O fim de um jejum de 17 anos com direito a glória europeia quatro décadas depois: Ange e a profecia concretizada da segunda época

“Normalmente, ganho coisas na minha segunda temporada. É essa a ideia. O primeiro ano é para estabelecer princípios e criar fundações. Se tudo correr bem, no segundo ano vamos ganhar coisas. Permitam-me que me corrija: não é normalmente, ganho sempre coisas no meu segundo ano. Nada mudou. Agora já o disse. E não digo nada em que não acredite.”

A declaração, a corajosa declaração, pertence a Ange Postecoglou. No início da atual temporada, a segunda ao comando do Tottenham, o treinador lembrou que tinha sempre conquistado títulos na segunda época em todas as equipas por que passou: Celtic, Yokohama Marinos, Austrália (equipa principal, Sub-17 e Sub-20), Brisbane Roar e South Melbourne. No entender de Postecoglou, não seria diferente em Londres. E não foi.

Ruben nunca quis a tábua, só a salvação. No fim, afogou-se (a crónica da final da Liga Europa)

Esta quarta-feira, ao derrotar o Manchester United e conquistar a Liga Europa, o treinador de 59 anos não só alcançou o primeiro título europeu da carreira como encerrou um jejum de 17 anos do Tottenham: os spurs não venciam qualquer competição desde 2008, quando levantaram a Taça da Liga, e Ange Postecoglou completou a tal premonição de que iria sempre ganhar um troféu na segunda temporada no clube.

O Tottenham sucede assim à Atalanta, que conquistou a Liga Europa da temporada passada ao vencer o Bayer Leverkusen, e alcança uma competição europeia 41 anos depois, já que a última ocasião tinha sido já em 1984, também na então Taça UEFA. Entre Taça UEFA e Liga Europa, os spurs têm agora três troféus, assim como Liverpool, Atl. Madrid, Inter Milão e Juventus, sendo que só o Sevilha é que tem mais, com sete.

Brennan Johnson marcou o único golo da final, e depois de confirmada a vitória, mostrou-se “muito feliz”. “Esta temporada não foi boa, de todo, mas nenhum de nós quer saber disso agora. Este clube não ganhava nada há 17 anos, isto significa tanto. Todos os adeptos são gozados, somos sempre gozados por não ganhar nada. Estou tão feliz. Nem consegui ver os últimos cinco minutos, só perguntava quanto tempo faltava. Depois começaram a dizer que já estava e o alívio que senti foi indescritível”, disse o avançado galês.

“Ficarmos em 17.º na Premier League não é suficiente, mas tivemos uma campanha inacreditável na Europa. Os adeptos foram ótimos, tanto em casa como fora, e tiveram claramente vantagem em relação aos adeptos do Manchester United. Estavam aqui uma hora antes de o jogo começar, carregaram-nos durante o jogo. Não posso agradecer o suficiente ao treinador pela confiança que tem em nós”, acrescentou.

Renault prepara um R4 eléctrico com dois motores e 4×4

Com a Renault a preparar o início das entregas do novo R4 E-Tech aos primeiros clientes portugueses a partir de Julho, não param as surpresas vindas deste versátil SUV eléctrico. Se as versões que podemos classificar de “normais” do Renault 4 recorrem apenas a um motor instalado no eixo dianteiro, o novo modelo denominado R4 Savane 4×4, ainda um protótipo, monta dois motores para garantir tracção integral.

Não é a primeira vez que existe um Renault 4 com quatro rodas motrizes, mas o R4 E-Tech Savane é o primeiro destes modelos com tracção total fabricado pelo construtor francês. A primeira vez que surgiu um R4 com tracção à frente e atrás foi em 1979, através da Sinpar, uma empresa que antes da II Guerra Mundial produziu equipamento militar e que depois se especializou em adaptar sistemas 4×4 a veículos convencionais, tendo sido adquirida pela Renault em 1979 e integrada na Renault Veículos Industriais.

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No final dos anos 70, a Sinpar produziu uma versão 4×4 para que os irmão Claude e Bernard Marreau participassem no Paris Dakar de 1979, onde foram 2.º entre os automóveis, para depois serem 3.º em 1980. E se o R4 4×4 dos manos Marreau era “filho único” e não proposto como veículo de série, esta limitação parece ter os dias contados, uma vez que a Renault apresentou um R4 Savane eléctrico, com o espírito do modelo dos irmãos Marreau, ou seja, com maior distância ao solo e pneus TT e dois motores eléctricos, um em cada eixo, para assegurar tracção integral para poder rodar mesmo em pisos mais escorregadios.

A Renault não se compromete a comercializar de imediato o R4 Savane 4×4 a bateria, mas um elemento da marca francesa admitiu que o modelo revelado durante o recente torneio de Roland-Garros, de que a Renault é um dos principais patrocinadores, “se destina a avaliar o interesse do mercado” num veículo eléctrico versátil mais potente e com maior capacidade em todo-o-terreno. E não afastou a possibilidade de o R4 Savane 4×4 ser produzido em série, caso os clientes o desejem.

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As fotos reveladas do R4 Savane 4×4 permitem constatar que esta versão do SUV do segmento B monta pneus mistos, para optimizar a tracção em pisos como terra, lama e neve. O construtor francês optou por não divulgar a potência dos dois motores que instalou no R4 Savane 4×4, deduzindo-se que à frente continue a unidade com 150 cv. Seria curioso saber se, no eixo traseiro, a Renault optou por instalar um motor igual, visando incrementar a potência para melhorar a utilização sobretudo em estrada ou se, pelo contrário, privilegia um motor menos possante, dedicado quase exclusivamente a garantir que a lama ou neve não impedem o Renault 4 Savane 4×4 de continuar a viagem. De caminho, será igualmente curioso perceber se o construtor aproveita a maior distância entre eixos do R4, face ao R5, para dotar o Savane com uma bateria com maior capacidade do que os 52 kWh que já temos no R5 e nas versões com tracção à frente do R4.

Ruben Amorim. “Sinto-me sempre com forças. Não se preocupem comigo”

O treinador do Manchester United, Ruben Amorim, garante que se sente com “forças para continuar”, apesar de mais uma derrota, desta vez na Liga Europa.

“Sinto-me sempre com forças. Não se preocupem comigo que eu fico bem”, referiu Amorim, à Sporttv.

A partida

“Acho que fomos a melhor equipa, mas isso de pouco vale se não marcarmos golos. E é esse o reflexo da nossa época, tivemos sempre dificuldades em marcar e hoje aconteceu o mesmo. Na segunda parte tentámos tudo, não conseguimos, e no fim perdemos”

Espelho de uma época difícil?

“Acho que não teve reflexos nesta final. A verdade é que fomos superiores ao adversário e isso não aconteceu em muitos jogos que perdemos esta época. Foi o reflexo de não conseguirmos marcar e de perdermos o jogo”.

O que leva de San Mamés?

“Não muito. É difícil dizer que levamos alguma coisa. Temos de lidar com a dor e com a derrota, e depois fechar a época no domingo e planear a próxima”.

Mal pode esperar pelo fim da época?

“Obviamente. Acho que toda a gente. E depois desta derrota, temos de fechar isto. Vamos ter um jogo em nossa casa e vai ser um momento difícil”.

Sente-se com forças para continuar?

“Sinto-me sempre com forças. Não se preocupem comigo que eu fico bem”

O Manchester United perdeu 1-0 contra o Tottenham e não conquistou a Liga Europa.

Totoloto. Confira os números desta quarta-feira

A chave vencedora do sorteio do Totoloto desta quarta-feira, 21 de maio de 2025 é composta pelos números 8 – 33 – 44 – 47 – 48 + Número da Sorte 1.

Em jogo no primeiro prémio está um jackpot de 1,8 milhões de euros.

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A chave constante neste artigo não dispensa a consulta do site do Departamento de Jogos da Santa Casa.

Os prémios atribuídos de valor superior a 5 mil euros estão sujeitos a imposto do selo, à taxa legal de 20%, nos termos da legislação em vigor.

O Totoloto é sorteado à quarta-feira e ao sábado.

Gyökeres e a luta pela Bota de Ouro europeia: «Se pudesse mudava as regras»

Avançado do Sporting está na liderança, mas Mbappé e Salah estão à espreita

Viktor Gyökeres está na liderança da Bota de Ouro, mas Mbappé e Salah estão à espreita. Em entrevista à SIC, o avançado do Sporting admitiu que não se importava de mudar as regras de atribuição do prémio – em Portugal, os golos valem 1,5 pontos, enquanto na La Liga e Premier League contam por 2.

A luta pelo Bota de Ouro. Pensa muito nisso? “Não. Claro que há quem fale disso à minha volta, mas neste momento não está nas minhas mãos. Tento não pensar nisso. Penso que é justo dizer que o vencedor será sempre aquele que tiver o melhor desempenho”.

Os seus golos valem menos do que os de Mbappé e Salah… “Entendo isso, tem sido sempre assim. Claro que se pudesse mudar as regras mudaria, mas não está nas minhas mãos”.

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Por André Santos

A emoção no golo ao V. Guimarães, o dérbi do Jamor e o futuro: Gyökeres responde a tudo

Viktor Gyökeres concedeu uma entrevista à SIC, na qual passou em revista a temporada e perspetivou o dérbi do Jamor (domingo, 17h15). O avançado sueco falou ainda sobre o futuro. 

Qual o sentimento de ser campeão novamente? “Incrível, claro. Foi até ao último jogo. Foi uma época longa e consegui-lo em casa, no último jogo, foi fantástico. Era o que queríamos esta temporada e consegui-lo foi ótimo”.

Foi ainda mais especial esta época? “Para mim foram ambas. É difícil escolher uma. A época passada foi o meu primeiro ano e foi incrível conquistar o meu primeiro título. Esta época aconteceram imensas coisas, e consegui-lo mesmo assim foi muito bom”.

Ficou emocionado no golo ao V. Guimarães…“Sabíamos que teríamos de ganhar para conquistar o campeonato. Foi fantástico quando o Pote marcou o primeiro, mas quando marquei… É sempre uma boa sensação marcar, mas fazer o 2-0 ali e ter um pouco mais controlo sobre o resultado [foi bom]. Acho que foi por isso que senti aquilo, que estávamos mais perto de o conseguir”.

Não conseguiu fazer 90 minutos durante algum tempo esta época, numa altura em que o Pote também estava fora. Foram 11 lesões a certa altura… O que aconteceu? Há explicação para isto? Duvidou, em algum momento, que o Sporting conseguiria conquistar o título? “Foi difícil, fizemos muitos jogos. E esse tipo de coisas pode acontecer. Mudámos de treinadores duas vezes, tivemos três diferentes. E isso também altera a forma de treino, as cargas, e isso pode ter tudo influência. Tentámos tirar o melhor partido da situação. Foi um período difícil, mas conseguimos ultrapassá-lo”.

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Sporting recuperou aí o 1.º lugar, voltou a perder e recuperou-o novamente. Depois chegou o jogo contra o Benfica na Luz… Como foi essa semana? “Dava para sentir que estava a chegar um jogo grande. Quando se tem o título em jogo… Estávamos entusiasmados com o jogo. Fomos lá e conseguimos um ponto bom. Talvez não tenhamos jogado tão bem como queríamos, mas defrontámos uma equipa muito boa. Não é fácil controlar os jogos todos durante 90 minutos como queremos. Conseguimos 1 pontos e, no próximo jogo, conquistámos o título”.

O jogo da Taça será muito importante do dérbi do campeonato? “Algo parecido… Claro que se for um jogo de campeonato é um pouco diferente, até porque desta vez estava o título em jogo, mas agora será quase a mesma coisa. É mais um troféu para disputar e nós queremos ganhar”.

O que podemos esperar de Gyökeres no futuro? “Espero continuar a melhorar e a marcar golos”.

Em Portugal? “Vamos ver. É o futuro. O futebol também é assim. Nunca se sabe o que vai acontecer. Como se viu esta época, nunca se sabe. É a mesma coisa agora, veremos no futuro”.

Espanha aperta o cerco ao Airbnb e manda apagar 66 mil anúncios de alojamento

O ministério espanhol dos Direitos do Consumidor anunciou nesta segunda feira que ordenou ao serviço online, Airbnb, que elimine da sua plataforma cerca de 66 mil anúncios de alojamento para férias, por violação de regras. Muitos dos 65935 anúncios presentes no serviço foram retirados por não incluir o número de licença nem especificar se o proprietário era um indivíduo ou uma empresa, informou o ministério. Segundo a AP News, no final do ano passado, foi emitida uma primeira ordem de remoção, que afetou 5.800 anúncios por toda a Espanha. O Airbnb recorreu da medida para o Tribunal Superior de Justiça de

Governabilidade e lideranças partidárias em Portugal, previsões económicas da Comissão Europeia

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André Ventura disponível para revisão constitucional e lança prisão perpétua

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O líder do Chega mostra-se disponível a uma revisão da Constituição, agora que a direita tem uma maioria de dois terços dos deputados na Assembleia da República. A instituição da prisão perpétua em Portugal é uma das bandeiras de André Ventura.

Em declarações à SIC Notícias, André Ventura disse esta quarta-feira que pode ser uma oportunidade histórica para a direita alterar a Constituição.

A Iniciativa Liberal anunciou que vai avançar com um processo de revisão constitucional na nova legislatura. Rui Rocha avançou a notícia após uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência das eleições legislativas de domingo.

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Iniciativa Liberal quer avançar com revisão da Constituição

“[Maioria de dois terços] É histórico. Só não avançamos se não quisermos, sobretudo com reformas estruturantes nas várias áreas”, declarou o presidente do Chega.

André Ventura considera que o combate ao crime, nomeadamente a introdução da prisão perpétua, é uma das suas prioridades.

“[Revisão constitucional] Numa área em que temos trabalhado muito, que é quem comete crimes graves, quem comete crimes violentos, poder existir em Portugal prisão perpétua”, defende o líder do Chega.

Dúvidas “graves e insustentáveis” sobre Spinumviva

O presidente do Chega admite avançar com uma comissão parlamentar de inquérito ao caso da Spinumviva se o primeiro-ministro não der mais esclarecimentos, alegando que permanecem dúvidas “graves e insustentáveis”.

“Vamos avaliar essa situação [comissão de inquérito à Spinumviva]. Continua a haver dúvidas sobre o primeiro-ministro, que são graves e insustentáveis do ponto de vista político”, disse André Ventura em entrevista à SIC transmitida no Jornal da Noite de hoje

Ventura considerou que Luís Montenegro “tem de dizer se quer dar esclarecimentos ou não” sobre o caso da sua antiga empresa, a Spinumviva, que passou aos seus filhos e que suscitou a polémica que conduziu à queda do Governo e às eleições antecipadas.

"Não seria boa ideia" excluir PS de uma revisão constitucional, alerta Bacelar Gouveia

“Nós queremos estabilidade e vamos ser farol de estabilidade, mas não nos peçam para sermos farol de estabilidade à custa da luta contra a corrupção ou da integridade. Está nas mãos do primeiro-ministro dar esse esclarecimento”, declarou.

Na entrevista, feita nos corredores do parlamento, voltou a afirmar que o Chega irá ter um “governo-sombra pronto para governar Portugal” constituído por “uma grande parte” de nomes de fora do partido.

Segundo o líder do Chega, isso “não é antever uma crise política”, mas apenas ter um primeiro-ministro e uma equipa pronta para governar o país, quando e se for necessário.

O que defende mesmo o Chega? As convicções e contradições do partido de André Ventura

Ventura justificou depois o recurso maioritário a figuras de fora do partido: “Os partidos devem ser forças de transformação, mas nós somos contra os ‘jobs for the boys’, somos contra o tacho pelo cartão partidário”.

Questionado sobre a estabilidade política nos próximos quatro anos, respondeu: “o normal é a legislatura durar o tempo todo, é o que nós queremos, é o que o país deseja, mas se não acontecer quero dizer às pessoas que me sinto pronto para governar”.

Sobre a moção de rejeição do programa do governo apresentada pelo PCP, o líder do Chega escusou-se a revelar como vai votar o seu partido, mas prometeu “agir com responsabilidade”. “Mas vamos ser muito firmes na luta contra a corrupção e a subsidiodependência”, acrescentou.

Deportações nos EUA. Juiz diz que Trump violou ordem judicial

A administração Trump violou uma ordem judicial sobre deportações de migrantes para países terceiros com um voo ligado ao Sudão do Sul, afirmou esta quarta-feira um juiz federal.

A decisão do juiz surge horas depois da Casa Branca ter dito que expulsou oito migrantes condenados por crimes violentos nos Estados Unidos, mas em que se recusou a revelar o seu destino.

Numa audiência de emergência que convocou para tratar de relatos de que imigrantes tinham sido enviados para o Sudão do Sul, o juiz Brian Murphy, em Boston, disse que os oito imigrantes a bordo do avião não tiveram uma oportunidade significativa de objetar que a deportação poderia colocá-los em perigo.

Minutos antes da audiência, funcionários da administração Trump acusaram os “juízes ativistas” de defenderem a libertação de criminosos perigosos.

Supremo Tribunal dos EUA rejeita recurso de executivo de Trump para deportações usando lei de 1798

O grupo foi levado de avião para fora dos Estados Unidos poucas horas depois de ter sido notificado, não tendo tido oportunidade de contactar advogados que pudessem objetar em tribunal.

“Ameaças à segurança nacional”

Os advogados do Governo argumentaram que os homens tinham um historial com o sistema de imigração, o que lhes dava oportunidades anteriores de expressar o medo de serem deportados para um país fora do seu país de origem, adiantando ainda que as autoridades de imigração podem ter entendido mal a ordem porque o juiz não especificou o tempo necessário entre a notificação e a deportação.

Os países de origem dos imigrantes – Cuba, Laos, México, Myanmar, Vietname e Sudão do Sul – não os aceitaram de volta, de acordo com Todd Lyons, o diretor interino do Serviço de Imigração e Alfândegas (ICE, na sigla inglesa), que falou aos jornalistas em Washington pouco antes da audiência em tribunal.

Mais tarde, disse que os imigrantes vinham de países que muitas vezes não aceitam todos os seus cidadãos deportados ou que tinham outras situações que impediam o seu regresso a casa.

Juiz diz que administração Trump pode ser processada por deportações ilegais

“Estes representam as verdadeiras ameaças à segurança nacional”, disse Lyons numa conferência de imprensa. Atrás dele, havia uma exposição de fotos de homens que ele disse terem sido condenados por violação, homicídio, assalto à mão armada e outros crimes.

O Presidente Donald Trump dos Estados Unidos e a Secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, “estão a trabalhar todos os dias para tirar estes criminosos cruéis das ruas americanas – e enquanto os juízes ativistas estão do outro lado, lutam para os trazer de volta ao solo dos Estados Unidos”, disse Tricia McLaughlin, porta-voz do departamento.

Os funcionários da Segurança Interna divulgaram poucos detalhes específicos sobre o voo de deportação.

Adiantaram apenas que o voo partiu na terça-feira com oito pessoas a bordo e que elas permaneceram sob custódia do departamento, acrescentando que não podiam revelar o destino final dos imigrantes por motivos de “segurança e segurança operacional”.

Açores preparam aumento das deportações dos EUA após tomada de posse de Trump

O caso surge no meio de uma ação de repressão da imigração levada a cabo pela administração republicana, que se comprometeu a deportar milhões de pessoas que vivem ilegalmente nos Estados Unidos. A luta legal é o mais recente ponto de inflamação à medida que a administração se insurge contra os juízes cujas decisões abrandaram as políticas do presidente.

Deportações violavam uma ordem do tribunal

Com o Congresso em grande parte silencioso ou apoiante, os opositores da agenda de Trump apresentaram centenas de ações judiciais e os juízes emitiram dezenas de ordens contra a administração. A imigração tem sido a questão mais polémica. Há a deportação equivocada de um imigrante que vivia em Maryland para uma prisão em El Salvador, bem como a pressão de Trump para deportar rapidamente supostos membros de gangues venezuelanos sem uma revisão judicial.

“Vemos juízes ativistas a intervir de uma forma que nunca vimos antes, para colocar os criminosos em primeiro lugar e não o povo americano”, disse Madison Sheahan, vice-diretor do ICE, na conferência de imprensa.

Deportações de Trump. Governo atento, mas sem " alarme ou preocupação especial"

Os funcionários da administração insistiram que os homens tinham recebido um processo justo, mas não forneceram quaisquer pormenores. Os advogados de defesa dos direitos dos imigrantes afirmaram que as deportações violavam uma ordem do tribunal que proíbe o envio de pessoas para outros países que não o seu país de origem sem primeiro lhes permitir argumentar que a deportação poderia colocá-las em perigo.

Murphy decidiu na terça-feira que a administração deve manter a custódia e o controlo das pessoas que “estão atualmente a ser removidas para o Sudão do Sul ou para qualquer outro país terceiro, para garantir a viabilidade prática do regresso” se considerar que essas remoções são ilegais.

Os advogados dos imigrantes afirmaram que a administração Trump parece ter começado a deportar pessoas de Myanmar e do Vietname para o Sudão do Sul, apesar de uma ordem do tribunal que restringe as expulsões para outros países.

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