Medidas anunciadas são insuficientes mas é importante “garantir que as insuficiências se concretizam”

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O secretário-geral do PCP disse esta sexta-feira que as medidas anunciadas pelo Governo em resposta aos incêndios são insuficientes, mas que a questão principal “é garantir que as insuficiências se concretizam”.

“Ontem [quinta-feira], o Governo anunciou um conjunto de medidas para enfrentar de forma mais urgente as questões decorrentes dos incêndios, insuficientes. Mas a questão principal não é apenas a insuficiência das medidas, é garantir que mesmo as insuficientes se concretizam”, disse.

Paulo Raimundo, que falava esta sexta-feira no Laranjeiro num comício de apresentação de candidatos da CDU à Câmara e à Assembleia Municipal de Almada, no distrito de Setúbal, disse que o país “está preso por arames” e que continua todos os anos a arder e que, nestas alturas, surgem as promessas.

Contudo, adiantou, “não se ouviu falar dos 114 milhões de euros cortados no apoio a floresta no ano passado“.

Aos militantes e apoiantes da candidatura de Luís Palma a presidente da Câmara Municipal de Almada presentes no comício, Paulo Raimundo contou que esteve em Ponte da Barca, num cenário desolador, e que as populações lhe disse que, após os incêndios em 2022, prometeram-lhes a sustentação do solos, mas ainda aguardam a concretização dessas medidas.

“Não é assim que nós lá vamos. Medidas anunciadas, por muito insuficientes que sejam, são mesmo para serem concretizadas para apoiar aquelas populações, bombeiros e pequenos produtores”, frisou.

Paulo Raimundo disse ainda que “o país não precisa de mais planos e grupos de trabalho e comissões técnicas, mas que se cumpra o que está decidido”.

“O que o país precisa, no que respeita a floresta, é que o interesse nacional se sobreponha ao interesse dos grandes grupos económicos“, frisou.

O Governo aprovou na quinta-feira, numa reunião extraordinária do Conselho de Ministros, em Viseu, um quadro com 45 medidas “a adotar em situação de incêndios de grandes dimensões, com consequências no património e na economia de famílias e empresas”, e que pretende permitir, “de forma rápida e ágil, colocar no terreno medidas de apoio às regiões e pessoas afetadas”.

[Governo decide que é preciso invadir a embaixada para pôr fim ao sequestro. É chamada uma nova força de elite: o Grupo de Operações Especiais. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. Ouça no site do Observador o quinto episódiodeste podcastplus narrado pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Também o pode escutar na Apple Podcasts, no Spotify e no YoutubeMusic. E ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui e o quarto aqui]

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual dispõe de dois aviões Fire Boss e de um helicóptero Super Puma, estando previsto chegarem hoje mais dois aviões Canadair.

Segundo dados oficiais provisórios, até 22 de agosto arderam cerca de 234 mil hectares no país, mais de 53 mil dos quais só no incêndio que teve início em Arganil.

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Ghislaine Maxwell diz não ter conhecimento de nenhuma “lista de clientes” de Epstein

Ghislaine Maxwell, a parceira de Jeffrey Epstein, disse em Julho a um funcionário do Departamento de Justiça que não tinha conhecimento de nenhuma “lista de clientes” pertencente ao falecido magnata, acusado de liderar uma rede de tráfico de raparigas menores, e que nunca viu o actual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comportar-se de forma inadequada, de acordo com a transcrição de uma entrevista divulgada esta sexta-feira.

“Nunca testemunhei o presidente em nenhuma situação inadequada”, disse Maxwell, de acordo com a transcrição da sua entrevista de dois dias realizada no mês passado com o vice-procurador-geral dos EUA, Todd Blanche. “O presidente nunca foi inadequado com ninguém.”

Ghislaine Maxwell também disse a Blanche que não tinha conhecimento de alguma “lista de clientes” de Epstein. As amizades de Epstein com indivíduos ricos e poderosos alimentaram teorias da conspiração de que outras pessoas estariam envolvidas nos seus crimes, mas ninguém foi acusado criminalmente além do próprio e de Ghislaine Maxwell.

Jeffrey Epstein foi encontrado morto na prisão em 2019, enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual, perante as quais se declarou inocente. Maxwell foi condenada por tráfico sexual em 2021, por ajudar Epstein a abusar de raparigas menores de idade. A parceira de Epstein declarou-se inocente e está a pedir ao Supremo Tribunal dos EUA que anule a sua condenação.

A publicação da entrevista decorre numa altura em que Trump enfrenta críticas dos seus apoiantes conservadores e de congressistas democratas sobre a decisão do Departamento de Justiça de não divulgar os arquivos da investigação sobre Epstein, o que se tem tornado num dos maiores problemas políticos de segundo mandato na Casa Branca.

Em entrevistas durante a campanha presidencial, Trump prometeu divulgar os registos governamentais relativos à investigação sobre Epstein e deixou em aberto a possibilidade de que a morte de Epstein não tivesse sido um suicídio.

Em Fevereiro, quando questionada pela Fox News sobre se o Departamento de Justiça divulgaria o que um jornalista disse ser a lista de clientes de Epstein, a procuradora-geral Pam Bondi disse tê-los em cima da secretária para revisão.

No entanto, em Julho, o Departamento de Justiça disse que não divulgaria mais nenhum documento do caso, após concluir que “não havia lista de clientes incriminatória” nem qualquer evidência de que Epstein tivesse chantageado pessoas proeminentes.

“Trump sempre foi muito cordial e gentil comigo”

A entrevista de Todd Blanche a Ghislaine Maxwell, em 24 e 25 de Julho, aconteceu numa altura em que Donald Trump tentava amenizar as repercussões políticas da decisão do Departamento de Justiça de não divulgar os ficheiros.

É raro que um funcionário do Departamento de Justiça tão veterano quanto Blanche — que já foi o advogado pessoal de Donald Trump — entreviste directamente um réu. A conversa também ocorreu quando o advogado de Maxwell, David Markus, disse que esta aceitaria um perdão de Trump.

Uma semana após a entrevista, Maxwell foi transferida de uma prisão de baixa segurança na Florida para um estabelecimento ainda menos restritivo no Texas. A cúmplice de Epstein está a cumprir uma pena de 20 anos de prisão por recrutar raparigas menores de idade para Epstein abusar durante encontros que começavam como massagens e depois se transformavam em encontros sexuais sem consentimento.

Trump conheceu Epstein socialmente na década de 1990 e no início dos anos 2000. Durante o julgamento de Ghislaine Maxwell, o piloto de longa data do gestor financeiro, Lawrence Visoski, testemunhou que Trump voou no avião particular de Epstein várias vezes. Trump negou ter voado no avião. Maxwell disse a Blanche que nunca viu Trump receber uma massagem ou envolver-se em outras actividades inadequadas.

“No que me diz respeito, o presidente Trump sempre foi muito cordial e gentil comigo”, disse Maxwell, de acordo com a transcrição. “E só quero dizer que admiro a extraordinária conquista da actual presidência”.

Venezuela. Subiu para 89 o número de estrangeiros detidos por motivos políticos, segundo ONG

O número de estrangeiros presos por motivos políticos na Venezuela subiu para 89, segundo dados divulgados esta sexta-feira pela organização não-governamental (ONG) Fórum Penal (FP).

“Presos políticos na Venezuela, com nacionalidade estrangeira: 89” explica o FP, sem precisar as nacionalidades de estes cidadãos.

Segundo a ONG, em 4 de agosto a Venezuela tinha 83 estrangeiros presos por motivos políticos no país.

Os dados foram divulgados depois de na quarta-feira o presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez, advertir, durante uma sessão extraordinária, que as autoridades vão deter os estrangeiros que entrem no país sem autorização.

“Portanto, seja quem for o estrangeiro que entre neste país sem autorização, entra, mas não sai, fica aqui. Fica preso, ou fica como ficar, mas fica”, disse Jorge Rodríguez.

Nessa mesma sessão Jorge Rodríguez argumentou que a Venezuela é o país do continente americano com mais vitórias no combate ao tráfico de droga, após Washington enviar para águas caribenhas navios com 4.000 soldados numa operação contra cartéis narcotraficantes.

Segundo fontes da comunidade portuguesa local, estão presos por motivos políticos pelo menos três luso-venezuelanos, o último deles o médico radiologista Manuel Enrique Ferreira, radicado em Barquisimeto, estado de Lara, e que foi “chefe do comando de campanha” de Maria Corina Machado às eleições presidenciais de 28 de julho de 2024, em que a oposição reivindica vitória.

Este médico luso-venezuelano foi detido em 19 de julho último nas proximidades do Centro Clínico Valentina Canabal, no estado de Lara (260 quilómetros a oeste de Caracas) e posteriormente levado para Caracas.

Fontes da comunidade médica local explicaram à agência Lusa que o luso-venezuelano foi obrigado, “por homens armados sem identificação e sem apresentarem uma ordem judicial”, a subir para uma viatura.

Segundo o FP, em 18 de agosto de 2025 a Venezuela tinha 815 pessoas presas por motivos políticos, das quais 717 são homens, 98 mulheres, 646 civis e 169 militares.

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Governo diz ser extemporânea discussão sobre modelo da Proteção Civil

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O secretário de Estado da Proteção Civil considerou esta sexta-feira extemporânea a discussão sobre o sistema de Proteção Civil, realçou que o empenho ainda é no combate aos incêndios e que este dispositivo tem dado respostas muito positivas.

“Neste momento julgo que é extemporâneo porque nós temos que funcionar com o modelo que temos. Não é o momento para estarmos a discutir esse modelo e, portanto, no seu tempo, que será no final deste dispositivo, com certeza que todos iremos ter a disponibilidade máxima para, de acordo com os contributos de alguns e ouvindo também muitas opiniões, de decidirmos naquela que é a solução do Governo para essa organização”, afirmou Rui Rocha.

O governante falava aos jornalistas, em Vila Real, onde se reuniu com as corporações de bombeiros e com o presidente da câmara e depois de ouvir o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, reafirmar que defende uma reorganização do modelo da Proteção Civil para comandos distritais, em vez dos atuais comandos sub-regionais.

“Ainda temos várias ocorrências, ainda hoje mais uma série delas. E, portanto, neste momento e até ao final do dispositivo, nós temos de estar empenhados e focados em dar a melhor e a maior resposta possível”, realçou o secretário de Estado.

Rui Rocha lembrou ainda que a reorganização do modelo da Proteção Civil está no programa do Governo, mas reforçou que a discussão é extemporânea.

“Apesar de, como tem sido referenciado, nem tudo está a acontecer como gostaríamos, é de facto de realçar que este dispositivo tem dado respostas muito positivas”, frisou.

Chegado o tempo, acrescentou, será feita essa avaliação e com certeza que o Governo “irá atuar”.

“Nós não descansaremos enquanto não convencermos o atual Governo de que essa é uma boa solução e uma melhor solução para a defesa das nossas populações”, afirmou, por sua vez, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, referindo-se à antiga organização por comandos distritais.

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O secretário de Estado iniciou esta sexta-feira em Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, e em Vila Real, um périplo por concelhos afetados por grandes incêndios para anunciar a agilização do pagamento de 50 mil euros às corporações de bombeiros por enfrentarem “despesas extraordinárias”.

“Ou seja, no que diz respeito designadamente à alimentação e a combustíveis, que são dois dos elementos muito significativos no teatro de operações, e também até na agilização de alguns processos de reparação de viaturas para que, no mais curto espaço de tempo, possam ser ressarcidos e, portanto, não ter também, desse ponto de vista, nenhum obstáculo àquilo que é a sua normal atividade”, explicou.

Rui Rocha fez questão de garantir às corporações “mecanismos agilizados para que possa ser feito o ressarcimento dessas despesas o mais rapidamente possível” pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Para a Liga dos Bombeiros Portugueses, esta medida é uma “inovação” que permite às corporações “socorrerem-se de um fundo de maneio que têm que justificar ‘a posteriori’, apresentando a documentação necessária”.

António Nunes referiu ainda que o governante, na reunião em Vila Real, garantiu que, “a curto prazo, a primeira intervenção deve ser o mais profissionalizada possível”.

O presidente da ANEPC, José Manuel Moura, também esteve presente nas reuniões desta sexta-feira.

O presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios, falou sobre a necessidade de, numa fase posterior ao combate aos incêndios, se fazer “uma avaliação profunda” sobre o que correu menos bem, nomeadamente no seu concelho, onde o fogo teve início em 2 de agosto, esteve em conclusão, sofreu reativações fortes e foi concluído no dia 13, depois de queimar cerca de 6.000 hectares.

O autarca defendeu alterações, nomeadamente em termos legislativos, mas também alterações ao nível da política de ordenamento do território.

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Centro para a IA Responsável quer afirmar Portugal como referência europeia

O Centro para a inteligência artificial (IA) Responsável autonomizou-se como associação em maio e tem como objetivo consolidar a sua posição como impulsionador na área e afirmar Portugal como referência europeia, disse esta sexta-feira à Lusa fonte oficial.

O Centro para a IA Responsável tem como presidente executivo (CEO), Paulo Dimas, que foi vice-presidente da Unbabel, tecnológica portuguesa que foi comprada pela norte-americana TransPerfect, fornecedora mundial de soluções linguísticas e de IA para negócios globais.

A decisão de autonomizar a associação sem fins lucrativos em maio deste ano “pretende consolidar a posição do Centro como impulsionador da área de IA Responsável e reforçar a sua capacidade para desenvolver novas iniciativas que afirmem Portugal como referência europeia nesta área”, disse a mesma fonte.

Governo garante continuação de projetos do Plano Nacional de Leitura e Rede de Bibliotecas

O Ministério da Educação garantiu, esta sexta-feira, a continuidade dos projetos do Plano Nacional de Leitura e da Rede Nacional de Bibliotecas Escolares após a sua integração num novo organismo.

“As atuais atribuições da Estrutura de Missão do Plano Nacional de Leitura (PNL) e do Gabinete Coordenador da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) serão integradas no novo Instituto de Educação, Qualidade e Avaliação, prosseguindo os respetivos projetos PNL e RBE de promoção da leitura”, informou o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), em resposta a dúvidas levantadas pela Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas, Profissionais da Informação e Documentação (Bad).

Na quinta-feira, a Bad enviou uma carta ao ministro da Educação mostrando-se preocupada com a anunciada reestruturação dos dois organismos e pedindo esclarecimentos sobre o futuro dos projetos que até agora eram levados a cabo pela RBE e pelo PNL

Na carta, a presidente da associação, Ana Alves Pereira, sublinha a relevância da RBE e do PNL “enquanto projetos estruturantes e de reconhecido impacto na educação, na cultura, na formação de leitores e no desenvolvimento da literacia e da cidadania em Portugal”.

Há cerca de um mês, o Governo anunciou uma reforma no MECI, com a extinção de dez entidades e a criação de três novas estruturas, sendo uma delas o Instituto de Educação, Qualidade e Avaliação, que irá agora integrar a Direção-Geral da Educação, o PNL, a RBE e o Instituto de Avaliação Educativa.

“Questionamos como pretende o MECI integrar e valorizar a RBE na nova estrutura organizacional, de modo a potenciar o seu papel para o sucesso escolar, a promoção da leitura e das literacias e o desenvolvimento da cidadania dos alunos”, refere a associação, que também quer saber como “será assegurada a continuidade do PNL na nova estrutura”.

O programa da RBE foi criado em 1996 para “instalar e desenvolver bibliotecas em escolas públicas de todos os níveis de ensino, disponibilizando aos utilizadores os recursos necessários à leitura, ao acesso, uso e produção da informação em suporte analógico, eletrónico e digital”.

O PNL foi lançado uma década depois como “resposta institucional à preocupação pelos níveis de literacia da população em geral e em particular dos jovens, significativamente inferiores à média europeia”, segundo a resolução de Conselho de Ministros que o criou.

[Governo decide que é preciso invadir a embaixada para pôr fim ao sequestro. É chamada uma nova força de elite: o Grupo de Operações Especiais. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. Ouça no site do Observador o quinto episódiodeste podcastplus narrado pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Também o pode escutar na Apple Podcasts, no Spotify e no YoutubeMusic. E ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui e o quarto aqui]

Ex-namorada de Epstein afirmou em interrogatório que nunca viu “qualquer comportamento inapropriado” de Donald Trump

O Departamento de Justiça norte-americano divulgou hoje um interrogatório à ex-namorada de Jeffrey Epstein, no qual Ghislaine Maxwell disse nunca ter observado qualquer comportamento inapropriado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Com exceção dos nomes das vítimas, todas as palavras foram incluídas. Nada foi removido. Nada foi omitido”, garantiu ao X Todd Blanche, procurador-geral adjunto do Departamento de Justiça que conduziu o interrogatório no final de julho com Ghislaine Maxwell, agora detida numa prisão no Texas.

O interrogatório tornou-se público num momento em que existem críticas à administração Trump por se ter recusado a divulgar registos daquele caso de tráfico sexual.

Maxwell disse que terá conhecido Trump em 1990, quando o seu pai, o magnata dos jornais Robert Maxwell, era proprietário do New York Daily News.

“Posso ter conhecido Donald Trump nessa altura, porque o meu pai era amigo dele e gostava muito dele”, afirmou Maxwell, de acordo com a transcrição.

Maxwell adiantou que o seu pai gostava também da então mulher de Trump, Ivana, “porque ela também era da Checoslováquia, de onde o meu pai era”.

Quando questionada se alguma vez tinha ouvido “o Sr. Epstein ou qualquer outra pessoa dizer que o Presidente Trump teve um comportamento inapropriado com massagistas ou qualquer outra pessoa” no seu círculo, Maxwell respondeu: “Absolutamente nunca”.

A ex-socialite condenada em 2021 por ajudar a atrair adolescentes para serem abusadas sexualmente por Epstein, foi interrogada durante dois dias pelo procurador-geral adjunto num tribunal da Flórida.

Após o interrogatório, Maxwell foi transferida da prisão federal na Flórida, onde cumpria uma pena de 20 anos, para uma de segurança mínima no Texas.

Nem o seu advogado, nem o Departamento Federal de Prisões explicaram o motivo da transferência.

O caso Epstein chamou a atenção do público devido às ligações sociais daquele homem rico, ao longo de anos, com figuras proeminentes como o príncipe Andrew de Inglaterra ou os ex-presidentes norte-americanos Bill Clinton e Donald Trump.

Epstein foi preso em 2019 por ter abusado sexualmente de dezenas de adolescentes e foi encontrado morto um mês depois numa cela de prisão em Nova Iorque, no que os investigadores descreveram como um suicídio.

Purga no Pentágono: Demitidos chefe da inteligência militar e outros dois altos comandos

O secretário norte-americano da Defesa, Pete Hegseth, demitiu o chefe da agência de inteligência do Pentágono e outros dois altos comandantes militares.

A informação foi confirmada esta sexta-feira à agência Reuters por três fontes oficiais dos Estados Unidos.

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A nova vaga de demissões representa mais uma etapa no processo de afastamento de altos quadros do Pentágono levado a cabo pela administração Trump.

O tenente-general Jeffrey Kruse, que liderava a Agência de Inteligência de Defesa (DIA), foi uma das figuras afastada. As razões concretas para a sua demissão não foram tornadas públicas.

A purga no Pentágono continuou ao longo do dia. De acordo com uma fonte governamental, Pete Hegseth ordenou também a destituição do chefe da reserva naval norte-americana e do comandante do Comando de Operações Especiais da Marinha.

Tal como no caso do Pete Hegseth, as razões para estas demissões permanecem desconhecidas.

“A demissão de mais um responsável de topo da área da segurança nacional revela o hábito perigoso da administração Trump de tratar os serviços de inteligência como um teste de lealdade, em vez de um mecanismo de proteção do país”, criticou o senador democrata Mark Warner, vice-presidente da Comissão de Informações do Senado.

A notícia foi avançada inicialmente pelo Washington Post e suscitou de imediato apreensão quanto à crescente politização da hierarquia militar e dos serviços de informação nos Estados Unidos.

Autárquicas: Volt pede impugnação das listas do Chega em Lisboa

O partido Volt pediu esta sexta-feira a impugnação das listas do Chega aos órgãos autárquicos de Lisboa, alegando que o Tribunal Constitucional (TC) classificou os órgãos internos do Chega como ilegais e ilegítimos.

“Esta sexta-feira, o cabeça de lista à Assembleia Municipal de Lisboa do Volt Portugal, Mateus Carvalho, assinou uma reclamação a pedir a impugnação das listas do Chega aos órgãos autárquicos de Lisboa”, indicou o partido num comunicado.

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O candidato alega que o Chega “já viu por duas ocasiões distintas o Tribunal Constitucional escrever acórdãos onde deliberam como ilegais e ilegítimos os seus órgãos internos, retirando-lhes qualquer poder de deliberação sobre candidatos”, referiu o Volt.

Citado no comunicado, Mateus Carvalho considerou que, “enquanto partido de extrema-direita, o Chega demonstra ser um partido à margem da lei, sem qualquer preocupação pelo cumprimento das regras democráticas que qualquer pessoa ou partido devem respeitar”.

O também co-fundador do partido destacou que, nos últimos atos eleitorais, as listas do Chega já deveriam ter sido consideradas inválidas.

Reiterando que “isto já ocorreu anteriormente”, o candidato disse ser “incompreensível que estejamos todos, impávidos e serenos, a assistir a este atropelo constante ao Estado de Direito”.

“Temos que agir mais na defesa da Democracia e do Estado de Direito. Quando partidos e políticos declaram guerra à democracia, há que olhar para as armas que esta dispõe. A lei eleitoral é uma delas”, já que prevê que se “possam apresentar reclamações sobre as irregularidades e ilegalidades de outras listas no círculo eleitoral onde concorrem”, defendeu.

Concorrem à Câmara de Lisboa nas eleições autárquicas de 12 de outubro Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), João Ferreira (CDU, coligação PCP/PEV), Ossanda Líber (Nova Direita), Bruno Mascarenhas (Chega), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN) e Tomaz Ponce Dentinho (Democrática Aliança, coligação PPM/PTP).

No atual mandato (2021-2025), a autarquia é presidida pelo social-democrata Carlos Moedas, que governa sem maioria absoluta, eleito pela coligação “Novos Tempos” – PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança.

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