Universidade de Harvard processa administração Trump contra proibição de estudantes estrangeiros

Universidade de Harvad processou a administração Trump pela decisão do Presidente de revogar a autorização da universidade para matricular os estudantes estrangeiros.

Segundo avança a agência Reuters, a queixa apresentada no tribunal federal de Boston, Harvad classifica a revogação como uma violação flagrante da primeira emenda da Constituição dos Estados Unidos e de outras leis federais.

A instituição adianta que a ordem de Trump teve um efeito imediato e devastador sobre a universidade e de mais de sete mil portadores de visto de permanência no país.

A princesa Elisabeth, futura rainha da Bélgica, vê o futuro dos seus estudos postos em causa, depois da proibição a estudantes estrangeiros, imposta pelo governo do atual presidente dos EUA, Donald Trump.

“Harvard não pode mais matricular estudantes estrangeiros e que os estudantes estrangeiros existentes devem transferir ou perder o seu estatuto legal”, anuncia o Departamento de Segurança Interna. O Presidente ameaçou ainda estender esta medida a outras universidades do país.

Na quinta-feira, Harvard declarou que a medida do governo de Trump, que afeta milhares de estudantes, seria ilegal e constituía uma retaliação. De acordo com a informação divulgada pela Universidade, 6,793 estudantes estrangeiros estão matriculados este ano letivo, o que equivale a 27,2% dos estudantes.

Universidade de Harvard processa Casa Branca por impedir que alunos estrangeiros frequentem a instituição

A Universidade de Harvard processou esta sexta-feira a administração Trump, devido à decisão de revogar a autorização da instituição para receber alunos estrangeiros. De acordo com a escola de elite, o Presidente norte-americano violou a Constituição.

A prestigiada universidade norte-americana pediu a um juiz do Tribunal Distrital dos Estados Unidos em Massachusetts para bloquear a ordem da administração de Donald Trump. A ação judicial considerou a revogação uma “violação flagrante” da Constituição, tratando-se do “último ato do governo em clara retaliação por Harvard ter exercido os seus direitos da Primeira Emenda [da Constituição] para rejeitar as exigências do governo de controlar a administração de Harvard, o seu currículo e a ideologia dos professores e estudantes” — pode ler-se na denúncia, citada pela CNBC.

Em causa está a proibição do Departamento de Segurança Interna dos EUA de matricular futuros alunos internacionais. Também os atuais alunos estrangeiros matriculados estão impedidos de continuar os estudos na instituição, correndo o risco de perder o estatuto legal nos Estados Unidos.

A proibição afeta cerca de sete mil pessoas, sendo que a certificação de Harvard “é essencial para que cada um dos milhares de estudantes internacionais da universidade permaneça legalmente neste país enquanto completam os cursos, obtêm diplomas e continuam a investigação crítica”.

“Com um golpe de caneta, o governo procurou eliminar um quarto do corpo estudantil de Harvard, estudantes internacionais que contribuem significativamente para a universidade e para a sua missão”, lê-se no processo.

A decisão da Casa Branca surge como mais um esforço para pressionar a escola de elite a alinhar-se com a agenda do Presidente dos Estados Unidos. Até agora, a universidade recusou-se a compactuar com as exigências políticas de Donald Trump.

De quem devemos ter medo em ‘Black Mirror’, série que mudou para sempre o conceito de televisão? “A tecnologia é neutra, má é a humanidade”

Netflix

Há 14 anos, mais precisamente a 4 de dezembro de 2011, uma “pequena” série britânica do Chanel 4, com apenas três episódios, plantava-se na Netflix. Charlie Brooker, mais conhecido por talent shows e programas de comédia, atirava-se para o universo distópico, mas demasiado próximo, onde a tecnologia nos mostrava algo que já devíamos saber há muito tempo: que ela é neutra, nós, humanidade, é que escolhemos sempre o caminho do mal. “Black Mirror” está de volta para a sua sétima temporada, com um rasto enorme de fãs, um novo grande conjunto de atores conhecidos de Jesse Plemons a Cristin Milioti mas será que continua a ser uma sátira social ou um aviso contra os perigos da tecnologia?

A atriz Cristin Milioti no episódio “USS Callister: Rumo ao Infinito”, o último e o mais longo desta temporada, com 90 minutos

Não saberemos. Nem é esse o propósito de “Black Mirror”. A argumentista Filipa Amaro e o crítico de cinema e televisão José Paiva em “No Último Episódio” fizeram a primeira retrospectiva do podcast. São 33 episódios, onde “The National Anthem”, a fazer lembrar rumores sobre o ex-primeiro-ministro David Cameron, ou “The Black Museum”, a não fazer esquecer os horrores da escravatura, entram para o Hall of Fame de favoritos, sendo analisados até ao limite antes que qualquer um desligue os ecrãs e perceba que esses mesmos ecrãs são um “espelho da nossa realidade”.

Mas “Black Mirror”, que também gosta de andar pelo universo dos videojogos (com referências a tecnologias como ZX Spectrum ou a Inteligência Artificial), não fosse Charlie Brooker um antigo crítico de jogos de computador da revista PC Zone, já teve momentos na sua história em que falhou. Ora nesses mesmos episódios, ora em temporadas mais ligadas a bruxaria ou demónios. O melhor teria sido repetir o episódio de natal com Jon Hamm (em “White Christmas”) ou pedir a Jessie Armstrong, criador de “Succession” (HBO Max), que volte a escrever um argumento para a série. Já se falou de mais neste texto, o emoji sorridente está a caminho para partir o nosso ecrã. É tentar desligar desta droga a que chamamos tecnologia e ouvir o novo episódio.

Tiago Pereira Santos com José Fernandes

Quantas vezes já quis saber mais sobre “aquele” último episódio? Encontrar respostas que criam mais perguntas e só o deixam a pensar quando é que estreia o próximo capítulo?

Em “No Último Episódio”, Filipa Amaro e José Paiva não trazem garantia nenhuma de tranquilizar os fãs de séries. Vêm para se juntar à festa.

Trazem histórias de bastidores, críticas do público vs críticas dos críticos e análises de cenas.

Tudo isto num podcast que se vai dedicar à melhor televisão internacional de 2025.

‘No Último Episódio’ vai para o ar todas as sextas-feiras no Expresso e em todas as plataformas de podcast. O primeiro episódio será publicado a 25 de abril. Oiça aqui o trailer.

O rei da cocada debaixo do coqueiro – Extremamente Desagradável

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No Último Episódio

Aqui falamos das séries mais aguardadas do ano, que histórias de bastidores guardam, como foram feitas, quem as fez e porquê, o que diz a crítica, o que diz o público. E por que é que precisam ou não de mais temporadas. O objetivo é simples: continuar a conversa fora do ecrã, com quem adora ver séries.

‘No último episódio’ é um podcast de Filipa Amaro, realizadora e argumentista, e de José Paiva, crítico de cinema e televisão

Papa Leão XIV aceitou renúncia de núncio apostólico em Portugal

O Papa Leão XIV aceitou esta sexta-feira a renúncia do núncio apostólico em Portugal, Ivo Scapolo, anunciou esta sexta-feira o Vaticano.

“O Santo Padre aceitou a renúncia ao cargo de núncio apostólico em Portugal apresentada por monsenhor Ivo Scapolo, Arcebispo Titular de Tagaste”, por limite de idade, refere o boletim da Santa Sé.

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) já agradeceu o trabalho diplomático de Ivo Scapolo no país, desde agosto de 2019, seja “junto da Igreja em Portugal e nas relações diplomáticas com o Estado Português“.

“Além do normal exercício da sua missão pastoral e diplomática, recordamos com particular relevância o seu acompanhamento aquando da visita do Papa Francisco a Portugal por ocasião da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023”, referem os bispos portugueses.

Ivo Scapolo era o decano do corpo diplomático em Portugal, nasceu em Pádua há 71 anos e entrou no serviço diplomático da Santa Sé em maio de 1984.

Ao longo da sua carreira, desempenhou cargos nas representações do Vaticano em Angola, Portugal e Estados Unidos da América. Antes de ter sido nomeado núncio para Portugal, teve o mesmo cargo na Bolívia, Ruanda e Chile.

O Vaticano ainda não nomeou o seu sucessor.

Taça de Portugal. PSP apela aos adeptos que sejam “responsáveis” e não usem pirotecnia

Lembrando que passaram quase três décadas desde que Sporting e Benfica disputaram o final da Taça de Portugal no Jamor — evento que acabou com a morte de um adepto leonino — a PSP apela a que sejam adotados “comportamentos responsáveis e respeitadores. E alerta para os perigos associados ao uso da pirotecnia, tais como queimaduras, agressões na cabeça ou inalação de fumos.

“Preocupa à PSP todo e qualquer ato violento ou comportamento inadequado, como também o uso de engenhos explosivos. O uso de pirotecnia é um fenómeno que não é exclusivo da realidade nacional, assumindo-se como uma problemática de dimensão europeia”, lê-se no comunicado enviado às redações. Só na época desportiva 2023/2024, do total de 8.879 incidentes em eventos futebolísticos, 63,9% ocorreram devido à posse/deflagração de pirotecnia, aponta a PSP.

E logo enumera os riscos associados ao uso destes artigos. São quatro: queimaduras (através do contacto direto com uma chama ou só devido à proximidade) na roupa e estruturas; fumos (que podem afetar a respiração e até ter consequências a longo prazo, como provocar efeitos cancerígenos); impacto na cabeça, olhos e ouvidos (devido ao arremesso de materiais ou à sua detonação perto dos ouvidos) e também na visão (podendo causar lesões oculares); e, por último, pânico.

Lembrando que está proibido o uso de “qualquer tipo de petardo”, “posse ou uso de artigos de pirotecnia” e também a venda destes artigos pela internet ou através do telefone, a PSP alerta ainda que, caso algum adepto se depare com “resíduos perigosos ou artigos de pirotecnia não deflagrados” não deve mexer-lhes.

Para a celebração do fim da Taça de Portugal, a PSP pede ainda aos adeptos que “evitem provocações” e respeitem os outros, assim como que as “regras dos recintos desportivos” sejam respeitadas, evitando lançar objetos para o campo. “Seja um exemplo positivo, colabore com a PSP, informe comportamentos inadequados e celebre com moderação”, lê-se no comunicado desta autoridade.

PSP desmantela rede de tráfico de droga que operava em Beja

A PSP desmantelou uma rede de tráfico de droga que operava na cidade de Beja, numa operação em que foram detidos 11 suspeitos e foi apreendida “uma significativa quantidade” de haxixe, cocaína e armas, foi anunciado esta sexta-feira.

Em comunicado, o Comando Distrital de Beja da PSP indicou que a operação, denominada “Pelourinho”, teve início na terça-feira, na cidade alentejana, mobilizando cerca de 80 agentes de várias unidades da polícia.

“Foi desmantelada uma rede de tráfico de droga, com a detenção de 11 suspeitos e a apreensão de uma significativa quantidade de droga, armas e material relacionado com a atividade criminosa”, adiantou.

Contactada pela agência Lusa, uma fonte policial referiu que a rede criminosa operava em toda a cidade, mas o foco da organização era a Praça da República, no centro de Beja.

Os detidos, realçou a mesma fonte, são sete homens e quatro mulheres, com idades entre os 17 e os 44 anos.

Segundo a PSP, a operação envolveu oito buscas domiciliárias, nas quais foram apreendidas 700 doses de haxixe e 65 de cocaína, sete botijas de óxido nitroso e 840 euros em dinheiro.

Foram ainda apreendidas uma arma de fogo com 13 munições, um bastão extensível, um automóvel e material alegadamente relacionado com a atividade criminosa, incluindo telemóveis, balanças de precisão e facas de corte.

A fonte policial salientou à Lusa que os 11 detidos estão a ser presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal Judicial de Beja, estimando que as eventuais medidas de coação sejam conhecidas na segunda-feira.

A operação contou com elementos da Unidade Especial de Polícia, nomeadamente o Corpo de Intervenção e Grupo Operacional Cinotécnico, além de apoio da PSP de Abrantes e de Cascais e de todas as subunidades do Comando Distrital de Beja.

Trump ameaça UE com tarifas de 50% a partir de 1 de junho

A publicação do Presidente dos EUA agrava a tensão com a liderança da Apple. Este mês, Tim Cook afirmou que as fábricas indianas vão passar a fornecer “a maioria” dos iPhone que serão vendidos nos EUA ao longo dos próximos meses. É desta forma que a Apple pretende minimizar as consequências da guerra comercial e das tarifas impostas pelos EUA à China, um país importante de produção do iPhone.

A revelação feita por Cook não agradou a Donald Trump, que teceu críticas ao executivo durante a viagem que fez ao Qatar, na semana passada. “Tenho um pequeno problema com Tim Cook”, citou a CNN. “Disse-lhe ‘Tim, és meu amigo. Trato-te muito bem. Vais investir 500 mil milhões de dólares. Mas agora ouço que estás a construir em toda a Índia. Não quero que invistas na Índia’”, afirmou Trump, aproveitando a oportunidade para reiterar que quer a Apple a fabricar produtos nos EUA.

Segundo uma fonte da administração norte-americana à CNN e ao Financial Times, Tim Cook esteve reunido com Donald Trump na Casa Branca esta terça-feira. Porém, não é claro se o assunto está diretamente ligado a tarifas ou a outro tipo de projeto.

Em fevereiro, a Apple comprometeu-se a gastar e a investir “mais de 500 mil milhões de dólares” nos EUA ao longo dos próximos quatro anos, numa tentativa de apaziguar Donald Trump. A promessa incluiu planos para aumentar as instalações em pontos como o Michigan, Texas, Califórnia, Arizona, Nevada, Iowa, Oregon, Carolina do Norte ou Washington. No caso do Texas, está prevista a criação de uma nova fábrica e investimentos ligados à engenharia em áreas como inteligência artificial e desenvolvimento de semicondutores.

A Apple ainda não reagiu à ameaça de Donald Trump. Por volta das 13h15, as ações da Apple caem 3,75% antes da abertura do mercado.

Escritora Isabel Allende “furiosa” com Trump, denuncia “fanatismo, ignorância e medo”

Entrevista Renascença

23 mai, 2025 – 12:43 • Maria João Costa , Beatriz Pereira (edição) , Miguel Marques Ribeiro (edição) e Fábio Oliveira (imagem)

De passagem por Lisboa para lançar o novo livro “O Meu Nome é Emilia del Valle”, a autora de origem chilena, que vive há mais de 20 anos nos Estados Unidos, considera que “Trump representa o pior”. Lamenta que estejam a “deportar pessoas que não têm culpa” e a “exploração do medo”.

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