“PSD sempre usou a classe média para ganhar eleições, mas depois governou sempre para uma minoria”

O secretário-geral do PS advertiu esta segunda-feira que a AD usa a classe média para ganhar as eleições, mas depois governa para uma minoria, e acusou a direita fazer os jovens acreditar que serão multimilionários como Elon Musk.

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Estas críticas foram feitas por Pedro Nuno Santos no encerramento da sessão de apresentação do Manifesto Jovem da JS, em Marvila, Lisboa, num discurso que ultrapassou a meia hora e que teve uma forte carga ideológica.

“O PSD, ao longo da sua história, sempre usou a classe média para ganhar eleições, mas depois governou sempre para uma minoria. Nunca estiveram, na realidade, preocupados com a maioria dos cidadãos, com a esmagadora maioria dos jovens”, sustentou.

A título de exemplo, de acordo com o líder do PS, “se a AD estivesse preocupada com a maioria esmagadora dos jovens, não tinha mudado o programa Porta 65 [de apoio ao arrendamento] ao transformar dois meses de espera em sete meses de espera”.

Para o líder do PS, a habitação é mesmo o paradigma de um setor que esteve entregue ao mercado ao longo das últimas décadas em Portugal. A partir daqui, fez então uma série de ataques aos sistemas económicos liberais, aos quais associou não só a Iniciativa Liberal, mas também o PSD e o Chega.

Segundo Pedro Nuno Santos, a direita conservadora e liberal tenta convencer os jovens de que podem ser todos como o multimilionário norte-americano Elon Musk, “que podem ser todos empresários, que podem ser todos trabalhadores por conta própria”.

“Tentam convencer que o Estado é um obstáculo e não um apoio coletivo às vidas de cada um – e é aí que nós temos de os combater”, advogou.

Perante uma plateia de jovens da JS, o secretário-geral do PS insurgiu-se contra um discurso de “endeusamento do mercado, segundo o qual todos podem ser empreendedores de sucesso, trabalhadores por conta própria, desvalorizando assim o trabalho por conta de outrem”.

“Não, não podem ser todos Elon Musk, porque não é assim que funciona a vida, não é assim que funciona a economia”, contrapôs.

“Todos nós dependemos uns dos outros, ninguém depende só de si próprio – e esta é a nossa maior batalha, a maior batalha das gerações mais jovens”, salientou, recebendo palmas.

Em relação à ação do Governo, Pedro Nuno Santos defendeu a tese de que o atual IRS Jovem, que assumiu ter sido viabilizado pelos socialistas no âmbito do Orçamento para 2024, beneficia sobretudo os jovens com mais elevados rendimentos e pouco aqueles que ganham mil euros brutos por mês.

A seguir, atacou as alterações feitas em matéria de devolução de propinas, dizendo que prejudicaram uma maioria de estudantes. Nesta questão, disse estar ao lado da JS pelo fim progressivo das propinas.

Pedro Nuno Santos assinalou ainda um corte no financiamento destinado à Fundação para a Ciência e Tecnologia, o que considerou um erro, porque “não se consegue modernizar uma economia sem investir na ciência e nas qualificações.

“A AD, se tem resultados para apresentar, são estes: primeiro ano da AD no poder em Portugal, menos alunos a entrar nas universidades. Gabam-se de quê em relação ao seu Governo?”, perguntou.

Para Pedro Nuno Santos, “este é um Governo da minoria, que usa a classe média para governar para alguns, que usa a maioria da população para ter o voto, mas, no fim, governa para uma minoria da população”.

Antes, a secretária-geral da JS, Sofia Pereira, defendeu a ideia de uma “revolução tecnológica inclusiva” e frisou que os direitos das mulheres são Direitos Humanos.

“A interrupção voluntária da gravidez é um direito e não um privilégio”, declarou, num discurso em que deixou um apelo aos jovens:.

“Ignoremos o ruído dos comentadores, esqueçamos a propaganda. Afinal, quem está mais comprometido com a escola pública, com a defesa do SNS, com o aumento dos salários e com uma economia mais dinâmica? É Pedro Nuno Santos”, apontou Sofia Pereira, candidata “número dois” da lista do PS pelo círculo do Porto.

Sp. Braga sagra-se campeão nacional sub-19 em futebol feminino

Conquista selada com triunfo por 6-0 sobre o Sporting

O Sp. Braga sagrou-se, este sábado, campeão nacional de futebol feminino no escalão sub-19. Um título inédito na história do emblema arsenalista e que foi alcançado após o triunfo gordo, por 6-0, diante do Sporting, na derradeira jornada da fase de apuramento de campeão.

Bessa, Núria, Matilde Almeida, Bruna Oliveira, Francisca Castro e Maria Rêgo marcaram os golos da equipa comandada por Mário Dias, que ergueu o troféu no relvado da Cidade Desportiva do Sp. Braga.

Por Record

Pedro Nuno critica excessiva mediatização dada a “desordeiros” da extrema-direita

O secretário-geral do PS criticou este sábado a excessiva mediatização televisiva concedida “a meia centena de desordeiros” da extrema-direita, que responsabilizou pelos incidentes ocorridos à margem do desfile do 25 de Abril, na sexta-feira, em Lisboa.

Pedro Nuno Santos falava à entrada da sessão de apresentação do Manifesto Jovem da JS, em Marvila, depois de questionado pelos jornalistas sobre os incidentes registados na zona do Rossio, durante os quais a PSP deteve três pessoas, entre elas o líder do Ergue-te, o ex-juiz Rui Fonseca e Castro, e Mário Machado.

Em resposta a uma pergunta de um jornalista de televisão sobre estes incidentes, o secretário-geral do PS observou: “Vocês dividiram a imagem entre um evento que juntou nem meia centena de pessoas e outro com milhares e milhares” de cidadãos.

“No que diz respeito à extrema-direita, só me ocorre dizer que eles falam muito da ordem, mas são os primeiros responsáveis pela desordem. Portanto, não devemos levar tanto a sério a extrema-direita. A polícia deve fazer o seu trabalho e fazer cumprir a lei”, declarou.

Perante a insistência dos jornalistas sobre esta questão dos incidentes à margem do desfile do 25 de Abril, em Lisboa, Pedro Nuno Santos sustentou que, do ponto de vista político, “se alguém combate a extrema-direita, são os partidos que estavam a descer à Avenida da Liberdade”.

“Não há nenhuma proximidade entre qualquer um dos partidos que desceram a Avenida da Liberdade e a extrema-direita. Somos mesmo nós que combatemos a extrema-direita e tudo aquilo que eles representam”, defendeu.

Depois desta demarcação entre as forças de esquerda e a extrema-direita, o secretário-geral do PS reiterou as suas críticas a algumas das televisões.

“Não deviam estar a dividir a imagem metade para 50 desordeiros e a outra metade para milhares – milhares de famílias que estavam a descer a Avenida da Liberdade. Portanto, não é o PS, com certeza, que protege, ignora ou fecha os olhos à extrema-direita. A história do PS é uma história de luta contra quem não gosta da democracia, contra quem não celebra a democracia”, afirmou.

Pedro Nuno Santos contrapôs, a seguir, que na sexta-feira, dia 25 de Abril, se viveu um dia “bonito”.

“Foi um dia de festa em que os portugueses saíram à rua para celebrar a liberdade, celebrar a democracia, as conquistas de Abril, enquanto tivemos ao mesmo tempo um Governo à janela”, disse, aqui numa crítica ao executivo PSD/CDS.

Para o secretário-geral do PS, o dia 25 de Abril é mesmo “um dos dias mais bonitos da História, onde os portugueses, felizmente, todos os anos, festejam com alegria”.

“O que é verdadeiramente importante é colocarmos a nossa atenção onde estavam milhares e milhares de pessoas, com crianças, com cidadãos mais idoso. Era aí que estava a alegria de um país e de um povo que olha para o 25 de Abril ainda como um sonho – um sonho por realizar, com muitas conquistas conseguidas, mas com muitas ainda por realizar”, acrescentou.

Ex-presidente do Brasil Collor de Mello preso por corrupção: 10 anos para o “caçador de Marajás”

O antigo presidente brasileiro foi preso na madrugada de sexta-feira no estado nordestino de Alagoas e recebeu ordem para começar a cumprir a pena  decorrente da sua condenação por corrupção em 2023. O economista e político brasileiro Fernando Collor de Mello, que liderou o país de 1990 a 1992, vai cumprir uma pena de oito anos e 10 meses de prisão, a serem cumpridos inicialmente em regime fechado, em vez de prisão domiciliária. Collor de Mello foi condenado em 2023 por receber cerca de 3,1 milhões de euros para facilitar contratos entre a BR Distribuidora, uma distribuidora de combustíveis anteriormente

EUA e Irão mantêm negociações nucleares sob clima de “extrema cautela”

Estados Unidos e Irão anunciaram este sábado a continuidade das negociações nucleares, com uma nova ronda prevista para a próxima semana.

Apesar da evolução positiva, o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araqchi, alertou para a necessidade de “extrema cautela” quanto ao sucesso das conversações.

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Araqchi e o enviado norte-americano para o Médio Oriente, Steve Witkoff, reuniram-se durante seis horas em Mascate, na sequência de um encontro anterior em Roma que ambas as partes descreveram como “construtivo”.

“As negociações são extremamente sérias e técnicas… ainda existem divergências, tanto em questões fundamentais como em detalhes,” afirmou Araqchi à televisão estatal iraniana. O diplomata acrescentou que existe “seriedade e determinação de ambas as partes”, mas sublinhou que o optimismo é contido.

Um responsável norte-americano qualificou os encontros como “positivos e produtivos”, indicando que as partes concordaram em voltar a reunir-se na Europa “em breve”. O próximo encontro de alto nível está provisoriamente agendado para 3 de maio, segundo anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Omã, Badr Albusaidi.

Especialistas técnicos reuniram-se em paralelo em Mascate para desenhar um quadro de entendimento para um eventual acordo. “A presença dos especialistas foi útil… vamos regressar às capitais para novas análises e tentar reduzir as divergências,” adiantou Araqchi.

Enquanto a diplomacia avança, o contexto permanece tenso. No sábado, pouco depois do início das negociações, uma explosão no porto iraniano de Shahid Rajaee, perto da cidade de Bandar Abbas, causou pelo menos quatro mortos e centenas de feridos.

As discussões decorrem num momento em que Washington mantém a sua política de “pressão máxima” sobre Teerão. Desde 2019, o Irão acelerou o enriquecimento de urânio até 60%, próximo do nível de 90% necessário para armamento nuclear, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, defendeu esta semana que o Irão “deve cessar totalmente o enriquecimento de urânio”, importando o material necessário para alimentar a central nuclear de Bushehr. Teerão, contudo, mantém como “linha vermelha” a continuidade do seu programa de enriquecimento e a manutenção do seu stock de urânio.

PSP está a identificar mais elementos da extrema-direita que participaram nos distúrbios do 25 de Abril no Rossio

A Divisão de Investigação Criminal da PSP está neste momento a tentar identificar mais elementos da extrema-direita que participaram nos distúrbios do 25 de Abril no Rossio, em Lisboa.

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Está mais difícil tratar a malária. Resistência ao fármaco é mais complexa do que se pensava

Quase 600 mil mortes num ano. Se nada for feito, a piperaquina pode deixar de ser eficaz como medicamento preventivo. Há outro 25 de Abril, sobretudo para os investigadores ligados à saúde: é o Dia Mundial da Luta contra a Malária. A malária é transmitida pela picada dos mosquitos Anopheles, contaminados pelo parasita Plasmodium. E continua a matar muito: 597 mil mortes, espalhadas por 83 países (a grande maioria em África), ao longo de 2023; um ano que teve 263 milhões de casos. Os números não abrandam porque está mais difícil combater esta doença. Um novo estudo demonstrou que o

Mortágua diz que manifestações do 25 de Abril deram sinal de que “está tudo em aberto”

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) disse este sábado no Entroncamento que, com as manifestações populares do 25 de Abril, o país deu um sinal ao Governo do que quer e que “está tudo em aberto” para as eleições legislativas de maio.

“A manifestação de ontem [sexta-feira] do 25 de Abril, (…) grande, cheia de energia, com muita gente, muito jovem, que saiu à rua para tornar seu o 25 de Abril (…) mostrou duas coisas. Deu uma lição ao Governo sobre o povo de Portugal, que não aceita adiar o 25 de Abril, respeita o 25 de Abril, quer o 25 de Abril, conhece a importância do 25 de Abril e deu uma lição ao Governo e a Montenegro, e a segunda coisa que mostraram é que nada está fechado”, declarou Mariana Mortágua.

A coordenadora do BE esteve este sábado no Entroncamento, no distrito de Santarém, onde participou num almoço convívio que juntou cerca de uma centena de militantes e simpatizantes num restaurante da cidade, onde transmitiu uma mensagem de união na defesa dos “valores da democracia e da igualdade”, que acredita ver expressa nos resultados eleitorais de 18 de maio.

“Não há resultados determinados das eleições, nem do futuro. Está tudo em aberto. Está sempre tudo em aberto. Tudo depende da nossa capacidade como povo, como coletivo, de imaginarmos este futuro melhor, este futuro de igualdade, de mostrarmos a este país que é possível, que não temos que viver em medo, em ódio, em desigualdade e que podemos, em conjunto, fazer o país que Joaquim Alberto imaginou quando fez o 25 de Abril”, afirmou, numa alusão a um combatente da liberdade conquistada em 1974, presente na sala.

“É por esse país de igualdade que lutamos e é isso que vamos fazer nesta campanha. Uma campanha, uma política, uma luta, um combate para mudar de vida”, declarou.

Numa referência aos valores da igualdade e por um combate a uma “economia desigual”, em que as grandes fortunas do país “estão concentradas em meia dúzia de famílias”, Mariana Mortágua insistiu este sábado na necessidade de impor “tetos às rendas” da habitação e de “taxar os mais ricos”, propondo um imposto progressivo aplicado a fortunas a partir dos três milhões de euros.

“Os 10% mais ricos de Portugal têm 60% de toda a riqueza do país”, os 1% mais ricos detêm “um quarto da riqueza nacional” e “há 50 famílias que são donas de 17% do PIB português”, disse, tendo feito notar que, ao mesmo tempo, “há 900 mil trabalhadores que não ganham mil euros” por mês.

“São 900 mil trabalhadores em pobreza absoluta em Portugal. Gente que trabalha todo o dia, de manhã à noite, e não ganha um salário capaz de o tirar da pobreza. A maior parte do país não ganha mil euros. E vem-nos dizer que não podemos pôr um teto às rendas e que temos que deixar que uma renda custe mil ou 1.200, quando a maior parte do país não ganha mil. Não. Não aceitamos. Porque o 25 de Abril foi feito em nome da igualdade e a igualdade só existe com uma economia entre iguais, que não produz desigualdades”, afirmou.

Além dos tetos às rendas, Mortágua insistiu que a distribuição da riqueza é necessária e que passa por taxar os ricos.

“E é por isto que nós temos na rua um outdoor, um cartaz, que diz taxar os ricos. É ou não é justo impor uma taxa sobre as grandes fortunas em Portugal? É ou não é justo distribuir a riqueza por todos, concentrada pela economia? É claro que é justo. É isto a igualdade”, concluiu.

Esta proposta, que consta do manifesto eleitoral do BE para as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, foi aplaudida por todos os presentes, tendo Mariana Mortágua considerado que taxar as grandes fortunas “é uma medida de justiça, igualdade e liberdade”.

No período de intervenções usou ainda da palavra a coordenadora da concelhia do BE no Entroncamento, Júlia Pereira, e o cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Santarém, Bruno Góis, que destacou a importância do partido voltar a eleger um representante do distrito para o parlamento.

Fortaleza de Famalicão: reduto dos minhotos é osso duro de roer até para os grandes

Empate na receção ao Sp. Braga (1-1) elevou para sete os jogos caseiros sem os famalicenses perderem, uma tendência positiva na era Hugo Oliveira

O Sp. Braga não foi além de um empate (1-1) na visita ao Estádio Municipal de Famalicão, num dérbi minhoto em que esteve a perder por cerca de 66 minutos, após Justin de Haas abrir o marcador através de um penálti, aos 8′, e Rodrigo Pinheiro, na própria baliza, repor a igualdade aos 74′. 

Por João Albuquerque

Voleibol. Benfica vence Sporting e está a uma vitória do título

O Benfica derrotou o Sporting, por 3-1, no segundo jogo da final do campeonato de voleibol. Os encarnados ficam a uma vitória de revalidar o título.

Os leões até começaram melhor no pavilhão João Rocha e ganharam o primeiro set, por 21-25.

No entanto, os encarnados deram a volta ao marcador e venceram os três sets seguintes: 25-15, 25-20 e 29-27.

De recordar que o Benfica também já tinha vencido a primeira partida da final, por 3-1.

O terceiro jogo da final está marcado para dia 30, no pavilhão da Luz.