Apelos por desaparecimentos de crianças aumentam quase 50% em 2024

O Instituto de Apoio à Criança (IAC) registou 60 apelos relativos ao desaparecimento de menores desde o início de 2024, quase mais 50% do que no ano anterior, revelou nesta sexta-feira a instituição.

Em comunicado para assinalar o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, que se comemora no domingo, o Instituto de Apoio à Criança (IAC), revelou que o número de casos reportados ao serviço SOS Criança Desaparecida aumentou 50% em 2024, face aos 41 apelos registados em igual período de 2023.

Entre as principais causas, destacam-se as fugas de casa (35%), fugas de instituições (17%) e os raptos parentais (13%).

Desde 2021, o IAC integra o sistema Amber Alert Europe, reforçando a capacidade de resposta em articulação com forças de segurança nacionais e organismos de cooperação internacionais.

O IAC deu seguimento a 30 dos casos reportados este ano, encaminhando-os para entidades como a Polícia de Segurança Pública (PSP), a Polícia Judiciária (PJ) e a Missing Children Europe, como forma de garante de respostas céleres na proteção de crianças e jovens.

O Instituto anunciou ainda que irá reforçar a prevenção primária nos próximos anos, investindo na literacia em segurança pessoal e digital, e na capacitação de crianças, jovens, educadores e famílias, face aos riscos associados à mobilidade e ao uso de tecnologias.

Enquanto houver uma criança desaparecida, haverá um motivo para agir. O nosso compromisso é com cada criança, cada família e com a construção de uma sociedade mais atenta e protetora”, afirmou o presidente do IAC, Manuel Coutinho.

Rússia vai enviar condições para acordo com Kiev após troca de prisioneiros

A Rússia vai enviar à Ucrânia um documento com as suas condições para pôr fim à invasão lançada em 2022, após a troca recorde de prisioneiros com Kiev, prevista para domingo, anunciou hoje o chefe da diplomacia russa.

“Assim que a troca de prisioneiros de guerra estiver concluída, estaremos prontos para transmitir ao lado ucraniano o esboço do documento que o lado russo está a ultimar”, disse Serguei Lavrov, num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Segundo Lavrov, o texto “estabelece as condições para um acordo sustentável, abrangente e de longo prazo para a solução” do conflito na Ucrânia.

Espera-se que Kiev também prepare o seu documento, no seguimento das negociações diretas entre russos e ucranianos há uma semana em Istambul, Turquia, as primeiras desde o início do conflito, em fevereiro de 2022.

Rússia e Ucrânia trocaram quase 800 prisioneiros. Acordo é para trocar dois mil até domingo

Como resultado do encontro na cidade turca, as duas partes estão a ultimar a troca de mil prisioneiros de cada lado.

Hoje foram trocados 270 soldados e 120 civis de cada lado, num processo que deverá continuar no sábado e no domingo.

A Rússia, cujo Exército ocupa quase 20% do território ucraniano, continua a impor as suas exigências maximalistas, que implicam o reconhecimento de quatro regiões parcialmente ocupadas (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia) e a península anexada da Crimeia, a desmilitarização do país vizinho e a recusa da sua adesão à NATO.

Por seu lado, Kiev, mais os seus aliados ocidentais, exige uma trégua antes de conversações de paz com o Presidente russo, Vladimir Putin, e não abdica da soberania sobre as regiões parcialmente ocupadas.

Citado pela agência russa TASS, Serguei Lavrov disse hoje que é improvável que Moscovo aceite conversações de paz com a Ucrânia no Vaticano em meados de junho, conforme foi noticiado pela imprensa norte-americana.

“Seria um pouco deselegante que países ortodoxos discutissem questões relacionadas com a eliminação das causas básicas [da guerra] em território católico”, comentou o ministro russo, considerando que essa possibilidade não seria igualmente “muito confortável” para o próprio Vaticano.

Trump assina decretos para lançar “renascimento” nuclear civil acelerado

O Presidente norte-americano, Donald Trump, assinou esta sexta-feira quatro ordens executivas destinadas, segundo um conselheiro, a lançar um “renascimento” nuclear civil nos Estados Unidos, com a ambição de quadruplicar a produção de energia nuclear nos próximos 25 anos.

Trump, que prometeu procedimentos “muito rápidos e muito seguros”, quer, em particular, que a análise de um pedido de construção de um novo reator nuclear não demore mais de 18 meses e pretende reformar a Comissão Reguladora do Nuclear, reforçando simultaneamente a extração e o enriquecimento de urânio.

“O tempo para a energia nuclear é agora”, declarou Donald Trump numa conferência de imprensa na Sala Oval, enquanto o secretário do Interior, Doug Burgum, disse que o desafio era “produzir eletricidade suficiente para ganhar o duelo da Inteligência Artificial com a China”.

“Queremos estar em condições de testar e instalar reatores nucleares durante o atual mandato”, ou seja, até janeiro de 2029, disse um alto responsável da Casa Branca, que solicitou o anonimato, durante uma troca de impressões com jornalistas.

Donald Trump revela proposta sobre programa nuclear de Washington a Teerão

Os Estados Unidos continuam a ser a maior potência nuclear civil do mundo, com 94 reatores operacionais, mas a sua idade média está a aumentar (42 anos).

Perante a crescente necessidade de eletricidade, nomeadamente impulsionada pelo desenvolvimento da Inteligência Artificial, e a intenção de alguns países de descarbonizarem as suas economias, a energia nuclear está a despertar um novo interesse a nível mundial.

França que, com 57 reatores, continua a ser o país mais nuclearizado ‘per capita’, anunciou em 2022 um novo programa de entre seis e 14 reatores, estando a conclusão do primeiro prevista para 2038.

A China, particularmente ativa, iguala agora França, com 57 reatores no seu território, e tem mais 27 em construção.

Por sua vez, a Rússia continua a ser o principal exportador mundial de centrais nucleares, com 26 reatores em construção, seis dos quais no seu território.

Fim de semana com sol. Um convite para ir a praia, passear por jardins ou ir ao teatro

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Papa Leão XIV retoma gratificação aos trabalhadores do Vaticano pela sua eleição

O novo Papa Leão XIV restabeleceu a tradicional recompensa financeira pela sua eleição a todos os funcionários do Vaticano, que receberão 500 euros, uma gratificação anunciada na véspera da sua receção em audiência.

O pontífice reviveu assim esta tradição e todos os trabalhadores da Santa Sé receberão esta gratificação no salário deste mês, segundo fontes internas.

Leão XIV receberá amanhã em audiência na Sala Paulo VI todos os funcionários da Santa Sé e da administração do Vaticano.

O novo pontífice tem sido muito sensível ao mundo do trabalho desde a sua eleição e, de facto, escolheu o seu nome como herdeiro de Leão XIII (1878-1903), o papa da Revolução Industrial que abordou pela primeira vez a questão social dos trabalhadores na sua encíclica “Rerum novarum” (1891).

O novo Papa rompe com a decisão do seu antecessor, Francisco, que suspendeu este tipo de gratificação e, nos últimos anos do seu pontificado, reduziu os salários da Cúria Romana e dos chefes de dicastérios e religiosos para conter a difícil situação económica do Vaticano.

O Papa Leão XIV foi eleito a 08 de maio, com a eleição a ser consumada no segundo dia de Conclave e após quatro votações.

Robert Francis Prevost é o primeiro papa norte-americano.

Comissão Europeia “empenhada” em acordo comercial com EUA rejeita “ameaças”

“As nossas negociações com eles não estão a dar frutos! Por isso, recomendo uma tarifa direta de 50% para a União Europeia a partir de 1 de junho de 2025”, anunciou Donald Trump, acrescentando que “não será aplicada qualquer tarifa se o produto for fabricado nos Estados Unidos”.

Numa conferência de imprensa na Casa Branca, o Presidente republicano disse mais tarde ter “a certeza de que a UE quer fazer um acordo com todas as suas forças, mas não o está a fazer bem”.

Questionado sobre o que a UE deve fazer para evitar uma taxa de 50%, 40 pontos acima do nível transitório em vigor, Trump disse não saber.

O Presidente norte-americano repetiu que a Europa impede a entrada de produtos norte-americanos, como os automóveis, enquanto os Estados Unidos permitem a entrada de veículos europeus.

“Está na altura de jogar este jogo da forma que eu sei jogar”, afirmou.

Trump também voltou a criticar as acções judiciais intentadas na Europa contra grandes empresas norte-americanas, como a Apple.

“Eles usam isto como uma arma e, na verdade, usam-no como uma angariação de fundos. É quase como um mecanismo de angariação de fundos. Além disso, estão a utilizar tarifas não monetárias e muitas outras medidas comerciais”, disse Trump.

Desde que regressou à Casa Branca, em janeiro, Trump tem visado especialmente a China e a UE em questões comerciais.

Depois de ter anunciado, a 09 de abril, uma “trégua” na aplicação daquilo a que chama “tarifas recíprocas” a Bruxelas e a outros parceiros comerciais, a UE também decidiu suspender a ativação de medidas de retaliação.

Recentemente, ambas as partes concordaram em intensificar as negociações técnicas para chegar a um acordo.

Os países europeus reagiram nesta sexta-feira com indignação e preocupação à ameaça de tarifas de 50%, com o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, a afirmar que seriam prejudiciais para ambos os lados do Atlântico.

“Continuamos a confiar nas negociações” lideradas pela Comissão Europeia, acrescentou o chefe da diplomacia alemã numa conferência de imprensa em Berlim.

A partir de Paris, o ministro delegado do Comércio Externo de França, Laurent Saint-Martin, pediu uma desescalada neste conflito, mas reiterou que a UE está preparada para responder às decisões de Trump.

Também o primeiro-ministro irlandês, Michéal Martin, disse nesta sexta-feira que as tarifas norte-americanas de 50% sobre os produtos europeus irão “prejudicar seriamente” a relação comercial UE-EUA, lamentando as ameaças de Donald Trump.

A Irlanda alberga a maioria das sedes europeias de gigantes tecnológicos norte-americanos, como a Apple, a Google e a Meta, graças ao seu atrativo sistema fiscal.

Adepto do Sporting baleado espera que o agente da PSP seja identificado “e que haja justiça”

O adepto do Sporting baleado nos festejos da conquista do bicampeonato e que perdeu um olho confessou ter a expectativa de que o agente da PSP seja identificado.

Falou-se de uma bala perdida, mas não digam que foi uma bala perdida. A bala foi enviada exatamente na minha direção. Gostava muito que o agente que disparou fosse identificado e que haja justiça. Na minha vida, estive sempre a favor das autoridades, mas o que passou foi muito grave e gostava que não se repetisse”, afirmou Bernardo Topa.

Em declarações ao JN, o adepto leonino assumiu estar a passar por uma “situação traumática”, porém, vincou que vai continuar a “amar o Sporting” e que tenciona ver a final da Taça de Portugal este domingo, entre Sporting e Benfica, a partir da unidade hospitalar em que está internado.

[A polícia é chamada a uma casa após uma queixa por ruído. Quando chegam, os agentes encontram uma festa de aniversário de arromba. Mas o aniversariante, José Valbom, desapareceu. “O Zé faz 25” é o primeiro podcast de ficção do Observador, co-produzido pela Coyote Vadio e com as vozes de Tiago Teotónio Pereira, Sara Matos, Madalena Almeida, Cristovão Campos, Vicente Wallenstein, Beatriz Godinho, José Raposo e Carla Maciel. Pode ouvir o 1.º episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music.]

o zé faz 25 — imagem para link nos artigos

Sobre o episódio que viveu no último sábado, Bernardo Topa contou que teve lugar no Saldanha, onde viu “um grupo de polícias a disparar” e acabou por ser atingido. “Nesse momento, houve um tiro direto ao meu olho. Percebi logo que era grave e que estava tramado, a ferida deitou imenso sangue e fui operado. Não vi quem disparou e mesmo que tivesse visto, teria sido impossível identificar o agente. Ao meu lado, naquela zona, estavam famílias, não era ninguém de claques, fiquei muito triste”, referiu.

O jovem, de 28 anos, mostrou-se ainda “feliz” pelo apoio do Sporting e disse estar preparado para ter de deixar as funções de comissário de bordo que desempenhava na TAP.

“As minhas redes sociais estão cheias e há donativos em curso para me ajudar nos tratamentos e na reconstrução do olho”, disse, adiantando que a sua situação pessoal na TAP “é um assunto que está a ser tratado”.

“Amava o que fazia, mas se não for possível, terei de assumir outras funções na empresa”, concluiu.

O novo livro de Isabel Allende e música de Dee Dee Bridgewater

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Novo Governo? Faltam “ainda três conversas muito importantes”, diz Marcelo

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta sexta-feira sobre a constituição do futuro Governo que terá de voltar a falar com PS, Chega e PSD, e que não será antes de 28 de maio.

Em declarações à entrada da Casa da Música, no Porto, onde assistiu a um concerto da Orquestra Sinfónica do Porto, o chefe de Estado, quando questionado se estava tranquilo após ter recebido todos os partidos, respondeu faltarem “ainda três conversas muito importantes”.

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“Falta uma conversa com a eventual nova liderança do PS. Eu tive a conversa com quem saía. Agora vou ter a conversa com quem pretende entrar. Faz a diferença! Segundo, a conversa com o partido que pode passar a ser o partido líder da oposição, mas só sabe dia 28 à noite. E, finalmente, a conversa com o partido do primeiro-ministro, que naturalmente tem que saber o que é que pensam os outros partidos para saber aquilo com que conta”, informou Marcelo Rebelo de Sousa.

E prosseguiu: “Portanto, até dia 29 vamos esperar pelos resultados provisórios do dia 28. Vamos esperar pela posição de quem quer assumir a liderança do PS e vamos esperar para ver se o Chega passa a segundo partido (…) e a líder da oposição ou não”.

Perante a insistência dos jornalistas sobre se lhe parece ter encontrado uma solução de governabilidade melhor ou menos má, o Presidente da República disse preferir esperar para ver ao mesmo tempo que lembrou ser um “otimista”.

“Acho que há condições para esperar isso porque é isso que interessa para o país”, afirmou.

Portugal goleia Turquia na Liga Europeia

A seleção portuguesa de futebol de praia goleou a Turquia, por 12-3, na primeira jornada da Liga Europeia.

Em Cádiz, a equipa das quinas marcou por Bernardo Lopes, Jordan Santos, Bê Martins, Rodrigo Pinhal, Rúben Brilhante, Miguel Pintado, André Lourenço (2), Tim (2) e Léo Martins (2).

Portugal vai agora defrontar a França (sábado) e à Polónia (domingo).

As seleções procuram a qualificação para a Superfinal, entre 9 e 14 de setembro.

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