Hjulmand: «Disse a Amorim, à frente dos jogadores, que estávamos desapontados com a sua saída»

Em entrevista à RTP, capitão do Sporting recorda dia difícil e confirma o que Record revelou em outubro

Morten Hjulmand admitiu que o plantel do Sporting ficou “desapontado” com a saída de Ruben Amorim e que fez questão de dizer isso mesmo ao treinador, cara a cara, com o plantel presente.

“Pensávamos que Amorim ia ficar durante a época e lutar para também ser bicampeão. Se me senti traído? Não, é uma palavra muito forte. Sentimo-nos desapontados com a saída dele. Disse, também à frente dos jogadores, que estávamos desapontados pela saída. Contávamos com ele para lutarmos todos pelo bicampeonato. Ele próprio disse-o. Mas também disse ao Ruben que percebíamos a decisão dele”, contou o capitão leonino numa entrevista à RTP, confirmando o que .

Questionado sobre o que trouxe Rui Borges à equipa, Hjulmand descreveu numa palavra: “Calma. É uma pessoa muito calma e a equipa sentiu isso assim que chegou, apesar da pressão de jogar no Sporting. Conseguiu transmitir isso aos jogadores.”

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Por Record

Carneiro conta com viragem das federações a seu favor e deverá ter apoio de Pizarro

A dias da reunião da Comissão Nacional do PS que vai definir o calendário e moldes de eleição do novo líder do partido, multiplicam-se os contactos de José Luís Carneiro junto de presidentes de federação e autarcas socialistas para garantir apoios para a candidatura a secretário-geral. Fonte próxima do ex-ministro garante à Renascença que “30% do partido está com ele”.

Ao que a Renascença apurou, há vários presidentes de federação do PS que já terão manifestado o apoio a Carneiro, onde se contam, para além da de Viseu, liderada por Armando Mourisco; a de Vila Real, presidida por Rui Santos; a de Coimbra onde preside o “pedronunista” João Portugal, que faz a transição; a que se junta o presidente da federação de Faro, Luís Graça.

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A norte, Carneiro não conta com o líder da distrital do Porto, Nuno Araújo, que foi diretor de campanha para as legislativas de Pedro Nuno Santos, mas terá assegurado o apoio de Manuel Pizarro, candidato do PS à Câmara do Porto, com quem tem uma longa história de inimizade e tensão política.

O ex-ministro da Saúde do PS apoiou Pedro Nuno Santos para a corrida à liderança do partido em 2024, mas, várias fontes ligadas a Carneiro indicam à Renascença que Pizarro terá agora aceitado juntar-se ao antigo colega de Governo para a corrida interna.

No Porto, o candidato conta ainda com o apoio de João Paulo Correia, antigo deputado e secretário de Estado do Desporto, que concorre agora à Câmara de Vila Nova de Gaia. Em Braga, por onde José Luís Carneiro concorreu como cabeça de lista às legislativas de domingo, o candidato a secretário-geral do PS deverá contar com a importante concelhia de Guimarães liderada por Ricardo Costa, candidato socialista à autarquia local.

Mais abaixo, o presidente da Federação de Santarém, Hugo Costa, também já terá manifestado apoio ao ex-ministro, bem como o candidato à câmara local, Pedro Ribeiro. Na contagem de espingardas, Carneiro deverá contar ainda com apoios nas distritais de Setúbal, Leiria, Guarda e Portalegre. Quanto à federação do PS de Lisboa, há autarcas como Ricardo Leão, presidente da Câmara de Loures e ex-líder da distrital, que já se juntaram à candidatura.

Foco nas autárquicas, presidenciais “fora da agenda”

Na Comissão Nacional do PS de sábado, o presidente do partido, Carlos César, irá apresentar uma proposta de realização de eleições diretas para o final de junho ou princípio de julho e o congresso fica para depois das autárquicas do Outono. É um calendário que agrada a José Luís Carneiro, segundo sabe a Renascença, que tem como prioridade tratar no imediato da eleição interna e depois das autárquicas.

Em função de uma unidade dos socialistas em torno das autárquicas, Carneiro tenta a todo o custo que exista apenas a sua candidatura a secretário-geral do PS, na convicção profunda de que não haverá um nome alternativo. Convicção certeira agora que Fernando Medina já confirmou ao canal de televisão NOW que não será candidato a secretário-geral, alegando que a candidatura de José Luís Carneiro impossibilita um debate “amplo e profundo” sobre o futuro do partido.

O ideal é que não aparecesse ninguém para dar coesão para as autárquicas”, diz fonte ligada ao ex-ministro da Administração Interna, que admite à Renascença como possível que surjam candidatos como Daniel Adrião ou Miguel Prata Roque.

A mesma fonte socialista garante que Carneiro, se ganhar as diretas, pretende contar para o “seu projeto” com Fernando Medina, Duarte Cordeiro e com Mariana Vieira da Silva, sendo que a ex-ministra de Costa, em declarações ao programa Casa Comum da Renascença, já se retirou da corrida interna e o mesmo já fez o ex-ministro do Ambiente.

Um dos apoiantes de Carneiro diz à Renascença que o partido “precisa de uma candidatura consensual” e que o ex-ministro da Administração Interna “não é o único com condições teóricas” para se candidatar, mas “é o que garante as condições práticas, foi a votos, fez um caminho de ligação ao partido e até ao último dia de campanha defendeu a candidatura do PS às legislativas”.

Este candidato autárquico da área do Porto diz ainda à Renascença que o ex-ministro surge como um “líder consensual para que o partido avance para um processo eleitoral rapidamente” e remata, dizendo: “O partido quer muito José Luís Carneiro” e “todos estamos a tirar ilações das eleições”.

Com um partido em colapso e a precisar de reorganização, as autárquicas são vistas como uma prioridade e o alinhamento de eventuais candidaturas presidenciais como uma potencial fonte de ruído. Se o ex-líder do PS António José Seguro oficializar a candidatura nas próximas semanas, fonte próxima de Carneiro garante que o ex-ministro não irá tomar qualquer posição.

O calendário das presidenciais irá avançar na próxima semana com o anúncio oficial de Gouveia e Melo marcado para dia 29 deste mês, o mesmo dia em que o PSD vai oficializar o apoio a Marques Mendes. No PS, mantém-se a expectativa em torno de Seguro e de António Vitorino, ex-ministro da Defesa, que ainda não fechou a porta a Belém.

César vai propor eleições imediatas para secretário-geral do PS

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O presidente do PS, Carlos César, vai propor à Comissão Nacional do partido a realização de eleições imediatas para o cargo de secretário-geral socialista, entre o fim de junho e início de julho, adiantou à Lusa fonte oficial.

De acordo com a mesma fonte, Carlos César ouviu nas últimas horas “diversas personalidades apontadas como possíveis candidatos à liderança do PS e optou pelo cenário de eleições imediatas apenas para o cargo de secretário geral do partido” na sequência da demissão de Pedro Nuno Santos do cargo após a pesada derrota nas legislativas de domingo.

Esta proposta, que será levada à Comissão Nacional do PS de sábado, foi subscrita também pelo líder do PS cessante, de acordo com a mesma fonte.

Caso este calendário seja aprovado, será expectável que a eleição ocorra entre “o final do mês de junho ou início de julho”, disse a mesma fonte do partido.

Trump proíbe estrangeiros em Harvard. Eis alguns portugueses que por lá passaram

A partir de agora, portugueses e outros cidadãos não norte-americanos — 27% do corpo estudantil da universidade mais conceituada do mundo — deixam de poder estudar em Harvard. Por lá passaram algumas caras conhecidas. O Governo Trump retirou hoje à prestigiada universidade privada de Harvard o direito de admissão de estudantes estrangeiros, privando a instituição de uma importante forma de aumentar a sua visibilidade. Segundo o seu ‘site’ na Internet, a universidade acolhe este ano cerca de 6.700 “estudantes internacionais”, o que corresponde a 27% do total anual de alunos. “A certificação do programa SEVIS (Student and Exchange Visitor) da

Eslovénia, Espanha, Estónia e Grécia organizam Europeu de basquetebol de 2029

As capitais de Eslovénia, Espanha, Estónia e Grécia serão as cidades anfitriãs do Campeonato da Europa de 2029, com a fase final a realizar-se integralmente em Madrid, anunciou nesta quinta-feira a Federação Internacional de Basquetebol (FIBA).

Os jogos da fase de grupos da 43.ª edição do torneio, que contará com a participação de 24 seleções, serão disputados, além da capital espanhola, em Ljubljana, Talin e Atenas, “destinos de excelência do basquetebol europeu”, de acordo com o presidente da FIBA Europa, Jorge Garbajosa.

A fase a eliminar, que se inicia nos oitavos de final e se prolonga até ao encontro de atribuição do título, realiza-se na totalidade em Madrid, preservando o modelo de organização (com quatro países anfitriões) que foi introduzido em 2015.

Em fevereiro, a seleção portuguesa de basquetebol qualificou-se para a fase final do Europeu de 2025, que se realiza no Chipre, Finlândia, Letónia e Polónia, entre 27 de agosto e 14 de setembro, reeditando as presenças de 1951, 2007 e 2011.

Hjulmand: «Compreendo que Gyökeres tenha ambições mas tem de perceber que tipo de clube o Sporting é»

Médio fala do futuro do avançado… e também do seu: “Vai ser muito difícil eu sair do Sporting”

Morten Hjulmand disse que compreende a ambição de Viktor Gyökeres em rumar a outros campeonatos de maior gabarito mas fez questão de lembrar a grandeza do Sporting.

“Está pronto [para rumar a outros campeonatos] há muito tempo, mas ficou e ajudou-nos a conquistar o campeonato. Compreendo que tenha ambições para ir para um dos melhores clubes do mundo, mas também tem de perceber que tipo de clube o Sporting é. Conquistou dois títulos e pode jogar a Liga dos Campeões…”, disse o capitão verde e branco numa entrevista à RTP.

Por seu turno, o internacional dinamarquês tranquilizou os adeptos quanto ao seu futuro: “Estou muito feliz por estar no Sporting, por representar o clube. E isso é importante para a minha vida privada, a felicidade. E aqui tenho-a. Vai ser muito difícil sair do Sporting”.

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Defesa Civil da Palestina regista 52 mortes por ataques israelitas

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Pelo menos que 52 pessoas foram mortas nesta quinta-feira por bombardeamentos israelitas em todo o território palestiniano, de acordo com a Defesa Civil, organismo controlado pelo Hamas.

Simultaneamente, Israel apelou a novas evacuações do norte da Faixa de Gaza, onde tem continuado os seus bombardeamentos, criticando as crescentes críticas internacionais à intensificação da sua ofensiva no território palestiniano.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou nesta quinta-feira à noite Paris, Londres e Otava de encorajarem “os assassinos em massa do Hamas” a lutar, depois de as três capitais terem denunciado as “ações escandalosas” do seu Governo em Gaza.

Simultaneamente, o Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou que “algumas padarias” na Faixa de Gaza tinha retomado as suas atividades, depois de as autoridades israelitas, sob pressão internacional, terem anunciado esta semana um recomeço limitado da ajuda humanitária, totalmente bloqueada há mais de dois meses.

Em meados de maio, o exército intensificou os bombardeamentos e as operações terrestres, com o objetivo declarado de aniquilar o Hamas e libertar os reféns raptados durante o ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano a Israel, em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra.

“O exército está a operar com força nas zonas onde vocês se encontram” porque “as organizações terroristas [aí] continuam as suas atividades”, advertiu na quinta-feira, em árabe, nas redes sociais, num apelo à evacuação de 14 setores no norte do território, nomeadamente no campo de Jabalia.

Depois de as forças israelitas terem quebrado uma trégua de dois meses, a 18 de março, o Governo de Benjamin Netanyahu anunciou, no início de maio, um plano de “conquista” de Gaza, à custa da deslocação interna da “maioria” dos seus 2,4 milhões de habitantes.

Alegando querer obrigar o Hamas a libertar os reféns de 07 de outubro, Israel bloqueou igualmente toda a ajuda a Gaza, a 2 de março, acusando o movimento palestiniano de a desviar, o que este nega.

“Cerca de 90 camiões que transportavam alimentos para bebés, farinha e medicamentos puderam fazer entregas em “vários destinos em Gaza” na quarta-feira, segundo a ONU.

O PAM disse ter conseguido abastecer algumas padarias no sul e no centro, tornando possível fazer “pão fresco pela primeira vez em mais de dois meses”.

Mas um “pequeno número” de camiões foi ‘intercetado’ por habitantes famintos, uma espécie de “auto distribuição” que “reflete o elevado nível de angústia” entre os habitantes de Gaza, afirmou Stéphane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral da ONU.

O ministro da Saúde da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP),  estimou nesta quinta-feira que entre 10.000 e 20.000 mortes estão por identificar e incluir no número de 53.000 registado no conflito entre Israel e Hamas.

Há muito mais pessoas não identificadas, entre 10.000 e 20.000, que não declaramos [oficialmente], mas que são reais“, sublinhou Maged Abu Ramadan, médico oftalmologista e antigo presidente da Câmara de Gaza, entre 2005 e 2008, que se encontra em Genebra a participar na assembleia anual da Organização Mundial de Saúde (OMS), onde estão a ser discutidas várias resoluções relacionadas com os territórios palestinianos ocupados.

“Muito não estão identificados porque não dispomos de dados essenciais suficientes sobre eles, como documentos de identidade e data de morte, entre outros. Mas há muito mais pessoas não identificadas”, disse o ministro,

Abu Ramadan disse que aos 53.000 mortos totalmente identificados e aos 20.000 por identificar devem ser acrescentados “milhares de desaparecidos, que não sabemos se estão sob os escombros ou detidos por Israel”.

Travões, pneus e pavimento são principal fonte de poluição rodoviária

As emissões não relacionadas com os escapes dos veículos, como as resultantes do desgaste dos travões, pneus e pavimento, são atualmente a principal fonte de poluição por partículas do transporte rodoviário, conclui um estudo divulgado nesta quinta-feira.

As conclusões do estudo, com ênfase na ideia que a redução do uso do carro traria benefícios maiores do que a eletrificação da frota, foram apresentadas nesta quinta-feira na cimeira anual do Fórum Internacional dos Transportes, em Leipzig, Alemanha, por Yoann Le Petit, da “EIT Urban Mobility”, uma das entidades promotoras.

A poluição por partículas continua a ser uma das ameaças mais graves para a saúde ambiental na Europa. Em 2022, mais de 96% da população estava exposta a concentrações de PM2,5 (partículas com um diâmetro de 2,5 micrómetros ou menos) acima dos limites definidos pela Organização Mundial de Saúde.

Com as emissões de escape tradicionais a diminuir graças à eletrificação e à regulamentação, a atenção está agora a virar-se para este tipo de emissões de partículas, que em Londres, Milão e Barcelona, representam entre 68% e 88% das PM10 (diâmetro inferior a 10 micrómetros) provenientes dos transportes rodoviários e até 78% das PM2,5.

Além de prejudicarem a qualidade do ar, as partículas contaminam a água e o solo, suscitando preocupações quanto aos danos ecológicos a longo prazo e à acumulação de microplásticos.

O desgaste dos travões é atualmente a maior fonte de partículas nas zonas urbanas, com mais de 40% das partículas resultantes a serem transportadas pelo ar. O desgaste dos pneus também tem papel significativo e a maior parte dos resíduos acumula-se na poeira da estrada ou é arrastada para os ecossistemas circundantes.

As próximas normas europeias introduzirão, pela primeira vez, limites para as emissões de desgaste dos travões e dos pneus – com início em 2026 e 2028, respetivamente – mas aplicar-se-ão apenas a veículos novos

O estudo conclui que acelerar a adoção de componentes resistentes ao desgaste em todas as frotas permitiria obter benefícios significativos mais cedo. Mas adverte que qualquer transição deve ser acompanhada de uma avaliação sólida da toxicidade dos materiais.

O abandono da utilização do automóvel particular surge como a estratégia mais eficaz. Os modelos mostram que a substituição das viagens de automóvel por transportes públicos, deslocações a pé ou de bicicleta permite reduzir as emissões de partículas até cinco vezes mais do que a simples eletrificação da frota.

Os responsáveis pelo estudo apelam às autoridades locais para que considerem as partículas como uma importante fonte de poluição e respondam em conformidade. Tal significa expandir as zonas de baixas emissões, baixar os limites de velocidade para reduzir a travagem, ou penalizar os veículos de combustão mais pesados, como os SUV.

Os investimentos em transportes públicos e em infraestruturas para andar a pé e de bicicleta devem constituir a espinha dorsal dos esforços para reduzir a dependência do automóvel, concluem.

A “EIT Urban Mobility” foi fundada em 2019 por iniciativa do Instituto de Inovação e Tecnologia (EIT), um organismo da União Europeia. Tem como objetivo acelerar a transição para a mobilidade sustentável.

Além da “EIT Urban Mobility” o estudo foi patrocinado pelas organizações “Transport for London” e “Greater London Authority” e usou Londres como caso de estudo para investigar as intervenções técnicas e políticas para reduzir as emissões de partículas.

Grandes intérpretes, músicas do mundo e concertos participativos na nova temporada Gulbenkian

Os pianistas Grigory Sokolov, András Schiff e Elisabeth Leonskaja, o maestro Jordi Savall, o ensemble Il Pomo d”Oro, os quartetos Belcea e Casals estão entre os “grandes intérpretes” da Temporada Gulbenkian Música 2025/26, apresentada esta quinta-feira em Lisboa.

Mitsuko Uchida, Christian Zacharias e Alexander Melnikov, Piotr Anderszewski e Javier Perianes, Isabelle Faust, Peter Mattei e os quartetos Leipzig, Modigliani e Quiroga são outros nomes, para os ciclos de Piano, Grandes Intérpretes e Música de Câmara.

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Numa programação com mais de 120 espetáculos, em que o Coro e a Orquestra Gulbenkian são “os pilares”, constam ainda os Concertos Participativos, que reúnem músicos amadores a profissionais, num trabalho recorrente, e o ciclo Músicas de Mundo, com testemunhos do Afeganistão, Arménia, Bulgária, Índia, Senegal e das tradições corsa e persa.

O Ciclo de Piano abre com a estreia portuguesa do pianista japonês Mao Fujita, em 19 de outubro, no Grande Auditório da Palhavã. Revelação internacional dos últimos anos, Fujita interpretará em Lisboa compositores como Beethoven, Wagner, Alban Berg, Mendelssohn, Schönberg, Brahms e Liszt.

O cartaz deste ciclo conta ainda com os “regulares” Elisabeth Leonskaja (24 de maio), Arcadi Volodos (26 de abril), Nikolai Lugansky (16 abril), Grigory Sokolov (23 de março), Piotr Anderszewski (09 de março), András Schiff (28 de fevereiro) e Javier Perianes (07 de dezembro).

A pianista Mitsuko Uchida atuará no âmbito do Ciclo de Grandes Intérpretes, em 10 de maio, num recital cujo programa adianta a Sonata para piano em sol maior, D.894, de Franz Schubert.

Este ciclo também inclui o barítono Peter Mattei, com o pianista Daniel Heide, em “O Canto do Cisne”, o derradeiro ciclo de canções composto por Schubert (01 de fevereiro), a violinista Isabelle Faust com o cravista Kristian Bezuidenhout (12 de abril), com as Seis Sonatas BWV 1014-1019, de Bach, e o violoncelista Nicolas Altstaedt, em obras de Dutilleux, Kodály e Bach (21 de outubro).

Nos Grandes Intérpretes encontra-se igualmente o músico Jordi Savall, que regressará à Gulbenkian, em 22 de fevereiro, com as suas formações Hespèrion XXI e Orpheus 21, no projeto “Um Diálogo de Almas”, reunião de músicos cristãos, judeus e muçulmanos, em torno da música do Mediterrâneo e do Oriente, à semelhança do seu álbum de 2023.

No âmbito deste ciclo serão ainda apresentadas, no dia 13 de outubro, versões semi-encenadas das obras “Il Ballo delle Ingrate”, “Il Combattimento di Tancredi” e “Clorinda”, de Claudio Monteverdi, pelo ensemble Il Pomo d”Oro, sob a direção de Francesco Corti, com a participação das sopranos Ana Quintas, Carlotta Colombo e Jin Jiayu.

O Ciclo de Música de Câmara inclui os quartetos Casals, com o pianista Alexander Melnikov, que interpretará o Quinteto op. 57, de Dmitri Chostakovitch (04 de novembro); Leipzig, com o pianista Christian Zacharias, em Gade, Brahms e no Quinteto de Robert Schumann (27 de novembro); Modigliani, com o clarinetista Pablo Barragán, em Kurtág, Haydn e Brahms (02 de fevereiro); Quiroga e “As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz”, de Haydn (23 de fevereiro); e o Belcea, com o Quarteto “Das dissonâncias”, de Mozart, o 2.º Quarteto, de Benjamin Britten, e o Quarteto op. 135, de Beethoven (04 maio).

O “Quarteto para o Fim dos Tempos”, de Olivier Messiaen, escrito no campo de concentração nazi Stalag XIII, em Gorlitz, e aí estreado em 1941, durante a II Guerra Mundial, será interpretado por Sharon Kam, em clarinete, Liza Ferschtman, em violino, Christian Poltéra, violoncelo, e Enrico Pace, em piano, no dia 07 de abril, cerca de 85 anos após a primeira audição. O quarteto composto por Messiaen como “um grande ato de fé” será acompanhado por obras de Erwin Schulhoff e Béla Bartók.

O ciclo dedicado às Músicas do Mundo apresentará, no Grande Auditório da Palhavã, tradições musicais de diferentes geografias, das “Memórias do Afeganistão”, pelo Ustad Daud Khan Ensemble, em rubab, sarinda, delruba e tabla (25 de outubro), ao “Mistério das Vozes Búlgaras” (15 de novembro) e à revisitação de três séculos de música arménia, com o Gurdjieff Ensemble, sob a direção artística de Levon Eskenian (23 de maio).

Neste ciclo incluem-se ainda a dupla franco-senegalesa Ablaye Cissoko & Cyrille Broto (29 de novembro), música tradicional persa, pela voz de Sara Eghlimi, acompanhada por tarm, santour e tombak (21 de março), a música clássica indiana em sarod (11 de abril), e cantos da Córsega, pelo ensemble A Filetta (09 de maio).

Os Concertos Participativos, nos quais coralistas amadores se juntam ao Coro e à Orquestra Gulbenkian, trabalham este ano a “Paixão Segundo São Marcos”, de Osvaldo Golijov, que terá apresentação pública em 12 de janeiro, sob a direção do maestro Jean Paul Buchieri.

Esta obra, composta em 2000, foi uma das quatro “Paixões” encomendadas pela International Bach Academy, para assinalar os 250 anos da morte do Mestre de Leipzig.

A Temporada Gulbenkian Música 2025/26 começa a 06 de setembro, com um concerto ao ar livre, na Vale do Silêncio, nos Olivais, em Lisboa, e tem o primeiro concerto no Grande Auditório dois dias depois, com a abertura do ciclo dedicado a Pierre Boulez, no ano do centenário do compositor – um recital, de entrada gratuita, com a pianista Tamara Stefanovich, que conjuga a 2.ª Sonata para piano de Boulez, com obras para instrumentos de tecla, desde o Barroco até à primeira metade do século XX.

A programação completa da temporada fica disponível no “site” da fundação, em gulbenkian.pt/musica/.

Agência meteorológica dos EUA prevê até 19 tempestades fortes no Atlântico a partir de junho

A agência meteorológica norte-americana indicou nesta quinta-feira que a temporada de furacões no Atlântico Norte, que começa em junho, deverá ser mais forte do que normal, com 13 e 19 tempestades com ventos superiores a 63 km/h.

Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), que está a ser alvo de cortes orçamentais por parte do executivo de Donald Trump, entre seis e dez tempestades poderão tornar-se furacões (ventos superiores a 119 km/h), incluindo três a cinco furacões “maiores” (ventos de 178 km/h ou mais).

A probabilidade de a temporada de furacões ser este ano mais forte do que o normal no Atlântico Norte é de 60%, havendo também 30% de hipóteses de a época de furacões ser próxima do normal e 10% de hipóteses de ser inferior ao normal, adiantou a mesma fonte.

A época dos furacões no Atlântico Norte decorre entre o início de junho e o final de novembro.

Estes furacões podem ser devastadores em termos humanos e materiais, nomeadamente no sul dos Estados Unidos.

No ano passado, durante uma época que a NOAA tinha previsto como “extraordinária”, o furacão Helene causou mais de 200 mortos no sudeste do país.

As previsões da agência norte-americana estão ligadas, nomeadamente, a temperaturas oceânicas mais quentes do que a média, variações bruscas da velocidade e/ou da direção do vento a uma curta distância e a um aumento potencial da atividade da monção da África Ocidental, ponto de partida dos furacões atlânticos.

“Como vimos no ano passado com as inundações significativas no interior do país provocadas pelo Helene e pelo Debby, os furacões podem afetar muito mais do que as comunidades costeiras”, afirmou Laura Grimm, administradora interina da NOAA, num comunicado.

“A NOAA desempenha um papel fundamental no fornecimento de previsões e avisos precisos e precoces, e fornece os conhecimentos científicos necessários para salvar vidas e infraestruturas”, acrescentou.

Congressistas democratas norte-americanos introduziram na quarta-feira uma emenda legislativa para travar o corte, proposto pelo Presidente Donald Trump, de quase 30% no orçamento da NOAA.

Representantes da Flórida, Colorado, Missouri e Illinois, alguns dos estados mais afetados por fenómenos climáticos extremos, anunciaram uma emenda à lei orçamental e fiscal em discussão na Câmara dos Representantes que inclui uma redução de quase 1,5 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros) para a NOAA.

O deputado Jared Moskowitz, da Florida, está a liderar o esforço para alterar a proposta republicana “para garantir que a NOAA e o Serviço Meteorológico tenham os recursos de que necessitam”, alertando que a época dos furacões começa dentro poucos dias.

Cortar os fundos para a previsão meteorológica não torna o governo mais eficiente, apenas torna os americanos mais inseguros“, defendeu numa publicação nas redes sociais.

As reduções à NOAA fazem parte do polémico plano de cortes orçamentais e fiscais de Trump, que ainda não conta com a aprovação de todos os republicanos na Câmara dos Representantes.

Desde março, a administração Trump pediu aos responsáveis da NOAA um corte adicional de 1.000 trabalhadores, 20% do total, o que poderia afetar a capacidade da agência de fazer previsões de tempestades, temporais e furacões.

Os republicanos controlam ambas as câmaras do Congresso norte-americano.