Ben Foster, o guardião youtuber que te vai mostrar a Premier por dentro

Ben Foster, o guardião youtuber que te vai mostrar a Premier por dentro

Regressar à Premier League aos 38 anos não é para todos. Ben Foster festejou essa sensação há uns meses, com a subida do seu Watford, um dos 12 clubes que representou ao longo de uma carreira toda ela construída em Inglaterra.

Pelo caminho Foster somou dois títulos da competição à qual agora retorna, ao serviço do Manchester United, e ainda três Taças de Inglaterra, duas novamente pelos “red devils” e uma pelo Birmingham City.

Mais sombre Ben Foster, o guardião youtuber que te vai mostrar a Premier por dentro às GoalPoint.

Trilho de bicicleta na Lagoa das Sete Cidades: um dia pleno!

Trilho Lagoa das Sete Cidades

Vista de cima, de um dos seus miradouros, a Lagoa das Sete Cidades é enorme, de uma beleza tão idílica que parece inalcançável. É perfeita assim, a repousar na cratera formada ao longo de milhares de anos por sucessivas erupções vulcânicas. Mas para os verdadeiros devoradores de paisagem, como nós, era preciso explorar mais, de perto, por dentro. Queríamos navegar naquelas águas calmas (e fomos – vejam aqui como foi navegar na Lagoa das Sete Cidades), mas também percorrer as suas margens. Com trilhos espaçosos e pouco acidentados, a envolvente da lagoa pedia um desafio maior do que apenas caminhar.

Lagoa Verde, Sete Cidades, Açores

Se há um desporto que permite explorar os lugares ao nosso ritmo, em grande contacto com a natureza, lugares e pessoas, percorrendo mais facilmente grande distâncias, esse desporto é mesmo andar de bicicleta. Quem visita S. Miguel chega (quase sempre) de avião e por isso precisa de alugar as bicicletas na ilha. Complicado? Nada. Há muita oferta de actividades de ar livre nos Açores e o BTT é uma delas. Nas Sete Cidades, uma das melhores opções é recorrer à Futurismo. Além de bicicletas todo o terreno, têm canoas e caiaques no Centro de Actividades nas margens da Lagoa Azul.

Foi a nossa escolha, não só por já conhecermos a Futurismo de outras aventuras, como também porque esta empresa tem packs que combinam numa só tarde ou manhã passeios de bicicleta e de caiaque ou Stand Up Paddle para aproveitar todo o ambiente natural da Lagoa das Sete Cidades, em terra e na água.

Futurismo Lagoa das Sete Cidades

Ao chegarmos, foram-nos entregues as bicicletas e tivemos ajuda para ajustar os assentos às nossas alturas (há bicicletas de adulto e de criança e não tenho nada a apontar, pois as que nos deram eram Specialized e estavam em bom estado). Já equipados, lançámo-nos à estrada. Apesar de não conhecermos a zona, é simples fazer este passeio sem guia. Basta gerir o percurso, à vontade de cada um, de modo a voltar com tempo de ir para as actividades de água. No total, entre 3 horas a 3 horas e meia (o tempo previsto para estas duas actividades pela Futurismo) permitiram-nos fazer tudo calmamente. Mas tenham em conta que estarão nos Açores e, aqui, o apelo da exuberância é tão grande que é praticamente impossível não quererem deter-se por mais tempo do que o previsto para qualquer experiência.

Decidimos fazer toda a silhueta da margem da Lagoa Azul, começando por atravessar a Ponte dos Regos, que permite que as águas desta lagoa e da vizinha Lagoa Verde fluam entre si. Esta pequena ponte em pedra, concebida pelo arquiteto paisagista belga J. J. Dumond, é também conhecida como a Ponte dos Sete Arcos e marca a paisagem local desde 1967.

Viramos à esquerda após a ponte para começar a nossa pequena aventura. O percurso começa com zonas de algum desafio com pequenas subidas em terreno bem próprio para BTT. Os mais pequenos ou menos habituados a esse esforço podem sempre levar a bicicleta pela mão nas subidas. Mas pouco depois há descidas muito divertidas e nada perigosas. Vão dar, mais à frente, a caminhos completamente planos e largos, que primeiro se abrem para revelar a lagoa e logo a seguir nos levam ao deleite dos campos de erva macia ou de milho, que se estendem das margens até à envolvente de vegetação nas escarpas da caldeira vulcânica.

Pelo caminho, vêem-se rebanhos das tão características vacas felizes. E a acompanhar tudo isto, as apetecíveis e inevitáveis paragens para ver tudo de perto e… fotografar. Este é um trilho, no geral, fácil e perfeito para famílias. Deixo-vos a vista aérea, disponível no Google Maps, do percurso que fizemos, para ficarem com uma ideia melhor deste passeio e, espero, com vontade de o fazerem também!

Este é um passeio que permite conhecer as Sete Cidades como comunidade viva, muito além da imagem postal – bem merecida, é certo – das suas bonitas Lagoas. Pudemos ver, ainda na vila das Sete Cidades, meninos a brincarem no recreio de uma escola primária, daquelas com arquitectura do pré-25 de Abril e que, no continente, estão na sua maioria abandonadas ou foram reconvertidas para novos usos. A minha escola primária em Viana do Castelo tinha o mesmo exacto traçado, só que era bastante maior. Ver esta pequena escola com vida trouxe-me boas recordações. Há tempo para fazer uma paragem na avenida de árvores que conduz à capela de São Nicolau. A capela em si é simples, mas adornada pela fileira de altos pinheiros que se estendem da sua porta até à estrada, ganha um encanto muito especial.

A margem nascente da Lagoa Azul que percorremos até não haver mais caminho, é nada menos do que esplendorosa. Mas há gente aqui. Na aldeia de Cerrado das Freiras, os criadores de gado cuidam das suas vacas. Os agricultores colhem o milho ou lavram as terras. Nos caminhos de floresta, jardineiros limpam e aparam os caminhos entre árvores respeitando o equilíbrio deste habitat singular. A todos dissemos “Boa tarde!” e todos nos responderam com simpatia. Reparámos que isso não se passava com os estrangeiros que percorriam os mesmos caminhos. Para eles este cenário será mais como um quadro num museu, em que não se entra verdadeiramente, apenas se contempla. A diferença é que nós somos portugueses. Somos viajantes neste lugar, mas ao mesmo tempo sentimo-nos parte dele, sentimo-lo nosso – que orgulho! E os açorianos gostam desta familiaridade que queremos cultivar. Não seria capaz de passar numa aldeia, num caminho, sem cumprimentar os locais. Gosto mais ainda quando podemos conversar um pouco, aprender mutuamente. Ouvir contar histórias das terras por onde estou de passagem e contar as minhas, levar comigo o sentido dos lugares. E eles tornam-se mais do que paisagens, tornam-se histórias, que partilho convosco.

A sensação de calma que ganhámos neste passeio só rivalizava com o deslumbramento de sentirmos que estávamos, mesmo, no interior da caldeira de um vulcão. A caldeira das Sete Cidades tem cerca de 5 km de diâmetro e uma profundidade de 400 metros (desde o topo das escarpas até ao fundo da lagoa).

A parte da ida do nosso percurso bicicleta terminaria no Jardim da Lagoa Azul, um espaço relvado à sombra de árvores, com um dos mais bonitos parques de merendas da ilha de S. Miguel. Um pequeno ribeiro impedia-nos a passagem e já eram horas de voltar ao ponto de origem, onde nos esperava um passeio de caiaque e SUP. Este não seria um daqueles dias que deixam a sensação de que poderíamos ter feito mais, como muitas vezes acontece nas férias. Este foi um dia pleno.

Lagoa das Sete Cidades: de caiaque e SUP na cratera de um vulcão

Se há uma imagem que todos os portugueses conhecem é a da Lagoa das Sete Cidades, na Ilha de S. Miguel, Açores. Quem não sonha ver a imagem luxuriante da enorme lagoa, com um lago de tom claramente azul separado de outro verde vivo por uma antiga ponte? Os que têm a sorte de realizar esse sonho, ficam deslumbrados com a vastidão, os tons e o sentimento de absoluta tranquilidade transmitido por esta paisagem. São vários os pontos de onde podemos contemplar esta Lagoa e eu já tinha podido vê-la noutra ocasião, mas nesta viagem as suas águas azuis e verdes ganharam para mim uma nova dimensão: entrei literalmente nelas, para um passeio de caiaque.

A maior parte das pessoas que visita as Sete Cidades vai com o objectivo de ver e fotografar a Lagoas e as suas margens. “Só” isso já deixa qualquer um maravilhado. Mas e se, além disso, puder navegar nas águas das lagoas, em plena autonomia e sem perigos, num simpático caiaque? Eu desconhecia que era possível, mas descobri que a Futurismo, empresa de animação turística famosa pela sua actividade de whale watching, também organiza actividades nas Lagoas das Sete Cidades. Além de caiaque, pode praticar-se Stand Up Paddle (SUP) e até mesmo fazer passeios de bicicleta pelas margens da lagoa. O melhor mesmo é combinar as duas coisas: primeiro fazer um passeio de bicicleta todo o terreno e depois continuar a aventura de uma forma mais relaxada nos grandes lagos de água doce. Foi o que fizemos, aproveitando o pacote combinado da Futurismo ao longo de 3 horas. No fim, parece incrível como coube tanto em tão pouco tempo. (Conto-vos em breve aqui no blog a parte da bicicleta.)

Tínhamos
reservado a actividade nas Sete Cidades com algumas semanas de
antecedência, ainda no continente, e tivemos imensa sorte com o
tempo, pois estava ameno, com o sol a alternar com algumas nuvens –
uma típica tarde açoriana.

Chegar ao centro de atividades da Futurismo foi fácil: fica mesmo na margem da Lagoa Azul das Sete Cidades. Tem um edifício de acolhimento com um espaço interior confortável e armários para guardar os pertences dos clientes, mesmo em frente a um pequeno cais em madeira.

Como fomos em família e éramos quatro, experimentámos duas modalidades: eu e o Artur (o pequeno de 9 anos) fomos num caiaque e o Nuno e o Luís (o nosso miúdo mais velho) preferiram experimentar SUP pela primeira vez. A Futurismo tem os equipamentos para as duas modalidades e permite escolher o que cada um prefere. A Lagoa das Sete Cidades oferece condições perfeitas para o SUP pois ou não há ondas ou as que há são muito suaves, o que torna muito mais seguro praticar SUP aqui do que em lagos maiores ou no mar.

A equipa deu-nos todos os conselhos necessários. Inicialmente acharam que podia ser melhor o Artur não levar remo, por ser ainda pequeno, mas como ele insistiu, já que é bem aventureiro e muito desportista, deram-lhe um também. E ainda bem! Mesmo com bracinhos pequenos, o impulso que deu ao caiaque fez muita diferença ao navegar :). Acho mesmo que rema melhor do que eu. Quanto ao SUP, como o Nuno e o Luís eram inexperientes, foram aconselhados a começar a remar de joelhos na prancha até sentirem o controlo necessário para se porem em pé. Com a ajuda de um empurrão inicial da simpática equipa da Futurismo, todos adentramos a Lagoa Azul.

À medida que nos afastávamos da margem, começámos a sentir a verdadeira dimensão daquele lugar tão extraordinário. Estávamos numa cratera formada por sucessivas erupções vulcânicas. Nela, o tempo deu origem a esta lagoa que veio a chamar-se Lagoa das Sete Cidades e que é o maior lago de água doce dos Açores, com 4,3 km de extensão e 33 metros de profundidade. Não tinha noção, quando lá estive, de que era tão profunda. As águas, apesar mesmo com algum vento, são calmas e as escarpas verdes a toda a volta envolveram-me de tal maneira que só podia sentir-me bem. O Artur, ocupado a remar e a sentir os raios de sol, sentia-se muito feliz e nunca falou sequer em medos. O facto de termos coletes salva-vidas também dá segurança. Mas, acima de tudo, esta é uma experiência tão completa, tão perfeita, que é preciso vivê-la na primeira pessoa.

Ligeiramente atrás de nós, o Luís e o pai começavam a arriscar levantar-se na prancha – e bem! O Luís cantava, com sorriso de orelha a orelha, enquanto navegava por esta lagoa perfeita. Em pé, faz-se mais resistência ao ar, por isso o ritmo de navegação acaba por ser mais lento.

Atravessar da Lagoa Azul para a Lagoa Verde tem o seu quê de emoção: é preciso que os canoístas estejam bem coordenados para passar sob um dos arcos de pedra, que não são muito altos. Com o coraçãozinho acelerado mas muita concentração, o meu valente timoneiro comandou o caiaque na perfeição!

Tinham-nos dito que na Lagoa Verde em geral está menos vento e as águas são mais calmas. Mas o que notámos mesmo foi a pouca profundidade da água junto à ponte. Demos por nós a remar sobre muitas raízes de plantas aquáticas e algas. É essa a razão de este lago ser verde. A luz reflecte a cor das algas que estão perto da superfície, o que não acontece na Lagoa Azul.

Mais tarde ficaria a saber que a Lagoa é o habitat de muitos lagostins vermelhos (podem ver-se esqueletos nas margens da lagoa), o que comprova a pureza deste habitat. Em toda esta viagem aos Açores, tivemos sempre a sensação arrebatadoramente boa de que a natureza é a protagonista. Sempre. E ao mesmo tempo a noção de que temos muito a aprender sobre os nossos recursos naturais, únicos e insubstituíveis. A água é um elemento constante no arquipélago açoriano, além do verde, envolvente e com espaço para crescer ou apenas permanecer, renovar-se. Sobre ambos, as aves, tantas e tão bonitas! É esta a natureza que pinta a bandeira dos Açores.

Quando decidimos regressar à Lagoa Azul a viagem já ia longa. Sem darmos conta, já estávamos há quase uma hora naquele bucólico passeio. O regresso fez-se bem, com o vento a favor. Na margem do cais, a equipa da Futurismo já nos esperava. Sentimos pena por termos chegado ao fim, mas estávamos completamente satisfeitos, de alma cheia. Sabíamos que aqueles momentos foram muito especiais. Foi como se tivéssemos descoberto um segredo que não está ao alcance de todos. Quando passámos sob a ponte havia pessoas a olharem para nós, com gosto nos nos verem mas ao mesmo tempo sem ponderarem passarem, elas, para o lado de dentro da aventura. Quando afinal basta saber que não só é possível, como acessível fazê-lo. E há um mundo de diferença entre ver ou fazer, não é? Podem acreditar: esta é daquelas experiências que valem meeeesmo a pena!

Viajar aos Açores em tempo de COVID-19: tudo o que precisa de saber

Texto e Fotografias de Vera Dantas. Todos os direitos reservados.

Em tempo de COVID-19, as viagens causam preocupação a todos, sobretudo a quem viaja em família. E apesar de os Açores ficarem em Portugal, só se chega lá de avião. Viajei recentemente (em Setembro de 2020) à Ilha de S. Miguel e tudo correu bem, mas foram necessários alguns preparativos extra. Após várias pesquisas e telefonemas esclareci uma série de dúvidas para as quais não obtive resposta numa única fonte, por isso sei que esta informação vos pode ser muito útil. Além disso, viajei de facto com duas crianças aos Açores nesta fase de pandemia global, não sem alguns receios, mas com muita vontade de voltar a um destino que me deslumbra e do qual regressámos, todos na família, maravilhados. E, sim, estivemos sempre bem nos Açores e regressámos ainda mais saudáveis do que fomos 🙂

É seguro viajar aos Açores, mesmo agora e sobretudo agora, pois poucos destinos têm tanto espaço livre, paisagens infinitas e lugares onde dormir e comer tão especiais e seguros como o nosso maior e mais verde arquipélago. Além disso, os prestadores de serviços estão a ser muito cuidadosos, o que transmite imensa segurança a quem visita os Açores. Neste artigo explico-vos tudo o que têm de saber para preparem a vossa viagem aos Açores em tempo de COVID-19.

Atenção: As informações aqui descritas estão actualizadas à data de publicação – 9 de Outubro de 2020. Deverão sempre consultar as fontes oficiais à data da vossa viagem para confirmar todos os procedimentos que devem seguir. Deixo os contactos no final deste artigo.

Conteúdo deste artigo:

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Testes de despiste ao vírus SARS-CoV-2 (COVID-19) para viajar aos Açores

É obrigatório realizar o teste?

Sim. É obrigatória a realização do teste de despiste de SARS-CoV-2, vulgarmente conhecido pelo acrónimo COVID-19 (do inglês Coronavirus Disease, do ano 2019) por parte de todas as pessoas, incluindo crianças a partir dos 13 anos (inclusive) que viagem para o arquipélago.

Quanto custa o teste de despiste à COVID-19?

Pode realizar
o teste numa das entidades convencionadas com o Governo Regional dos
Açores que suportará todos os custos. Neste caso, não terá que
pagar nada.

Se decidir realizar o teste num laboratório de análises sem convenção, o custo ficará a seu cargo. Para referência, posso dizer-vos que um teste a título particular no Porto, em Setembro, custava entre 100 e 130 €.

Onde pode fazer o teste de despiste à COVID-19?

Pode realizar o teste num dos laboratórios convencionados com a Região Autónoma dos Açores para despiste à infeção por COVID-19, existentes na sua zona de residência, antes da viagem. Consulte a lista e escolha o seu aqui.

A ter em
conta:

Para a sua escolha, tenha em conta a contagem das 72 horas antes da hora de chegada prevista aos Açores – caso seja de manhã (foi o nosso caso) convém que a recolha das suas amostras biológicas seja feita num laboratório que esteja aberto no horário da manhã, pois há laboratórios que só fazem recolhas da parte da tarde.

Em
alternativa, pode realizá-lo no
aeroporto, à chegada a uma das ilhas açorianas. Há cinco portas de
entrada nos Açores por avião: os aeroportos das Ilhas de São
Miguel, Santa Maria, Terceira, Pico e Faial. A
partir delas
pode ligar-se
às restantes ilhas do
arquipélago –
Graciosa, São Jorge, Flores e Corvo –
através da SATA e, na época alta, através de ferry-boat.

Quando tem que fazer o teste?

Podem optar por fazer o teste antes do início da viagem ou à chegada (vejam como mais abaixo), como já referimos. Mas devem ter em conta o seguinte:

Fazer o teste de despiste antes da viagem

Devem agendar com antecedência o teste de COVID-19 de modo a garantirem que o mesmo será feito nas 72 horas antes da partida do voo do aeroporto de origem. Ao fazer a marcação o laboratório vai pedir-vos essa informação, para poder marcar uma hora de recolha de amostras biológicas que respeite esse espaço temporal. À partida o laboratório vai pedir-vos que façam a marcação por e-mail enviando o número de SNS de todas as pessoas que vão fazer o teste (lembrem-se que as crianças com 13 anos ou mais já são obrigadas a fazer, além dos adultos) e um comprovativo de reserva e pagamento do voo de ida, com data e hora do mesmo. No dia e na hora marcada para o teste, deverão comparecer no laboratório apresentando:

  • os comprovativos da reserva e do pagamento da deslocação para os Açores;
  • um documento de identificação pessoal (bilhete de identidade, cartão do cidadão ou passaporte).

Quanto tempo demora o resultado?

No
nosso caso, fizemos o teste pelas 10:00 de uma sexta-feira, pois
iríamos aterrar em S. Miguel às 9:45 da segunda-feira seguinte, e
na tarde de sexta recebemos o resultado (negativo) dos testes por
e-mail. Os laboratórios em regra não estão a demorar mais do que
24 horas a enviar os resultados.

Os resultados do teste são enviados diretamente ao passageiro e também à Direção Regional da Saúde.

O que acontece se o resultado teste de COVID-19 for positivo?

Caso um dos viajantes teste positivo terão de ser seguidos os procedimentos indicados pelas autoridades de saúde. No site do governo dos Açores dedicado aos procedimentos no âmbito da COVID-19, pode ler-se o seguinte:

Porque há sempre esse risco na situação em que vivemos actualmente, no nosso caso decidimos fazer um seguro de cancelamento de viagem que cobrisse essa eventualidade. Acrescentamos alguma despesas com a compra da apólice, mas preferimos investir esse valor do que correr o risco de termos que cancelar a viagem e perder o dinheiro de todos os voos e da estadia. Tenha em conta que, quer as companhias aéreas, quer as unidades de alojamento, não devolvem o valor das reservas nestes casos. E a maior parte não oferece a possibilidade de adiar as datas da reserva. Por isso, na hora de reservar, informe-se sobre as condições de cancelamento ou mudança de datas de voo e/ou estadia e tenha todos estes factores em conta.

Que comprovativos devem levar convosco para os Açores?

Ao viajarem para o arquipélago devem preencher o Questionário de avaliação do risco e deteção precoce do SARS-CoV-2, da Autoridade de Saúde Regional.

Aconselho-vos a que o façam antes da partida, para agilizar a vossa entrada na Região.

O
questionário pode ser impresso – pode
descarregá-lo aqui
– para entregar, já preenchido, à chegada

Em alternativa, podem preencher o questionário online, neste link.

Depois
de preencherem
o questionário vão
receber um código, com
o qual podem identificar-se junto
dos
responsáveis da
Autoridade de Saúde que
vos irão abordar no
desembarque.

Caso
não preencham o questionário antes da viagem, podem sempre fazê-lo
à chegada (ver abaixo).

Além disso, caso tenham realizado o teste de despiste à COVID-19 antes da partida, deverão levar o comprovativo, em papel (de preferência) do documento emitido pelo laboratório onde devem constar:

  • a identificação da pessoa testada;
  • o nome do laboratório onde o mesmo foi realizado;
  • a data de realização do teste;
  • a assinatura do responsável pela realização do teste;
  • o resultado negativo.

https://www.getyourguide.com/azores-l152/so-miguel-west-tour-t64862/?partner_id=5U8AT6S&utm_medium=online_publisher&utm_source=porto_envolto&placement=content-middle

Como proceder à chegada aos Açores?

A minha experiência foi na Ilha de S. Miguel, por isso é essa que aqui vos relato.

No Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, as pessoas são encaminhadas para o exterior e divididas em duas filas: a das pessoas que têm o teste feito (e negativo, claro) e as das que ainda não o fizeram. Quase todas as pessoas que viajaram no nosso avião, procedente do Porto, já tinham feito o teste antes da viagem.

Estava tudo bem organizado e havia sempre alguém a acompanhar as pessoas e a encaminhá-las devidamente.

Aeroporto de Ponta Delgada, Setembro de 2020: Tendas de recepção e testes aos viajantes no âmbito das medidas de combate à COVID19.

Chegada aos Açores com o teste de COVID-19 negativo

Às
pessoas com o teste feito (e
negativo) mas que não têm consigo o questionário acima referido em
papel ou o código recebido após o preenchimento online, são
entregues os questionário (por pessoa do grupo/família com que
viaja) para preencher no local. No aeroporto de Ponta Delgada há uma
tenda específica para o preenchimento, com uma pessoa a esclarecer
quaisquer dúvidas.

Quem já tem o questionário preenchido é encaminhado para uma tenda onde deverá entregá-lo, juntamente com o comprovativo de realização do teste de COVID-19. Será então informado de que, caso se permaneça na ilha 7 ou mais dias, terá que marcar novo teste à COVID-19 com a autoridade de saúde do local onde estiver alojado (detalhes do procedimento mais baixo).

Fazer o teste de despiste à COVID-19 à chegada aos Açores

O Governo Regional dos Açores permite optar por fazer o teste despiste à COVID-19 no momento que se desembarca. Os profissionais da autoridade de saúde que estão no aeroporto recolhem as amostras biológicas necessárias ao teste, devendo o passageiro permanecer em isolamento profilático no seu domicílio ou local onde está alojado, até lhe ser comunicado o resultado do mesmo, o que pode demorar entre 24 a 48 horas.

Se querem aproveitar bem todos os seus dias nos Açores – e há tanto para ver e fazer nas ilhas! – esta não é a melhor opção, pois vão perder tempo à espera dos resultados.

São sobretudo os turistas estrangeiros quem escolhe esta opção, pois assim não têm que arcar com os custos do teste no seu país de origem. Pessoalmente, considero que pode ser vantajosa para a economia regional desde que os turistas sejam responsáveis e cumpram de facto o isolamento profilático. Caso contrário, estarão a pôr em risco as comunidades locais. É assinado um termo de responsabilidade quanto ao isolamento profilático, por isso quero acreditar que o mesmo é cumprido, estando as autoridades a fazer o seu melhor para que o seja.

O que acontece a quem se recusa a fazer o teste?

Quem não tiver feito o teste antes da viagem e se recuse a fazê-lo à chegada pode regressar ao local de origem do seu voo ou viajar para qualquer aeroporto fora da Região Autónoma dos Açores, cumprindo, até à hora do voo, isolamento profilático em hotel indicado para o efeito.

Estadia de 7 ou mais dias nos Açores

Como marcar segundo teste de despiste à COVID-19, 6 dias após o primeiro?

Se a vossa estadia nos Açores for de 7 ou mais dias devem, no 6.º dia a contar da data de realização do (primeiro) teste de despiste à COVID-19, contactar a autoridade de saúde do concelho em que estão alojados (ou residem), para realizar novo teste de despiste, a realizar pela autoridade de saúde local.

Para
que não se esqueçam,
vão dizer-lhe isso mesmo à sua chegada ao aeroporto, indicando o
dia em que devem
fazer
a marcação
do
teste e
dando-lhes
um
papel com o url da página com os Contactos
das
Unidades
de Saúde de Ilha

e Hospitais.

Deixo-vos
(mais) uma dica valiosa:

Vejam qual o contacto de e-mail da autoridade de saúde que vos concerne e preparem o draft do e-mail antes da viagem, pois evitam perder tempo a inserir dados de documentos num telemóvel, caso não viajem com computador. Podem ver abaixo fazer copy/paste do draft que preparei (abaixo). Poupou-me tempo e deu-me imenso jeito na altura de fazer a marcação:

Draft para e-mail de marcação do segundo teste de COVID-19

Enviar
para: Delegação de … (concelho
onde está alojado), e-mail: …

Boa tarde,

Conforme nos foi indicado, vimos por este meio solicitar a marcação do 2º teste obrigatório para despiste à COVID-19.

Chegámos a (ilha de desembarque) dia … de …. às … horas. Temos voo de partida a … /… às … horas, de (ilha de partida).

Fizemos o primeiro teste em …./… às … horas, com resultado negativo.

Somos
(… indicar nº de pessoas que vão realizar o teste), com os dados
abaixo:

Pessoa 1 … (nome completo)

Nº SNS: …

… Listar as outras pessoas e os seus números de SNS).

Aguardo contacto para marcação do teste.

Contacto
telefónico para envio de marcação: … … …

Cumprimentos,

… …

A delegação de saúde responde por telefone para marcar o teste do 6º dia. No nosso caso enviámos o e-mail de manhã e fomos contactados à hora do almoço. Foi-nos indicado o local, a forma de proceder (em Ponta Delgada o teste foi feito dentro do carro, numas tendas drive-through junto ao Hospital do Divino Espírito Santo) e as horas disponíveis. No dia seguinte realizámos o teste conforme indicado.

O que acontece se o teste de COVID-19nos Açores der positivo?

Segundo o que me informou a Linha Açores de Esclarecimento Não Médico COVID-19, se o teste de COVID-19 feito 7 dias após o primeiro der positivo, a pessoa em causa terá que permanecer em quarentena obrigatória durante 14 dias na ilha em que se encontram. O Governo Regional cobrirá as despesas de alojamento (estadia e alimentação) nos estabelecimentos por ele designados para o efeito.

Quando aos acompanhantes da pessoa infectada, a autoridade de saúde local determinará se são consideradas de grande risco – caso em que terão que ficar também em quarentena – ou não – caso em que poderão regressar no voo previsto.

Como obter informações actualizadas sobre viajar aos Açores em tempo de COVID-19 ?

Porque
estamos numa situação de contingência em que a única certeza é a
incerteza e as informações que vos dou aqui podem sofrer
alterações, aconselho-vos
a
prepararem
a vossa viagem aos Açores consultando um ou vários dos recursos que
a região coloca à disposição dos viajantes.

  • Site com Informações oficiais do Governo dos Açores sobre o Controlo da pandemia de COVID-19: Destino Seguro Azores.
  • Serviço de atendimento telefónico sobre as medidas adoptadas na Região dos Açores para fazer face à pandemia do novo coronavírus:

Linha
Açores de Esclarecimento Não Médico COVID-19

Tel.: 800 29 29 29

Horário: Dias úteis das 8:30 às 18:30 H.

Liguei
para lá antes da viagem e fiquei muito mais esclarecida sobre várias
eventualidades e informações que partilho convosco neste artigo.
Mas tenha em conta que esta é uma linha de atendimento Não Médico,
ou seja, trata das questões logísticas. Para
questões médicas há uma linha própria para onde deve ligar para:

  • Linha Saúde Açores, para Questões Médicas

Tel.: 808 24 60 24

Se
preferir esclarecimentos por e-mail, envie as suas dúvidas para:

Texto e imagens de: Vera Dantas

#cleanandsafe @vizitazores @visitaportugal #tupodesvisitaportugal #covid19 #pandemic #covid19travelling

Nadar com golfinhos nos Açores: um mergulho na dimensão azul

Vera Dantas no Atlântico, Açores

Texto: Vera Dantas

Fotografias: Vera Dantas

Fotografias de golfinhos: Natália Pérez e Picos de Aventura

Nada
nos
prepara para uma experiência como esta. Podemos saber o que está
previsto, ter as melhores expectativas, sentir euforia por
antecipação e até algum receio por irmos mergulhar em alto mar,
mas só lá, no momento em que tudo se concretiza, é que realmente
sentimos o que significa
nadar
com golfinhos em
liberdade
nos Açores.

Vou reviver por muito tempo aqueles momentos, quase inimagináveis, do meu mergulho na dimensão azul. Quando abri os olhos debaixo de água e espreitei, por breve momentos, o meio que é o dos golfinhos, senti-me verdadeiramente privilegiada e grata por aqueles seres meigos me deixarem nadar como eles. Sim, é mesmo isto, fui nadar com golfinhos ao largo da Ilha de São Miguel, nos Açores, com a Picos de Aventura – não teria sido possível fazê-lo sozinha e, garanto-vos, não poderia ter tido melhor experiência. Já tinha nadado ao lado destes mamíferos fabulosos há muito tempo nos Açores e claro que gostei, mas desta vez tive uma experiência muito mais completa, sobretudo graças à forma como a equipa que me levou soube aproveitar cada momento. Eis como se passou esta pequena e inesquecível aventura aquática numa manhã de Setembro.

Conteúdo deste artigo:

Da marina de Ponta Delgada ao alto mar

Sede da Picos de Aventura na Marina de Ponta Delgada

Foi num dia de férias de verão em família. Éramos dois adultos – eu e o Nuno – e as nossas duas crianças – o Artur, pequeno aventureiro de 9 anos, e o Luís, recém-adolescente muito bem humorado de 13. Fomos recebidos na sede da Picos de Aventura na Marina de Ponta Delgada pela bióloga marinha Natália Pérez, que trocou a sua terra natal, Tenerife, nas Canárias, um pouco mais a Sul dos Açores, pela ilha de São Miguel. Aqui está o mais próxima possível da sua paixão e área de estudo: os cetáceos. Foi Natália quem nos fez um pequeno briefing de como deveríamos agir durante a viagem para podermos mergulhar a tempo de aproveitar a proximidade dos golfinhos selvagens, cumprindo as normas de segurança em alto mar e, claro, respeitando o ritmo e a vontade destes animais livres. Incutiu-nos também confiança, já que iria estar connosco em toda a experiência.

Tínhamos chegado na segunda-feira à ilha mas dada a instabilidade do mar nessa semana, a Picos fez-nos uma pré-reserva para a manhã de domingo, altura em que se previam melhores condições meteorológicas, o que se confirmou. A Natália disse-nos logo que estava um dia óptimo para entrar na água do mar, que registava uns apetecíveis 24 ºC, pelo que não precisaríamos de fato de mergulho, que estão disponíveis em todos os tamanhos quando são necessários, assim como máscaras de mergulho. Como todos tínhamos máscaras de mergulho nossas, apenas eu precisei de pedir uma. Não quis tubo de snorkeling para não me preocupar em expelir constantemente a água do tubo. E ainda bem que o fiz, pois assim pude ouvir e ver melhor os golfinhos debaixo de água.

Vera Dantas na Marina de Ponta Delgada

Todos sabemos nadar e no alto mar flutua-se com facilidade, mas o Artur ainda não se aguenta muito tempo por isso iria nadar com o colete de salva-vidas colocado. Para a viagem, toda a família vestiu os obrigatórios coletes salva-vidas. Depois, para não arrefecermos com o vento, foram-nos cedidos casacos impermeáveis para vestirmos no barco até à hora de nadarmos. Saímos com a Natália em direcção ao cais, onde o capitão Rodrigo já nos esperava, a bordo do SIR DINHA – curiosamente a fazer lembrar o nome do peixe que está na base da alimentação dos golfinhos nas costas portuguesas. Tínhamos o barco só para nós, o que foi mesmo excepcional. Seja como for, os barcos semi-rígidos da Picos de Aventura destinados a esta experiência têm sempre uma lotação máxima de 8 pessoas e a sua dimensão permite não só uma aproximação ao nível dos golfinhos, como também mergulhar com eles!

Pouco antes, saíra outro barco da Picos, mas apenas para visionamento de cetáceos. Nós, portanto, sentimo-nos muito especiais.

Seguindo
o rasto dos golfinhos

O barco afasta-se da marina e começa a breve viagem. A Picos de Aventura conta com o apoio de um vigia na costa que, munido de um binóculo potente, procura os golfinhos (e baleias, para as experiências de whale watching) e dá indicações ao capitão do barco que assim se dirige para os locais do avistamento. Todos os dias são diferentes e o destino é sempre uma surpresa. Afinal, somos apenas exploradores de um mundo aquático que vive num espaço e tempo próprios.

Mas o que é bom é que aqui é quase impossível não ver golfinhos – a percentagem de avistamentos nas saídas é de 98 a 99%! Os Açores são de facto um dos melhores locais do mundo para a observação de cetáceos, graças à sua localização em plena rota de espécies migratórias. E não são apenas os animais que estão de viagem que podemos ver. Durante todo o ano, quatro espécies residem ao largo do nosso maior arquipélago: os golfinhos comuns, os roazes e de risso e também os grandes cachalotes. Ao todo, são 26 as espécies de cetáceos que se podem vislumbrar ao longo do ano nas ilhas açorianas.

A aproximação aos golfinhos selvagens

Golfinhos comuns em frente à Ilha de São Miguel, Açores

Naquela
manhã o vigia da Picos de Aventura localizou dois grupos de
golfinhos e nós fomos ao seu encontro. A nossa não era a única
embarcação na área. A presença de catamarãs
por vezes atrai os golfinhos que se colocam à frente da proa para
aproveitarem o impulso gerado pelo
andamento do
barco. A “nossa” bióloga identifica logo a espécie que estamos
a ver: são golfinhos comuns, muito bonitos. Pequenos, se comparados
com outras
espécies,
subdividem-se
entre
os de
bico
comprido
e os de bico curto
(que
são residentes nos Açores). Têm
uma coloração bem
definida que
os distingue: dorso negro sob uma mancha amarelada de ambos os lados,
ventre branco e
mancha cinzenta junta à cauda.
Medem até
2,5
metros de comprimento e pesam entre 70 e 130
kilogramas. São muito sociáveis e podem integrar grupos de
até
500 indivíduos. E também curiosos, para nossa sorte, que os
gostamos de os
ver
bem de
perto.

Em harmonia com o mar e o dia, os dois grupos de golfinhos, estavam muito calmos, relaxados e bem dispostos, como nos confirmou Natália. E isso via-se no ritmo suave com que deslizavam pela superfície e até nos saltos e acrobacias. Tão suaves que pareciam pinceladas azuis sob as nuances cinzas e brancas das nuvens marítimas açorianas. Era toda uma dança que me transmitia um bem-estar enorme, no silêncio do mar. E o capitão Rodrigo soube deixar-nos viver estes momentos de contemplação, desligando o motor do barco enquanto esperávamos que os nossos “concorrentes” se afastassem e que os golfinhos se quisessem aproximar de nós.

Semi-rígidos da Picos de Aventura junto a golfinhos nos Açores

Eu
já estava a achar que ia ser difícil tê-los “para nós”, mas a
Natália, que entretanto ia respondendo às minhas perguntas sobre os
golfinhos, logo me animou a esperança: “Sim (há muitos barcos)
mas há outro grupo de
golfinhos que
está a ficar aqui perto”. E dizendo isto apontou para a direcção
que ficava nas nossas costas. Vimos logo vários golfinhos a saltar
em grupo, cada vez mais próximos. “Preparem-se, tirem os coletes,
coloquem as máscaras de snorkeling e sentem-se na borda do barco,
com as mãos nas pegas e um pé de fora”. Tudo muito bem
controlado. Não podíamos perder a oportunidade!… Primeiro o pai,
depois o Arturzinho,
seguidos de mim e do Luís.

Não vou mentir e dizer que não senti o coração a bater mais forte. Não só ia mergulhar em alto mar, como os meus filhos também. Mas é preciso perder os medos para entrar e aproveitar o momento. A Natália e o Rodrigo sabem-no bem. Mais do que instruir-nos, acalmou-nos: “Quando nós dissermos para entrarem, entrem logo, vai um atrás do outro, de seguida, e quanto aos meninos não se preocupem. Eu estou cá a vê-los e a tomar conta de tudo. Vocês mantenham a cabeça debaixo de água, senão, se ficam a olhar para as crianças, não vão ver nada…”. Foi muito importante ouvir isto. Todos os pais que me estão a ler podem entender o quanto é fundamental sabermos que os nossos filhos estão seguros. E estiveram-no sempre nesta aventura.

O primeiro mergulho

Golfinho abordando barco

Com o barco parado, motor desligado e os golfinhos à nossa volta, a nossa equipa de bióloga e capitão deu a ordem: “É agora, entrem o mais rápida e suavemente possível, tentando deslizar e não saltar, para não afastar os golfinhos.” Dito isto, o Nuno entrou e, logo a seguir, vejo a Natália a pegar no Arturzinho e a fazê-lo deslizar para a água… Ai!… Lá foi ele, tão pequenino, para aquele mar tão grande! Mas nem tive tempo de ficar aflita, pois queria aproveitar e confiei no que me tinha sido dito: entrei logo. O Luís foi depois de mim, cumprindo o que tinha sido planeado.

Vera Dantas a ver golfinhos nos Açores

Foi apenas a primeira tentativa e todos viram alguns golfinhos debaixo de água menos eu, que me pus a olhar à superfície. Este primeiro grupo afastou-se pouco depois e chamaram-nos de volta ao barco, que estava mesmo ao lado. Subimos facilmente a bordo e os miúdos estavam muito contentes. A mim aconselharam-me a ser mais rápida a olhar para dentro de água. Com toda a razão. O barco retomou a marcha, connosco sentados no flanco lateral como antes e, pouco depois, tornou a parar junto a mais golfinhos – não me perguntem como os nossos navegadores os conseguem localizar tão bem, mas o facto é que vêem o que nós não vemos.

Harmonia em tons de azul

Vencidos
os receios do primeiro mergulho, desta vez entramos ainda
mais
determinados.
Desta vez vimos um grupo muito maior, que se manteve visível durante
mais tempo. Havia dois golfinhos a rodarem um sobre o outro – a
namorar, disse-nos a nossa guia – e todos nadavam em conjunto. Uma
visão impressionante! O azul da água, forte e límpido, realçava a
pele clara dos golfinhos, que ganhava novos tons conforme se juntavam
ou afastavam uns dos outros ou desciam e subiam, reflectindo as
nervuras do sol na ondulação marítima. Já estávamos todos
emocionados com a experiência, mas ainda não tinha acabado. Haveria
ainda uma terceira vez, que seria a mais especial desta aventura.

Um grupo de golfinhos saltava de ambos os lados do nosso barco. Quase podíamos tocar-lhes. Só esta visão já nos enche, mas quando adentramos no oceano azul, com eles, há um mundo que se desvenda, uma e outra vez.

Golfinho comum

Um encontro frente a frente com um golfinho

O pequeno Artur teve a melhor surpresa de todas. Corajoso, deslizou para a água para viver uma experiência que nunca irá esquecer. Ao espreitar debaixo de água teve um pequeno susto (bom) quando viu que tinha um golfinho mesmo à sua frente, a olhá-lo nos olhos! “Estava tão perto que até lhe consegui ver a textura! E depois ainda ficou a olhar para mim de lado, antes de se afastar!”, conta o Artur que sentiu o seu coraçãozinho a bater muito e que na altura, diz, só conseguiu pensar: “isto é mesmo cool!”. Nós, que não tivemos um contacto tão próximo, vivemos através dele a emoção. E todos vimos um grande grupo de cerca de 30 golfinhos em harmonia, mesmo ao nosso lado. Desta vez, talvez por estarmos mais relaxados e sabermos agir melhor para aproveitar cada momento, conseguimos ouvir as vocalizações destes animais maravilhosos. Estaria o golfinho do Artur a contar aos outros que esteve tão perto de um menino que até lhe viu a textura da pele? Podia bem ser, pois os golfinhos têm uma linguagem própria riquíssima.

Golfinhos comuns

Como comunicam os golfinhos?

Sabemos que os golfinhos são verdadeiramente incríveis: além das suas conhecidas aptidões sociais, são seres inteligentes, ágeis e brincalhões que partilham muitas similaridades emocionais com os humanos. Para comunicar usam sinais vocais, sinais audíveis não vocais, sinais visuais e sinais tácteis. Os sinais vocais incluem os assobios, chilreios e gritos; os não vocais consistem em cliques, batimentos caudais e até estalidos sonoros, para disciplinar as crias e manter os tubarões afastados. Para se alimentarem, os golfinhos recorrem à ecolocalização, com um sonar que capta as ondas sonoras rebatidas pela presa e revela a sua localização, tamanho e forma. É um sistema comunicativo que beneficia o grupo: ao ouvir os cliques de ecolocalização de outros golfinhos, um golfinho forma no seu cérebro uma imagem mental do objecto que o seu amigo está a ecolocalizar. Há muito mais para saber sobre a comunicação entre golfinhos (vejam aqui) e sobre como funciona o seu cérebro (a ler aqui), mas agora tenho que voltar à minha história

Golfinhos em liberdade debaixo de água no mar

Podemos acreditar que o Arturzinho provavelmente terá sido apresentado a todos os companheiros do seu amigo golfinho. O Luís ficou maravilhado por nadar com tantos golfinhos e orgulhoso por conseguir estar em alto mar sem colete. Comparadas com as fortes vagas de algumas praias açorianas que passara horas a desafiar com o irmão mais novo, a leve ondulação e a amena temperatura deste mar mais pareciam os de uma piscina.

O regresso

Vera Dantas em experiência de natação com golfinhos com a Picos de Aventura

Colocados os coletes e vestidos os casacos impermeáveis, restava regressar, com a certeza de que tudo o que vivemos naquele espaço de tempo não poderia ter sido melhor. Ao aproximarmo-nos do pontão da marina de Ponta Delgada, mais uma surpresa: paralelo ao nossa barco, uma silhueta distinguia-se no ar. O Artur, seguro dos conhecimentos que ganhou com o seu jogo Animal Crossing, apontou logo: “Mãe olha, um peixe voador!”. Era mesmo – a Natália confirmou. Uma visão nada comum. Este singular peixe manteve-se a voar sobre a água durante mais de 10 segundos! Um final com chave-de-ouro, pois as memórias que ganhámos nesta manhã vão manter-nos nas nuvens durante muito tempo.

Frota da Picos de Aventura, São Miguel, Açores, Portugal

Quer nadar com golfinhos?

A Picos de Aventura é há muito uma empresa de animação turística de referência nos Açores com quase duas décadas de existência e um espírito de juventude inerente à sua filosofia: em mar e em terra, criam e reinventam experiências únicas de interação e em harmonia com a natureza, da forma o mais personalizada possível. As saídas para nadar com golfinhos fazem-se todo o ano, desde que as condições do mar o permitam.

A
Picos organiza experiências nas Ilha de São Miguel e Terceira.

Para reservar uma experiência de natação com golfinhos vá ao site da Picos de Aventura.

Contactos
telefónicos:

Ilha de S. Miguel +315 296 283 288

Ilha Terceira +351 918 377 926

Viajar até às praias do Algarve: do verde norte ao dourado sul de Portugal

Viajar do Norte ao Sul de Portugal num só dia é uma experiência de diferentes sensações, que são também aquelas que vivo nas minhas viagens ao Algarve. Natural do Minho e mais ligada ao Norte do que ao Sul, o Algarve foi durante uma boa parte da minha vida um destino desconhecido. Como vivia perto da fronteira com a Espanha, a Galiza era um destino frequente para mim, que a visitava com a minha família. A seguir à Galiza, foram várias as viagens que fiz atravessando a Espanha, explorando depois o sul de França e, por fim, a Europa para lá das latinidades. Isto para vos dizer que conheci uma boa parte do Velho Continente ainda antes de ter visitado o Algarve. Mas quando finalmente o conheci, já adulta, fiquei fascinada por aquele Portugal tão diferente do das minhas vivências.

Travelling from north to south of Portugal in one single day is a journey filled with different sensations, which I experienced during my first trip to the Algarve and relive every year. There are mainly three reasons why you must visit AlgarveA native from the northern province of Minho and with more liaisons to the north than the south of Portugal, the Algarve remained for a big part of my life an unknown destination. Living near the border with Spain, Galicia was a frequent destination for me and my family. Following Galicia, there were several trips I made through Spain, later exploring the south of France and, finally, Europe beyond the latin region. This goes to show you that I travelled across the old continent even before visiting the Algarve. When I finally got there, as an adult, I was overwhelmed by that part of Portugal that was so different from what I knew.

Numa viagem do Norte ao Sul de Portugal pelo litoral posso ver as cambiantes da paisagem, que das verdes montanhas do Minho e do Douro vai perdendo altura até se desdobrar em vales de arrozais na bacia dos afluentes do Tejo, zona em que sempre me encanta ver os majestosos ninhos de cegonhas que habitam nos postes de electricidade ao longo da estrada.
Atravessado o Tejo sinto que cheguei ao Sul. A partir daqui prendem-me o olhar as manadas de touros ribatejanos e de bois de côr clara, até branca – que não são comuns no Norte – assim como ocasionais cavalos lusitanos, por vezes solitários. Este é um território de planícies douradas onde seculares oliveiras desenham sombras que transbordam bucolismo. É também nesta região que me sinto sempre tentada a sair da auto-estrada e ir explorar os caminhos dourados do Alentejo através da fotografia, um projecto que quero muito concretizar.
Quando faço a viagem para Sul na Primavera fico rendida à brancura das amendoeiras em flor. No Verão as miragens que se formam na estrada ao longo do asfalto anunciam o bom calor que sei que me espera mais abaixo. E eis que surge o letreiro colorido a marcar a entrada no “ALGARVE”, finalmente. Mais de cinco horas de viagem e percorrido o país de Norte a Sul, chego a uma parte de Portugal que me deu algumas das minhas melhores memórias de férias de Verão.

In a journey from the North to the South of Portugal along the coast you can see the landscape changing, from the green mountains of Minho and Douro regions to the rice paddies valleys in the basin of the Tejo river, where I’m always delighted to see the majestic nests of storks inhabiting the electricity poles along the road.
After crossing the Tejo I feel I have entered in the South part of the country. Herds of Ribatejo bulls and light coloured oxen – which are rare in the North – as well as occasional Pure Blood Lusitano horses, which are a native Portuguese breed. This is a land of golden plains where ancient olive trees draw bucolic shadows. By this time in my journey, I am always tempted to leave the motorway and go exploring the Alentejo through photography, a project that I hope to accomplish soon.
When I make this trip in spring the whiteness of the almond blossom leave me overwhelmed. In summer the mirages that form on the road along the asphalt announce the warm air I know is awaiting for me ahead. Finally, a colourful sign to mark the entry in the “ALGARVE” appears. More than five hours of travel and having crossed Portugal from north to south, I arrive to one of the parts of Portugal where I enjoyed some of my best summer holidays.

Tenho ficado muitas vezes na zona de Vilamoura, um verdadeiro oásis pensado para o lazer, onde aprecio as ciclovias em toda a extensão, as palmeiras ao longo das estradas, os bairros de casas caiadas de branco e encimadas pelos terraços mouriscos, que honram o legado dos antepassados que aqui habitaram. Tudo aqui transmite uma sensação de calma, de sol, de… férias.
Vilamoura estende o tapete a algumas das praias mais bonitas da Europa. Fiel às praias da Falésia e da Rocha baixinha (mais conhecida por Praia dos Tomates), deslumbro-me incansavelmente com os tons quentes das falésias que mergulham na areia. Faço longas caminhadas pela praia e observo cada recorte daquelas escarpas cujos veios oscilam entre a alvura da areia branca e o impactante laranja avermelhado.

I have often been in the Vilamoura area, a true oasis thought for leisure, with dedicated bike lanes, palm trees along the roads, neighbourhoods of whitewashed houses surmounted by Moorish terraces which honor the legacy of all the arabic ancestors who lived here. Everything here exudes a sense of calm, sun, and … vacation.

Vilamoura has some the most beautiful beaches in Europe. Faithful to the beaches of Falésia and Rocha Baixinha (better known as Praia dos Tomates) I stare tirelessly with the warm tones of the cliffs plunging into the sand. I love taking long walks along the beach, always bewildered by the cliffs tones ranging from a sharp sandy white and a striking reddish orange.


Os cactos que nelas se enraízam para crescerem vertiginosamente, dão-me a impressão de estar nalgum destino exótico do continente americano. O Grand Canyon dir-se-ia antepassado destas algarvias escarpas vermelhas. Mas são as águas tépidas do nosso Atlântico algarvio que me surpreendem sempre. No Verão passado estive 10 dias nesta latitude e em todos eles entrei na água sem qualquer receio de alguma maldosa corrente fria.

Huge cactuses give me the sensation of being at some exotic destination in the Americas. The Grand Canyon could claim to be an ancestor of these Algarve’s red cliffs.
But the thing that strikes me most are that here the Atlantic waters are warm! In each of the 10 days I spent this summer in the Algarve I have always entered the water without any fear of a cold stream.


E o ar quente.
Uma nortenha como eu está habituada à neblina da manhã, àquela humidade no ar que o torna mais fresco e que adia a chegada à praia dos apreciadores dos raios de sol aberto. No Algarve o ar amanhece quente e límpido, transparente. O Sol agarra-se ao dia desde a madrugada até à hora em que a noite o leva definitivamente embora, puxando-o suavemente para baixo da linha de água no horizonte, a ocidente.

And the warm air.
A northern girl like me is used to some fog and humidity in the early morning. In the Algarve the air dawns warm, clear and transparent. The sun clings to the day from the morning to the time when the evening takes him definitely away, pulling it gently down the water line on the horizon, to the west.

All photos are my own and copyright protected.

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Roteiro de três dias no Gerês

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Vera Dantas numa cascata do Rio Gerês

A maior dificuldade perante a imensidão do Gerês é decidir o que explorar, por onde ir. Sinto-a sempre que entre neste reino verde, aquático e aberto. O tempo limita-me a vontade de explorar todas as paisagens que comporta, e por isso volto com renovada ânsia para continuar a descoberta. A última vez que lá estive foi em Agosto e  fiz da vila do Gerês a base para novas explorações. Agora que nos prepararmos para viver um Verão diferente, Portugal é o melhor destino. E o Gerês está entre os lugares mais seguros e amplos onde pode ir em segurança.

Com uma tenda espaçosa para estrear, ousei voltar a acampar após muitos anos. Optei  pelo Parque do Vidoeiro, um dos mais antigos do Gerês, mesmo acima da vila, cuja proximidade é uma grande vantagem. Inicialmente reticente pela localização dos alvéolos em escarpa apertada, procurei um lugar melhor e encontrei uma zona, no alto do parque, onde não entram automóveis, perfeitamente idílica e com muito espaço e arvoredo. Depois da tenda montada resolvi explorar o curso do Rio Gerês, que passa mesmo pelo meio do parque de campismo. Tinham-me dito que dava apenas para refrescar. Mas na verdade forma duas lagoas de água translúcida onde se pode nadar! Uma delas, a maior, é banhada por uma cascata, de água bem fresca, paradisíaca.

E, claro, mergulhei! Cá fora o ar quente brindou a minha coragem com uma doce recompensa de bem estar revigorado.

Majestosa Árvore No Camping do Vidoeiro no Gerês Por Vera Dantas

No segundo dia, com vontade de subir a serra e descobrir novos destinos, parti em direcção à “Cascata Tahiti” ou “Cascata Fecha de Barjas”, que na verdade é a maior de um conjunto de várias cascatas belíssimas. Pedi indicações no Camping e fiquei a saber que há dois caminhos possíveis para lá chegar. Optei por seguir as coordenadas GPS – Latitude: 41º42’13.94 N, Longitude: 8º06’36.71 W – que me levaram pelo caminho mais directo. A viagem demora cerca de 20 minutos, com a calma e o cuidado necessários em estradas de montanha e subidas bastante íngremes com grandes escarpas a nossos pés e paisagens abertas proporcionadas pela considerável altitude do percurso. Ao chegar, a partir da ponte sobre o rio, há dois caminhos para descer até à cascata. Nenhum deles é muito fácil, mas são ambos praticáveis, desde que se vá sem pressas e com precaução. O da direita (para quem está na ponte virado para o lado descendente das cascatas), começa com umas pedras bastante escorregadias e íngremes mas mais à frente beneficia de um novo passadiço em madeira (cuja passagem será cobrada a 1 € segundo o cartaz afixado no local). A partir daí a descida é fácil e rápida até às cascatas. O da esquerda é sempre pelo solo da montanha, é mais longo mas menos íngreme, à excepção da última etapa, para a qual convém ter alguma ajuda nas descidas. Este último vai dar às rochas mais abaixo da grande cascata.

Vera Dantas Na Cascata Tahiti Do Gerês

Vá por que caminho for, acredite que o esforço compensa. Chegar à espaçosa lagoa verdejante e nela nadar é maravilhoso. E ainda me soube melhor porque a água aqui não é fria! A força da água junto à cascata é de cortar a respiração. E por isso mesmo sabe bem senti-la. Mesmo em Agosto, e apesar dos muitos visitantes, há espaço suficiente para estar na água à vontade. Difícil é querer sair…

Cascata Tahiti no Gerês Por Vera Dantas

Terceiro dia e a vontade de nadar na albufeira fez-me seguir directamente do Vidoeiro pela estrada fora, passando a vila do Gerês. Cinco minutos depois cheguei a um desvio sinalizado com um cartaz do “Restaurante Gerês Albufeira”. Virei à direita em direcção à albufeira. Chegando à praia restava-me estender a toalha e aproveitar o espaço a céu aberto rematado a verde geresiano. E como soube bem entrar naquele lago de água de temperatura macia…

A Albufeira em tons verdes no Gerês
E com um pouco de esforço chega-se a nado à península de Lugar de Cubos, Vilar da Veiga, em frente à praia.

Nadar até à Pensínsula de Vilar da Veiga no Gerês

Para esta experiência o ideal é ir apenas ao final da tarde, se for Verão, pois é nessa altura que a praia está menos povoada de gente e já há espaço para se estar bem.

Três dias de Gerês. Estes foram no Verão. Mas em todas as estações há deslumbramento à nossa espera.

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