Filipe Jesus. “Missão que fica para a história do desporto português”

Com Portugal no 27.º lugar entre 112 países, chegaram ao fim os Jogos Mundiais de Chengdu, na China. O chefe da missão portuguesa, Filipe Jesus, classifica de “histórica” esta participação.

“Diria que é uma missão cumprida e muito bem cumprida. Tudo aquilo que os atletas procuraram, alcançaram. Tivemos excelentes resultados, 10 medalhas – quando aquilo que estava contratualizado era cinco medalhas – mais seis posições até ao sexto lugar e outras 12 até ao 16.º lugar. É uma missão que fica para a história do desporto português. O máximo que tínhamos conseguido era cinco medalhas e, portanto, extremamente satisfeito com o desempenho desta missão”, disse.

Em declarações à Renascença, Filipe Jesus considera que Portugal não tem condições para assumir uma candidatura à organização de uns Jogos Mundiais.

“Acho, à data, completamente impossível. A dimensão de um evento para quase cinco mil participantes, mais estruturas de apoio, treinadores e oficiais, o que faz com que estaremos a falar de cerca de 10 mil pessoas, são mais de 30 modalidades e necessidade de pavilhões para 15 modalidades em simultâneo em duas semanas de jogos. Não há cidade em Portugal que tenha instalações desportivas que permitam equacionar uma candidatura”, refere.

De recordar que os Jogos Mundiais acolhem modalidades reconhecidas pelo Comité Olímpico Internacional que, por diversas razões, não tem lugar nos Jogos Olímpicos.

Os últimos elementos da comitiva portuguesa chegaram esta segunda-feira a Lisboa.

A participação lusa consegue três ouros – Catarina Dias (kickboxing), Diana Gago (minitrampolim duplo) e Gabriel Albuquerque e Lucas Santos (trampolim sincronizado) -; três pratas, de Lara Fernandes e Guilherme Henriques (ginástica acrobática), Pedro Ramalho (ju-jitsu) e seleção de andebol de praia e quatro bronzes, dois do canoísta José Ramalho, um da dupla Beatriz Carneiro e Inês Faria (ginástica acrobática) e outro de Miguel Lopes e Gonçalo Parreira (ginástica acrobática).

Morreu Joaquim Piló, fundador do Bloco de Esquerda

Sindicalista morreu com 76 anos, no Hospital de Setúbal, onde se encontrava internado, vítima de doença prologada. O sindicalista e fundador do Bloco de Esquerda Joaquim Piló morreu esta segunda-feira, aos 76 anos, vítima de doença prolongada, informou o núcleo bloquista da Nazaré. “É com imensa tristeza que o Bloco da Nazaré anuncia o falecimento de Joaquim Piló, figura emblemática da nossa comunidade, pescador, sindicalista incansável e fundador do Bloco de Esquerda”, informou o núcleo da Nazaré em comunicado. Joaquim Piló morreu no Hospital de Setúbal, onde se encontrava internado, vítima de doença prologada, confirmou fonte oficial do BE à

Mortes em Gaza ultrapassam as 62 mil

Acompanhe o nosso liveblog sobre o conflito no Médio Oriente

Mais de 62 mil pessoas morreram na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva israelita, em outubro de 2023, anunciou esta segunda-feira o Ministério da Saúde do enclave.

Nas últimas 24 horas, as autoridades palestinianas registaram mais 60 mortos.

No total, pelo menos 62.004 pessoas morreram no enclave palestiniano desde o início da guerra, desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo extremista palestiniano Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, de acordo com a contagem dos hospitais que o ministério recolhe diariamente.

O Ministério da Saúde, tutelado pelo Hamas, especificou que entre as 60 vítimas mortais registadas no domingo, 27 foram abatidas quando tentavam receber alimentos nos pontos de distribuição da Fundação Humanitária para Gaza (organização apoiada pelos Estados Unidos e por Israel) ou quando estavam nos cruzamentos por onde passam os poucos camiões da ONU e de outras organizações que chegam ao enclave.

O balanço atualizado do ministério dá conta também de mais de 156 mil feridos.

As autoridades sanitárias do enclave acrescentaram que pelo menos cinco pessoas, incluindo dois bebés de 3 e 5 meses, morreram nas últimas 24 horas por causas relacionadas com a fome e a desnutrição. As autoridades locais estimaram que mais de 260 pessoas morreram de fome e de desnutrição na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva militar israelita.

A retaliação de Israel, que também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária, provocou igualmente a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

Vídeo. Os fogos vistos do céu. Avião da Força Aérea faz missões de vigilância aos incêndios

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Putin discute cimeira com Trump e guerra na Ucrânia em chamada com Lula

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu esta segunda-feira um telefonema do seu homólogo russo, Vladimir Putin, informou o gabinete de Lula em comunicado.

Durante a chamada, que durou cerca de 30 minutos, os dois líderes abordaram o encontro de Putin com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizado na semana passada, segundo o governo brasileiro.

“O Presidente Lula reafirmou o apoio do Brasil a todos os esforços que visem uma solução pacífica para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia”, acrescenta a nota.

Internacional

As eleições deste domingo, na Bolívia, ficaram marcadas por vários momentos inéditos: pela primeira vez na história haverá segunda volta, há 20 anos que o Movimento ao Socialismo (MAS), partido antes liderado pelo ex-Presidente Evo Morales, não ficava de fora de fora de uma disputa presidencial, e ao contrário do que tem acontecido nas últimas duas décadas, não haverá no Congresso legisladores do MAS, partido antes hegemónico. Quem surpreendeu foi Rodrigo Paz Pereira, que leva vantagem para Tuto Quiroga, com quem se defrontará na segunda volta, a 19 de outubro

Violação, violência doméstica e mulheres filmadas sem consentimento: filho da princesa Mette-Marit da Noruega enfrenta 32 acusações graves

Marius Borg Høiby, filho da princesa herdeira Mette-Marit da Noruega, de um relacionamento anterior ao casamento com o Príncipe Herdeiro Haakon, enfrenta 32 acusações graves, incluindo quatro crimes de violação, violência doméstica e filmar mulheres sem consentimento, após uma investigação que durou mais de um ano – desde a sua detenção dia 4 de agosto de 2024 -, segundo a France 24 e a AFP News.

O jovem de 28 anos, que não possui título real nem funções oficiais, esteve sob investigação desde a sua primeira detenção em agosto de 2024, tendo sido preso ainda em setembro e novembro do mesmo ano.

Entre as acusações estão ainda vandalismo, perturbação da ordem pública, violação de ordens de restrição e violência contra ex parceiras.

De acordo com o procurador público Sturla Henriksbo, a pena máxima pelos crimes indicados pode atingir os 10 anos de prisão.

“São atos muito graves que podem deixar cicatrizes duradouras e destruir vidas”, afirmou, sublinhando que o facto de Høiby ser membro da família real não irá influenciar a aplicação da lei.

As alegadas quatro violações ocorreram entre 2018, 2023 e 2024, esta última depois de ter começado a investigação criminal. Høiby já admitiu a agressões e vandalismo no incidente (suspeita de agressão) de agosto de 2024, e afirmou ter agido “sob a influência de álcool e cocaína após uma discussão”, além de sofrer “problemas mentais” e dificuldades com “abuso de substâncias”, de acordo com a BBC News.

A Casa Real da Noruega limitou-se a afirmar que o caso segue o seu curso legal, sem acrescentar mais comentários.

A investigação incluiu inúmeras entrevistas com testemunhas, buscas e análise de extenso material digital, segundo o Distrito da Polícia de Oslo.

Algumas acusações foram arquivadas por prescrição ou falta de provas, mas o advogado de Høiby, Petar Sekulic, afirmou que o cliente leva as acusações “muito a sério” e não reconhece a maioria das acusações, especialmente no que diz respeito a crimes sexuais e violência.

Texto escrito por Nadja Pereira e editado por João Miguel Salvador

Incêndios. Oposição levanta a voz contra o Governo e já pede a demissão da ministra

Após duas semanas de grandes incêndios a consumir o país, a oposição levanta o tom contra o Governo e já se pede a demissão da ministra da Administração Interna. Depois da Festa do Pontal, em que se queixou que o seu discurso estava a ser transmitido em paralelo com as imagens dos incêndios, Luís Montenegro decidiu interromper as férias no Algarve, activar o pedido de ajuda ao Mecanismo Europeu de Protecção Civil e regressar a São Bento.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue – nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para [email protected].

Milhares de palestinianos abandonam Cidade de Gaza com receio de ofensiva israelita

Temendo uma ofensiva terrestre iminente de Israel, milhares de palestinianos abandonaram as suas casas em bairros orientais da Cidade de Gaza, alvo de bombardeamentos constantes, deslocando-se para zonas a oeste e sul do território devastado.

O plano de Israel para tomar a Cidade de Gaza gerou alarme dentro e fora do país. Dezenas de milhares de israelitas realizaram alguns dos maiores protestos desde o início da guerra, exigindo um acordo que ponha fim aos combates e permita a libertação dos 50 reféns que permanecem detidos por militantes palestinianos desde 7 de Outubro de 2023.

A iminente ofensiva levou mediadores egípcios e catarenses a intensificar esforços para alcançar um cessar-fogo. Uma fonte próxima das negociações com o Hamas, no Cairo, descreveu esta ronda como “a última tentativa”.

Manifestações contra a guerra na Faixa de Gaza bloqueiam autoestradas em Israel

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, considera a Cidade de Gaza o último grande bastião urbano do Hamas. Porém, com 75% do território já sob controlo israelita, o exército advertiu que expandir a ofensiva poderá pôr em risco a vida dos reféns e arrastar as tropas para uma prolongada e sangrenta guerra de guerrilha.

Pai de refém: “Tenho medo que o meu filho seja ferido”

Dani Miran, cujo filho Omri foi sequestrado a 7 de Outubro, afirmou recear as consequências de uma invasão terrestre: “Tenho medo que o meu filho seja ferido”, disse em entrevista à Reuters, em Telavive.

Na Cidade de Gaza, multiplicam-se também os apelos a protestos para exigir o fim de uma guerra que devastou grande parte do território e provocou uma catástrofe humanitária, bem como para pressionar o Hamas a intensificar as negociações de modo a evitar a ofensiva israelita.

Uma incursão blindada poderá deslocar centenas de milhares de pessoas, muitas delas já forçadas a fugir várias vezes desde o início do conflito.

Ahmed Mheisen, responsável por abrigos em Beit Lahiya, nos arredores orientais da Cidade de Gaza, relatou que 995 famílias abandonaram a zona nos últimos dias rumo ao sul.

Com a ofensiva à vista, Mheisen estima serem necessárias 1,5 milhões de tendas para alojamento de emergência, recordando que Israel permitiu apenas a entrada de 120 mil tendas durante a trégua de Janeiro a Março.

Israel anuncia nova fase da ofensiva centrada na cidade de Gaza

O gabinete humanitário da ONU indicou, na semana passada, que 1,35 milhões de pessoas já necessitam de abrigos de emergência em Gaza.

“O povo da Cidade de Gaza é como alguém que recebeu uma sentença de morte e aguarda execução”, disse Tamer Burai, empresário local. “Vou levar os meus pais e a família para o sul hoje ou amanhã. Não posso arriscar perder ninguém caso haja uma invasão súbita”, acrescentou via aplicação de mensagens.

Um protesto sindical está agendado para quinta-feira na Cidade de Gaza, com muitos a anunciarem nas redes sociais a sua participação, aumentando assim a pressão sobre o Hamas.

A última ronda de negociações indiretas terminou no final de julho sem acordo, com ambas as partes a trocarem acusações pelo impasse.

Fontes próximas das conversações no Cairo referem que mediadores egípcios e catarenses se reuniram com líderes do Hamas, da Jihad Islâmica e de outras fações, mas sem avanços significativos.

Segundo um responsável do Hamas, o movimento estaria disposto a retomar as discussões sobre uma trégua de 60 dias, proposta pelos EUA, que incluiria a libertação de metade dos reféns. Mas insiste também num acordo mais amplo que ponha termo definitivo à guerra.

Impasse diplomático

Israel afirma que só aceitará cessar-fogo caso todos os reféns sejam libertados e o Hamas depunha as armas – exigência que o grupo islamista rejeita até que seja criado um Estado palestiniano. Um dirigente do Hamas reiterou esta segunda-feira à Reuters que a organização rejeita as condições de desarmamento ou do fim da sua liderança em Gaza.

Mantêm-se igualmente divergências sobre a extensão da retirada israelita e a forma como a ajuda humanitária será distribuída na faixa, onde a desnutrição é generalizada e organizações alertam para o risco de fome.

Sublinhando o impasse, o presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu na sua rede social: “Só veremos o regresso dos reféns quando o Hamas for confrontado e destruído!!! Quanto mais cedo isso acontecer, maiores serão as hipóteses de sucesso.”

Hamas rejeita plano israelita para deslocar palestinianos para o sul de Gaza

No sábado, o exército israelita declarou estar a preparar-se para fornecer tendas e outros equipamentos antes de deslocar civis das zonas de combate para o sul do enclave. Não foram, contudo, avançados detalhes sobre quantidades nem prazos de entrega.

“As tendas existentes no sul já estão degradadas e não protegem da chuva. Não há novas tendas em Gaza devido às restrições israelitas nas fronteiras”, afirmou o economista palestiniano Mohammad Abu Jayyab. Disse ainda que algumas famílias da Cidade de Gaza começaram a alugar casas no sul e a transferir os seus pertences: “Algumas pessoas aprenderam com experiências anteriores e não querem ser apanhadas de surpresa. Outras acham melhor mudar já para garantir espaço.”

A guerra começou quando militantes liderados pelo Hamas atravessaram a fronteira para o sul de Israel, matando 1.200 pessoas e sequestrando 251, segundo dados israelitas, a 7 de outubro.

Desde então, mais de 61 mil palestinianos foram mortos pela campanha aérea e terrestre israelita, segundo as autoridades de saúde locais, que não distinguem entre combatentes e civis.

Nas últimas 24 horas, mais cinco palestinianos morreram de desnutrição e fome, elevando para 263 o número de mortes por essas causas, incluindo 112 crianças, desde o início do conflito, de acordo com o Ministério da Saúde em Gaza.

Israel contesta os números divulgados pelas autoridades da Faixa, controlada pelo Hamas.

O dia em que Albert Einstein foi convidado a ser presidente de Israel

O famoso cientista foi convidado em 1952 para suceder a Chaim Weizmann e ser o segundo presidente do Estado judaico, mas recusou a oferta. Em 1949, com o Estado de Israel recém-criado, Chaim Weizmann foi escolhido presidente do novo país, pela sua dedicação à causa sionista. Este é um cargo mais simbólico e cerimonial do que executivo, porque Israel é uma república parlamentar, com o primeiro-ministro como chefe de governo. Em 1952, aos 77 anos, Weizmann morreu. Israel precisava de um novo presidente. O Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita avançou então com nomes de judeus célebres que poderiam ocupar a

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