Maratonistas têm maior probabilidade de ter cancro. Cientistas não sabem porquê

Atletas de resistência em excelente forma física apresentam incidência inesperadamente mais elevada de cancro do cólon do que a média da população. Os investigadores ainda estão a tentar perceber se a corrida de resistência provoca diretamente o problema ou se apenas o esconde. Estamos habituados a ver os corredores de longa distância como símbolos de saúde: corpos magros, cheios de energia e endorfinas, capazes de percorrer trilhos de 160 quilómetros por prazer, com batimentos cardíacos tão baixos que poderiam ser confundidos com os de um cadáver. Mas um estudo recente, apresentado numa conferência da American Society of Clinical Oncology mas

Incêndios florestais e uma “multidão” de recursos… Ou não

Os métodos tradicionais de combate a incêndios florestais consistiam em potenciar novos equipamentos, graças à sua natural evolução tecnológica. Nas últimas décadas, as técnicas de proteção das florestas contra incêndios progrediram em três fases distintas:

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Novo míssil Flamingo da Ucrânia coloca toda a Rússia europeia ao alcance de Kiev

Enquanto os aliados da Ucrânia se debatem sobre como lhe fornecer garantias de segurança, Kiev avança com a sua própria forma de manter a Rússia à distância — um novo míssil de cruzeiro capaz de atingir toda a Rússia europeia, com uma ogiva massiva que pesa mais de uma tonelada. Um míssil que pode voar 3000 km não precisa de ter um nome assustador, diz a CEO da empresa de defesa ucraniana Fire Point, que desenvolveu o míssil ucraniano Flamingo FP5: “a eficácia importa mais do que ter um nome intimidatório”. O novo míssil de cruzeiro, o projeto de defesa

Seis grupos de operacionais repartem combate aos fogos. Resultado: há funções duplicadas e descoordenação

Perto de 900 militares da unidade de socorro da GNR, 215 membros da Força Especial de Protecção Civil, 115 profissionais da Força de Sapadores Bombeiros Florestais do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), mais de 2000 sapadores florestais e 3800 bombeiros assalariados.

Estes são os principais elementos profissionais que integram o dispositivo de combate aos incêndios rurais, a que se somam os quase 4000 bombeiros em regime de voluntariado. São, portanto, seis diferentes grupos de operacionais dispersos por diversas entidades, muitas com culturas diferentes e remunerações diferenciadas.

Se é verdade que os incêndios rurais são cada vez mais complexos de combater, é igualmente verdade que os operacionais que existem no terreno estão cada vez mais dispersos. E muitos fazem exactamente a mesma coisa.

Isso mesmo constata Fábio Silva, que coordenou até ao início do ano passado o Núcleo de Apoio à Decisão Operacional existente na Força Especial de Protecção Civil (FEPC), que está integrada na estrutura da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC). O antigo adjunto, que está a fazer um doutoramento na área dos incêndios, não veria problemas que os meios estivessem dispersos, se não houvesse duplicações de tarefas. “Não me chocaria a dispersão, se as diferentes forças fossem especializadas em diferentes trabalhos e não duplicassem tarefas como está a acontecer. Isso é que não faz sentido”, considera Fábio Silva.

A fazerem sensivelmente a mesma coisa, existe uma força civil e outra militar, com culturas e remunerações diferentes. A Força Especial de Protecção Civil e a Unidade de Emergência de Protecção e Socorro (UEPS) da GNR foram curiosamente criadas com meses de diferença, respectivamente em 2005 (formalmente só nasceu em 2007) e 2006, no Governo socialista liderado por José Sócrates. Era ministro da Administração Interna, António Costa.

Concentrar para ganhar escala

Estávamos no rescaldo de dois dos anos mais destrutivos de sempre ao nível dos incêndios florestais, 2003 e 2005, quando arderam, respectivamente, perto de 426 mil hectares e mais de 338 mil hectares. Nesses dois anos, o rasto de destruição roubou a vida a 38 pessoas. O país clamava por uma melhor resposta no combate aos fogos e pela profissionalização de parte do dispositivo.

E assim foi. A estrutura criada no seio do então Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, com 84 operacionais, ficou incumbida de formar seis equipas helitransportadas dedicadas à primeira intervenção. E na GNR foi criado o então chamado Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro, lançado com perto de 600 militares. “Hoje somos 1191 militares. Na sequência dos dramáticos incêndios de 2017, a comissão técnica independente sugeriu o reforço do nosso grupo. Foram recrutados mais 600 operacionais”, explica o tenente-coronel João Fernandes, oficial da UEPS.

Falar em 2017 é falar no incêndio de Pedrógão Grande e nos fogos de Outubro desse ano que mataram 116 pessoas e destruíram um recorde de quase 540 mil hectares de espaços rurais. O tema dos incêndios voltou à ordem do dia e novas medidas foram anunciadas.

Em 2018, as brigadas helitransportadas, que durante alguns anos tinham sido asseguradas de forma partilhada pela força da ANEPC e pela GNR, ficaram concentradas na força de segurança que passa, pela primeira vez, a ter equipas especializadas em ataque ampliado. Só então se adquiriram 12 viaturas pesadas de combate aos incêndios florestais e quatro autotanques para transportar água. Mas as valências da UEPS são várias (busca e resgate de montanha, em meio aquático, em estruturas colapsadas ou na operação de drones) e, por isso, nem todo o efectivo está dedicado ao combate a incêndios (são 877 dos 1191 elementos).

Já em 2020 e fruto do reconhecimento de que o combate se concentrava demasiado na defesa das pessoas e bens, foi criada a Força de Sapadores Bombeiros Florestais, no ICNF, com o intuito de ter um grupo especializado em proteger a floresta durante os incêndios, recorrendo a ferramentas manuais e mecânicas em detrimento da água, frequentemente usada pelos bombeiros. O objectivo era chegar aos 260 operacionais, mas as dificuldades no recrutamento fizeram com que cinco anos depois ainda só existam 115 profissionais, apurou o PÚBLICO junto de um elemento desta força. Esta semana foi publicado um novo aviso para recrutar mais 88 elementos, mas não é provável que se consigam preencher todas as vagas. O ICNF, a quem foram pedidos dados sobre esta força na terça-feira passada, não enviou qualquer resposta, apesar da insistência do jornal.

Hernâni Carvalho, comandante dos bombeiros de Salto e presidente da Federação de Bombeiros do distrito de Vila Real, não compreende a existência de tantos grupos diferentes a combater incêndios. “Num país tão pequenino porque precisamos de quatro ou cinco forças a fazer basicamente o mesmo? Se concentrássemos essas unidades, ganharíamos mais escala”, acredita o comandante. “Como estas forças estão divididas pelo país, sete aqui, 10 ali, 15 acolá não conseguem fazer a diferença”, lamenta.

A reboque da dispersão, vem a descoordenação de meios. “São muitos chefes, muitas estruturas e depois ninguém se entende. Está na hora do país se organizar melhor”, insiste Hernâni Carvalho.

O engenheiro florestal Paulo Fernandes, professor na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, também critica a descoordenação no teatro de operações. “As forças de combate estão muito pulverizadas. Se as quisermos manter a todas, pelo menos devemos juntar as que fazem mais protecção civil das que fazem protecção florestal”, aconselha.

Já Fábio Silva critica a falta de investimento nos profissionais que integram as diferentes estruturas, dando-lhes boas carreiras e condições. E exemplifica: o núcleo de apoio à decisão que coordenou chegou a ter 35 pessoas, mas ao longo dos anos perdeu quase 20. “Recrutam como bombeiros, formam-se como analistas e as pessoas acabam por ser aliciados para outros cargos e saem”, lamenta o antigo adjunto. E insiste: “A retenção da qualidade só pode ser feita se se pagar”.

A própria autoridade da Protecção Civil assume as perdas numa resposta escrita enviada ao PÚBLICO. “Considerando que o efectivo máximo [da FEPC] registado em 2015 era de 270 elementos, podemos considerar que 55 elementos deixaram a força até ao momento. Desses, 21 eram operacionais altamente qualificados e saíram nos últimos três anos”, reconhece a ANEPC.

Há dez anos que não entram novos elementos na força da autoridade. E o recrutamento não é fácil, já que as carreiras não são atractivas, começando nos 1074 euros brutos, o mesmo que recebe quem integra a força do ICNF. “A FEPC tem actualmente em curso um processo de recrutamento. Inicialmente, foram abertas 117 vagas para operacionais. Contudo, após a realização das provas de selecção, apenas 67 candidatos foram admitidos para integrar a fase de formação, com vista ao posterior ingresso na força”, informa a autoridade. O que não se diz é que, apesar de o aviso do concurso ter sido publicado em Abril do ano passado, um ano e quatro meses depois a formação ainda não arrancou.

Também para os cargos operacionais de topo, como comandante regionais ou sub-regionais da ANEPC, deveria haver uma carreira que desse estabilidade aos profissionais e os levasse a apostar na formação contínua, considera Fábio Silva. “As pessoas não podem estar a prazo como acontece hoje”, sustenta.

Quanto ao combate aos grandes incêndios, o antigo adjunto da FEPC destaca que são cenários muito complexos que exigem muito mais conhecimento. “Precisamos de melhorar drasticamente a forma como gerimos os grandes fogos”, realça. E acrescenta: “Precisamos de conseguir antecipar bem a progressão do incêndio de forma a ter os recursos adequados, nos locais adequados, no momento certo”. Isto porque a janela de oportunidade para intervir é geralmente curta. “Os recursos humanos durante a noite são os mesmos do que durante o dia, mas já estão muito desgastados. Não pode ser”, enfatiza.

Paulo Fernandes recorda práticas de outros tempos: “Quando falamos com bombeiros mais velhos ouvimos: ‘No nosso tempo, íamos ao fogo. Agora só ficam na beira das estradas”.

Plataformas digitais: uma despresunção de laboralidade que é um 31…

“Uma presunção legal eficaz exige que o direito nacional torne efetivamente mais fácil para as pessoas que trabalham em plataformas digitais beneficiarem da presunção. Os requisitos da presunção legal não deverão ser onerosos e deverão diminuir as dificuldades que as pessoas que trabalham em plataformas digitais possam ter em apresentar elementos de prova que indiquem a existência de uma relação de trabalho numa situação em que se verifica um desequilíbrio de poder face à plataforma de trabalho digital. O objetivo da presunção legal é resolver e corrigir eficazmente o desequilíbrio de poder entre as pessoas que trabalham em plataformas digitais e as plataformas de trabalho digitais. As modalidades da presunção legal deverão ser definidas pelos Estados-membros, na medida em que as mesmas assegurem a previsão de uma presunção legal ilidível efetiva de emprego que constitua uma facilitação processual em benefício das pessoas que trabalham em plataformas digitais, e que não tenham por efeito aumentar o ónus dos requisitos para as pessoas que trabalham em plataformas digitais, ou para os seus representantes, em processos que visem determinar o estatuto profissional correto dessas pessoas.”

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Um gigante misterioso pode ser afinal o primeiro sistema de três buracos negros alguma vez visto

Um sinal estranho no ruído de fundo criado por uma fusão entre dois buracos negros pode ser a primeira deteção de sempre de um sistema de três buracos negros de massa estelar presos numa valsa gravitacional. De acordo com uma nova análise de dados da colaboração LIGO-Virgo-KAGRA, recentemente publicada no The Astrophysical Journal Letters, os dados de uma colisão de buracos negros binários de 2019 mostraram sinais de uma aceleração anómala que sugere a presença de um terceiro buraco negro. “Esta é a primeira descoberta internacional de evidência clara de um terceiro objeto compacto num evento de fusão de buracos

O país em modo de rescaldo

Se mesmo António Costa, depois da absoluta tragédia que foi Pedrógão, teve condições para voltar a ganhar eleições, não há nada que indique que Luís Montenegro, com o tempo como aliado, não possa apagar os efeitos de um Verão desastroso. Há, no entanto, sinais que podem perdurar, independentemente dos esforços de contenção de danos feitos nos últimos dias.

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União Europeia diz que fome é realidade em Gaza e exige ações de Israel

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A comissária europeia para a Ajuda Humanitária admitiu esta sexta-feira que a fome “é uma realidade” em Gaza, após um relatório da ONU que a declarou oficialmente naquele território palestiniano, exigindo a Israel que deixe entrar apoio humanitário.

“A fome já não é um risco em Gaza, é uma realidade”, disse a comissária para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Hadja Lahbib, em comunicado divulgado.

A comissária acrescentou que “há crianças a morrer à fome e de doenças, enquanto famílias inteiras estão vários dias sem o que comer” e o acesso a água potável e ao apoio médico colapsaram.

A comissária europeia reagiu a um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), que declarou a situação de fome na Faixa de Gaza, palco há 22 meses de uma ofensiva militar de Israel, que está a bloquear há meses o acesso de apoio humanitário.

A União Europeia fez um acordo, apenas verbal, com Telavive para permitir a entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano, mas Israel não o respeitou.

Os 27 consideraram que houve progressos no entendimento feito com as autoridades israelitas, mas a situação agravou-se e a fome foi declarada pela ONU.

Hadja Lahbib sustentou que a situação está “num ponto sem retorno” e disse que a fome provocará mais mortes “se não se tomarem medidas imediatas”.

Em simultâneo, o Governo israelita avançou para a ocupação total da Cidade de Gaza.

Imagens divulgadas nas redes sociais nas últimas semanas mostraram militares israelitas a balear civis palestinianos que estavam a aglomerar-se para tentar obter alguma comida, que desde final de maio apenas é distribuída pela Fundação Humanitária de Gaza, uma entidade privada apoiada por Israel e pelos Estados Unidos.

Estas ações foram denunciadas por várias organizações não-governamentais e por órgãos de comunicação social.

A comissária europeia pediu uma “resposta sustentável e de grande dimensão” para combater este flagelo, admitindo, no entanto, que a pressão internacional “não foi suficiente” para dissuadir as ambições israelitas.

A União Europeia não tem permissão de Israel para entrar no enclave palestiniano, pelo que conta exclusivamente com a palavra das autoridades israelitas, no que diz respeito ao cumprimento do entendimento para levar para Gaza assistência humanitária.

A África do Sul iniciou um processo no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) acusando Israel da prática do crime de genocídio contra a população palestiniana, a que se associaram depois vários países.

[Governo decide que é preciso invadir a embaixada para pôr fim ao sequestro. É chamada uma nova força de elite: o Grupo de Operações Especiais. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. Ouça no site do Observador o quinto episódiodeste podcastplus narrado pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Também o pode escutar na Apple Podcasts, no Spotify e no YoutubeMusic. E ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui e o quarto aqui]

Justiça polaca acusa ex-ministro da Defesa de revelar planos contra a Rússia

O Ministério Público de Varsóvia acusou esta sexta-feira o ex-ministro da Defesa Mariusz Blaszczak e outros altos elementos da segurança nacional de revelação de segredos do Estado, após a divulgação em 2023 de um plano contra um eventual ataque russo.

De acordo com o Ministério Público, Blaszczak, que era ministro do Governo anterior, liderado pelos ultraconservadores e nacionalistas da Lei e Justiça (PiS), divulgou os documentos durante a campanha eleitoral para as legislativas, realizadas em outubro de 2023, excedendo a sua autoridade e com a intenção de benefícios próprios e do partido.

Ao fazê-lo, “prejudicou gravemente” os interesses da Polónia, segundo o Ministério Público.

O documento em causa referia-se a um plano de defesa, concebido durante o mandato dos liberais pró-europeus da Plataforma Cívica (PO), liderada pelo atual primeiro-ministro, Donald Tusk, e que estavam no poder antes da chegada do PiS, em 2015.

Nas legislativas em 2023, marcada por uma tensa campanha eleitoral e em plena invasão russa da vizinha Ucrânia, uma coligação promovida por Tusk desalojou o PiS do Governo.

A Procuradoria de Varsóvia alega que, na campanha, Blaszczak utilizou o plano para atacar o PO, argumentando que este pretendia defender a Polónia apenas a partir da linha marcada pelo rio Vístula, cedendo a metade oriental do país a eventuais invasores russos sem luta.

O ex-ministro afirmou esta sexta-feira na rede X que a acusação é um “ato de vingança” do atual chefe do Governo e que “desclassificaria novamente os documentos sem hesitar para revelar as verdadeiras intenções da equipa de Tusk”.

Além de Blaszczak, entre os acusados encontra-se Slawomir Cenckiewicz, nomeado este mês para a direção dos serviços de informações polacos (ABW) pelo Presidente polaco Karol Nawrocki, apoiado pelo PiS, e outros elementos ligados à segurança do país.

O novo chefe da espionagem interna defendeu-se no X, comentando que as acusações são “falsas e completamente infundadas” e a investigação está repleta de irregularidades.

“Esta é a vingança daqueles que passaram anos a construir amizade com a Rússia e a envolver instituições estatais nas suas relações com a Rússia, incluindo o FSB [serviço de informações russos]. Eu era e sou inocente! Nunca infringi a lei!”, argumentou.

A acusação esta sexta-feira divulgada é o mais recente episódio de problemas com a justiça polaca de elementos ligados ao PiS.

O deputado Dariusz Matecki foi detido na semana passada por acusações de corrupção e o antigo vice-ministro da Justiça Marcin Romanowski pediu asilo político na Hungria após envolvimento em crimes de fraude.

O próprio PiS foi acusado pela Comissão Eleitoral de financiamentos irregulares através de fundos públicos nas legislativas de 2023.

Apesar de permanecerem em polos opostos e da acentuada divisão política na Polónia, país que acolhe cerca de um milhão de refugiados ucranianos, quer o PiS quer os rivais do PO, são firmes apoiantes de Kiev na resistência à agressão russa.

[Governo decide que é preciso invadir a embaixada para pôr fim ao sequestro. É chamada uma nova força de elite: o Grupo de Operações Especiais. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. Ouça no site do Observador o quinto episódiodeste podcastplus narrado pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Também o pode escutar na Apple Podcasts, no Spotify e no YoutubeMusic. E ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui e o quarto aqui]

Gouveia e Melo indica habitação, saúde e imigração como “problemas graves”

O candidato presidencial Gouveia e Melo indicou esta sexta-feira a habitação, saúde e imigração como os “problemas graves” da sociedade portuguesa que geram ódios e com isso afeta-se a democracia a longo prazo.

“Nós temos problemas graves na sociedade portuguesa. Além dos fogos que foi evidente, temos problemas gravíssimos de habitação que está a deslaçar a nossa própria sociedade, a criar problemas tremendos dentro da nossa sociedade”, indicou.

Aos jornalistas, disse ainda que Portugal tem também “um problema de saúde” e que os portugueses têm essa perceção.

“E há um problema também, indiretamente, com o problema da saúde, o fenómeno da migração”, acrescentou.

Para Gouveia e Melo, “esse problema é ainda mais complexo, porque a nossa economia também precisa de imigrantes e, portanto, tem que haver uma boa gestão”.

“Temos um problema de se estar a gerar ódios dentro da nossa sociedade, em vez de confiança e isso vai afetar a nossa democracia, de forma direta ou indireta a médio e longo prazo”, considerou.

Neste sentido, afirmou que é necessário “gerar confiança, gerar esperança e realizar coisas” e não “andar a prometer e nada acontecer”.

Referindo-se aos incêndios, o candidato presidencial questionou se “esta situação dos fogos é aceitável”.

“Se não é aceitável, o Estado fez tudo o que podia ter feito para evitar ou não?“, perguntou, acrescentando que não fez e que é necessário fazer “melhor e diferente”.

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Gouveia e Melo visitou pela primeira vez a Feira de São Mateus, que este ano vai na 633.ª edição, e das pessoas ouviu palavras de incentivo e de apoio, tirou fotografias e ouviu pedidos para “quando ganhar, educar o Governo, que precisa de ser educado”.

Aos jornalistas, Gouveia e Melo admitiu não concordar com a necessidade de educar o Governo, porque “nenhum presidente educa um governo, acompanha quando tem de acompanhar, ajuda quando tem de ajudar e chama a atenção quando tiver de chamar à atenção”, como faria, disse, para os “problemas graves” que descreveu.

Durante a hora que a agência Lusa acompanhou a visita, Gouveia e Melo abordou temas como a sustentabilidade e a erradicação da pobreza e fez um rastreio à sua tensão arterial, que estava a 7-10. “Estou aqui em grande forma física”, reagiu.

Questionado sobre se se manteria assim no caso de ser eleito e perante situações como as que o país vive atualmente com os incêndios, Gouveia e Melo puxou a si a veia militar.

“O meu treino, o meu passado militar, permite-me enfrentar situações muito difíceis mantendo a tensão controlada, no entanto há coisas que têm de ser ditas e há momentos em que não podemos esperar para dizer certo tipo de coisas”, assumiu.

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