos alunos dos curso científico-humanísticos com histórico semelhante.

Quanto aos pais tinham, em média, menos 2,5 anos de escolaridade, havendo ainda uma maior probabilidade de estarem desempregados.

Apesar da evolução positiva ao longo das últimas décadas, os autores defendem que existe atualmente um conjunto de fatores e de mudanças no mercado de trabalho que tornam mais urgente a aposta no ensino profissional, como o envelhecimento, a automação, a inteligência artificial e as migrações.

A modernização do ensino profissional deve passar pela atualização dos cursos, pela criação de novas formações, pelo encerramento de cursos desatualizados e pela atração de novos parceiros empresariais que possam criar novas oportunidades de estágio e de recrutamento.

Sismo de magnitude 2,0 na escala de Richter sentido esta sexta-feira na ilha Terceira

Um sismo de magnitude 2,0 na escala de Richter foi sentido esta sexta-feira na ilha Terceira, anunciou o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).

Segundo o CIVISA, o abalo foi registado às 19h31 locais (20h31 em Lisboa) e teve epicentro a cerca de três quilómetros a este de Serreta, ilha Terceira.

“De acordo com a informação disponível até ao momento o sismo foi sentido com intensidade máxima III (escala de Mercalli Modificada) em Serreta, Doze Ribeiras e Raminho (concelho de Angra do Heroísmo)”, referiu o CIVISA em comunicado.

O evento “insere-se na crise sismovulcânica em curso na ilha Terceira desde junho de 2022”.

De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), fortes (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).

A escala de Mercalli Modificada mede os “graus de intensidade e respetiva descrição”.

Com uma intensidade III, considerada fraca, o abalo é sentido dentro de casa e os objetos pendentes baloiçam, percecionando-se uma “vibração semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados”, revela o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) na sua página da Internet.

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Autoeuropa garante 100% do salário e subsídio de turno a trabalhadores em “lay-off”

Os trabalhadores da Autoeuropa em “lay-off” nas paragens previstas para junho e julho, no âmbito de uma reestruturação para produção de novos modelos e descarbonização da fábrica, vão receber 100% do salário e subsídio de turno, foi anunciado esta sexta-feira.

Segundo um comunicado da administração da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela, no distrito de Setúbal, a empresa e a Comissão de Trabalhadores (CT) acordaram o pagamento de um “complemento da contribuição retributiva legal a 80% da remuneração base, com os restantes 20% a serem compensados com `down days’ (banco de horas)”, que, como consta do Acordo de Empresa (AE), também são pagos na íntegra pela Autoeuropa.

“Estas paragens de produção serão essenciais para iniciar um conjunto de investimentos cruciais para a produção de modelos futuros, assim como para a descarbonização da Volkswagen Autoeuropa, tendo em vista a redução do seu impacto ambiental, adaptação tecnológica e cumprimento das normas ambientais”, lê-se no comunicado.

PCP questiona ministra do Trabalho sobre recurso a "lay-off" na Autoeuropa

A empresa diz ainda que se trata do “primeiro passo para que a Volkswagen Autoeuropa reduza em cerca de 85% as emissões de CO2, alinhando-se desta forma com a estratégia ‘Zero Impact Factory do Grupo Volkswagen’”.

A Autoeuropa tinha informado a CT, no passado dia 9 de maio, de que pretendia avançar com conversações para a aplicação do “lay-off” num período de oito dias no mês de junho e de 13 dias no mês de julho, no âmbito da estratégia de modernização e descarbonização da fábrica de Palmela.

Como recorda o coordenador da CT, Rogério Nogueira, aquele órgão representativo dos trabalhadores advertiu, desde logo, a empresa, de que não iria aceitar penalizações salariais.

“A Comissão de Trabalhadores, com este entendimento, atingiu o principal objetivo que sempre defendeu, de garantir os 100% do salário dos trabalhadores. Tendo em conta o contexto da aplicação deste “lay-off”, uma reestruturação da fábrica, nunca iríamos aceitar cortes nos salários”, disse à agência Lusa Rogério Nogueira.

De acordo com um comunicado interno da CT, que também foi divulgado hoje, o pagamento do salário e subsídio de turno aos trabalhadores em “lay-off”, será assegurado com o pagamento de 46,6% do salário e subsídio de turno pela Segurança Social, e de 33,4% pela empresa, sendo os restantes 20% compensados através de “down days”, que, na prática, também são pagos pela Autoeuropa.

Schmidt, insultado, tenta confrontar adeptos do Benfica

A equipa do Benfica foi contestada à saída do estádio do Rio Ave. Roger Schmidt tentou abordar alguns adeptos e foi impedido pela polícia.

À entrada para o autocarro dos encarnados, vários adeptos da equipa da Luz lançaram insultos, especialmente, ao técnico alemão.

Confrontado com os insultos, Schmidt tentou aproximar-se de alguns adeptos, mas a polícia não o permitiu.

De recordar que o Benfica empatou 1-1 em Vila do Conde na última jornada da I Liga. Os encarnados terminaram o campeonato no segundo lugar.

Milei denunciado por uso de fundos públicos na sua viagem a Espanha

Um legislador de Buenos Aires apresentou queixa contra o presidente argentino, Javier Milei, e a sua irmã, secretária-geral da presidência, por usar fundos e bens públicos para alegados “fins privados” na visita a Espanha que começou esta sexta-feira.

A queixa foi apresentada num tribunal penal por Gabriel Solano, do Partido Operário (esquerda).

Javier Milei, chegou esta sexta-feira a Espanha, onde participa na convenção do partido de extrema-direita Vox, não estando previstas reuniões com o rei Filipe VI ou com membros do governo.

“Esta é claramente uma viagem privada feita com bens públicos e paga com fundos públicos do Estado argentino“, afirma a denúncia, a que a agência EFE teve acesso.

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O texto refere que “não existe agenda oficial presidencial” nesta viagem e que a “Argentina não mantém comunicação com as autoridades espanholas”.

O ultraliberal Milei, no poder desde 10 de dezembro passado, partiu ao fim da tarde de quinta-feira do aeroporto internacional de Buenos Aires rumo a Madrid no avião presidencial.

Solano garantiu através das redes sociais que o custo total da viagem de Milei a Espanha ultrapassará os 500 mil dólares (460 mil euros) e considerou que tanto o presidente como a sua irmã, Karina Milei, alegadamente incorrem nos crimes de fraude contra a Administração pública, abuso de autoridade e desvio de fundos públicos.

“O próprio presidente reconheceu que a viagem não constitui uma visita de Estado, pelo que não deverá ser custeada pelo governo argentino. Estamos perante os piores vícios da casta política, que utiliza em seu benefício o orçamento público financiado pelos contribuintes”, afirmou Solano na rede social X.

De acordo com a agenda da visita divulgada pelo governo argentino, Milei tinha previsto apresentar esta sexta-feira em Madrid o seu livro “El camino del libertario”.

No sábado, o presidente e alguns elementos da sua comitiva, incluindo a irmã, reúnem-se com dirigentes de empresas espanholas.

Milei tem ainda previsto um encontro com o deputado e presidente do partido Vox, Santiago Abascal, o seu principal aliado político em Espanha, antes de participar no domingo na convenção anual do partido, na qual vai discursar.

O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, afirmou esta sexta-feira que esta viagem não tem caráter “privado”, disse que os custos são “variáveis” e não podem divulgados previamente, justificando ainda que durante a visita Milei se reúne, na sua qualidade de presidente, com empresários espanhóis.

Entretanto a ‘número três’ do governo espanhol, a ministra do Trabalho Yolanda Diaz acusou esta sexta-feira Javier Milei de semear o “ódio”.

“Não há muitos propagandistas de ódio, mas eles fazem muito barulho e inundam tudo”, disse a ministra do Trabalho, Yolanda Diaz, durante um fórum no ministério.

“Milei e outros governos de ódio estão de volta com as suas curas de austeridade e o seu autoritarismo”, acrescentou a ministra, líder do partido de extrema-esquerda Sumar, citada pela AFP.

AM Lisboa avalia plano para sem-abrigo e câmara espera mais apoio da Segurança Social

A vereadora dos Direitos Humanos e Sociais da Câmara de Lisboa, Sofia Athayde, disse esta sexta-feira esperar que a Segurança Social também aumente a comparticipação no apoio às organizações que sentem dificuldades no acompanhamento de pessoas sem-abrigo.

“Já sob a minha tutela deste pelouro, foi aumentado o valor de 19 para 21 euros, em reunião com as entidades e de acordo com as entidades”, afirmou Sofia Athayde, acrescentando que a Segurança Social que comparticipa as “mesmas entidades também deverá acompanhar” o aumento da autarquia.

A vereadora eleita pela coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança falava na comissão permanente de Direitos Humanos e Sociais, Cidadania e Transparência e Combate à Corrupção da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), numa audição por videoconferência, no âmbito da proposta relativa ao Plano Municipal para a Pessoa Sem-Abrigo (PMPSSA) 2024-2030.

A deputada municipal não inscrita Daniela Serralha, eleita pelo movimento Cidadãos por Lisboa (CPL), questionou a vereadora se estava previsto um aumento do apoio às organizações não-governamentais que acompanham os sem-abrigo na cidade de Lisboa, que se queixam de que “o valor é manifestamente pouco, é manifestamente baixo” em relação ao que recebem.

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“As associações estão aflitas, a situação na cidade é gritante, é assustadora”, apontou.

A responsável municipal pela monitorização do PMPSSA explicou que o documento “prevê um investimento de 70 milhões de euros” para os sete anos, “visa 23 objetivos, tem 89 medidas, em cinco frentes de intervenção”, no sentido de “mais intervenção, intervenção em contexto de rua, alojamento, inserção social, conhecimento e comunicação”.

“Este novo plano é considerado inovador, prevê um aumento do numero de vagas de alojamento, disponibilizadas pela câmara municipal, portanto, das atuais 1.050 passamos para 1.700, ou seja, temos um aumento de 62% de vagas“, afirmou Sofia Athayde.

“Temos ainda como objetivo estratégico reduzir o tempo de permanência em contexto de rua para as pessoas que se encontram em situação de sem-abrigo, neste caso para as pessoas também que se encontram em situação e em condição de sem-teto”, precisou a autarca.

O coordenador da equipa do plano, Paulo Santos, avançou aos deputados municipais que a câmara aposta em “evitar que as pessoas retornem à situação de sem-abrigo”, e criar “uma equipa técnica de rua na cidade”, que permita dar “um salto qualitativo” com todas as valências, “desde a questão da língua”, do apoio social e de saúde mental.

“Ter uma equipa multidisciplinar, para que possa discutir os casos de forma mais célere”, frisou.

O deputado municipal António Morgado Valente (PAN) apelou à vereadora que “a resposta mais adequada seria criar um hospital veterinário público, no âmbito do esforço da necessidade das pessoas de sem-abrigo, e de as ajudar a cuidar dos seus animais de companhia.

“A situação está descontrolada, nós estamos à beira do descalabro, basta andar na cidade de Lisboa, basta ver aquilo que se passa no centro histórico da cidade para percebermos que não há solução de acordo com o programa que apresentaram anteriormente”, referiu Bruno Mascarenhas, deputado municipal do Chega.

A deputada municipal Margarida Neto (CDS-PP) valorizou o PMPSSA, notando que a situação dos sem-abrigo tomou “uma grande visibilidade na cidade, que inquieta a todos”, mesmo que “agora se juntam aos sem-abrigo” de sempre, “o grande número de imigrantes ilegais”.

A secretária da comissão da assembleia notou que o plano refere “à volta de 400 pessoas sem-teto e que, nelas, existem 28 pessoas que estão há mais de 10 anos na rua” e 145 estão na rua há cerca de cinco, na sua enorme maioria com “problemas de saúde mental, álcool e drogas”, alertando que, em muitos casos, “falha a retaguarda depois do internamento”.

A vereadora avançou que, em 2022, a Câmara de Lisboa e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa “deram acolhimento a 2.744 pessoas” e os números de 2023 serão em breve conhecidos.

Sofia Athayde acusou os eleitos do Bloco de Esquerda no executivo camarário de “tentativa de aproveitamento político, em que sobrepôs considerações políticas a metodologias técnicas sólidas, que tinham sido validadas por todos os parceiros da câmara municipal”, ao fazerem aprovar o PMPSSA com mais 400 casas no projeto “Housing First” (casas de transição acompanhada) do que as previstas.

Segundo a vereadora, consta no plano “a previsão e a necessidade de avaliar a resposta ‘housing first’”, através de “uma avaliação externa científica”, face à alteração do perfil das pessoas, das 400 casas contratualizadas e “quatro entidades diferentes a gerir esta resposta”, sob pena de não se estar “a dar a melhor resposta possível.

A proposta foi aprovada, por maioria, com os votos favoráveis da coligação Novos Tempos (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) e a abstenção de PS, PCP, Livre, Bloco de Esquerda e CPL, durante uma reunião privada do executivo municipal, na quinta-feira, após a introdução da proposta do BE.

A comissão da assembleia municipal só na próxima semana decidirá se será possível agendar a proposta do PMPSSA para a próxima sessão plenária, uma vez que ainda faltavam alguns anexos do documento.

Processo AIMinho só deverá conhecer decisão em meados de 2025

O acórdão do megaprocesso por fraude de quase 10 milhões de euros com epicentro na Associação Industrial do Minho só deverá ser conhecido no final do primeiro semestre de 2025, admitiu esta sexta-feira o juiz presidente da Comarca de Braga.

Em declarações à Lusa, João Paulo Pereira vaticinou ainda que as alegações finais do julgamento poderão ser dadas por concluídas antes das próximas férias judiciais, que começam a 16 de julho.

“Depois, será tempo de elaborar o acórdão. Um acórdão de um processo desta dimensão é sempre muito demorado, pelo que, previsivelmente, não deverá estar pronto antes do final do primeiro semestre de 2025”, referiu, ressalvando que, por enquanto, a data é “meramente indicativa”.

Com 120 arguidos, entre pessoas singulares e empresas, o julgamento decorre no quartel dos Bombeiros Voluntários de Barcelos, já que o Tribunal de Braga não dispõe de salas com capacidade para acolher tantos intervenientes.

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Os arguidos respondem por associação criminosa, fraude na obtenção de subsídios, burla qualificada, branqueamento, falsificação e fraude fiscal qualificada, crimes alegadamente cometidos entre 2008 e 2013.

O julgamento arrancou em junho de 2022 e já teve cerca de 180 sessões, estando atualmente na fase de alegações finais.

O Ministério Público já alegou, tendo pedido a condenação de todos os arguidos, sendo agora a vez dos advogados de defesa, que têm vindo a pugnar pela absolvição.

O principal arguido é António Marques, que foi presidente da Associação Industrial do Minho (AIMinho) até à liquidação da associação, decretada em setembro de 2018 pelo Tribunal de Vila Nova de Famalicão, na sequência de uma dívida superior a 12 milhões de euros.

António Marques é acusado de um crime de associação criminosa, 26 crimes de fraude na obtenção de subsídio, 13 crimes de branqueamento, 13 crimes de uso de documento falso, de dois crimes de burla qualificada, 19 crimes de fraude fiscal qualificada e um crime de falsificação de documento.

No seu depoimento na primeira audiência, Marques disse que a acusação contém “falsidades grosseiras” e “coisas arrepiantes” e aludiu mesmo a uma “epifania” que alguém teve em Lisboa.

No total do processo em julgamento, foram investigadas 109 operações distintas cofinanciadas por fundos europeus e pelo Orçamento do Estado, tendo sido apurada a existência de uma vantagem ilícita obtida pelos arguidos de mais de 9,7 milhões de euros.

O Ministério Público sustenta na acusação que “a AIMinho e pessoas coletivas (empresas) que à sua volta gravitavam foram utilizadas pelos arguidos para obterem subsídios de forma fraudulenta”.

Os arguidos, explica o despacho de acusação, surgiam, no contexto de operações cofinanciadas por fundos europeus, como fornecedores de bens e serviços que, na realidade, não eram prestados ou candidatando-se a subsídios com projetos que nunca tencionavam executar.

“Ficou igualmente indiciado que os arguidos agiam de forma organizada e recorriam, designadamente, à emissão de faturas falsas, através de acordos estabelecidos entre as várias entidades deste universo, conseguindo também diminuir artificialmente a matéria coletável e pagar menos impostos”, descreve o Ministério Público.

O Ministério Público concluiu ainda que os proveitos obtidos eram “reintroduzidos na economia lícita” depois de passarem por “circuitos financeiros triangulados e enganosos”.

O inquérito começou em 2012 após uma comunicação do Organismo Europeu de Luta Antifraude.

No decurso da investigação foram efetuadas cerca de uma centena de buscas e realizaram-se interceções telefónicas e de correspondência eletrónica.

A acusação do MP “passou pelo crivo” do juiz de instrução criminal Carlos Alexandre, que a confirmou, pronunciando quase todos os arguidos, apenas deixando cair quatro empresas e alguns crimes de falsificação de documento, por prescrição.

Futsal. Sporting ainda não tem adversário

1/4 Final (melhor de 3 jogos)

Jogo 2

Benfica 4-3 Eléctrico

SC Braga 4-1 Caxinas

Leões Porto Salvo 2-3 Ferreira do Zêzere

Sporting 7-0 Torreense

Intervalo: 3-0

Marcadores Sporting: Alex Merlim (2), Pany Varela, Sokolov, Zicky Té, Tatinho, Pauleta

Jogo 3 (negra)

20MAI

Leões Porto Salvo – Ferreira do Zêzere 20h30

Melhores Marcadores

1 – Taynan (Sporting), Simi Saiotti (Eléctrico) 23 golos

3 – Allan Guilherme (SC Braga) 18

4 – Arthur (Benfica) 17

5 – Willian Carioca (Quinta dos Lombos) 16

FUTSAL

1/2 Finais (melhor de 3 jogos)

Jogo 1

26 maio

Benfica – SC Braga 21h30

Ferreira do Zêzere/Leões Porto Salvo – Sporting

Jogo 2, 30 maio

SC Braga – Benfica 20h

Sporting – Ferreira do Zêzere/Leões Porto Salvo

Jogo 3 (se necessário)

3 junho

SC Braga – Benfica 21h30

Sporting – Ferreira do Zêzere/Leões Porto Salvo