França anula “caça” a Bashar al-Assad: nada pode levantar imunidade de um presidente

Mas “novos mandados de detenção podem ou poderão ser emitidos contra ele”, uma vez que ex-presidente sírio já não é chefe de Estado. A justiça francesa considerou esta sexta-feira que nenhuma exceção pode levantar a imunidade pessoal de um chefe de Estado, anulando assim o mandado de detenção emitido por juízes de instrução parisienses contra o ex-presidente sírio Bashar al-Assad. No entanto, a deliberação ressalva que desde que Bashar al-Assad foi deposto em dezembro de 2024, e já não é chefe de Estado, “novos mandados de detenção podem ou poderão ser emitidos contra ele” por crimes de guerra e crimes

“Documentei isto enquanto eu próprio estava esfomeado”. Como foi feita a foto de Gaza que está a chocar o mundo

Uma fotografia de uma criança emaciada está a causar uma onda de choque e comoção internacional, depois de surgir nas capas do Guardian, da BBC, do Liberatión e até do tabloide conservador Daily Express. Tirada pelo fotojornalista Ahmed al-Arini, residente em Gaza, mostra um bebé visivelmente subnutrido no colo da mãe, com um saco plástico a servir de fralda.

O nome do menino é Muhammad Zakariya Ayyoub al-Matouq, tem um ano e meio e enfrenta subnutrição com risco de morte, como tantas outras crianças que vivem no mesmo local, na Faixa de Gaza. Na legenda da imagem, feita para a agência turca Anadolu e distribuída pela Agência Reuters, é dito que Muhammad passou de nove para seis quilos e “luta para sobreviver numa tenda em Gaza, onde faltam leite, alimentos e outras necessidades básicas”.

Leite e fraldas não estão disponíveis a preços que alguém possa pagar“, conta o autor da fotografia à Renascença, numa conversa por WhatsApp. “Senti que era meu dever mostrar o que a fome nos está a fazer. Documentei esta situação enquanto eu próprio estava esfomeado, a caminhar descalço, o meu corpo enfraquecido pela fome”, afirma.

Ahmed al-Arini confessa-se algo surpreendido pelo alcance que as suas imagens tiveram. “Normalmente, o mundo não presta atenção a Gaza. A guerra arrasta-se há tanto tempo que as pessoas ficaram insensíveis à nossa morte e extermínio”. Depois de milhares de fotografias a documentar a crescente crise humanitária em Gaza, centenas das quais com crianças gravemente subnutridas, o fotojornalista sublinha que esta atenção súbita “significa muito”.

“Muito poucos percebem verdadeiramente o que aconteceu — e continua a acontecer — em Gaza. A fome reduziu os nossos corpos a esqueletos. Meses de privação, falta de comida, de água limpa, de leite, de fraldas resultaram em perdas devastadoras.”

“O que Macron diz importa pouco”: Trump desvaloriza anúncio de França sobre a Palestina

O anúncio surpresa de que França se prepara para reconhecer o Estado da Palestina, feito por Emmanuel Macron na noite de quinta-feira, causou uma pouco surpreendente avalanche de reacções dentro e fora de portas.

Na cena política interna, a decisão veio polarizar ainda mais um país já de si fracturado – com grande parte da esquerda a proferir um raro elogio ao Presidente francês, pedindo-lhe que tome acções concretas e rápidas “para pôr fim aos horrores cometidos pelo Governo de Netanyahu e à fome propositada”, nas palavras de Boris Vallaud, destacado militante socialista.

E com grande parte da direita a criticar Macron não só por uma decisão considerada simbólica e “inútil”, mas também porque as condições que o próprio Presidente francês tinha mencionado para o reconhecimento da Palestina como Estado – libertação de todos os reféns de Gaza e a desmilitarização do Hamas, por exemplo – não foram ainda cumpridas.

França tornar-se-á em Setembro o primeiro país do G7 a reconhecer o Estado da Palestina e o quarto país europeu, a seguir a Espanha, à Noruega e à Irlanda, a fazê-lo desde 7 de Outubro de 2023.

O Presidente dos Estados Unidos, que esta sexta-feira conversou por telefone com o primeiro-ministro israelita, despachou o assunto em poucas palavras, desvalorizando o anúncio de Macron. “O que ele diz importa pouco. É um tipo porreiro, gosto dele, mas esta declaração não tem qualquer peso”, declarou Donald Trump.

Mais contundente foi o seu secretário de Estado, Marco Rubio, que numa publicação no X disse que “os Estados Unidos rejeitam fortemente o plano de Emmanuel Macron”, acusando o francês de tomar “uma decisão imprudente” que “apenas serve a propaganda do Hamas e atrasa a paz”. Além disso, acrescentou, “é uma chapada na cara das vítimas do 7 de Outubro”.

Semelhante foi a reacção de Benjamin Netanyahu, para quem “uma tal acção recompensa o terrorismo” e pode legitimar “a criação de uma nova base avançada do Irão”. “Sejamos claros”, escreveu o governante israelita, também no X. “Os palestinianos não querem um Estado a par com Israel; querem um Estado em vez de Israel.”

De momento, a reacção das restantes capitais europeias é a de não seguir a posição francesa. A Alemanha, onde a protecção de Israel é um assunto de Estado, fez saber que “não tem no horizonte reconhecer o Estado palestiniano a curto prazo”. O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, já dissera em Junho que fazê-lo neste momento seria dar “um mau sinal”.

Amazon está desenvolver série de Wolfenstein com produtores de Fallout

Depois do sucesso estrondoso de Fallout, a Amazon MGM Studios e a produtora Kilter Films, de Jonah Nolan e Lisa Joy, já têm a sua próxima grande adaptação de um videojogo na mira: Wolfenstein. A Variety avança uma série live-action baseada na icónica saga de FPS da id Software e MachineGames está em desenvolvimento.

O nome mais forte associado ao projeto é o do seu criador, argumentista e showrunner: Patrick Somerville. Para quem não conhece, Somerville é o criador de séries aclamadas pela crítica como Maniac (Netflix) e Station Eleven (HBO Max), e foi também um dos argumentistas da icónica The Leftovers (HBO). Somerville terá a companhia de Jonah Nolan e Lisa Joy, dupla responsável de Westworld e a recente série de Fallout.

Para já, não são conhecidos detalhes do enredo, para além da curta sinopse, que é simplesmente: “A história de matar Nazis é intemporal.”

A saga Wolfenstein é uma das mais icónicas da história dos videojogos, tendo ajudado a popularizar o género de ‘first-person shooter’. Os jogos centram-se no soldado norte-americano William “B.J.” Blazkowicz e na sua luta contra os Nazis durante uma versão alternativa da Segunda Guerra Mundial, na qual o Terceiro Reich se envolve em experiências bizarras com tecnologia e o oculto para tentar vencer a guerra.

Tudo começou em 1981 com Castle Wolfenstein, explodiu em popularidade com Wolfenstein 3D em 1992 e foi revitalizado na era moderna pelo estúdio MachineGames, que mais recentemente lançou Indiana Jones and The Great Circle.

Com a série de Wolfenstein, a Amazon reforça a sua aposta nas adaptações de videojogos, num esforço liderado pela produtora Kilter Films que já mostrou do que é capaz com Fallout. Para além de Wolfenstein, a Amazon tem em desenvolvimento uma série de Mass Effect, outra de God of War, e uma de Warhammer 40,000, protagonizada por Henry Cavill.


Pedro Pestana é viciado em gaming, café e voleibol, sensivelmente nesta ordem. Podem encontrar alguns dos seus devaneios no Threads ou Bluesky.

EUA: um morto a tiro e um ferido na Universidade do Novo México. Polícia procura suspeito

A polícia está à procura de um suspeito que disparou vários tiros na manhã desta sexta-feira, na Universidade do Novo México (UNM), nos EUA, tendo atingido mortalmente uma pessoa e ferido outra.

De acordo com o Washington Post, a universidade pública, em Albuquerque, pediu aos alunos, professores e funcionários que estão no campus para permanecerem em locais seguros depois dos disparos que ocorreram num edifício de apartamentos destinados a estudantes. A instituição admite, na sua página no X, antigo Twitter, que o autor dos disparos ainda poderá estar no campus universitário pelo que pede a todos que evitem a zona central do campus.

“Uma pessoa morreu e outra sofreu ferimentos que não representam perigo para a vida. O suspeito continua em fuga e pode ainda estar no campus. A UNM fechou o campus central em Albuquerque”, explica a universidades no X.

Os disparos terão decorrido no edifício de apartamentos Casas del Rio, que será gerido por uma empresa exterior à universidade. Os responsáveis da universidade ainda não divulgaram pormenores sobre a identidade das vítimas e do autor dos disparos.​

A CBS indica que não é claro ainda a que horas terão sido ouvidos os disparos, mas garante que a situação ocorreu de manhã cedo. A polícia do campus universitário diz que foi informada de que os disparos ocorreram “nas primeiras horas da manhã” desta sexta-feira. O primeiro post da universidade, dando conta da situação e deixando um alerta aos alunos no Facebook, foi feito às 3h27 (hora local), quando seriam 10h em Portugal continental.

A Universidade do Novo México tem actualmente cerca de 22 mil alunos e é uma instituição pública.

General admite plano para matar Lula da Silva e manter Bolsonaro no poder

Um general reformado admitiu ser o autor de um documento que previa o assassínio do atual Presidente brasileiro, Lula da Silva, como parte de uma suposta tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder. De acordo com a imprensa brasileira, o general reformado Mário Fernandes, que atuou como membro da Secretaria-Geral da Presidência durante o Governo Bolsonaro, confessou estar por trás do plano “Punhal Verde e Amarelo”. Num interrogatório realizado na quinta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do julgamento sobre uma alegada tentativa de golpe de Estado, o general admitiu a autoria de plano que

Problema da falta de professores vai-se agravar, garante Fenprof

O secretário-geral da Federação Nacional de Professores (FENPROF), Francisco Gonçalves, afirmou esta sexta-feira que o ano letivo de 2024/2025 ficou marcado pelo agravamento do problema da falta de professores. O representante sindical defendeu ainda que a solução depende da vontade do Ministério da Educação em rever o Estatuto da Carreira Docente.

“O problema vai agravar-se. Os indicadores mostram que cresceram as horas em contração de escola (…), os números mostram que nunca tivemos um número tão baixo de (professores) disponíveis para contratação e temos claramente um número de saídas muito acima das entradas na profissão”, declarou Francisco Gonçalves em conferência de imprensa, em Lisboa.

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Segundo o responsável, o problema tenderá a agravar-se tendo em conta as estimativas para daqui a cinco anos de cerca de 4 mil professores aposentados anualmente, contra números de contratação de novos docentes entre os 1.200 e os 1.800.

Para comparar os dois últimos anos letivos e perceber se o problema da falta de professores se agravou, a FENPROF recorreu a três indicadores – o número de horários que não foram preenchidos na reserva de recrutamento nacional e seguiram para contratação de escola; o número de professores disponíveis para contração; e o número de aposentações.

Quanto ao número de horários que não foram preenchidos na reserva de recrutamento nacional, a FENPROF indica que, em 2024/2025, diminuíram. Contudo “o número de horas desses horários cresceu”, o que significa que “o número de alunos sem professores também”.

O sindicato salienta que três das medidas do “Plano + Aulas + Sucesso” tiveram bastante impacto, nomeadamente o crescimento das horas extraordinárias, o recurso a não habilitados e o recurso a professores em condições de aposentação, que, segundo dados do Ministério, são 1494.

No que diz respeito aos professores disponíveis para contratação, a FENPROF referiu que “o número de professores potencialmente disponíveis para serem contratados em contratação inicial ou nas reservas de recrutamento subsequente, caiu continuamente”. Em 2024, eram 24 845, enquanto em 2025 são 20 051.

Revisão do Estatuto de Carreira Docente deve ser feita “já”

“Significa que para o próximo ano letivo, temos o mais baixo número de docentes disponíveis para contratação dos últimos anos”, refere a associação sindical.

Sobre as aposentações, a FENPROF prevê que, em 2025, o número será elevado, dado que até agosto se reformaram 2054 professores. No final de 2024, contabilizaram-se 3981 aposentações, “um número impossível de cobrir pelas entradas”.

Francisco Gonçalves acredita que não são as medidas do “Plano + Aulas + Sucesso” que vão resolver o problema da falta de professores.

“Não é por via da sobrecarga dos que estão no sistema, pelo recurso a aposentados e aposentáveis, nem pelo aligeiramento dos requisitos para a aquisição de habilitação profissional e de habilitação própria que se garante uma escola pública de qualidade e uma profissão digna”, argumenta a FENPROF.

Para Francisco Gonçalves, o caminho passa pela aprovação de medidas estruturais, nomeadamente a revisão do Estatuto de Carreira Docente que, no seu entender, deve ser feita “já”.

A FENPROF propõe também a criação de incentivos à fixação de docentes em zonas carenciadas, o apoio à deslocação de igual valor ao que é pago à Administração Pública e a valorização da carreira, encurtando-a para 26 anos e estabelecendo escalões de 3.

Exige igualmente a melhoria dos horários e das condições de trabalho, a recuperação integral no tempo de serviço e a compensação dos professores que não recuperaram nenhum ou parte do tempo de serviço.

Proposta do Governo elimina direito a faltar ao trabalho por luto gestacional

O Governo propõe revogar a possibilidade de faltar ao trabalho durante três dias por motivo de luto gestacional. No anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral que o Governo aprovou esta quinta-feira em Conselho de Ministros, e que apresentou posteriormente aos parceiros sociais, o artigo 38º A do código do trabalho, que prevê esta possibilidade para os pais, surge como “revogado”.

A medida que está em vigor foi incluída no Código do Trabalho em janeiro de 2023, após ser aprovada uma proposta de alteração do PS à agenda do trabalho digno. Prevê faltas justificadas até três dias consecutivos, sem perda salarial, para pais e mães que passam por uma perda gestacional. A medida foi aprovada para complementar a licença que já existia, por interrupção da gravidez, e ao abrigo da qual a trabalhadora tem direito a uma licença que pode ir de 14 a 30 dias. Porém, essa licença não abrangia os casos em que os médicos consideram não ter existido impacto físico na mãe.

A lei atual prevê que a mãe possa faltar durante três dias consecutivos sem perda salarial, um direito que se estende ao pai, mas apenas se a mãe gozar deste período de luto ou da licença por interrupção da gravidez. Para terem direito a estas faltas, a mãe e o pai devem informar os empregadores, “apresentando, logo que possível, prova do facto invocado, através de declaração de estabelecimento hospitalar, ou centro de saúde, ou ainda atestado médico”.

Na mesma proposta, a que o Observador teve acesso, também está prevista uma alteração à licença por interrupção da gravidez. O Governo propõe que “ao acompanhante da trabalhadora, é aplicável o regime das faltas para assistência a membro do agregado familiar” previsto na lei. Ou seja, o direito a faltar ao trabalho até 15 dias por ano para prestar “assistência inadiável e imprescindível, em caso de doença ou acidente” ao cônjuge. Estas faltas são justificadas mas podem implicar perda de remuneração.

O documento aprovado e apresentado aos parceiros é apenas um ponto de partida na discussão sobre as alterações à lei laboral. Vão seguir-se, agora, semanas de discussão e negociações com os parceiros sociais. A proposta do Governo prevê mudanças em cerca de uma centena de artigos do Código do Trabalho.

Governo quer creches e lares nos serviços mínimos das greves, alargar prazo de contratos e permitir compra de 2 dias de férias

Galaxy Watch 8 em teste: IA ao serviço do bem-estar

A Samsung volta à carga no competitivo segmento dos smartwatches com o Galaxy Watch 8 um relógio que traz no pulso a promessa de uma nova era na monitorização da saúde e do bem-estar, agora (ainda) mais alicerçada em inteligência artificial. Está disponível em duas dimensões (40 e 44mm) e é mais fino e mais leve que a versão anterior. A versão de 44mm também está disponível com LTE integrado (dados móveis, com suporte para eSIM), o que acrescenta 50 euros ao preço. É importante sublinhar que este é um smartwatch “à séria”, na medida em que suporta a instalação de apps a partir da loja Play Store da Google.

O design segue o estilo iniciado no Watch Ultra – mas agora em formato mais contido, urbano e, acima de tudo, mais confortável para o dia-a-dia. Logo ao primeiro olhar — e sobretudo ao primeiro toque — percebe-se o que a Samsung quer dizer com “design almofadado”: o Galaxy Watch 8 é surpreendentemente fino (8,6 mm) e leve (30 gramas para a versão de 40mm e 34 gramas para a versão de 44mm), o que o torna num dos relógios mais agradáveis de usar mesmo durante a noite, sem gerar desconforto. Quem tem por hábito dormir com o relógio para monitorizar o sono agradecerá. E, em contexto mais formal, passa despercebido debaixo da manga de uma camisa — até o botão de punho fecha sem esforço.

Design afinado, mas cuidado com o porta-chaves

A estrutura interna foi redesenhada, o que permitiu à Samsung reduzir em 11% a espessura total face à geração anterior. Contudo, este design mais elegante tem um preço: a caixa em alumínio, embora visualmente cuidada, parece algo vulnerável ao contacto com objectos metálicos — spoiler: porta-chaves e maçanetas de porta não são amigos do acabamento. A resistência está certificada (5ATM, IP68 e norma militar MIL-STD-810H), mas os riscos superficiais são difíceis de evitar.

O Galxy Watch 8 também está disponível na versão Classic, que adiciona um anel rotativo para ajudar a navegar na interface
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Outro senão está no sistema de braceletes Dynamic Lug, que, sendo proprietário, inviabiliza o uso de pulseiras universais ou de modelos de gerações anteriores. É um passo atrás em termos de versatilidade, ainda que o encaixe seja sólido e pensado para optimizar leituras biométricas.

Um ecrã que brilha… literalmente

Se há área onde o Galaxy Watch 8 não se deixa ultrapassar, é na qualidade do ecrã. Com brilho máximo de 3000 nits, a leitura de notificações, métricas ou widgets é sempre clara, mesmo sob sol directo. A fluidez é outro trunfo: o processador Exynos W1000, fabricado em três nanómetros, mantém o sistema Wear OS 6 da Google com One UI 8 Watch a funcionar com agilidade notória. Não há arrastamentos nem tempos de espera perceptíveis, mesmo com múltiplas aplicações a correr.

A interface evoluiu de forma sensível. Os dados são agora apresentados em cartões que condensam, de forma visualmente eficaz, as principais métricas — passos, pontuação de energia, qualidade do sono. Menos scroll, mais informação útil.

Este é um relógio leve e mais fino do que o habitual entre smartwatches com sistema operativo Google. O que torna confortável de usar
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Inteligência artificial com utilidade real

A aposta da Samsung na inteligência artificial não se fica por meros chavões de marketing. O novo “Treinador de Corrida” é exemplo disso: adapta-se ao perfil do utilizador, propõe planos de treino personalizados e fornece feedback em tempo real, com instruções por voz — e sem necessidade de telemóvel ou auriculares.

Um teste de 12 minutos define o nível de desempenho (de 1 a 12), ponto de partida para planos de corrida que vão desde os 5km até à maratona. A monitorização de ritmo e localização é precisa e há métricas avançadas como a cadência, o tempo de contacto com o solo ou a oscilação vertical.

Também o sono recebe atenção cuidada. O “Guia de Sono” analisa padrões de repouso, sugere horários ideais para adormecer e, quando emparelhado com um smartphone da marca, como o recém-lançado Z Fold 7, consegue detectar possíveis apneias. Após alguns dias de uso, o relógio identifica um “animal do sono” — uma representação simbólica do perfil de repouso — e activa o “Treinador de Sono”, que oferece sugestões práticas para dormir melhor. Não se limita a apresentar dados: ajuda a interpretá-los e agir sobre eles. O que, digamos, ainda está longe de ser uma realidade em outros relógios inteligentes.

Os cartões informativos resultam muito bem porque permitem visualizarmos vários dados importantes em simultâneo
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Novas métricas, utilidade discutível

Uma das novidades mais peculiares — e, diga-se, únicas — é o “Índice Antioxidante”, que mede os níveis de carotenóides através da pele, em cinco segundos. Embora interessante, o resultado tende a resumir-se a recomendações genéricas do tipo “coma mais fruta e vegetais”. Já a “Carga Vascular”, que acompanha o stress do sistema cardiovascular durante o sono, fornece dados mais técnicos do que propriamente úteis. O utilizador comum poderá não saber como agir sobre eles.

O sensor BioActive mantém as funcionalidades esperadas: análise de composição corporal, oxigénio no sangue, temperatura cutânea e impedância bioeléctrica. Mas a activação do electrocardiograma (ECG) e a medição de pulsação arterial continuam dependentes da instalação de uma app adicional (Samsung Health Monitor), disponível apenas na Galaxy Store — o que implica, novamente, ter um smartphone Samsung para acesso total.

Autonomia: o elo mais frágil

Apesar das optimizações no consumo energético, a autonomia continua a não ser o ponto forte da gama. A marca anuncia até 40 horas de utilização (30 com o ecrã sempre ligado), mas nos nossos testes o valor raramente ultrapassou as 26 horas com uso regular. Monitorizar uma noite de sono pode consumir cerca de 25% da bateria — o que obriga, na prática, a um carregamento diário. Para um dispositivo pensado para uso contínuo, é uma limitação difícil de contornar.

Também notámos uma certa lentidão no “acordar” do ecrã ao levantar o pulso, o que nem sempre se traduz na resposta instantânea que se espera num smartwatch desta gama.

Veredicto

O Galaxy Watch 8 é, muito provavelmente, o melhor smartwatch que a Samsung já criou — e, para quem está dentro do ecossistema da marca, uma escolha quase óbvia. O design é elegante e extremamente confortável, a fluidez da interface impressiona, e as funcionalidades de saúde (potenciadas por IA) vão além do básico. Mas continua a tropeçar onde já tropeçava: a autonomia. E há limitações no ecossistema — como a obrigatoriedade de ter um smartphone Samsung para aceder a tudo o que o relógio oferece — que importa ponderar antes da compra.

Ainda assim, para quem procura um relógio inteligente que realmente acompanhe e interprete a actividade física e o bem-estar com algum rigor e inteligência, o Galaxy Watch 8 é, sem margem para dúvidas, uma das melhores propostas do momento.

​Na praia ou no campismo, dê sangue. Começou a colheita em locais de férias

O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) deu início à campanha de verão para colheita de sangue em locais de férias.

A campanha arrancou a 24 de julho e prolonga-se até meados do mês de setembro em vários pontos do território nacional, de norte a sul, e surge numa altura em que as baixas reservas de sangue já obrigaram, por exemplo, ao cancelamento de cirurgias.

No total são quase 50 locais de colheita, muitos deles instalados em praias ou parques de campismo.

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“Apelamos a todos, que antes ou durante as férias, façam uma dádiva de sangue, pois assim poderemos manter as reservas de sangue em níveis adequados e dar resposta às necessidades dos doentes que precisam de transfusões sanguíneas para viver”, lê-se na nota do IPST.

O IPST assegura que “dar sangue é um gesto simples, sem contraindicações para adultos saudáveis” e que basta ter mais de 18 anos, peso igual ou superior a 50 kg e ser saudável, para poder fazer a contribuição.

“No momento da dádiva é importante estar bem hidratado e alimentado”, nota ainda o IPST.

A lista dos pontos de colheita nos locais de férias está disponível aqui. O IPST acrescenta que, a estes pontos, somam-se os restantes locais habituais para dar sangue.

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