Os livros da semana: Morris, Ferreira Dias, Bregman e Tati

Na estante desta semana, temos “Ódio à Civilização Moderna”, de Willaim Morris; “Guerras Culturais – Os ódios que nos incendeiam e como vencê-los”, de João Ferreira Dias; “Ambição Moral”, de Rutger Bregman; e “A Boba da Corte”, de Tati Bernardi.

Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer, com Carlos Vaz Marques, Ricardo Araújo Pereira, Pedro Mexia e João Miguel Tavares, está disponível dos sites do Expresso, da SIC Notícias ou em qualquer plataforma que utilize no seu smartphone ou computador para ouvir podcasts. Ouça aqui mais episódios:

Tesla quer fazer de Elon Musk o primeiro bilionário de sempre

A Tesla apresentou uma nova proposta de remuneração para o CEO Elon Musk. um pacote salarial de 1 bilião de dólares que tem um único objetivo: manter a atenção do homem mais rico do mundo na construtora de veículos elétricos que fundou. O já multimilionário Elon Musk poderá receber até 1 bilião de dólares de prémio se atingir determinados objetivos com a sua Tesla, e tornar-se o primeiro bilionário de sempre (ou trilionário, como dizem os norte-americanos). A presidente do conselho de administração da empresa, Robyn Denholm, afirmou que o plano visa manter a atenção de Musk centrada na Tesla,

As estrelas massivas não gostam de viver sozinhas

Mesmo as estrelas massivas em galáxias pobres em metais têm frequentemente parceiras próximas, tal como as estrelas massivas da nossa Via Láctea, rica em metais. Sabe-se há já 20 anos que muitas estrelas massivas da Via Láctea, galáxia esta rica em metais, têm um parceiro. Nos últimos anos, tornou-se claro que a interação entre estas parceiras é importante para a evolução das estrelas massivas. No entanto, até agora, os astrónomos não tinham a certeza se as estrelas massivas em galáxias pobres em metais poderiam também fazer parte de um sistema binário. Agora, verifica-se que é de facto esse o caso.

Os 36 dias (mais) difíceis de Carlos Moedas

O mandato de Carlos Moedas à frente da Câmara de Lisboa, que ganhou de forma surpreendente a Fernando Medina em 2021, não está isento de momentos difíceis, crises e polémicas.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue – nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para [email protected].

Rixa entre três indivíduos provoca dois feridos ligeiros no centro de Lisboa

Uma rixa entre três indivíduos provocou dois feridos ligeiros no Rossio, em Lisboa, na sexta-feira à noite, adiantaram à Lusa fontes da Polícia de Segurança Pública (PSP).

As duas vítimas foram levadas para o Hospital, mas o suspeito fugiu e não foi identificado, segundo a PSP.

A PSP indicou que vários operacionais e meios estiveram presentes no local, sem indicar o número exato.

No local a situação já está normalizada.

O alerta do incidente foi dado às 21:15.

 .

BC // RBF.

Lusa/Fim  .

 .

Portugal vence Espanha nos penáltis e está na final do Europeu de hóquei em patins

Portugal está na final do Europeu de hóquei em patins, depois de vencer a tricampeã Espanha, nos penáltis, de sexta-feira para sábado, em Paredes.

Depois de uma primeira parte equilibrada, sem golos, os vigentes campeões da Europa e do mundo adiantaram-se logo ao início do segundo tempo. Sergi Aragonés abriu o marcador, ao minuto 24.

Segundos depois, contudo, Miguel Rocha desviou um remate de Luís Querido para o empate. O pavilhão entrou em euforia e galvanizou Portugal para uma reviravolta “express”: ainda dentro dos 24 minutos, Hélder Nunes disparou forte, de longe, para o golo da reviravolta.

Já segue a Bola Branca no WhatsApp? É só clicar aqui

A 29 segundos do fim, porém, quando já jogava em cinco para quatro, sem guarda-redes, a Espanha conseguiu empatar, por intermédio de César Carballeira, que beneficiou de um desvio. Portugal não conseguiu reagir de imediato e a meia-final seguiu para prolongamento: dez minutos.

Sem que ninguém se impusesse no tempo extra, os jogadores perfilaram-se para o desempate por penáltis. Miguel Rocha falhou, mas Xano Edo defendeu uma, duas, três vezes e colocou Portugal na frente. Com hipótese de carimbar o apuramento, porém, Zé Miranda atirou por cima.

Xano voltou a ser herói, contudo, e defendeu o primeiro remate do “mata-mata”. Chamado à responsabilidade, a transformar a cortiça em ouro, Gonçalo Alves não se encolheu e apurou a seleção para a final.

Já não haverá tetracampeão europeu. E Portugal poderá voltar a festejar nove anos depois do último título. Seria o final feliz de uma campanha, neste Campeonato da Europa, em que terminou a fase de grupos com um pleno de três derrotas, diante de Itália, França e Espanha.

É diante da França, que goleou a Itália, por 9-5, na outra meia-final, que Portugal jogará o ouro. Encontro marcado para as 21h15 deste sábado.

Carlos Alcaraz elimina Novak Djokovic e apura-se para final do US Open

O tenista espanhol Carlos Alcaraz apurou-se esta sexta-feira para a final do US Open, último Grand Slam da temporada, ao eliminar o sérvio Novak Djokovic nas meias-finais, em três sets.

Alcaraz, de 22 anos, chega à segunda final da carreira no US Open, depois de vencer em 2022, ao eliminar o recordista de triunfos em torneios do Grand Slam por 6-4, 7-6 (7-4) e 6-2, em duas horas e 25 minutos.

O número dois do ranking mundial espera, assim, pelo número um e campeão em título, o italiano Jannik Sinner, ou o canadiano Felix Auger-Aliassime, 25.º pré-designado.

Alcaraz procura o sexto ‘major’ da carreira, e o segundo em 2025, depois de conquistar Roland Garros em 2024 e este ano, Wimbledon em 2023 e 2024 e ter vencido em Flushing Meadows em 2022.

Já ‘Djoko’, de 38 anos, falha a perseguição a um quinto título no torneio, que venceu pela última vez em 2023, último ano em que venceu algum dos quatro Grand Slam, dos quais soma 24, um recorde.

As desfeitas de Jesus de Nazaré a sua Mãe

No próximo dia 8 celebra-se, segundo o calendário litúrgico, a festa da natividade de Maria, ou seja, o aniversário de Nossa Senhora.

Dada a especialíssima relação de Maria com Cristo, que nela foi gerado por obra e graça do Espírito Santo, seria de esperar de Jesus uma especial delicadeza filial, mas foram inúmeras as desfeitas do filho de Deus para com a sua santíssima Mãe.

A primeira inconveniência filial ocorreu quando Jesus, já com doze anos de idade, acompanhou Maria e José na sua peregrinação anual a Jerusalém. Os habitantes da mesma povoação peregrinavam conjuntamente para a cidade santa e, por isso, Maria e José só deram pelo desaparecimento de Jesus ao fim do primeiro dia da viagem de regresso a Nazaré, tendo então voltado a Jerusalém, à sua procura.

O reencontro aconteceu ao terceiro dia: Jesus estava no templo, conversando despreocupadamente com os doutores da Lei! Qualquer mãe, naquelas circunstâncias, teria ficado simultaneamente alegre e furiosa: a satisfação por encontrá-lo bem de saúde não anularia a irritação por ele ter agido de forma tão irresponsável, causando um enorme sofrimento a seus pais. Contudo, Maria não só não se zangou, como delicadamente lhe perguntou porque tinha procedido daquele modo. A desagradável resposta de Jesus – “Para que me buscáveis? Não sabíeis que devo ocupar-me nas coisas de meu Pai” (Lc 2, 49) – foi, de facto, muito inconveniente, porque, afirmando-se apenas e só filho de Deus, desconsiderou por completo São José, que Maria tinha referido como sendo seu pai.

A segunda ocasião em que Jesus desconsidera publicamente a sua Mãe aconteceu quando ambos foram convidados para um casamento em Caná da Galileia. Maria apercebeu-se da falta de vinho e disse-o discretamente a Jesus, que lhe respondeu indelicadamente: “Mulher, que nos importa a mim e a ti isso? Ainda não chegou a minha hora!” (Jo 2, 4). A ocasião, muito mundana, podia não ser a mais oportuna para Jesus fazer o seu primeiro milagre, mas uma tal razão não justificava uma reacção que era, pelo menos, indelicada, até porque proferida em público.

Também não foi simpática a forma como Jesus reagiu aos que lhe foram dizer que sua Mãe tinha chegado e o queria ver: “Minha Mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam” (Lc 8, 19-21).

No entanto, o pior percalço estava ainda por acontecer. É João quem menciona a presença de Nossa Senhora no Calvário: “Estavam de pé, junto à cruz de Jesus, sua Mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas e Maria Madalena” (Jo 19, 25).

É chamativa a ausência dos apóstolos, que eram doze, bem como dos discípulos, que eram muitos mais, pois numa ocasião Jesus enviou setenta e dois deles em missão (Lc 10, 1). Também surpreende a ausência daqueles milhares de homens e mulheres que tinham sido beneficiários dos milagres de Cristo: os paralíticos, cegos, coxos, surdos e mudos que curara, os endemoninhados que exorcizara, para não falar também dos milhares que alimentara com os pães e peixes multiplicados milagrosamente!

A presença de Maria de pé, “junto à cruz de Jesus” (Jo 19, 25), unindo-se ao seu sacrifício pela salvação do mundo, foi particularmente dolorosa, não só porque era terrível assistir à paixão e morte do seu filho, mas também porque os que o insultavam (Mt 27, 39-44) não terão poupado a sua santíssima Mãe.

Que seria de esperar de Jesus naquele momento? Pelo menos, uma palavra de agradecimento a Maria, um gesto de carinho filial, um gesto que fosse de gratidão. Mas não, Jesus, o mesmo que ao bom ladrão prometeu, naquele momento, a glória do Céu, não só não agradeceu a inquebrantável fidelidade da sua Mãe, como até, de certo modo, a humilhou. Com efeito, foi então que “disse a sua Mãe: ‘Mulher, eis o teu filho.’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe’.” (Jo 19, 26-27).

Para quem já era Mãe de Deus, ser mãe dos seus discípulos não era nenhuma honra, mas uma desconsideração, senão mesmo uma terrível humilhação, a que Maria se poderia ter escusado. Não só foi ofensivo para a santíssima e imaculada Mãe de Deus essa desonrosa maternidade, como foi particularmente injusta por ter sido imposta no momento em que Jesus prometeu ao bom ladrão a glória do Céu: “Hoje estarás comigo no paraíso!” (Lc 23, 43)!

Era a Nossa Senhora, e nunca ao ladrão, que reconheceu merecer aquele castigo (Lc 23, 41), que devia ter sido prometido, naquele momento, o Céu, até porque já lá se encontravam o seu marido, São José; os seus pais, São Joaquim e Santa Ana; a sua prima, Santa Isabel, e o seu cônjuge, Zacarias, e o filho de ambos, São João Baptista; etc. Sobretudo, era também para lá que estava prestes a partir o seu queridíssimo filho, Jesus Cristo! Já nada, portanto, retinha Nossa Senhora neste mundo e, se alguém merecia a bem-aventurança celestial, era, sem dúvida, ela, a mais fiel seguidora de Jesus, também na amarga hora da sua paixão e morte! Até porque, depois das gloriosas ressurreição e ascensão do Senhor ao Céu, aos primeiros cristãos aguardavam trezentos anos de impiedosas perseguições, a que Constantino poria termo com o édito de Milão, em 313! Porque não lhe foi concedido logo o prémio da bem-aventurança celestial que, mais do que ninguém, merecia?! Porque não foi poupada aos tempos de martírio e cruel perseguição a que forma submetidos os primeiros cristãos?!

Estes sucessivos incidentes não são expressão de uma menor delicadeza de Jesus para com a sua Mãe, como são revelação da heróica humildade de Maria, que o seu filho quis pôr em evidência, através destes seus comportamentos aparentemente rudes. As respostas de Maria, na humilde aceitação de tantas humilhações, expressa a sublimidade da sua maternidade, pois não foi por acaso que Nossa Senhora não esteve presente nos grandes milagres de Jesus, mas permaneceu a seu lado na sua paixão e morte na cruz.

Por graça de Deus que muito prezo, no mesmo dia em que faz anos a minha Mãe do Céu, também os festeja, aqui na Terra, a minha outra Mãe, que é muito mais nova, pois só cumpre 94! Embora tenha sido o primeiro de três gémeos prematuros, não precisei, ao contrário das minhas gémeas, de ir para a incubadora, mas fui o último a deixar o hospital onde os três nascemos, em Haia, nos Países Baixos. Apesar de o meu estado não ser preocupante, e a minha Mãe ter em casa, para além das duas recém-nascidas, os meus irmãos mais velhos, então com 4, 3 e 2 anos, ia todos os dias à maternidade para me ver, o que – desculpem-me a sinceridade! – sempre me pareceu muito pouco lógico, senão mesmo irracional.

O amor das mães dignas deste nome é como o amor de Deus: não é lógico, nem compreensível, também não se explica, porque apenas se reconhece e agradece! Por isso, a todas as mães do mundo, neste aniversário das minhas Mães do Céu e da Terra, só lhes posso dizer, do fundo do coração: Obrigado!

Em seis meses, ONU presta ajuda humanitária a 1,5 milhões de venezuelanos

Entre janeiro e julho de 2025, a ONU ajudou 1,5 milhões de pessoas na Venezuela, apenas 29% do previsto no Plano de Resposta Humanitária, anunciou esta sexta-feira o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

“No primeiro semestre de 2025, a resposta humanitária na Venezuela alcançou 1,5 milhões de pessoas, das quais 58% eram mulheres e meninas, o que representa 29% da população-alvo estimada em 5,1 milhões”, explica num comunicado.

Segundo a OCHA, os setores que atenderam ao maior número de pessoas foram o da segurança alimentar, e meios de subsistência e nutrição (742 mil cidadãos), saúde (680 mil pessoas) e água, saneamento e higiene (309 mil pessoas).

“77 mil pessoas receberam apoio psicossocial, assistência individual de proteção, assistência jurídica e gestão de casos”, explica ainda precisando que “36 mil mulheres grávidas e lactantes receberam pela primeira vez suplementos de micronutrientes”.

Por outro lado, “13.500 pessoas de instituições estatais e da sociedade civil receberam assistência técnica em matéria de proteção de crianças e adolescentes” e “4.220 pessoas em situação de mobilidade foram atendidas” nos estados venezuelanos de Táchira, Apure, Zúlia, Miranda, Falcón e Sucre, “facilitando o seu acesso a serviços de proteção”.

A resposta humanitária da ONU chegou a 298 municípios, cobrindo 89% dos 335 municípios do país.

As regiões do país com maior número de pessoas atendidas foram os estados de Zúlia (335.000), Miranda (247.000) e Bolívar (115.000).

A resposta humanitária da ONU, em 2025, teve lugar num contexto de “financiamento limitado”, uma vez que “em 30 de junho, os doadores haviam contribuído com 58 milhões de dólares (aproximadamente 49,485 milhões de euros), o que equivale a 8,4% dos 606,5 milhões de dólares necessários (aproximadamente 515,465 milhões de euros) para o ano”.

“Esse nível de financiamento é o mais baixo desde o estabelecimento do Plano de Resposta Humanitária (PRH), posicionando a Venezuela como uma das respostas mais subfinanciadas a nível global”, sublinha o Relatório Periódico de Monitoramento (RPM).

Apesar deste cenário, segundo a OCHA, “os parceiros implementadores conseguiram manter um nível de cobertura semelhante ao do ano anterior”.

“Isso deve-se, em grande parte, ao facto de muitas das atividades executadas no primeiro semestre contarem com apoio financeiro proveniente de 2024, bem como à capacidade das organizações de ajustar as suas modalidades de implementação, priorizando ações que permitem manter o alcance populacional por meio de serviços de aconselhamento, capacitação e otimização contínua dos recursos disponíveis, respondendo de forma flexível às condições operacionais”, explica.

No entanto, “setores-chave como saúde, água, saneamento e higiene, proteção, nutrição e segurança alimentar sofreram reduções significativas em serviços especializados e individualizados, afetando especialmente crianças, mulheres e comunidades em situação de vulnerabilidade”.

“A falta de recursos coloca em risco a continuidade de serviços essenciais e evidencia a necessidade urgente de mobilizar novos fundos para evitar uma maior deterioração na cobertura e na capacidade de manter padrões adequados na prestação da resposta humanitária”, lê-se no documento.

Segundo a OCHA, a atenção foi prestada por 111 organizações humanitárias, 63 delas nacionais e locais.

Lesados do processo BES/GES contra pedido de afastamento de juíza

Os lesados pelo colapso do Banco Espírito Santo (BES) avançaram com um requerimento contra o afastamento da juíza presidente do julgamento do processo BES/GES, que foi pedido pelos dois arguidos suíços.

De acordo com o documento a que a Lusa teve acesso esta sexta-feira, e que foi submetido na quinta-feira à noite, a defesa dos lesados considera que o julgamento do processo BES/GES, que começou no ano passado, deve continuar com o mesmo coletivo de juízes e que o requerimento apresentado por dois dos arguidos deve ser considerado improcedente.

Esta posição surge depois de a defesa dos dois arguidos suíços apresentar um requerimento com vista ao afastamento da juíza Helena Susano, por considerar que a presidente do coletivo teve conhecimento de depoimentos de arguidos antes de os mesmos serem interrogados no julgamento.

“É do interesse de todos os sujeitos processuais que a marcha do julgamento prossiga sem interrupções, precisamente para que vejam respeitadas as suas garantias de defesa”, lê-se no documento.

Para a defesa dos lesados, “o simples conhecimento prévio pelo tribunal, fora da audiência, não é suscetível de gerar nulidade ou irregularidade: apenas não pode fundar a convicção do tribunal até à sua leitura em julgamento”.

“Atento ao mediatismo associado a este processo que se intitula como o maior processo da justiça portuguesa, bem como a presença reiterada do seu decurso nos textos jornalísticos que informam a sociedade acarretariam uma constante situação de irregularidade processual”, acrescenta ainda a defesa dos lesados do processo BES/GES.

De acordo com o requerimento apresentado pela defesa dos antigos gestores suíços do BES, em causa estão as sessões de julgamento que aconteceram no início de julho deste ano.

“Aquando da tomada de declarações do arguido Francisco Machado da Cruz, a senhora presidente do tribunal coletivo afirmou que leu as declarações prestadas por este arguido em sede de inquérito”, apontam os advogados dos dois antigos gestores.

Para a defesa destes arguidos, “ficou patente a ilegalidade do comportamento da senhora juíza presidente do coletivo”, tendo considerado ainda que este episódio foi um “motivo sério, grave e idóneo para pôr em causa a imparcialidade” da juíza Helena Susano.

Dos 18 arguidos neste processo, o antigo presidente do BES Ricardo Salgado é o principal e responde por cerca de 60 crimes, incluindo um de associação criminosa e vários de corrupção ativa no setor privado e de burla qualificada.

O Ministério Público estima que os atos alegadamente praticados entre 2009 e 2014 pelos arguidos, ex-quadros do BES e de outras entidades do GES, tenham causado prejuízos de 11,8 mil milhões de euros ao banco e ao grupo.

O julgamento decorre desde 15 de outubro de 2024, no Tribunal Central Criminal de Lisboa.

1 43 44 45 46 47 600