Primeiro-ministro de Timor-Leste admite proibir de forma permanente artes marciais

O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, admitiu esta quinta-feira a possibilidade de proibir de forma permanente a prática de artes marciais no país, por considerar que continuam a dividir os jovens timorenses.

“Esta tudo a correr bem, apesar de ainda haver problemas em alguns locais. Por isso, é que hoje propus que, no Conselho de Ministros, analisemos o melhor caminho, que talvez seja mesmo acabar com isso, porque essa questão está a dividir os jovens“, disse Xanana Gusmão.

“Nós os dois somos primos irmãos [primos diretos], mas, só porque pertencemos a grupos de artes marciais diferentes, temos de nos afastar e já não nos damos bem”, lamentou o primeiro-ministro. O chefe do Governo timorense falava aos jornalistas após um encontro com o Presidente José Ramos-Horta no Palácio da Presidência, em Díli, antes da reunião do Conselho de Ministros.

Xanana Gusmão mostrou, também, preocupação com o comportamento dos jovens, salientando que os relatórios de segurança indicam que continuam a ocorrer problemas, incluindo agressões físicas, e defendeu que, por isso, é preciso tomar uma decisão.

Na terça-feira, durante a cerimónia de içar da bandeira nacional, no âmbito das celebrações do 23.º aniversário da restauração da independência, confrontos entre jovens provocaram um morto no posto administrativo de Cailaco, no município de Bobonaro.

Segundo a Polícia Nacional de Timor-Leste, os jovens envolvidos nos confrontos pertenciam a dois grupos de artes marciais, que desde segunda-feira estavam em conflito, tendo também atacado a casa de um veterano.

No início de abril, o Governo de Timor-Leste decidiu prolongar a suspensão do ensino, aprendizagem e prática de artes marciais até ao final de 2025 para continuar a consolidar a paz social e assegurar que no futuro a prática das artes marciais decorra exclusivamente no âmbito desportivo.

O Governo timorense determinou pela primeira vez a suspensão do ensino, aprendizagem e práticas de artes marciais em novembro de 2023, na sequência de graves incidentes registados em todo o território, que provocaram pelo menos quatro mortos e 26 feridos.

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RECORD – Ainda sobre a mudança para o Sporting, tentou também obter opiniões sobre o clube com outros ex-jogadores? Por exemplo, costuma interagir com Bruno Fernandes e são naturais da Maia. Falou com ele sobre o Sporting?

Por Bruno Fernandes e Filipe Balreira

População de lince ibérico aumentou 19% num ano e supera os 2.400 animais

O número de linces na Península Ibérica aumentou 19% em 2024 e alcançou os 2.401 animais, segundo o censo anual realizado pelas entidades espanholas e portuguesas que integram o projeto de recuperação da espécie.

Segundo o resultado do censo divulgado hoje, o número de linces ibéricos passou de 2.021 em 2023 para 2.401 em 2024, ano em que nasceram 844 novos animais.

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O censo de 2024 identificou 1.557 linces adultos, sendo 470 fêmeas reprodutoras, mais 64 do que em 2023.

Os responsáveis e cientistas do projeto LIFE LynxConnect, de recuperação do lince ibérico, que esteve à beira da extinção no início deste século, consideram que para alcançar um “estado de conservação favorável” será necessário chegar a entre 4.500 e 6.000 indivíduos, com pelo menos 1.100 fêmeas reprodutoras.

Os projetos de conservação do lince ibérico, maioritariamente financiados por programas europeus LIFE, têm mais de 20 anos e o número total de animais passou de menos de 100 em 2002 para mais de 2.000 em 2023. Em 2024, a espécie deixou de ser classificada “em risco” para passar a “vulnerável” na Lista Vermelha elaborada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

Os números do censo hoje divulgado confirmam “uma tendência demográfica positiva e contínua nos últimos 20 anos de seguimento e ações com vista a reduzir o risco de extinção” do lince ibérico, destacou o Ministério para a Transição Ecológica e Desafio Demográfico (MITECO) do Governo de Espanha, num comunicado.

Em 2024 foram identificados 2.047 linces em Espanha e 354 em Portugal, no Vale do Guadiana (eram 291 no censo anterior).

Para além desta população em Portugal, há outras nas regiões espanholas de Castela La Mancha (942 linces), Andaluzia (836), Extremadura (254) e Múrcia (15), algumas delas já com núcleos de interligação entre si.

Em 2024 morreram também 214 linces, 162 deles por atropelamento em estradas, numa taxa de mortalidade por causas não naturais “ainda relevante”, que é necessário combater, realçou o MITECO.

“A população de lince continua a expandir-se, tanto numérica como territorialmente. São já 17 as áreas geográficas diferentes em que a espécie se reproduz. A tendência da população é positiva e contínua desde 2015, o que permite consolidar a redução do risco de extinção do lince ibérico”, lê-se no mesmo comunicado de hoje do MITECO.

O ministério espanhol sublinhou a evolução “ainda mais destacável” dos últimos anos, desde 2020, quando foram identificados 1.111 animais.

Apesar dos “bons resultados” do projeto de recuperação do lince ibérico, que “se está a converter num dos melhores exemplos de êxito de um programa de conservação de espécies ameaçadas”, “são ainda vários os desafios a que é preciso fazer frente para garantir” que se elimina o risco de extinção, salientou o MITECO.

O projeto de recuperação e conservação do lince ibérico passou, numa primeira fase, pela reprodução em cativeiro de animais, com os primeiros a serem libertados na natureza em 2011.

Desde então e até 2014 foram libertados 403 animais nascidos em cativeiro.

O projeto de recuperação e conservação do lince ibérico envolve diversas entidades públicas e privadas em Portugal e Espanha.

Em Portugal, a coordenação cabe ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

Dormir demasiado prejudica já a saúde – e vai ficar “velho” mais cedo

Novo estudo estabelece relação entre dormir a mais e problemas de memória e de outras funções do cérebro. É quase como dormir pouco. Dormir muito é tão prejudicial como dormir pouco. A ideia não é nova, mas agora um novo estudo traz mais detalhes sobre as desvantagens de dormir mais do que 9 horas por dia. Segundo a análise, dormir durante demasiado tempo tem impacto (negativo) na saúde do cérebro – sobretudo em pessoas que apresentam sintomas de depressão. Foram analisados dados de quase 2.000 pessoas sem demência; a idade média era de praticamente de 50 anos. A conclusão principal

Hora da Verdade com António Mendonça Mendes

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Santuário de Fátima acolhe Jubileu dos Voluntários

“Haverá lugar para a Esperança?” é a pergunta que inspira o Jubileu dos Voluntários, que acontece a 31 de maio, no Santuário de Fátima.

De acordo com a organização, o encontro pretende “assinalar a importância do voluntariado e da sua contribuição para o fortalecimento das comunidades e promoção do bem comum”.

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Para refletir sobre o tema do Jubileu, estarão presentes no encontro quatro personalidades de diferentes áreas da sociedade, ligadas ao voluntariado: Catarina Furtado, presidente da Associação Corações com Coroa e de Embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População; Flávio Soares, presidente da Associação Effectus, que acompanha pessoas com deficiência, cuidadores e famílias; Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome; e D. José Traquina, bispo de Santarém e presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.

Os quatro convidados vão integrar um painel que será moderado por Patrícia Duarte, diretora do Gabinete de Comunicação do Santuário de Fátima.

O programa tem início às 10h30, na igreja paroquial de Fátima, um momento em que se fará memória dos Pastorinhos, com evocação do seu batismo. Segue-se um percurso a pé, até ao Santuário, com a recitação do Terço. À chegada à Capelinha das Aparições será celebrada uma Missa, presidida pelo reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas.

Bloco Central

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Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes analisam os acontecimentos e os protagonistas da semana, com moderação de Paulo Baldaia. 15 anos depois da estreia na TSF, os episódios passam a sair à quinta-feira, dia de Conselho de Ministros, no Expresso. A fechar, e como sempre, o bloco central de interesses, com sugestões para as coisas importantes da vida

Abusos sexuais na Igreja. Grupo Vita recebeu 78 pedidos de compensação financeira

O grupo Vita, criado pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) para acompanhar as situações de abuso sexual na Igreja Católica, recebeu, em dois anos, um total de 78 pedidos de compensação financeira.

“O grupo Vita completa hoje dois anos e diria que o balanço é globalmente positivo”, afirmou à Lusa a coordenadora, Rute Agulhas, salientando que foram recolhidos 130 pedidos de ajuda e 78 pedidos de compensação financeira.

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Até dia 31 de março, data formal limite para apresentar este tipo de requerimentos, foram feitos “75 pedidos de compensação financeira, 57 destes relativos a dioceses e os restantes relativos a diversas congregações religiosas”, explicou a psicóloga, adiantando que após o fim do prazo, foram recebidos mais três pedidos, o que perfaz um total de 78.

Deste lote, “até ao dia de hoje, foram já avaliadas 51 pessoas“, com contactos individuais perto das suas zonas de residência.

“As restantes estão agendadas até ao final de julho… [e] voltamos a reiterar o compromisso do grupo Vita de enviar até final de agosto todos os pareceres, todos os relatórios de todas as pessoas que entretanto naturalmente serão avaliadas” para que depois a comissão organizada pela Igreja Portuguesa possa discutir os montantes indemnizatórios.

“Da nossa parte, esta parte do processo fica feita e será perfeitamente viável que a partir de setembro o grupo de fixação das compensações comece a trabalhar“, afirmou Rute Agulhas, considerando que há condições para “corresponder aquele que foi o compromisso da própria Igreja, da própria CEP, que esperava que todos estes processos tivessem concluídos até ao final do ano”.

“Resistência tem vindo a esbater-se de forma gradual”

Criado há dois anos, o início do grupo Vita não foi fácil, admitiu.

“Numa primeira fase, sentimos alguma desconfiança, não só por parte das pessoas de uma maneira em geral, mas sobretudo por algumas estruturas da Igreja”, onde existia “menos disponibilidade” de colaboração, “quase como se o grupo Vita estivesse a impor-se ou ocupar aqui um espaço que algumas estruturas sentiam como sendo delas”, explicou Rute Agulhas.

Esse comportamento persistiu mais nos primeiros meses de funcionamento, mas a “resistência tem vindo a esbater-se de forma gradual”, como é o exemplo de existirem ações de capacitação em 13 das 21 dioceses portugueses, a que se somam iniciativas em alguns institutos de vida consagrada.

“Até ao dia de hoje temos 130 pedidos de ajuda, na sua maioria mantém-se o perfil de pessoas mais velhas, pessoas que já foram abusadas há algumas décadas no contexto da Igreja”, disse.

No caso das vítimas, os pedidos dependem “muitas vezes do mediatismo que a comunicação social também vai dando a estes processos”, com picos expressivos, como é a vinda do Papa Francisco por ocasião da Jornada Mundial da Juventude ou de cada vez que são apresentados dados.

Das 130 vítimas, três dezenas têm um “acompanhamento psicológico regular” no quadro do grupo Vita, acrescentou.

Quanto às ações de sensibilização e capacitação, até ao momento, foram abrangidas nestas ações mais de 3.600 pessoas de vários setores, referiu.

“No que diz respeito à investigação, o grupo Vita tem salientado a importância de se fazer aqui um diagnóstico desta realidade para melhor saber, intervir e para melhor saber prevenir”, explicou Rute Agulhas.

O grupo concluiu três estudos, apresentados em janeiro, mas existem ainda outros projetos em fase de conclusão, relacionados com prevenção primária, como será o programa “Girassol”, um “jogo digital para crianças dos 10 aos 12 anos”, que será apresentado no externado São José, em Lisboa, no final de setembro.

O jogo segue as “melhores práticas pedagógicas” e procura “criar uma Igreja mais segura e mais protetora”.

Para 27 de novembro, está previsto um congresso internacional sobre o tema em Fátima, para tentar “pensar um pouco o papel da Igreja Católica, não só na prevenção, mas também na resposta à violência sexual”, disse a dirigente.

João Leão: “Portugal pode ter défice já no próximo ano”

Este episódio teve moderação de João Silvestre, editor executivo do Expresso, e contou com a participação de João Leão, ex-ministro das Finanças e atual membro do Tribunal de Contas Europeu. A edição esteve a cargo de Gustavo Carvalho.

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