Deportações nos EUA. Juiz diz que Trump violou ordem judicial

A administração Trump violou uma ordem judicial sobre deportações de migrantes para países terceiros com um voo ligado ao Sudão do Sul, afirmou esta quarta-feira um juiz federal.

A decisão do juiz surge horas depois da Casa Branca ter dito que expulsou oito migrantes condenados por crimes violentos nos Estados Unidos, mas em que se recusou a revelar o seu destino.

Numa audiência de emergência que convocou para tratar de relatos de que imigrantes tinham sido enviados para o Sudão do Sul, o juiz Brian Murphy, em Boston, disse que os oito imigrantes a bordo do avião não tiveram uma oportunidade significativa de objetar que a deportação poderia colocá-los em perigo.

Minutos antes da audiência, funcionários da administração Trump acusaram os “juízes ativistas” de defenderem a libertação de criminosos perigosos.

Supremo Tribunal dos EUA rejeita recurso de executivo de Trump para deportações usando lei de 1798

O grupo foi levado de avião para fora dos Estados Unidos poucas horas depois de ter sido notificado, não tendo tido oportunidade de contactar advogados que pudessem objetar em tribunal.

“Ameaças à segurança nacional”

Os advogados do Governo argumentaram que os homens tinham um historial com o sistema de imigração, o que lhes dava oportunidades anteriores de expressar o medo de serem deportados para um país fora do seu país de origem, adiantando ainda que as autoridades de imigração podem ter entendido mal a ordem porque o juiz não especificou o tempo necessário entre a notificação e a deportação.

Os países de origem dos imigrantes – Cuba, Laos, México, Myanmar, Vietname e Sudão do Sul – não os aceitaram de volta, de acordo com Todd Lyons, o diretor interino do Serviço de Imigração e Alfândegas (ICE, na sigla inglesa), que falou aos jornalistas em Washington pouco antes da audiência em tribunal.

Mais tarde, disse que os imigrantes vinham de países que muitas vezes não aceitam todos os seus cidadãos deportados ou que tinham outras situações que impediam o seu regresso a casa.

Juiz diz que administração Trump pode ser processada por deportações ilegais

“Estes representam as verdadeiras ameaças à segurança nacional”, disse Lyons numa conferência de imprensa. Atrás dele, havia uma exposição de fotos de homens que ele disse terem sido condenados por violação, homicídio, assalto à mão armada e outros crimes.

O Presidente Donald Trump dos Estados Unidos e a Secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, “estão a trabalhar todos os dias para tirar estes criminosos cruéis das ruas americanas – e enquanto os juízes ativistas estão do outro lado, lutam para os trazer de volta ao solo dos Estados Unidos”, disse Tricia McLaughlin, porta-voz do departamento.

Os funcionários da Segurança Interna divulgaram poucos detalhes específicos sobre o voo de deportação.

Adiantaram apenas que o voo partiu na terça-feira com oito pessoas a bordo e que elas permaneceram sob custódia do departamento, acrescentando que não podiam revelar o destino final dos imigrantes por motivos de “segurança e segurança operacional”.

Açores preparam aumento das deportações dos EUA após tomada de posse de Trump

O caso surge no meio de uma ação de repressão da imigração levada a cabo pela administração republicana, que se comprometeu a deportar milhões de pessoas que vivem ilegalmente nos Estados Unidos. A luta legal é o mais recente ponto de inflamação à medida que a administração se insurge contra os juízes cujas decisões abrandaram as políticas do presidente.

Deportações violavam uma ordem do tribunal

Com o Congresso em grande parte silencioso ou apoiante, os opositores da agenda de Trump apresentaram centenas de ações judiciais e os juízes emitiram dezenas de ordens contra a administração. A imigração tem sido a questão mais polémica. Há a deportação equivocada de um imigrante que vivia em Maryland para uma prisão em El Salvador, bem como a pressão de Trump para deportar rapidamente supostos membros de gangues venezuelanos sem uma revisão judicial.

“Vemos juízes ativistas a intervir de uma forma que nunca vimos antes, para colocar os criminosos em primeiro lugar e não o povo americano”, disse Madison Sheahan, vice-diretor do ICE, na conferência de imprensa.

Deportações de Trump. Governo atento, mas sem " alarme ou preocupação especial"

Os funcionários da administração insistiram que os homens tinham recebido um processo justo, mas não forneceram quaisquer pormenores. Os advogados de defesa dos direitos dos imigrantes afirmaram que as deportações violavam uma ordem do tribunal que proíbe o envio de pessoas para outros países que não o seu país de origem sem primeiro lhes permitir argumentar que a deportação poderia colocá-las em perigo.

Murphy decidiu na terça-feira que a administração deve manter a custódia e o controlo das pessoas que “estão atualmente a ser removidas para o Sudão do Sul ou para qualquer outro país terceiro, para garantir a viabilidade prática do regresso” se considerar que essas remoções são ilegais.

Os advogados dos imigrantes afirmaram que a administração Trump parece ter começado a deportar pessoas de Myanmar e do Vietname para o Sudão do Sul, apesar de uma ordem do tribunal que restringe as expulsões para outros países.

Shai Gilgeous-Alexander, MVP da fase regular da NBA

Shai Gilgeous-Alexander vai ser eleito o MVP da fase regular da NBA 2024/25. A informação não é ainda oficial, mas está a ser avançada pelo jornalista Shams Charania.

O extremo dos Oklahoma City Thunder terá batido a concorrência de Nikola Jokic (Denver Nuggets) e Giannis Antetokounmpo (Milwaukee Bucks).

De recordar que Gilgeous-Alexander fez a melhor média de pontos (32.7 por encontro).

Os Thunder conseguiram o seu melhor registo de sempre na fase regular, com 68 vitórias e 14 derrotas.

A modelo, o empresário e o casal que passou por Portugal. Os espiões russos que tinham o Brasil como base

Manuel Francisco Steinbruck Pereira e Adriana Carolina Costa Silva Pereira tinham cerca de 30 anos quando chegaram a Portugal, em 2018. Os nomes que constavam nos documentos brasileiros do casal não correspondiam aos verdadeiros: ele era, na realidade, Vladimir Aleksandrovich Danilov e ela Yekaterina Leonidovna Danilova, dois russos que, como muitos outros, utilizaram o Brasil como porta de entrada para o mundo da espionagem antes de serem identificado pelos serviços de investigação brasileiros.

A investigação do New York Times revelou como a Rússia usou o país sul-americano como plataforma de lançamento para os melhores espiões russos, que escondiam o seu passado e criavam toda uma nova vida com empresas de sucesso, amigos e casos amorosos. Além do casal que passou por Portugal, há ainda um espião que liderava um negócio bem-sucedido de impressão 3D, outro que liderava uma empresa de joelharia, uma modelo e um estudante universitário.

Se as operações para descobrir espiões não são novas, esta tinha uma condicionante: o objetivo destes russos não era, propriamente, espiar o Brasil, mas conseguir nacionalidade brasileira para depois ter uma base mais sólida para entrar noutros países, desde os Estados Unidos da América à Europa.

Um dos espiões que seguiu esse trajeto foi Artem Shmyrev. Tinha um negócio de impressões 3D e vivia num apartamento de luxo no Rio de Janeiro com a sua namorada brasileira e um gato. Além disso, e mais importante, tinha uma certidão de nascimento autêntica e um passaporte que o identificava como Gerhard Daniel Campos Wittich, de 34 anos.

A esforçar-se para estar integrado no Brasil antes de ser destacado pela Rússia para uma missão mais complexa, o espião começava a perder a paciência. “Ninguém se quer sentir um perdedor. É por isso que continuo a trabalhar”, escreveu, em 2021, numa mensagem para a sua verdadeira mulher, também uma espia russa.

[A polícia é chamada a uma casa após uma queixa por ruído. Quando chegam, os agentes encontram uma festa de aniversário de arromba. Mas o aniversariante, José Valbom, desapareceu. “O Zé faz 25” é o primeiro podcast de ficção do Observador, co-produzido pela Coyote Vadio e com as vozes de Tiago Teotónio Pereira, Sara Matos, Madalena Almeida, Cristovão Campos, Vicente Wallenstein, Beatriz Godinho, José Raposo e Carla Maciel. Pode ouvir o 1.º episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music.]

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As operações das autoridades brasileiras começaram há três anos, quando começaram a investigar de forma silenciosa e metódica estes espiões, tendo encontrado nove, sendo que a identidade de seis já foi tornada pública. A investigação envolve vários países: EUA, Israel, Países Baixos, Uruguai, descreve o New York Times.

Os trabalhos foram intensificados em fevereiro de 2022, quando o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, decidiu invadir a Ucrânia — antes, espiões russos já tinham ajudado a abater um avião que sobrevoava a Ucrânia, interferiram nas eleições dos EUA e de França e envenenaram inimigos políticos do Kremlin.

A equipa de agentes da Polícia Federal Brasileira pertence à mesma unidade que investigou Jair Bolsonaro por suspeitas de planear um golpe de estado com o objetivo de impedir a tomada de posse de Lula da Silva como Presidente do Brasil.

Dois meses depois da invasão do exército de Putin, a Polícia Federal do Brasil recebeu uma mensagem da CIA (agência de investigação dos EUA) a informar que um espião, com nacionalidade brasileira, tinha começado a fazer um estágio no Tribunal Penal Internacional (TPI), precisamente quando começaram a ser investigados crimes de guerra russos na Ucrânia.

Victor Muller Ferreira viajou para os Países Baixos, para arrancar o estágio no TPI depois de se ter formado numa universidade norte-americana. A sua entrada foi negada pelos agentes fronteiriços e Sergey Cherkasov (nome verdadeiro) estava de regresso ao Brasil.

A poucas horas de aterrar em São Paulo, a polícia entrou em alvoroço para tentar arranjar um motivo para deter Cherkasov no aeroporto, o que não aconteceu. Todavia, as autoridades mantiveram o controlo apertado enquanto o espião dormia num hotel na cidade brasileira até ser detido — não por espionagem, mas por uso fraudulento de documentos.

Cherkasov negou qualquer ligação à Rússia e, com uma postura que o New York Times descreve como arrogante, defendeu que tinha todos os documentos legais para provar a cidadania brasileira. O que prontamente confirmou ao mostrar o passaporte, o título de eleitor e um certificado de que tinha cumprido o serviço militar obrigatório.

O início do fim de Cherkasov e dos outros espiões russos no Brasil surgiu quando a polícia decidiu aprofundar os dados revelados pela certidão de nascimento. Se o normal, antigamente, era estes espiões assumirem a identidade de pessoas mortas, Victor Muller Ferreira usou uma certidão aparentemente verdadeira que demonstrava que tinha nascido no Rio de Janeiro, filho de uma mulher real que morreu quatro anos antes.

Em contacto com a família ainda viva, a polícia descobriu que essa mulher nunca tinha tido filhos e não identificaram ninguém com o nome do pai. A descoberta fez soar alarmes nas autoridades brasileiras, que não entendiam como tinham os russos obtido estas certidões e, mais relevante, não sabiam quantas mais pessoas poderiam existir nas mesmas circunstâncias.

A operação para encontrar estes “fantasmas” obrigou a polícia a procurar, muitas vezes em documentos que não estavam digitalizados, por padrões que se repetissem, com vazios grandes na vida destes cidadãos.

Essa situação verificou-se na vida de Gerhard Daniel Campos Wittich que, tendo nascido em 1986, parecia ter surgido do nada em 2015. O sotaque português era quase perfeito e o ligeiro sotaque era explicado como sendo fruto de uma infância na Áustria, justificação que a sua namorada e os vários colegas aceitaram sem questionar.

Grande parte do seu tempo era dedicado à empresa que construiu de raiz e na qual parecia estar realmente empenhado, descrevem os colegas. “Era viciado em trabalho”, justificou um antigo cliente citado pelo jornal norte-americano.

O sucesso da empresa era refletido na dimensão dos seus clientes como a rede televisiva Globo ou o exército brasileiro. Os seus colegas e trabalhadores apontam alguns comportamentos peculiares: nunca deixava o computador ligado à internet quando não estava a usá-lo, parecia viver acima das suas possibilidades e tinha pavor a fotografias.

Uma vez ficou em pânico depois de ter sido publicada uma fotografia sua num jornal local e um antigo cliente chegou a ironizar que ele devia ser “procurado pela polícia” para não querer ser fotografado.

Apesar do relativo sucesso, uma troca de mensagens com a mulher verdadeira revelava alguma tristeza com a sua missão de espião: “Sem conquistas no trabalho. Já há dois anos que não estou onde gostaria de estar”.

“Não é como foi prometido e isso é chato”, concordou a mulher. Os textos foram revelados pelo New York Times e fazem parte de uma série de documentos partilhados pelos serviços de investigação estrangeiros na operação que levou ao desmantelamento de uma rede de espiões em todo o mundo, sobretudo no Brasil.

Depois de Cherkasov, o estagiário que tentou entrar no TPI, foi detido Mikhail Mikushin, que estava na Noruega, e dois espiões russos na Eslovénia, onde viviam com identidades argentinas.

Prestes a ser detido, Gerhard Wittich, ou Shmyrev, viajou para fora do Brasil poucos dias antes de a sua identidade ter sido desvendada. Os polícias, desiludidos por verem tanto trabalho ser desperdiçado, depositaram todas as confianças no regresso do espião, que tinha marcada uma viagem de regresso. Mas o russo nunca mais pisou solo brasileiro, apesar do dinheiro encontrado num cofre indicar à polícia que seria sua intenção regressar.

Além dele, também o casal que passou por Portugal; um grupo que viveu no Uruguai — do qual fazia parte uma espia loira que se fazia passar por modelo; e um empresário da área da joalharia (que chegou a ser destacado como “especialista em pedras preciosas” num programa de televisão brasileiro) escaparam às autoridades.

Como forma de tentar minimizar os danos da fuga destes russos, os investigadores pensaram numa solução mais penosa para um espião do que ser preso: ser exposto a todo o mundo.

Assim, com apoio da Interpol, emitiram alertas com fotografias e impressões digitais destes espiões. Como a agência internacional de investigação criminal não se envolve em questões políticas como espionagem, os brasileiros disseram que os visados estavam a ser investigados por uso de documentos falsificados. Desta forma, os espiões vêm-se praticamente impossibilitados de retomarem os seus serviços.

Entre os detidos, Cherkasov é o único que continua preso, por ter sido condenado a 15 anos de prisão, numa pena que foi entretanto reduzida a cinco anos, por falsificação de documentos. A Rússia chegou a tentar o seu regresso, mas o Brasil não acedeu.

O New York Times descreve que o Brasil era o local ideal para os espiões russos porque os passaportes brasileiros são fáceis de obter, são bastante úteis por permitirem a entrada em muitos países e por ser possível a uma pessoa com traços europeus passar despercebida no país sul-americano.

Se em muitos países é necessária confirmação hospitalar antes de serem emitidas certidões de nascimento, o Brasil permite algumas exceções, no caso dos nascidos em áreas rurais. Além disso, o sistema é vulnerável à corrupção, descreve o jornal.

Caso da grávida da Murtosa. Terceiro dia do julgamento marcado por depoimentos da família

O terceiro dia do julgamento do suspeito do homicídio de Mónica Silva, que está a decorrer à porta fechada no Tribunal de Aveiro, foi preenchido com o depoimento de vários familiares da vítima, informou esta quarta-feira fonte judicial.

“Ao longo de todo o dia foram inquiridas algumas das testemunhas arroladas na acusação (familiares da vítima) cuja inquirição estava previamente programada para este dia”, refere um comunicado do juiz presidente da Comarca de Aveiro divulgado ao final da tarde.

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Durante a parte da manhã foram ouvidos o pai e a irmã mais nova de Mónica Silva. Esta última continuou a ser ouvida da parte da tarde, seguindo-se os depoimentos da mãe, da prima e de uma sobrinha da vítima, que ainda continuará a ser ouvida na quinta-feira.

Para a sessão de quinta-feira, segundo o comunicado do juiz Jorge Bispo, está ainda marcada a inquirição das testemunhas arroladas na acusação que se encontravam previstas para esse dia, “por forma a respeitar a calendarização inicial”.

O juiz presidente da Comarca de Aveiro refere ainda que as testemunhas de acusação que o tribunal não conseguiu ouvir hoje passaram para segunda-feira.

Já a inquirição das testemunhas arroladas na acusação que não foi possível ouvir na terça-feira, designadamente uma inspetora da Polícia Judiciária e a irmã gémea de Mónica Silva, “será agendada oportunamente”, de acordo com a mesma nota.

Grávida da Murtosa. Tribunal pede esclarecimentos sobre algemagem de Fernando Valente

Fernando Valente, o homem suspeito de ter matado e escondido o corpo de Mónica Silva, está a ser julgado por um tribunal de júri, composto por três juízes de carreira e oito jurados.

O arguido, que se encontra em prisão domiciliária, está acusado dos crimes de homicídio qualificado, aborto, profanação de cadáver, acesso ilegítimo e aquisição de moeda falsa para ser posta em circulação.

O julgamento está a decorrer à porta fechada, sem a presença de público e jornalistas, porque a juíza titular do processo determinou a exclusão da publicidade da audiência de julgamento e demais atos processuais, para proteger a dignidade pessoal da vítima face aos demais intervenientes envolvidos, nomeadamente os seus filhos.

O arguido, que teve uma relação amorosa com a vítima da qual terá resultado uma gravidez, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) em novembro de 2023, mais de um mês depois do desaparecimento da mulher, de 33 anos, que estava grávida com sete meses de gestação.

O Ministério Público acusa o arguido de ter matado a vítima e o feto que esta gerava, no dia 3 de outubro de 2023 à noite, no seu apartamento na Torreira, para evitar que lhe viesse a ser imputada a paternidade e beneficiassem do seu património.

A acusação refere ainda que durante a madrugada do dia 4 de outubro e nos dias seguintes, o arguido ter-se-á desfeito do corpo da vítima, levando-o para parte incerta, escondendo-o e impedido que fosse encontrado até hoje.

Mais de 390.000 computadores foram infetados com o “malware” Lumma, anunciou a Microsoft

A Microsoft anunciou nesta quarta-feira que 394.000 computadores com o sistema operacional Windows em todo o mundo foram infetados com o malware Lumma, e as autoridades internacionais estão a tentar desmantelar a rede de crimes cibernéticos por trás.

Os computadores foram infetados entre 16 de março e 16 de maio pelo Lumma Stealer, uma ferramenta dos hackers para roubar dados como senhas, contas bancárias e carteiras de criptomoedas, que depois usam para exigir resgates ou atacar serviços essenciais, disse a Microsoft numa publicação no blog.

A “gigante” da tecnologia explicou que, em 13 de maio, a unidade de crimes cibernéticos entrou com uma ação judicial num tribunal da Geórgia (EUA), que lhe permitiu “apreender e facilitar a remoção, suspensão e bloqueio de aproximadamente 2.300 domínios” que compunham “a infraestrutura da Lumma”.

[A polícia é chamada a uma casa após uma queixa por ruído. Quando chegam, os agentes encontram uma festa de aniversário de arromba. Mas o aniversariante, José Valbom, desapareceu. “O Zé faz 25” é o primeiro podcast de ficção do Observador, co-produzido pela Coyote Vadio e com as vozes de Tiago Teotónio Pereira, Sara Matos, Madalena Almeida, Cristovão Campos, Vicente Wallenstein, Beatriz Godinho, José Raposo e Carla Maciel. Pode ouvir o 1.º episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music.]

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O Departamento de Justiça dos EUA, paralelamente, “apreendeu a estrutura de comando central da Lumma e interrompeu os mercados onde a ferramenta era vendida para outros criminosos cibernéticos”, enquanto autoridades na Europa e no Japão ajudaram a suspender a infraestrutura local do programa.

A disseminação do vírus concentrou-se principalmente no continente europeu, de acordo com um mapa compartilhado pela Microsoft no seu blog, que mostra Alemanha, Polónia, Holanda e outros países próximos em vermelho, bem como partes da Espanha e Portugal, mas também o leste dos EUA, Brasil e México.

Benfica perde em torneio de futebol de 7

O Benfica perdeu contra o PSG, por 2-1, na primeira jornada do torneio World Sevens Football, de futebol feminino.

As encarnadas até marcaram primeiro, por Lara Martins, mas a equipa francesa deu a volta ao marcador.

Jordi Benera e Brennskag-Dorsin marcaram.

Este novo torneio, com oito equipas, está a decorrer no estádio do Estoril.

A equipa da Luz volta a jogar na quinta-feira, contra o Manchester United, às 16h30, e depois contra a Roma, às 20h30.

As partidas têm 30 minutos, 15 cada parte, realizadas em meio campo e balizas mais pequenas.

Ruben nunca quis a tábua, só a salvação. No fim, afogou-se (a crónica da final da Liga Europa)

Era uma final que era muito mais do que uma final. Tottenham e Manchester United, separados por um ponto nos dois primeiros lugares acima da zona de despromoção da Premier League, disputavam a final da Liga Europa com a certeza de que nem uma vitória apagava uma temporada má, pobre, infeliz. Ainda assim, ambos tinham também a certeza de que quem perdesse não teria sequer uma tábua de salvação onde se agarrar.

Do lado do Tottenham, Ange Postecoglou sabia que até a conquista da Liga Europa poderia ser insuficiente para se manter no cargo — e mantinha a lembrança de que, tal como disse no início da temporada, venceu sempre algum troféu no segundo que passou em todos os clubes da carreira. “É difícil contextualizar os desafios dos últimos anos. Na minha perspetiva, cheguei ao clube com objetivos muito claros. Tem sido uma tarefa árdua, com muitos desafios ao longo do caminho. Este jogo tão importante é uma oportunidade para, pelo menos, atingir esse objetivo de conquistar troféus”, disse o treinador dos spurs na antevisão da partida.

Ficha de jogo

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Tottenham-Manchester United, 1-0

Final da Liga Europa

Estádio de San Mamés, em Bilbao (Espanha)

Árbitro: Felix Zwayer (Alemanha)

Tottenham: Guglielmo Vicario, Pedro Porro, Cuti Romero, Micky van de Ven, Destiny Udogie (Djed Spence, 90′), Yves Bissouma, Pape Matar Sarr (Archie Gray, 90′), Brennan Johnson (Kevin Danso, 78′), Bentancur, Richarlison (Son Heung-min, 67′), Dominic Solanke

Suplentes não utilizados: Brandon Austin, Alfie Whiteman, Mathys Tel, Wilson Odobert, Ben Davies, Dane Scarlett, Mikey Moore, Damola Ajayi

Treinador: Ange Postecoglou

Manchester United: André Onana, Leny Yoro, Harry Maguire, Luke Shaw, Mazraoui (Diogo Dalot, 85′), Casemiro, Bruno Fernandes, Patrick Dorgu (Kobbie Mainoo, 90′), Mason Mount (Alejandro Garnacho, 71′), Amad Diallo, Højlund (Joshua Zirkzee, 71′)

Suplentes não utilizados: Bayindir, Lindelöf, Eriksen, Manuel Ugarte, Ayden Heaven, Jonny Evans, Harry Amass, Toby Collyer

Treinador: Ruben Amorim

Golos: Brennan Johnson (42′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Amad Diallo (35′), a Micky van de Ven (49′), a Richarlison (58′), a Yves Bissouma (68′), a Joshua Zirkzee (84′), a Harry Maguire (88′), a Lindelöf (90+1′)

Do lado do Manchester United, Ruben Amorim sabia que nem uma derrota na final da Liga Europa o deixaria sem trabalho — e mantinha a ideia de que a conquista da competição europeia, mais do que um objetivo final, era um passo de gigante no caminho que o clube está a trilhar. “Tem sido uma época muito difícil para toda a gente. Os resultados, as mudanças de equipa técnica, dá para sentir tudo isso dentro do clube. Nada vai mudar a nossa temporada, mas toda a gente sabe que ganhar uma competição europeia pode ajudar-nos a mudar um sentimento que pode contribuir para construir um futuro. Este título pode ajudar, pode dar-nos a força para fazer aquilo que temos de fazer”, indicou o técnico português.

Neste contexto, no San Mamés de Bilbao, encontravam-se duas equipas que vinham de longos períodos sem vitórias na Premier League: os spurs não ganham para o Campeonato há mês e meio, os red devils não vencem internamente desde março. Esta quarta-feira e sem o lesionado Kulusevski, Postecoglou apostava em Richarlison em detrimento de Son, com Brennan Johnson e Dominic Solanke também no ataque, enquanto que Amorim tinha Bruno Fernandes no onze e deixava Diogo Dalot no banco, com Højlund a surgir como referência ofensiva.

O jogo começou com um ritmo interessante, com Brennan Johnson a obrigar André Onana a uma defesa atenta com um remate na direita (11′) e Amad Diallo a atirar ao lado depois de um canto na esquerda (16′). A partir daí, porém, a final entrou numa toada mais calculista, com as duas equipas mais preocupadas com não sofrer golos do que propriamente com marcá-los.

O Tottenham ocupava essencialmente a zona do corredor central, bloqueando as movimentações de Bruno Fernandes e Casemiro, e Amad Diallo era o principal inconformado. O Manchester United atacava muito pela direita, onde o avançado costa-marfinense conseguia quase sempre passar por Destiny Udogie, mas não tinha qualquer largura nas dinâmicas e Mason Mount, encostado à esquerda, não teve praticamente nenhuma influência durante a primeira parte.

Os spurs ativavam muito a transição rápida, através da velocidade de Udogie e das incursões interiores de Bentancur na esquerda, e o jogo passou por minutos a fio sem uma verdadeira ocasião de perigo: as equipas aproximavam-se das balizas, entravam nas áreas, mas raramente tinham situações de finalização. A cerca de cinco minutos do fim da primeira parte, Amad Diallo rematou de fora de área para Vicario encaixar (40′), mas o golo acabou por aparecer do outro lado.

Sarr cruzou na esquerda para o primeiro poste, Brennan Johnson não conseguiu propriamente desviar face à marcação de Luke Shaw, mas Onana também não teve centímetros para intercetar a bola, que acabou por entrar na baliza para dar vantagem aos spurs (42′). Ao intervalo, em Bilbao, o Tottenham estava a vencer o Manchester United pela margem mínima.

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e Højlund beneficiou desde logo de uma situação de finalização, algo que nunca tinha acontecido durante a primeira parte, ao cabecear por cima já na área depois de um cruzamento de Amad Diallo na direita (48′). O Manchester United procurava continuar a ter mais bola e maior presença no meio-campo contrário, mas o Tottenham mantinha-se bem organizado e não dava grande espaço ao adversário.

Ainda assim, principalmente a partir da hora de jogo, os spurs começaram a afundar demasiado e a desinteressar-se completamente da dimensão ofensiva da partida. Os red devils iam encostando o oponente, que juntou as linhas e baixou o bloco, mas a densidade populacional que surgia nas imediações da grande área também não deixava grande espaço a jogadas associativas ou de conjunto.

Ange Postecoglou foi o primeiro a mexer, trocando Richarlison por Son, e Van de Ven foi herói ao evitar o empate com um corte em cima da linha depois de um cabeceamento de Højlund (68′). Ruben Amorim fez as primeiras substituições a cerca de 20 minutos do fim, lançando Alejandro Garnacho e Zirkzee, e Bruno Fernandes teve a igualdade na cabeça ao atirar ao lado completamente sozinho depois de um cruzamento de Mazraoui (73′). As oportunidades do Manchester United sucediam-se, com Garnacho a rematar rasteiro para Vicario defender (74′), mas o golo tardava.

E tanto tardou que acabou por não chegar. Diogo Dalot e Kobbie Mainoo ainda entraram, Vicario fez uma defesa enorme a um cabeceamento de Luke Shaw nos descontos (90+7′), mas o resultado já não mudou: o Tottenham venceu o Manchester United em Bilbao e conquistou a Liga Europa, encerrando um jejum de 17 anos sem qualquer troféu e garantindo que a temporada da equipa de Ruben Amorim conseguiu tornar-se ainda pior do que já estava a ser.

Ruben Amorim perde final da Liga Europa para o Tottenham

O Manchester United, de Ruben Amorim, perdeu a final da Liga Europa, diante do Tottenham.

Os “spurs” venceram, por 1-0, em pleno estádio de San Mamés, no País Basco, em Espanha. O único golo da partida foi apontado por Luke Shaw, na própria baliza.

Os red devils dominaram a partida, tiveram mais ocasiões, mas não conseguiram reverter o marcador.

Cai assim por terra o principal objetivo da época do United. De recordar que o Manchester, a uma jornada do final da Premier League, está no 16.º lugar, a pior classificação de sempre do clube.

Foi o sul-coreano Son que levantou o caneco para o Tottenham, sucedendo assim aos italianos do Atalanta.

A equipa de Londres não vencia um troféu há 17 anos (desde a vitória na Taça da Liga inglesa de 2007/08) e, com este triunfo, garante um lugar na Liga dos Campeões na próxima época.

Tottenham 🆚 Manchester United | Spurs quebram jejum de 17 anos

Tottenham 🆚 Manchester United | Spurs quebram jejum de 17 anos

O Tottenham conquistou a Liga Europa de 2024/25, colocando um ponto final em 17 anos sem a conquista de qualquer troféu. O Manchester United foi superior em quase todo o jogo, pressionou muito, criou as melhores oportunidades, mas a ineficácia e o guardião Guglielmo Vicario provocaram uma grande desilusão a Rúben Amorim, Bruno Fernandes e Diogo Dalot.

“Autocarro” estacionado

A primeira parte foi mais intensa do que bem jogada.

Mais sombre Tottenham 🆚 Manchester United | Spurs quebram jejum de 17 anos às GoalPoint.

Criança deixada em escola de Odivelas foi devolvida à mãe

Foi entregue à mãe a criança de cerca de dois anos que, na terça-feira, deixada por alegado engano de familiares na Escola Básica D. Dinis, em Odivelas.

Contactada pela Renascença, fonte da PSP disse que a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens daquele concelho considerou que a entrega da menor à progenitora não oferecia perigo para a bebé.

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Ao que tudo indica, a criança terá sido deixada na Escola Básica D. Dinis, em Odivelas, por engano.

A entrega da criança à mãe por parte das autoridades aconteceu ainda na terça-feira.

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