Embaixada dos Estados Unidos em Kiev alerta para ataque aéreo “significativo” nos próximos dias


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A Embaixada dos Estados Unidos em Kiev afirmou, esta sexta-feira, que tem informações que apontam para um ataque aéreo “potencialmente significativo” na Ucrânia, “a qualquer momento nos próximos dias”.
“A Embaixada recomenda que os cidadãos americanos estejam preparados para se abrigar imediatamente caso seja anunciado um alerta aéreo”, refere o comunicado da representação diplomática.
A nota inclui, também, um conjunto de recomendações em caso de ataque, como por exemplo identificar os locais de abrigo antes de qualquer alerta, recorrer a esses locais logo que haja um aviso e munir-se de aplicações de telemóvel próprias.
É ainda recomendado o armazenamento de reservas de água, alimentos e medicamentos e, em caso de emergência, seguimento das instruções das autoridades ucranianas e dos socorristas, além de avaliação prévia do que o Departamento de Estado norte-americano, numa situação de crise, “pode e não pode fazer”.
O alerta surge numa altura em que os Estados Unidos, juntamente com alguns países europeus como o Reino Unido e França, tentam promover uma trégua de 30 dias no conflito na Ucrânia. O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou, esta sexta-feira, que espera “nas próximas horas e dias” um plano conjunto dos Estados Unidos e da Europa para um cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia, envolvendo “sanções económicas em massa” se for violado.
Os líderes dos países europeus aliados de Kiev estão prontos para fornecer garantias de segurança quando a paz for alcançada, estando prevista uma reunião para discutir este tema no próximo sábado na Ucrânia, e alguns deles deverão comparecer pessoalmente.
A Rússia reivindica a anexação de quatro regiões no sul e leste da Ucrânia que controla parcialmente (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia) desde a invasão do país vizinho, iniciada em fevereiro de 2022, e a península da Crimeia, anexada em 2014. Por sua vez, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recusa ceder qualquer território a Vladimir Putin para pôr fim à guerra, enquanto Washington, que tem vindo a dialogar com os dois países, parece ponderar o reconhecimento de regiões ocupadas por Moscovo.