Trust in News, dona da Visão, comunica despedimento coletivo dos 80 trabalhadores

A Trust in News (TiN) comunicou na sexta-feira o despedimento coletivo dos 80 trabalhadores do grupo, dono de títulos como a Visão e Caras, pedindo-lhes para “continuarem a trabalhar sem receber”, anunciou este domingo o Sindicato dos Jornalistas (SJ).

“A direção do Sindicato dos Jornalistas (SJ) foi confrontada com a dramática notícia do despedimento, sexta-feira, 25 de julho, de todos os trabalhadores do grupo Trust in News (TiN)”, lê-se num comunicado divulgado este domingo.

De acordo com o sindicato, este “é um desfecho que começou a desenhar-se há meses e cujos reais contornos devem ser apurados em todas as dimensões, desde a jornalística, à económica, financeira, política e até judicial”.

No comunicado, o SJ aponta a “postura incompreensível e intolerável” do administrador de insolvência da TiN, que quando entregou, presencialmente, o pré-aviso de despedimento aos cerca de 80 trabalhadores da empresa, lhes pediu “que continuassem a trabalhar para manter vivos os títulos, com o argumento de gerar receita, apesar de não ser dada qualquer garantia de remuneração”.

“Teme o SJ que se esteja a preparar uma venda a preço de saldo, sem ‘o inconveniente e o incómodo’ de existirem pessoas a quem pagar salários e garantir direitos”, sustenta.

Segundo explica, variando o prazo do pré-aviso de despedimento de 30 a 75 dias, consoante a antiguidade de cada trabalhador, “no fundo, foi pedido às pessoas a quem é devido o salário de junho, e em breve o de julho, bem como os subsídios de férias e os subsídios de refeição de maio e de junho, que continuem a trabalhar sem garantia de retribuição”.

Isto “para manter vivo um negócio que, desconfiamos, será vendido ‘à 25.ª hora’”, adverte.

Neste sentido, o sindicato alerta que “todos os que aceitarem continuar a trabalhar poderão estar a ajudar a salvar uma negociata cujos contornos não são claros neste momento”.

Adicionalmente, “perdendo todos os direitos como trabalhadores com o despedimento agora anunciado, não têm qualquer garantia de vir a ser integrados numa empresa que eventualmente possa nascer”.

“Lembramos que, além de estar a ser pedido agora às pessoas que continuem a trabalhar sem remuneração, o que equivale a escravatura, os trabalhadores, na esperança de uma venda redentora, podem estar a contribuir para salvar títulos que, no futuro, podem ser usados para fazer um jornalismo completamente diferente do que fizeram nestes anos, em que engrandeceram a profissão e contribuíram para uma sociedade mais esclarecida, dado o rigoroso escrutínio de que se revestiu muito do que foi feito jornalisticamente no grupo TiN, enquanto teve capacidade financeira”, adverte o SJ.

O sindicato diz viverem-se tempos em que “a fragilidade do jornalismo interessa a muitos atores sociais, alguns dos quais se regozijam com o desemprego destas 80 pessoas”.

“Sabemos que há muita gente que deseja o fim desta profissão, que não quer ser escrutinada, que quer mentir livremente, pois não trabalha nem deseja uma sociedade que seja mais justa e equitativa”, lamenta.

Neste cenário, a estrutura sindical considera “ainda mais lamentável e profundamente incompreensível” que, quase dois meses decorridos desde que tomou posse, o ministro da Presidência, Leitão Amaro, que tutela a comunicação social, “ainda não tenha respondido ao pedido de audiência solicitado pelo SJ pouco após a sua oficialização no cargo”.

O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste chumbou em junho o plano de insolvência apresentado pela TiN, determinando o encerramento da sua atividade: “Nestes termos, decido não homologar o plano de insolvência apresentado pela Trust in News”, lê-se num documento datado de 18 de junho, a que a agência Lusa teve acesso.

Na altura, o acionista da TiN Luís Delgado disse à Lusa pretender recorrer da decisão que ditava o fecho da empresa, detentora de títulos como a Visão, Exame, Jornal de Letras, Activa, Telenovelas, TV Mais e Caras.

“Se possível, vamos recorrer da decisão da não homologação do plano de insolvência que foi aprovado por 77% dos credores”, afirmou então o gestor.

Cais do Ginjal reabre ao público a 31 de julho com nova vida e segurança

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Cais do Ginjal renasce como espaço público após demolições e será reaberto no final de julho com nova imagem e segurança reforçada.

O Cais do Ginjal, em Almada, prepara-se para voltar a poder receber visitantes a partir do dia 31 de julho, após um período de obras de demolição e requalificação liderado pelo grupo AFA. A informação foi divulgada pela presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, através de uma publicação nas redes sociais.

Durante uma visita às intervenções em curso, a autarca sublinhou o esforço conjunto entre a autarquia e o promotor privado para transformar uma zona anteriormente degradada num espaço renovado, seguro e atrativo. “Estamos a trabalhar para devolver ao Ginjal a dignidade e o dinamismo que merece”, declarou.

A intervenção decorreu após uma avaliação técnica que identificou riscos estruturais nos edifícios da zona, o que levou à sua demolição iniciada a 5 de maio. A medida teve por base vistorias do Serviço Municipal de Proteção Civil, que motivaram a declaração de “situação de alerta” em abril, interditando temporariamente o acesso ao público. Com a reabertura iminente, os visitantes poderão desfrutar de uma exposição ao ar livre sobre a história do Cais do Ginjal, uma zona ribeirinha com uma forte carga simbólica e afetiva para os almadenses. “Este é um momento de reencontro entre o passado e o futuro da cidade”, escreveu a presidente.

O futuro da zona passa também por um ambicioso projeto urbanístico, desenvolvido em parceria entre o município e o grupo AFA. O Plano de Pormenor, aprovado em 2020, prevê a criação de uma nova centralidade urbana com habitação, serviços, comércio, hotelaria e equipamentos sociais, num investimento estimado em 300 milhões de euros para uma área de cerca de 90.000 m2. Entre as propostas, estão previstas cerca de 300 habitações, um hotel com 160 quartos, diversas valências comerciais e 500 lugares de estacionamento. O objetivo é revitalizar um dos espaços mais icónicos da frente ribeirinha de Almada, integrando-o plenamente na malha urbana da cidade e no quotidiano dos seus habitantes e visitantes.

João Félix: “O meu sonho é ganhar um Mundial e uma Liga dos Campeões, mas se não atingir todos os meus objetivos não vou ficar frustrado”

Nasceu em novembro de 1999, em Viseu e sempre quis ser jogador de futebol. Aos 6 anos já não largava a bola e passava as tardes a jogar no relvado perto de casa.

Saiu da cidade com 11 anos para concretizar o sonho. A mudança não foi fácil e as saudades de casa eram muitas. Não aguentou a primeira noite em que dormiu na Casa no Dragão e ligou ao pai a pedir que o fosse buscar.

“Liguei-lhe a chorar, pedi para me tirar dali e para me ir buscar. Tinha saudades. Ele disse-me que se me fosse buscar naquele dia não me voltava a levar. E eu percebi que se quisesse continuar a jogar no Porto não podia vir embora”, recorda.

José Fonseca Fernandes

Os pais eram professores, faziam todos os fins de semana 260 quilómetros — entre o Porto e Viseu — para acompanhar o filho. O pai também foi jogador de futebol e preparador físico, mas nunca pressionou os filhos para serem jogadores — e hoje são os dois.

Aos 15 anos, deixou o FC Porto, depois de uma época menos boa. Ponderou regressar a casa, a Viseu. “Só queria jogar”, confessa. É nesta altura que surge o Benfica, por causa do irmão, que estava a caminho do clube. Mudou-se para o Seixal, numa espécie de transferência “dos irmãos Félix”.

José Fonseca Fernandes

No Benfica foi tudo “muito rápido”. O salto para a equipa A deu-se com o treinador Rui Vitória. Aos 19 anos, com apenas seis meses na primeira equipa, ganhou o campeonato nacional e acabou a época de sonho como a maior transferência de sempre de um jogador português. Foi para o Atlético de Madrid por 126 milhões.

Na altura, chamaram-lhe o “menino de ouro”, mas nunca sentiu a pressão. “Se vais fazer uma coisa em que sabes que és bom, em que tens confiança, não tens necessidade de sentir pressão. Se sentires pressão, as coisas vão sair pior”, diz.

José Fonseca Fernandes

Nem sempre foi fácil manter os pés assentes na terra e houve fases em que se sentiu “intocável”, mas rapidamente abriu os olhos. “Tenho medo de falhar comigo, de me desiludir a mim mesmo. De coisas que eu sei que posso atingir e não atingir por culpa minha. Sei bem o que quero, sei bem o que tenho de fazer para o conseguir, o meu único medo é, por alguma razão, desencaminhar-me desse caminho”, reconhece.

De olhos postos no futuro, agora com 25 anos, sonha ganhar o Mundial por Portugal e vencer uma Liga dos Campeões. “O melhor ainda está por vir”, promete.

Depois do cinema, da televisão e da moda, três áreas que Júlia Palha conhece bem, veio um novo desafio: levar a cabo uma série de conversas no formato podcast na SIC Notícias. ‘Geração 90’ surge no seguimento do Geração 70 e do Geração 80, dois podcasts de grande sucesso, da autoria de Bernardo Ferrão e de Francisco Pedro Balsemão.

Júlia Palha abre assim as portas à geração que cresceu com a revolução digital e que vive ansiosa em relação ao futuro. No ‘Geração 90’, fala-se de forma leve do peso que acarretam os sonhos e as expectativas.

Todas as terças-feiras novos episódios.

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Matilde Fieschi

Deus, pátria e família. Sexo não

O afastamento da sexualidade da disciplina de Cidadania dominou a semana. O ministro da Educação apressou-se a desmentir esse “apagão”, mas muitos ainda perguntam onde está o tema no programa.

Houve um certo cheiro a passado nesta decisão, que ainda está em consulta pública, e houve bastante desinformação a enxamear o discurso no espaço público e nas redes sociais. Frequentemente ouvimos e lemos quem defenda que o debate sobre a sexualidade nesta disciplina tem de acabar porque “já se passaram vários casos nas salas de aulas que não se podem repetir”.

Exemplo: na noite de terça-feira, o tema foi debatido na CNN Portugal entre Pedro Adão e Silva, ex-ministro da Cultura de António Costa, e Miguel Relvas, ex-ministro de Passos Coelho. Relvas defendeu que “não podemos viver de modas pedagógicas”, que se ouvem histórias sobre vários casos que se passaram e que “uma disciplina como esta tem de valorizar o que é a nossa cultura, a nossa tradição” e que é preciso uma “disciplina férrea na educação dos mais jovens”, uma que valoriza a história e que ponha os “jovens a visitar monumentos”. Adão e Silva insistiu questionando se conhecia casos, Relvas referiu-se a histórias de que se ouvem falar.

Paremos uns segundos para respirarmos entre o raciocínio que mistura sexualidade (era disso que se falava) e visitas a monumentos. E depois continuemos… A técnica do rumor e do “diz que disse” é uma velha conhecida da desinformação. Não se conhecem casos de problemas que tenham marcado o ensino dos conteúdos de sexualidade nas aulas de cidadania. Se quiser confirmar pesquise longamente na Internet e nos arquivos dos jornais online. Não os vai encontrar. Se acreditar que isso acontece porque os jornalistas estão a censurar o tema e não fizeram notícias nos últimos anos, por favor não leia o resto desta newsletter.

Os pais de Famalicão

Há apenas notícias sobre o caso dos pais de dois alunos de Famalicão que se opuseram a que frequentassem a disciplina por discordarem dos conteúdos. Não foi um problema da disciplina, mas sabemos que foi esse o caso que incendiou a polémica em 2020.

Outro engano veiculado por Relvas tem que ver com a ideia de que a discussão da sexualidade nas escolas começou com o primeiro Governo de António Costa. “Isto resultou muito das influências do BE na ‘geringonça’”, disse. É verdade que a disciplina de cidadania passou a existir nas escolas em 2017, mas a abordagem aos temas da educação sexual nas aulas é muito anterior. A primeira lei sobre este tema foi aprovada em 1984, num Governo de Mário Soares em coligação com o PSD. “A Educação Sexual nas escolas é uma necessidade e um direito das crianças, jovens e das famílias”, diz a insuspeita Associação para o Planeamento Familiar no seu site, confirmando a decisão dos anos 80.

As casas de banho nas escolas?

E outro engano: “Chega um jovem e independentemente do sexo frequenta a mesma casa de banho…”, atirou Miguel Relvas. Não é este o foco dos conteúdos sobre sexualidade. Aliás, Relvas refere-se às polémicas medidas para as escolas, aprovadas em 2023, para garantir o direito de crianças e jovens à autodeterminação da identidade e expressão de género – e referindo-se apenas ao ponto mais noticiado e talvez não tão importante quanto outros. Nada tem que ver com sexualidade nas aulas de cidadania.

Vivemos tempos peculiares. Dois temas do lema central do Estado Novo estão de novo a ser usados como bandeiras. Nunca deixamos de ser patriotas, mas estamos cada vez mais nacionalistas. Dá votos ser contra os imigrantes. A família sempre foi o núcleo central de boa parte dos cidadãos, mas agora só pode ser dos portugueses de “sangue puro”. Dá votos ser contra o reagrupamento familiar de imigrantes. E não nos falta Deus. Há pelo menos um político – o líder do Chega – que falava dele e das suas idas à missa a toda a hora na campanha eleitoral. Repararam que não o fez mais desde que a campanha acabou?

Há um cheiro a bafio no ar que nos quer levar de volta ao Portugal dos anos 1940. A nossa função é lembrar-lhe que nesse país não há liberdades individuais, liberdade de expressão, liberdade de imprensa, autodeterminação de género nem de outro tipo qualquer. A convicção de alguns pais de agora será a de que nenhuma outra pessoa tem o direito de falar sobre sexualidade com os seus filhos além deles. E, na verdade, nem eles. O tabu é uma forma de obscurantismo que não governa apenas famílias, mas também regimes. A informação é sempre o melhor caminho.

E por isso, fomos confirmar recentemente se três em cada quatro alunos LGBTQI são vítimas de bullying, como disse Joana Mortágua (BE) nas criticas que fez à retirada da sexualidade da cidadania. É verdade, segundo o Relatório da Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia (2024). Entre os inquiridos portugueses, 74% disseram ter sofrido bullying na escola, ter sido ridicularizados, gozados, insultados ou ameaçados pelo facto de fazerem parte da comunidade LGBTIQ.

Imigração e desinformação

Mas esta newsletter refere-se aos temas que publicamos ainda em Junho. Nesse mês, confirmamos que o Governo não prevê a entrada de mais 500 mil imigrantes, como indicado por André Ventura.  Também vimos que era falso que Portugal ia receber imigrantes “sem ter a certeza do seu registo criminal”. A imigração foi, aliás, o tema mais explorado em campanhas de desinformação antes das legislativas, como noticiamos com base no relatório final do MediaLab, centro de estudos de ciências de comunicação do ISCTE.

E será que o número de imigrantes “quadruplicou“, desde 2017, como disse a ministra da Administração Interna? Sim, Portugal tinha mais de 421 mil imigrantes em 2017 e, no ano passado, o número era superior a 1,5 milhões.

Junho também ficou marcado por acontecimentos e declarações nos EUA. Vários utilizadores de redes sociais apressaram-se a publicar vídeos que aparentemente provavam que Trump e Musk tinham feito as pazes. Mas não era verdade.

Como também era falso que Barack Obama, Elizabeth Warren, Hillary Clinton e Kamala Harris tenham feito a saudação nazi. As imagens usadas por Musk estavam descontextualizadas.

Veja aqui mais algumas Provas de Factos:

Obrigado por acompanhar o PÚBLICO e a Prova dos Factos. Bom fim-de-semana!

Sindicato acusa TAP de substituir trabalhadores da Menzies em greve

O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) acusa a TAP de “sabotar a greve” na SPdH/Menzies (antiga Groundforce) substituindo ilegalmente grevistas com técnicos de manutenção da transportadora, mas esta garante estar a atuar “no estrito cumprimento da lei”.

“O SIMA denuncia publicamente aquilo que já sabíamos, mas hoje ficou documentado, a TAP está a sabotar a greve em curso na Menzies/SPdH. E fá-lo à margem da lei, à vista de todos e com a cumplicidade do Governo”, sustenta o sindicato num comunicado divulgado hoje.

Contactada pela agência Lusa, fonte oficial da TAP afirmou que a empresa “está a fazer tudo para minimizar o impacto desta greve nos seus passageiros, mas – assegurou – sempre no estrito cumprimento da lei”.

Para comprovar a denúncia feita, o sindicato anexa uma notificação interna da operação, emitida esta manhã, confirmando que “técnicos da TAP — Manutenção estão a substituir trabalhadores grevistas, executando as “fonias de saída” (comunicações críticas entre placa e “cockpit”), que são função da SPdH/Menzies”.

“A TAP costuma esconder-se atrás dos seus 49,9% de participação na Menzies para negar responsabilidades. Mas hoje ficou claro, quando se trata de furar uma greve e esmagar trabalhadores, a TAP mete-se até dentro dos aviões”, sustenta o sindicato.

Destacando que a substituição direta ou indireta de grevistas é “uma violação grosseira da lei da greve”, o SIMA garante que “a TAP não está apenas a “colaborar””, mas sim “a operar no terreno como substituta da empresa de “handling”” e, “portanto, a cometer uma ilegalidade”.

Face a esta situação, o sindicato considera que a administração da TAP, liderada por Luís Rodrigues, “deve explicações ao país” e tem de “assumir a sua responsabilidade direta na repressão de uma greve legítima”.

Adicionalmente, questiona “onde está o Governo” português”, que, enquanto “acionista maioritário da TAP e conhecedor da situação laboral na Menzies, não pode fingir que não viu”.

“Esta participação da TAP em tarefas de “handling” durante a greve compromete diretamente o Estado. Silenciar esta denúncia é aceitar que se destrua o direito à greve em Portugal”, acusa o SIMA.

Denunciando que a atual greve na Menzies “revelou o que se queria esconder: um esquema de repressão laboral, onde a TAP, a Menzies e o Estado atuam em bloco contra os trabalhadores”, o sindicato garante que “não se calará”.

Os trabalhadores da Menzies Aviation cumprem hoje o terceiro de quatro dias de uma greve convocada pelo SIMA e pelo Sindicato dos Transportes (ST), que teve início às 00h00 de sexta-feira e se prolonga até às 24h00 de segunda-feira.

Trata-se da primeira de cinco greves de quatro dias marcadas para os fins de semana até ao início de setembro. Em agosto, os períodos de greve estão agendados para 8 a 11, 15 a 18, 22 a 25 e 29 de agosto a 1 de setembro.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão o fim de salários base abaixo do salário mínimo nacional, o pagamento das horas noturnas, melhores condições salariais e a manutenção do acesso ao parque de estacionamento nos mesmos moldes anteriores.

O Tribunal Arbitral determinou serviços mínimos para a assistência a todos os voos relacionados com situações críticas de segurança, voos de emergência, militares, de Estado e voos da TAP em “night-stop” em escala europeia, bem como ligações regulares entre Lisboa e os Açores e Madeira, e entre o Porto e os arquipélagos.

Canoístas Gustavo Gonçalves e Pedro Casinha campeões do Mundo sub-23 em K2 500

Os canoístas Gustavo Gonçalves e Pedro Casinha sagraram-se este domingo campeões do Mundo sub-23 em K2 500 metros, o terceiro pódio da seleção portuguesa em Montemor-o-Velho, Coimbra.

Liderando a prova do primeiro ao derradeiro metro, a dupla lusa terminou em 1.33,12 minutos, superando os italianos Francesco Lanciotti e Nicolo Volo por 89 centésimos de segundo e os eslovenos Matevz Manfreda e Anze Pikon por 1,01 segundos.

Sexta-feira, Pedro Casinha tinha garantido a medalha de bronze em K1 200 metros sub-23, o escalão no qual Beatriz Fernandes foi vice-campeã mundial no sábado, em C1 500 metros.

Os Mundiais sub-23 e júnior de canoagem, que terminam este domingo no Centro de Alto Rendimento, reúnem cerca de 1.000 atletas de 66 países.

Chuvas torrenciais no Paquistão causaram 271 mortos, incluindo 132 crianças

As chuvas torrenciais no Paquistão causaram 271 mortes, incluindo 132 crianças, em resultado das monções registadas no país desde 26 de junho, de acordo com a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres paquistanesa (NDMA).

O maior número de mortes durante as chuvas das monções, que normalmente se estendem até setembro no Paquistão, ocorreu na província oriental de Punjab, onde morreram 145 pessoas.

Na região montanhosa de Khyber Pakhtunkhwa, a norte do país, morreram 63 pessoas, enquanto na província de Sindh morreram 25; no Baluchistão há registo de 20 vítimas mortais; em Guilguite-Baltistão (na Caxemira administrada por Islamabad) morreram oito pessoas, segundo os dados da NDMA.

No último mês, morreram oito pessoas na capital paquistanesa, Islamabad.

De acordo com o relatório diário da NDMA, atualizado até ao meio-dia de sábado 26 de julho, 635 pessoas ficaram feridas no último mês devido às chuvas.

As autoridades paquistanesas estimam que 271 casas tenham sido completamente destruídas pelas chuvas do último mês, enquanto 920 tenham sido danificadas.

Em relação à atividade agrícola, as inundações, deslizamentos de terras e tempestades resultaram na morte de 367 animais de criação no Paquistão entre 26 de junho e 26 de julho.

De acordo com os últimos dados atualizados este fim de semana, seis crianças morreram no Paquistão entre sexta-feira e sábado.

O Departamento Meteorológico do Paquistão prevê que um novo e intenso período de chuvas de monção afete várias regiões paquistanesas a partir de segunda-feira.

Prevê-se que esta chuva, a quinta da monção, afete as províncias de Punjab, Khyber Pakhtunkhwa, Sindh e Baluchistão.

Além disso, a Autoridade Provincial de Gestão de Desastres do Punjab (PDMA) emitiu um alerta de inundação para as zonas baixas de Islamabad e Punjab, por onde fluem alguns dos rios mais importantes do Paquistão.

O Paquistão é um dos países mais vulneráveis do mundo aos efeitos das alterações climáticas e vive frequentemente eventos extremos.

Em 2022, chuvas de monção sem precedentes e o degelo dos glaciares submergiram um terço do país, causando 1.700 mortes e graves prejuízos à economia deste país asiático.

Vitaminas, da A à K: de quais precisa e onde as encontrar

Muitos não gostam do alimento vencedor, excelente fonte de vitaminas A, B, D e K. Num mundo onde os chamados “superalimentos” são promovidos de forma incansável pelas suas supostas capacidades de fornecer todos os nutrientes de que precisamos, vale a pena perguntar: que vitaminas são realmente essenciais? Afinal, que alimentos nos ajudam a satisfazer as necessidades diárias? Vitamina A Comecemos pelo A, claro. A vitamina A – também conhecida como retinol – encontra-se em alimentos como ovos, peixe gordo e lacticínios. Desempenha um papel crucial na manutenção da saúde da pele e do sistema imunitário. Mas é provavelmente mais conhecida

Gaza. Pausa nas atividades militares israelitas enquanto mantimentos chegam por camião

Está em curso uma pausa nas atividades militares israelitas em Gaza, mas os relatos de violência continuam a chegar. De acordo com a imprensa internacional, houve um ataque aéreo numa das zonas onde era suposto haver tréguas este domingo e há também relatos de pessoas mortas a tiro enquanto esperavam por ajuda humanitária, de acordo com o jornal britânico The Guardian, citando fontes da agência noticiosa palestiniana.

Israel anunciou este domingo um cessar-fogo em três zonas de Gaza e os camiões com ajuda humanitária têm estado a entrar pelo Egipto. Nas últimas 24 horas mais seis pessoas morreram de fome, indica o ministério da Saúde palestiniano, liderado pelo Hamas.

Já do outro lado do conflito, fonte do Fundo Humanitário de Gaza, a empresa privada norte-americana responsável pela distribuição de mantimentos e que está sob fortes críticas da comunidade internacional, não confirmou o cenário. À Renascença, a mesma fonte assegura que não há incidentes nos centros de distribuição oficiais e que o dia até corre calmo. “Existem outros comboios de ajuda humanitária naquela área. Temos recebido relatos falsos que nos atribuem [incidentes] em vez de a outras ações de distribuição de ajuda”, relata a fonte.

A Renascença também entrou em contacto com o exército israelita e aguarda resposta.

Esta manhã o Papa manifestou mais uma vez a sua preocupação com o que considerou ser uma “gravíssima situação humanitária”.

Aviso amarelo devido ao calor prolongado até final da tarde de 3.ª feira em 13 distritos

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera estendeu até às 18h00 de terça-feira o aviso amarelo devido ao tempo quente em 13 distritos de Portugal continental, terminando este alerta às 21h00 de segunda-feira em Faro.

Atualmente já sob aviso amarelo, os distritos do Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Évora, Guarda, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu irão continuar sob alerta até ao final do dia de terça-feira.

Em Braga, Porto e Viana do Castelo, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alerta para os valores elevados da temperatura máxima “em especial no interior do distrito”.

Já o distrito de Coimbra estará sob aviso amarelo devido ao tempo quente entre as 9h00 de segunda-feira e as 17h00 do dia seguinte, inicialmente devido à “persistência de valores elevados da temperatura máxima na parte interior”, que se estenderão a todo o distrito na terça-feira.

Também sob alerta, mas só entre as 9h00 e as 18h00 de terça-feira, estarão Aveiro, Lisboa e Leiria.

O aviso amarelo é emitido quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O IPMA prevê para os próximos dias no continente tempo quente com valores superiores à normal climatológica desta altura do ano.

Esta subida de temperatura deve-se, segundo o IPMA, “à intensificação de um anticiclone localizado sobre os Açores e o estabelecimento de uma crista associada a esse anticiclone que se estenderá até ao golfo da Biscaia, promovendo o transporte de uma massa de ar de origem continental (quente e seco) sobre a Península Ibérica”.

A temperatura máxima deverá atingir valores acima de 30 graus Celsius na generalidade do território do continente, podendo rondar os 40 graus em alguns locais, nomeadamente do Alentejo, vale do Tejo e vale do Douro.

Apenas alguns locais da faixa costeira ocidental poderão registar valores abaixo dos 30 graus devido à brisa marítima, que será por vezes moderada, em especial durante as tardes.

A temperatura mínima também registará valores elevados, não descendo dos 20 graus em algumas regiões, em particular no sul, vale do Tejo e Beira Baixa.

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