Desemprego recua para 5,9% no 2.º trimestre, de acordo com INE

A taxa de desemprego fixou-se em 5,9% no segundo trimestre, 0,7 pontos percentuais abaixo do trimestre anterior e menos 0,2 pontos percentuais do que no mesmo período de 2024, divulgou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o INE, entre abril e junho, a população desempregada, estimada em 329,5 mil pessoas, diminuiu 9,9% (36,3 mil) em relação ao trimestre anterior e 0,8% (2,5 mil) relativamente ao trimestre homólogo.

Já a taxa de subutilização do trabalho foi estimada em 10,1%, o que representa uma diminuição de 1,0 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 0,5 pontos percentuais face ao mesmo trimestre do ano passado.

Ordem dos Médicos. Não se pode punir mães e filhos por “suposto incumprimento” de minoria

O bastonário da Ordem dos Médicos defendeu esta quarta-feira, a propósito das alterações à dispensa de amamentação que o Governo quer aplicar, que não se pode punir as mães e os seus filhos pelo “suposto incumprimento” de uma minoria.

Citado num comunicado agora divulgado, o bastonário, Carlos Cortes, diz que decisões estruturais como alterar a lei laboral “devem valorizar o papel da mulher e das crianças na sociedade, incentivar a natalidade e garantir o bem-estar das famílias”.

Lembra que os contributos da Ordem dos Médicos apontam para uma abordagem “mais equitativa, ética, inclusiva e igualitária”, defendendo a necessidade de proteger os direitos das mães e crianças “sem comprometer a racionalidade legislativa” e de evitar retrocessos “que privilegiem a produtividade e a desconfiança em detrimento da infância”.

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No comunicado, a Ordem dos Médicos lembra o parecer emitido pelo Colégio de Pediatria, na sequência da proposta do Governo de alteração legislativa relativa aos direitos laborais durante a amamentação, que propõe uma abordagem “mais equilibrada e inclusiva”.

Nesse parecer, o Colégio de Pediatria recomenda que a legislação assegure os direitos de proteção de tempo para a amamentação no máximo até aos dois anos de vida da criança, sendo que até aos 12 meses estes deverão ser assumidos automaticamente e, entre os 12 e 24 meses, mediante comprovativo/declaração de compromisso de honra por parte da mãe, dispensando atestado médico.

Esta posição corrobora a que já tinha sido emitida pelo Colégio de Medicina Geral e Familiar, em março de 2024, defendendo que a verificação do compromisso com a amamentação até aos dois anos não seja feita através de atestado médico, mas antes por uma declaração de compromisso de honra por parte da mãe.

Na nota divulgada esta quarta-feira, a Ordem dos Médicos apela para que o papel da mulher na sociedade seja dignificado e que sejam protegidos os direitos da infância, “evitando decisões que possam comprometer o humanismo e o equilíbrio num período vital para o desenvolvimento da criança”.

As alterações que o Governo pretende fazer constam de um anteprojeto de reforma da legislação laboral aprovado em Conselho de Ministros e apresentado aos parceiros sociais e que foi divulgado pelo “Jornal de Notícias” na semana passada.

Segundo adiantou o jornal, as mães que queiram ficar em casa para amamentar terão de apresentar um atestado médico à entidade empregadora, logo no início da dispensa, ficando obrigadas a fazer prova a cada seis meses. A legislação atual só prevê a prova a partir do primeiro ano do bebé.

As mudanças pretendidas definem também que o direito a faltar ao trabalho para as mães que amamentam só é válido “até a criança perfazer dois anos”, uma limitação que não existe na lei atual.

Entretanto, numa entrevista no passado fim de semana à TSF e ao Jornal de Notícias, a ministra do Trabalho disse que há abusos de algumas mães na utilização do direito à dispensa para amamentação dos filhos.

Maria do Rosário Palma Ramalho falou em “muitas práticas” abusivas, apontando situações em que “as crianças parece que continuam a ser amamentadas para dar à trabalhadora um horário reduzido”.

Na sequência destas declarações, o jornal “Público” escreveu na terça-feira que o Governo não tem dados sobre mães que pedem redução de horário de trabalho para amamentação dos filhos nem sobre eventuais abusos deste direito.

Cartão vermelho para Sarmento: é dos que sonha mais alto na UE

União Europeia desconfia das previsões económicas do Governo. Apenas França, Bulgária, Estónia e Luxemburgo apresentam projeções mais arriscadas do que Portugal. As previsões macroeconómicas e orçamentais de Portugal para 2025 estão entre as mais contestadas no seio da União Europeia, segundo recente relatório da rede europeia de instituições orçamentais independentes. O documento, baseado em respostas de 32 entidades de 26 Estados-membros da UE (além do Reino Unido), aponta que apenas França, Bulgária, Estónia e Luxemburgo apresentam projeções mais arriscadas do que Portugal, nota o Jornal de Negócios esta quarta-feira. Em Portugal, o Conselho das Finanças Públicas (CFP) analisou as metas

Câmara de Lisboa perde recurso no processo “Russiagate” e arrisca pagar 738 mil euros

O processo diz respeito à partilha de dados de críticos de Putin com a embaixada da Rússia. Esta é já a segunda derrota da autarquia em tribunal referente a este processo. A Câmara de Lisboa vai recorrer “até ao limite” no processo conhecido como “Russiagate” para “proteger os contribuintes”, ainda que assumindo como “um erro” a partilha de dados de ativistas, disse hoje o presidente da autarquia. O social-democrata Carlos Moedas falava aos jornalistas à margem de uma visita ao quartel de Alvalade do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa. O Tribunal Central Administrativo Sul considerou “improcedente” o recurso da

“Há mães” que amamentam para trabalhar menos? Ministra “não percebe nada” e dizê-lo foi perigoso

Governo admite não ter dados nenhuns sobre as tais mães que a ministra diz que amamentam até os filhos andarem na escola primária. Maria da Palma Ramalho “não percebe nada” e dizê-lo foi perigoso para a saúde das mães. “Infelizmente, temos conhecimento de muitas práticas em que, de facto, as crianças parece que continuam a ser amamentadas para dar à trabalhadora um horário reduzido, que é duas horas por dia que o empregador paga, até andarem na escola primária”, disse no último fim de semana a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Mas Maria do Rosário da Palma Ramalho

O primeiro bloco de notas da humanidade é um osso com 70 mil anos — muito antes da escrita

Uma equipa internacional de investigadores identificou aquilo que poderão ser os primeiros sistemas de memória artificial criados pelos humanos, gravados em ossos há dezenas de milhares de anos. Estas descobertas, apresentadas num artigo publicado no mês passado na revista Archaeological and Anthropological Sciences, sugerem que os nossos antepassados já usavam objetos para registar informação — muito antes da invenção da escrita. Os Sistemas de Memória Artificial (SMA) são ferramentas que permitem armazenar e recuperar informação fora do cérebro humano. Exemplos modernos incluem desde computadores até às varas de contagem utilizadas na Idade Média para manter registos fiscais. O estudo agora

Apoio para troca de eletrodomésticos chega aos 1683 euros. Candidaturas abrem a 30 de setembro

Os valores oscilam entre 1100 euros e um máximo de 1683 euros para quem é beneficiário da tarifa social de eletricidade. Os interessados podem candidatar-se a partir de 30 de setembro e vão receber um voucher que podem gastar em lojas parceiras. O Governo anunciou esta terça-feira os apoios financeiros do programa E-Lar, destinado à substituição de fogões, fornos e esquentadores a gás por equipamentos elétricos mais eficientes. As candidaturas abrem a 30 de setembro e o programa, gerido pelo Fundo Ambiental, conta com uma dotação de 40 milhões de euros, disponível até junho de 2026 ou até ao esgotamento

O que é o ​Trial Bike? Modalidade brilhou na Maia antes do arranque da Volta a Portugal

No dia que antecedeu o prólogo de abertura da Volta a Portugal, que já contou com muita animação na cidade da Maia, o projeto Trial Bike marcou presença com uma demonstração que atraiu a atenção de ciclistas, famílias e curiosos.

Esta modalidade, integrada na Federação Portuguesa de Ciclismo, mas ainda pouco conhecida do grande público, consiste em desafiar os praticantes a ultrapassarem obstáculos em bicicleta sem nunca colocar os pés no chão, numa verdadeira prova de equilíbrio, controlo e técnica. E foi isso que aconteceu nesta tarde de demonstração.

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Daniel Sousa, responsável pelo projeto e uma das estrelas do Trial Bike em Portugal, já com um Campeonato Mundial, um Campeonato Nacional e três Taças de Portugal, explicou à Renascença que o Trial Bike “é uma atividade para todas as idades, abrangendo desde crianças com apenas três anos até seniores com mais de 60”.

As academias associadas ao projeto, sobretudo localizadas no norte do país, oferecem formação gratuita, com sessões adaptadas a diferentes níveis de dificuldade. “Desde pequenas rampas para iniciantes, até saltos e manobras mais avançadas, o objetivo é proporcionar uma prática acessível e divertida para todos”, explica-nos Daniel.

Para além do aspeto desportivo, o projeto tem também uma forte componente social. “Queremos contribuir para a inclusão social de jovens provenientes de zonas mais fragilizadas. As academias já envolvem cerca de 300 crianças e jovens, oferecendo-lhes um espaço seguro e motivador para praticarem desporto, aprenderem novas habilidades e crescerem em comunidade”.

Um dos pontos fortes do Trial Bike é a acessibilidade: para começar, basta aparecer numa das academias, onde o material básico, uma bicicleta e um capacete, é fornecido gratuitamente. Quem desejar avançar pode depois adquirir o seu próprio equipamento e acessórios, como proteções para as canelas e luvas, para continuar a evoluir e treinar de forma segura.

Quem são os favoritos a ganhar a Volta a Portugal? Um guia das equipas nacionais em prova

Este projeto está presente nas redes sociais, com presença no Instagram, Facebook e YouTube, sob o nome “Trial Portugal”, e também é possível obter mais informações através do site oficial trialportugal.net.

Esta demonstração na Maia, realizada um dia antes do início da Volta a Portugal, foi uma oportunidade para dar visibilidade a uma modalidade em crescimento, que alia o desafio físico à técnica e à inclusão social.

*jornalista em serviço especial para a Rádio Renascença

Morreu aos 33 anos a atriz Kelley Mack

Morreu a atriz Kelley Mack, conhecida pelo seu papel em “The Walking Dead”. Tinha 33 anos.

A sua morte deu-se no passado sábado, dia 2 de agosto, sendo agora revelada pela família. Kelley estava a lutar contra um glioma, um tumor cerebral raro.

A atriz tornou-se conhecida pelo seu papel enquanto Addy em “The Walking Dead”, participando em cinco episódios da nona temporada da série. Fez também parte do elenco de séries como “9-1-1”, “Chicago” e “Schooled”.

Para além do seu trabalho enquanto atriz, foi também realizadora de curtas-metragens. “A Knock at the Door”, de 2016, valeu-lhe um prémio no Festival de Cinema de Terror de Atlanta. Estava a trabalhar como produtora executiva de “Universal”, filme de Stephen Portland com estreia marcada para este ano.

Infarmed aprovou financiamento público de 51 medicamentos inovadores no primeiro semestre

O Infarmed concluiu nos primeiros seis meses do ano o financiamento público de 51 medicamentos inovadores, anunciou aquela autoridade de saúde.

Numa nota divulgada na sua página na internet, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde explica que, no total, no primeiro semestre do ano concluiu o financiamento de 188 medicamentos, abrangendo diversas áreas, com destaque para a Oncologia, Sangue, Sistema Nervoso Central, Cardiovascular e Endocrinologia.

Além dos 51 medicamentos inovadores, foram também financiadas 41 novas apresentações ou dosagens de medicamentos já financiados, o que permite uma melhor adaptação dos tratamentos às necessidades dos doentes.

Já os 89 medicamentos genéricos e os sete medicamentos biológicos similares aprovados entre janeiro e junho asseguram o tratamento com a mesma substância ativa dos medicamentos de referência a um custo inferior.

As autorizações para financiamento público de medicamentos resultam de uma avaliação técnico-científica que tem em conta critérios como eficácia, segurança, custo-efetividade e impacto orçamental, explica o regulador.

No ano passado, o Infarmed aprovou 91 novos medicamentos inovadores, um valor recorde, num total de 376 processos concluídos de financiamento pelo SNS.

Os dados relativos a 2024, divulgados em janeiro, indicam ainda que a área da Oncologia foi a mais representativa, com 30 novos fármacos financiados, seguida pela Cardiologia (10), sistema nervoso central (9) e anti-infecciosos (8).

A informação da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde aponta ainda para um aumento na disponibilização de novos medicamentos no SNS.

Em 2023 foram aprovados 55, em 2022 o mesmo número e em 2021 foram introduzidos 54 novos medicamentos.

O ano que mais se aproximou dos valores atingidos em 2024 foi 2019, com novos 74 medicamentos inovadores financiados.

O tempo médio de avaliação no ano passado foi de 416 dias, valor cuja média o Infarmed reconhece será ainda elevada “devido à conclusão de processos mais antigos”.