Voto aos 16 anos, prisão perpétua, privados na Saúde. As propostas para a revisão constitucional

Com uma maioria de dois terços de direita, está aberto o caminho para uma revisão constitucional. Desde a introdução de privados na saúde ou uma maior facilidade no recurso ao Constitucional, eis algumas das propostas já conhecidas dos partidos. Com o mote lançado pela Iniciativa Liberal, um novo processo de revisão constitucional vai mesmo ter início na próxima legislatura, prevista para arrancar em junho. Com a AD e o Chega a manifestarem disponibilidade para participar, abre-se a possibilidade real de alterações à Constituição, graças à atual maioria de dois terços à direita no Parlamento. O PS, no entanto, já apelou

Cinco urgências do SNS encerradas no sábado e seis no domingo

Cinco urgências de ginecologia e obstetrícia e de pediatria vão estar encerradas no sábado e seis no domingo, a maioria nas regiões de Lisboa e Setúbal, de acordo com as escalas publicadas no portal do SNS.

Segundo os dados, consultados pela agência Lusa às 11h20 de hoje, está previsto o encerramento, no sábado, das urgências de ginecologia e obstetrícia dos hospitais Garcia de Orta, Vila Franca de Xira e Santo André — Leiria. Os hospitais de Vila Franca de Xira e Beatriz Ângelo (Loures) assinalam ainda o encerramento do serviço de urgência pediátrica, situação que se repete no domingo.

No domingo, estarão encerradas as urgências de ginecologia e obstetrícia das unidades hospitalares Garcia de Orta, Nossa Senhora do Rosário (Barreiro), São Bernardo (Setúbal) e Santo André (Leiria).

A urgência pediátrica do Hospital Amadora-Sintra vai estar referenciada nos dois dias, entre as 0h00 e as 8h00 e entre as 20h00 e a meia-noite, recebendo apenas casos de urgência internos ou referenciados pelo INEM ou pela linha SNS 24. Também a urgência de ginecologia e obstetrícia do Hospital de Braga vai estar referenciada no sábado e no domingo das 0h00 às 8h00

As autoridades de saúde apelam à população para que, antes de se deslocar a uma urgência, contactar a Linha SNS24 (808 24 24 24) para receber orientação adequada.

“Em quem é que votam os jovens como eu?”

Há seis anos, escrevi pela primeira vez um artigo para o Megafone do P3: “O direito a votar e o direito a não votar.” Se na altura tinha 18 anos e estava num tenro segundo ano da licenciatura de Economia — agora tenho 24, emigrei há quatro anos, concluí a licenciatura e o mestrado e actualmente trabalho no Parlamento Europeu. Muitas vezes arrependi-me das palavras que escrevi, e outras tantas tive vergonha de ter um artigo tão polémico associado ao meu nome. “Pode ser uma falta de respeito ao passado não votar. Mas é ainda uma falta de respeito maior por nós próprios votar em algo em que não acreditamos” – dizia eu do alto dos meus pulmões.

Certamente que hoje escolheria outras palavras – mais sensatas e comedidas e arranjaria uma forma mais ponderada de expressar o meu descontentamento. Mas acredito que a diplomacia não conseguiria esconder o óbvio – que este sentimento de insatisfação se arrasta e se reforça, e que nas eleições de 2025, pela segunda vez consecutiva, recorri ao voto em branco, incapaz de votar em algo em que não acreditava.

Acredito que a crescente complexidade do cenário político quer a nível nacional quer a nível mundial, têm empurrado cada vez mais jovens como eu para uma identificação partidária cada vez mais difícil. Não acredito que seja a única – vejo na minha geração uma geração que se mobiliza na rua e nos protestos, mas se afasta dos comícios e dos arraiais políticos. Que tem participação cívica, mas a quem falta actuação partidária. Que acredita em causas e movimentos, mas desconfia de políticos e partidos. Nas urnas perguntava para mim mesma – em quem é que votam os jovens como eu? Que não vêm soluções suficientemente convincentes à esquerda, mas que se sentem emocionalmente distantes da (falta) de responsabilidade social da direita?

Não é só o posicionamento político dos jovens que se torna cada vez mais desafiante, a abstenção jovem continua desproporcionalmente alta, o número de deputados <30 na assembleia da república tem vindo a diminuir, e várias novas forças políticas – como o Livre e a Iniciativa Liberal – abdicaram mesmo das juventudes partidárias.

O relatório “50 Anos de Democracia em Portugal: Aspirações e Práticas Democráticas – Mudanças e Continuidades Intergeracionais (ISCSP/CAPP)” confirma que os jovens votam substancialmente menos, mas que “isso não é revelador do seu desinteresse ou apatia política”, destacando a preferência pela participação em petições, abaixo-assinados, manifestações, formas de participação política não convencionais ou convencionais, para além do voto.

A verdade é que o crescimento do activismo não foi em nada aproveitado pelos grupos políticos. Enquanto os partidos se afastaram dos jovens, a nossa geração que cresceu entre crises económicas e políticas, climáticas e habitacionais, foi expandindo o seu cepticismo que já não abrange apenas políticos individuais, mas se dirige esmagadoramente às estruturas partidárias como um todo. Somos jovens interessados, atentos, informados, mas emocionalmente desligados dos partidos. Temos movimentos, causas e crenças, mas ninguém que os represente de forma fiel.

Para os partidos – Continuamos aqui. À espera que nos oiçam, que nos reconheçam, que nos prometam um futuro em que não temos que escolher entre a prosperidade económica e social, e a inclusão, humanidade e justiça para todos. No fundo, à espera que façam mais por nós, e conquistem novamente os nossos votos.

Quem é Elías Rodríguez, acusado de matar dois funcionários da embaixada de Israel?

Homem tem 31 anos, é natural de Chigado e teria ligações a grupos de esquerda. Segundo consta nas suas redes sociais, já havia participado em marchas pró-Palestina.

Elías Rodríguez, um filólogo de 31 anos natural de Chicago e com ligações a grupos de esquerda, é o principal suspeito pelo assassinato de dois funcionáriosda embaixada israelita nos Estados Unidos. Natural de Chigado, Rodríguez terá trabalhado com produção, investigação e escrita, segundo o jornal espanholEl Mundo. Na Universidade de Illionois, em Chigado, licenciou-se em Artes, segundoThe New York Times.

Durante o tempo em que frequentou o ensino superior participou em marchas pró-Palestina, e há registos desses momentos nas suas redes sociais. Segundo o El Mundo, também as janelas do seu apartamento exibiam posters sobre a Palestina, sendo que um deles faz referência ao assassinato de uma criança palestino-americana em Illionois, em 2023. 

Taxa de desemprego recua para mínimo histórico de 5,9% na UE em 2024

A taxa de desemprego abrandou para os 5,9% em 2024 na União Europeia (UE), face aos 6,1% do ano anterior, o valor mais baixo desde o início da série cronológica, em 2009, divulga esta sexta-feira o Eurostat. O desemprego de longa duração — também entre os 15 e os 74 anos — desacelerou para 1,9% na UE no acumulado de 2024, também um novo mínimo na série cronológica disponível, salienta o serviço estatístico europeu.

Portugal registou, no ano passado, uma taxa de desemprego de 6,5%, estável face a 2023, e de 2,4% no de longa duração, uma ligeira redução homóloga de 0,1 pontos percentuais (p.p.). Espanha (11,4%), Grécia (10,1%) e a Finlândia foram os Estados-membros com maiores taxas de desemprego no ano de referência, tendo as menores sido observadas na República Checa (2,6%), Polónia (2,9%) e Malta (3,1%).

Ao longo de cinco anos consecutivos, de 2015 a 2019, a taxa de desemprego diminuiu de forma constante, salienta o boletim. Seguiu-se um ligeiro aumento de 0,4 p.p. em 2020. A taxa de desemprego da UE diminuiu 0,1 p.p. em 2021, 0,9 p.p. em 2022, 0,1 p.p. em 2023 e 0,2 p.p. em 2024.

Entre os países da UE, a Grécia registou a taxa de desemprego de longa duração mais elevada, com 5,4%, seguida da Espanha (3,8%) e da Eslováquia (3,5%). Em contrapartida, os Países Baixos (0,5%), Malta (0,7%), a República Checa, a Dinamarca e a Polónia (todos com 0,8%) apresentaram as taxas mais baixas no acumulado de 2024.

Parque de energia de ondas em Esposende pode diminuir erosão costeira

Investigadores concluíram que um parque de energia de ondas em Esposende, Braga, podia proteger a costa da erosão, devido à diminuição da agitação marítima, e sugerem a replicação da análise noutros pontos do país, foi esta sexta-feira divulgado.

O estudo do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) permitiu “transformar um problema — a erosão costeira ao largo de Esposende — numa oportunidade multifuncional de produção de energia marinha renovável e de proteção costeira, que pode não só servir a população local, mas providenciar um ponto de partida para outros trabalhos ao largo da costa Portuguesa”.

Em comunicado, o CIIMAR assinala que, “ao incorporar a energia das ondas, Portugal poderia tornar-se virtualmente autossuficiente ou mesmo exportador de eletricidade, marcos fundamentais para as estratégias nacionais e europeias de transição energética verde e de autonomia”. “Esta energia poderia também alimentar outros utilizadores e mercados de nicho, como a aquacultura offshore e a dessalinização, ambos de elevado potencial nacional”, observa. De acordo com o CIIMAR, “o contacto com as comunidades locais e as partes interessadas será fundamental para uma proposta viável, aprovada e melhorada, a fim de garantir uma solução sólida que beneficie todas as partes interessadas, satisfazendo simultaneamente as necessidades energéticas e preservando o ambiente e a paisagem. Para Daniel Clemente, primeiro autor do artigo, “em etapas futuras, será importante consolidar mais este aspeto desafiador com as comunidades e instituições locais, caso haja interesse em explorar a proposta do estudo”.

“Se podemos proteger a nossa costa e gerar energia renovável ao mesmo tempo, porque não explorar? Precisamos de soluções disruptivas para estas duas temáticas, mas sem descuidar a minimização de eventuais conflitos com outros usos do espaço marítimo” observa o investigador. A localização do parque “foi selecionada de modo a minimizar os conflitos de usos do espaço marítimo e promover tanto a geração de energia eletricidade para uso local, como a atenuação do regime de agitação marítima ao largo de Esposende”. Esta zona “tem sido responsável por problemas de acessibilidade ao rio Cávado, assim como de fenómenos de assoreamento e erosão ao largo da restinga [barreira costeira] de Ofir”, descreve o centro de investigação. Francisco Taveira Pinto, líder do grupo de Energia Marinha e Estruturas Hidráulicas do CIIMAR, considera que “o estudo ilustra a importância da multifuncionalidade do aproveitamento da energia das ondas”.

Em concreto, a proposta incorporou 150 unidades da tipologia “pá oscilante fixa no fundo”. “Estima-se que as duas estruturas com melhor desempenho nesta proposta de parque de aproveitamento de energia das ondas poderiam produzir anualmente até 341.353 GWh/ano ou 316.351 GWh/ano […]. Se considerarmos que o consumo médio de eletricidade per capita em Esposende foi de cerca de 3.215 kWh em 2022, a melhor configuração poderia satisfazer as necessidades anuais de mais de 100.000 habitantes”, destacam.

Quanto ao impacto na proteção costeira, “foi particularmente notório ao nível da altura das ondas e da energia inerente, com atenuação significativa com a aproximação da linha de costa”. “As reduções da altura das ondas foram, em alguns casos, superiores a 25%”, acrescenta o CIIMAR.

Designado “Assessment of electricity production and coastal protection of a nearshore 500 MW wave farm in the north-western Portuguese coast”, o estudo foi publicado em fevereiro na revista científica internacional Applied Energy da Elsevier.

Xiaomi volta a ser nº1 nos wearables em 2025: vê quem subiu (e quem caiu) no top 5

Agora é oficial: a Xiaomi está de volta ao topo do mercado global de wearables. Após alguns trimestres de pressão da concorrência, a marca chinesa recuperou a liderança mundial no primeiro trimestre de 2025. O topo do ranking foi reconquistado após a venda de 8,7 milhões de dispositivos neste período, um crescimento de 44% face ao mesmo período do ano anterior.

Os dados são da Canalys, parte da Omdia, e mostram um cenário que pode surpreender: nem a Apple, nem a Huawei lideram o ranking. E a diferença está justamente no que a Xiaomi faz de melhor: uma linha acessível, com tecnologia sólida e bem integrada no ecossistema.

Ranking das marcas: os números que contam

ranking marcas wearables

Imagem: captura de ecrã / Canalys

Eis como ficou o top 5 de fabricantes de wearables no primeiro trimestre de 2025, segundo a Canalys:

  • Xiaomi: 8,7 milhões de unidades enviadas (↑ 44%)
  • Apple: 7,6 milhões de unidades vendidas (↑ 5%)
  • Huawei: 7,1 milhões de unidades enviadas (↑ 36%)
  • Samsung: 4,9 milhões de unidades enviadas (↑ 74%)
  • Garmin: 1,8 milhões de unidades enviadas (↑ 10%)

A Xiaomi não só superou a Apple como aumentou significativamente a vantagem, liderando com folga o segmento. Em grande parte, a conquista deveu-se aos seus modelos de entrada, como a linha Xiaomi Smart Band, mas também aos relógios da série Watch 2, que equilibram preço e funcionalidades de forma convincente.

Um mercado em recuperação e a Xiaomi no centro da festa

Mi Smart Band 6
Mi Smart Band 6 (Imagem: Divulgação / Xiaomi)

Depois de um período de retração, o segmento global de wearables está novamente a crescer. As remessas totais de pulseiras e relógios inteligentes atingiram 46,6 milhões de unidades no primeiro trimestre de 2025, o que representa um aumento de 13% em relação ao ano anterior.

Três categorias impulsionaram esse crescimento: pulseiras básicas, relógios básicos e smartwatches. Com mais procura por dispositivos de saúde e fitness, e com os preços a normalizarem, o momento voltou a favorecer marcas com um portefólio mais amplo e com forte presença global. E a Xiaomi soube aproveitar.

O segredo está no ecossistema e no preço

Xiaomi Watch S4 eSIM Edição de 15.º Aniversário

Novo Xiaomi Watch S4 eSIM Edição de 15.º Aniversário (Imagem: Divulgaçao / Xiaomi)

O que faz com que a Xiaomi lidere um mercado tão competitivo? Conforme apontou o XiaomiTime, a resposta passa por três frentes: preços agressivos, forte presença no retalho (físico e online) e uma integração fluida com o HyperConnect, o ecossistema da marca.

Produtos como a Xiaomi Smart Band e os smartwatches com HyperOS oferecem monitorização de saúde avançada, excelente autonomia e uma experiência coesa com os restantes dispositivos da marca. E tudo isto a um preço difícil de bater.

A liderança agora pertence à Xiaomi, mas com Apple, Huawei e Samsung a crescerem também, o jogo está longe de terminado. Ainda assim, para já, é a gigante chinesa que volta a ditar as regras. E os recentes lançamentos, como o Xiaomi Watch S4 eSIM Edição de 15.º Aniversário com chip próprio, podem ajudar a marca a manter-se na liderança.

Sabe tudo sobre os lançamentos recentes da Xiaomi!

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289 trabalhadores presos em mina de ouro na África do Sul

Estão em curso esforços para resgatar quase 300 trabalhadores presos no subsolo num dos poços da mina de ouro de Kloof, perto de Joanesburgo. Os trabalhadores estão em segurança e reunidos num ponto de encontro na mina de ouro subterrânea, uma das mais profundas da Sibanye Stillwater, localizada a cerca de 60 km a oeste de Joanesburgo, disse a empresa A empresa sul-africana não forneceu detalhes sobre o incidente, embora um porta-voz da Sibanye tenha confirmado que ocorreu no poço Kloof 7 da mina, acrescentando que todos os mineiros foram contabilizados e que a empresa está a fornecer-lhes alimentos. “Esperamos

Sindicatos explicam aumento do número de queixas com falta de efetivo e maior escrutínio

As queixas contra as policias não são sempre queixas contra o polícia. É a reação do presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia, aos dados da Inspeção Geral da Administração Interna, que dão conta de um aumento de queixas contra a atuação das forças de segurança, nos últimos dez anos.

A IGAI recebeu mais de 1.500 em 2024 – mais do dobro das recebidas em 2014. A PSP é a mais visada.

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À Renascença, Paulo Macedo diz que muitas queixas relacionadas à atuação policial não são diretamente contra os agentes, mas sim reflexo da falta de efetivo.

“Muitas destas queixas podem não ser, e muitas vezes não são, direcionadas contra a polícia”, afirma Paulo Macedo, explicando que “hoje em dia a função de polícia é tão sensível e daí haver uma maior propensão de queixas nos grandes centros urbanos onde a PSP presta serviço”.

“Muitas vezes não depende da polícia, porque com a falta de efetivos policiais que existe, é óbvio que as pessoas, muitas vezes, sentem-se obrigadas a fazer uma queixa, mas não pela atuação do polícia, mas sim porque, se calhar, não chegou no tempo desejável e outras situações que estão diretamente ligadas com a falta de polícias”, destaca.

Máximo de dez anos: houve 1.511 queixas contra polícias em 2024

Para este sindicalista, a polícia tem sido vítima também de posições mais extremadas que têm surgido contra as forças de segurança.

Com o aumento da criminalidade nos grandes centros urbanos e a necessidade de maior intervenção da PSP, surgem mais queixas – muitas vezes motivadas por perceções negativas ou pela própria intensificação da presença policial.

“A sociedade, principalmente ultimamente, tem vivido algumas situações em que se extremam algumas situações e a polícia, enquanto força de segurança que atua nos grandes centros urbanos, onde há mais concentração de pessoas, onde há uma criminalidade cada vez mais desenvolvida, cada vez mais com situações que acontecem noutros países, que acabam por também já ocorrer muito em Portugal, tudo isto faz com que haja aqui mais necessidade de uma intervenção da PSP e quando isso acontece as pessoas com razão ou sem razão acabam por apresentar a sua queixa”, explica.

Por sua vez, Paulo Santos da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia destaca que muitas queixas contra a polícia ficam esvaziadas, após investigação, uma vez que grande parte delas não se confirma.

“Nos anos anteriores, sempre que saem estes números, nós questionamos qual é o resultado final desses inquéritos. Normalmente, aquilo que são as acusações formais com pena efetiva, até do ponto de vista disciplinar, são muito redutoras face àquilo que são os números iniciais”, indica Paulo Santos.

Aumento de queixas não significa aumento de indisciplina no seio das policias

O responsável assinala que não estão “de forma nenhuma a descurar ou a desconsiderar a importância desta matéria”, mas sim a dizer que “há aqui um conjunto de dinâmicas sociais que são diferentes”.

O nosso serviço está muito complexo, muito exigente e com parcos recursos, principalmente com poucos efetivos, o escrutínio é maior, agora era importante percebermos que os polícias diariamente estão sim com uma missão muito árdua, com poucos recursos, com muita exigência das populações e isso tem uma tradução clara nos relatórios”, assinala.

À Renascença, Paulo Santos diz que é natural que a maioria das queixas seja dirigida à PSP, já que a sua atuação se desenvolve principalmente nas grandes cidades, onde há mais interação social, maior circulação de pessoas e, consequentemente, maior probabilidade de conflitos e denúncias.

“Isso parece-me evidente, veja bem a área de intervenção da polícia comparativamente com a do GNR e veja bem também que é nas grandes cidades, nas grandes urbes que a polícia desenvolve a sua missão, exatamente nessas cidades onde há mais interações sociais e mais pessoas se mobilizam e se movimentam, daí faz todo sentido essa interpretação”, completa.

Núncio Apostólico em Portugal está de saída

O Núncio Apostólico em Portugal está de saída. O Papa Leão XIV aceitou o pedido de renuncia de D. Ivo Scapolo.

De acordo com uma comunicação da Nunciatura em Lisboa, enviada à Renascença, “Sua santidade, o Papa Leão XIV aceitou” a renúncia “ao cargo de Núncio Apostólico em Portugal”; renuncia que D. Ivo Scapolo apresentou “fazendo uso da possibilidade oferecida pelo arti. 20 do regulamento para as Representações Diplomáticas”, que autoriza os núncios a pedir a antecipação de sua aposentadoria, quando atingem os 70 anos.

No ofício enviado à Renascença, o Núncio Apostólico revela também que planeia “deixar Portugal definitivamente entre o final de junho e o início de Julho”. D. Ivo Scapolo é Núncio Apostólico em Portugal desde 29 de agosto de 2019.

A nota termina com D. Ivo Scapolo a confirmar-se “fraternalmente na comunhão de Cristo, Bom Pastor”.

D. Ivo completa 72 anos a 24 de Julho.

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