Rui Cardoso: “Com a ideia de ocupar Gaza, Netanyahu ensaia uma fuga para a frente e vai direito ao precipício ou a uma parede”

Apesar da resistência junto das lideranças militares, o governo não desistiu da ideia. Onde estamos? Para onde vamos?

Tiago Pereira Santos

Neste podcast diário, Paulo Baldaia conversa com os jornalistas da redação do Expresso, correspondentes internacionais e comentadores. De segunda a sexta-feira, a análise das notícias que sobrevivem à espuma dos dias. Oiça aqui outros episódios:

Hiroshima faz 80 anos. Ainda se procuram restos mortais

“A guerra ainda não acabou” para muitos japoneses. Hiroshima, 80 anos depois de ser atingida pela bomba atómica. Quando a primeira bomba atómica explodiu há 80 anos, no dia 6 de agosto, milhares de mortos e moribundos foram levados para a pequena ilha rural de Ninoshima, a sul de Hiroshima, por barcos militares. Devido à falta de medicamentos e cuidados, apenas algumas centenas estavam vivas quando o hospital de campanha fechou em 25 de agosto, segundo registos históricos. Os que morreram foram enterrados em vários locais em operações caóticas e apressadas. Oito décadas mais tarde, as pessoas da região continuam

Proposta rede de laboratórios com horário alargado para “descongestionar urgências”

A ideia é criar uma rede de
laboratórios de serviço que alivie a pressão no Serviço Nacional de Saúde (SNS),
através do alargamento do horário.

A Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL) diz que se trata de uma “iniciativa transformadora”, que garante “o acesso à realização de análises clínicas fora do horário de funcionamento regular”.

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Com esta medida, será possível “descongestionar as urgências hospitalares e reforçar a resiliência do sistema nacional de Saúde em situações de emergência”, asseguram.

“Algumas vezes, os utentes acabam por ficar horas à espera de poderem fazer análises, de colheitas ou dos próprios resultados nos hospitais ou urgências”, lembra o diretor-geral e porta-voz da ANL.

Com um laboratório de serviço, com horário noturno e aos fins-de-semana, “os utentes podem realizar esses exames num laboratório perto de casa, com mais rapidez e conforto”, acrescenta Nuno Castro Marques. “Às vezes, há situações em que o utente não precisa de estar no centro de saúde ou no hospital à espera de uma análise”.

Nuno Castro Marques garante ainda, à Renascença, que esta medida não tem custos para o Estado. Segundo a Associação, os laboratórios associados em 2024 atenderam cerca de 14 milhões de utentes. Destes, 7,5 milhões já são utentes do SNS.

O que a associação propõe é o alargamento do serviço que já presta, “assim exista vontade do Ministério da Saúde de receber estes serviços”, diz Nuno Castro Marques.

Outra coisa são as tabelas dos atos convencionados, “algumas por alterar há 16 anos”, mas que já estão a ser revistas pela tutela. “Feita essa revisão, isto não tem mais custos”, garante o diretor-geral da ANL.

O projeto já foi apresentado ao Ministério da Saúde, assim como a outras entidades do setor. A Associação aguarda ainda por uma resposta da tutela.

Estádio do Dragão transformado em palco de homenagem a Jorge Costa

Encontram-se muitas homenagens a Jorge Costa no exterior do Estádio do Dragão, esta quarta-feira, na manhã seguinte à morte do antigo jogador de futebol.

Há um memorial, protegido por grades que seguram bandeiras do FC Porto. Muitos cachecóis, bandeiras, velas e até algumas mensagens de despedida.

“Até sempre, Bicho” é o que está escrito num dos cachecóis azuis e brancos.

As luzes tanto no exterior como no interior do estádio permanecem ligadas a esta hora. Há imagens de Jorge Costa nas portas de acesso ao interior do estádio, nos anos em que vestia ao peito o emblema portista.

O antigo jogador e, nos últimos anos, dirigente do FC Porto morreu aos 53 anos esta terça-feira. Não resistiu a uma paragem cardiorrespiratória quando se encontrava no centro de treinos da equipa, no Olival,, ao início da tarde.

O Estádio do Dragão vai ser palco, esta quarta-feira, das cerimónias públicas de despedida de Jorge Costa. A informação foi confirmada esta terça-feira pelo FC Porto que, em comunicado, indica que as portas do estádio estarão abertas a partir das 15h00 e até às 22h00.

As cerimónias seguem “a vontade expressa da família”, é dito, com as portas a serem abertas “para que sócios, adeptos e público em geral possam prestar homenagem ao inesquecível capitão do F. C. Porto”.

Inédito: cientistas recriaram as primeiras moléculas do universo

Pela primeira vez, cientistas recriaram a formação das primeiras moléculas do universo, imitando as condições do universo primitivo. As novas descobertas desafiam a compreensão sobre a origem das estrelas no início do universo. Logo após o Big Bang, há 13,8 mil milhões de anos, o universo estava a temperaturas extremamente altas. Poucos segundos depois, contudo, as temperaturas diminuíram o suficiente para que o hidrogénio e o hélio se formassem como os primeiros elementos. Centenas de milhares de anos após a formação desses elementos, as temperaturas ficaram frias o suficiente para que os seus átomos se combinassem com eletrões em uma

Penafiel. Bombeiros já conseguiram dominar incêndio em Galegos

Está dominado o incêndio que deflagrou ao início da tarde desta terça-feira na localidade de Galegos, no concelho de Penafiel.

Confirma-se, assim, a previsão avançada à Renascença ao início da madrugada pelo comandante dos bombeiros de Paço de Sousa.

Numa chamada telefónica, minutos antes das 6h00 desta quarta-feira, João Sousa dava conta que o incêndio “já se encontra dominado e, neste momento, procede-se às manobras de consolidação e rescaldo”.

Quanto à evolução nas próximas horas, o comandante dos bombeiros refere que “se o vento se intensificar, vamos perder o incêndio outra vez, mas se o vento mantiver a posição e a intensidade, vamos conseguir fazer o trabalho todo”.

O alerta para este incêndio na freguesia de Galegos, no concelho de Penafiel, foi dado às 14h59 desta terça-feira.

Nesta altura, permanecem no terreno 60 operacionais, apoiados por 19 viaturas.

Hiroshima, 80 anos depois: Como a bomba atómica dizimou uma cidade e mudou o mundo num piscar de olhos?

Apesar da destruição sem precedentes, a desejada rendição do Japão não aconteceu e, três dias depois, militares norte-americanos num segundo bombardeiro B-29 lançaram outra bomba atómica sobre Nagasaki, matando cerca de 40 mil pessoas. A segunda bomba atómica, o “Fat Man” tinha uma potência mais de duas vezes superior à anterior.

No dia seguinte, os aliados apresentaram uma proposta de rendição: os países respeitariam a soberania do imperador Hirohito se o Japão cumprisse as diretivas dos aliados. A 14 de agosto, o imperador concordou com os termos e o Japão acabaria por render-se oficialmente a 2 de setembro.

Foi a primeira vez – e até agora única – que bombas atómicas foram usadas contra civis. Mas os cientistas norte-americanos estavam confiantes de que funcionaria, porque tinham testado uma igual no Novo México um mês antes. Isso fazia parte do Projeto Manhattan, um esforço científico secreto financiado pelo governo federal que produziu as primeiras armas nucleares.

O que poderia ter sido um único ano de desenvolvimento de armas nucleares deu início a décadas e décadas de proliferação nuclear – um desafio para vários países e profissões.

80 anos depois, as memórias de sobreviventes de Hiroshima: “Fiquei cega, como se o sol caísse sobre mim”

Os fantasmas de Hiroshima

Quando vivi e trabalhei no Japão a partir de 2004, antes de iniciar a minha investigação académica, aconselharam-me a manter-me afastado das cidades atingidas pela bomba atómica, pois falar sobre os bombardeamentos era considerado “kanashii” (悲しい), “kowai” (怖い) e “kurushimii” (苦しみい) – triste, assustador e doloroso. Alguns amigos japoneses chegaram a expressar horror quando souberam que eu ia a Hiroshima e Nagasaki para fazer investigação. Pareciam sentir que era como um ato de autolesão. Um jovem estudante avisou-me que os fantasmas das vítimas de Hiroshima se levantam à noite para tomar conta da cidade.

Na minha primeira visita, em 2009, fiquei uma noite num hostel juvenil junto à linha de comboio e ao estádio de basebol dos Hiroshima Carp. Nessa noite, fui beber um copo com um casal, ambos hibakusha de segunda geração, ou “hibaku nisei”.

Este casal, Nishida San e a sua esposa Takeko, estavam envolvidos na organização da cerimónia anual do Memorial da Paz de Hiroshima. Takeko cantava num coro que participou em várias visitas de intercâmbio à Europa, incluindo à Notre Dame, em Paris, e à Christ Church Cathedral, em Oxford.

Ela contou que os pais nunca lhe falaram das suas experiências com a bomba, apesar de o pai ter sido exposto perto do epicentro. Fiquei surpreendido ao descobrir que muitos hibakusha evitavam partilhar as suas histórias até mesmo dentro da família, muitas vezes por receio de transmitir sofrimento físico e psicológico às gerações seguintes.

Depois do nosso encontro no bar, fomos comer okonomiyaki (“comida deliciosa”), uma panqueca com couve, ovo, carne de porco e noodles, num edifício conhecido como “okonomiyaki mura” ou vila do okonomiyaki. Para mim, lembrava um bloco de apartamentos de Nova Iorque, com uma escada exterior que servia de entrada para todos os andares – os contornos de divisões não construídas decoravam a fachada temporária. Essa “temporariedade” remontava aos anos 1950, quando blocos de betão como aquele foram erguidos no centro da cidade para acolher uma nova população após a quase destruição de Hiroshima. Desde 1945, a maioria dos habitantes veio de fora da cidade.

‘Pika… doon’

Estava sentado com Nishida San em bancos improvisados em frente a um balcão com uma enorme chapa de ferro aquecida. O chef, Shin San, anotou o nosso pedido e, enquanto conversávamos, um dos nossos amigos de Hiroshima perguntou-lhe se se lembrava da bomba atómica. Shin respondeu: “Claro que sim.”

Depois abriu os braços e fez uma expressão estranha, dizendo: “Pikaaaaa… doon.” Isto traduz-se como “flash… boom” – duas palavras onomatopeicas que encapsulam muito para o povo de Hiroshima. Muitos sobreviventes, especialmente os que estavam no centro da cidade, apenas experienciaram o clarão. Outros, geralmente mais afastados, sentiram o estrondo. Por isso, estas duas palavras eram usadas em vez de “gembakudan” (原爆弾) – bomba atómica – devido à censura.

O autor laureado com o Prémio Nobel, Kenzaburo Ōe, escreveu em 1981, na obra Hiroshima Notes: “Durante 10 anos após a bomba atómica ter sido lançada, houve tão pouca discussão pública sobre a bomba ou a radioatividade que até o Chugoku Shimbun, o principal jornal da cidade onde a bomba foi lançada, não tinha os tipos móveis [kanji] para as palavras ‘bomba atómica’ ou ‘radioatividade’.” Para apoiar esta ideia, reparei que alguns monumentos dedicados aos mortos no centro de Hiroshima têm apenas a inscrição E=MC², a fórmula de Einstein para a relatividade – a base científica que levou à criação da bomba, mas sem mencionar diretamente a bomba atómica.

Keiko Ogura: “40 anos de pesadelos”

A geração mais velha dizia-me frequentemente que temia visitar o Museu Memorial da Paz de Hiroshima e o parque envolvente, pois estão construídos sobre o epicentro da explosão. No entanto, alguns descobriram que, ao encontrarem estrangeiros em visita que também tinham vivido sofrimentos em massa – como o Holocausto ou testes nucleares – conseguiam abrir-se mais facilmente.

Keiko Ogura, atualmente com 87 anos, tinha oito anos a 6 de agosto de 1945 e foi exposta à chuva negra na sua casa em Ushitamachi, a 5 km do centro de Hiroshima. Ela contou:

“Durante 40 anos tive pesadelos e não queria contar a história. Quando éramos crianças, as nossas mães não falavam do bombardeamento atómico por medo de discriminação e preconceito. Ao envelhecermos, começámos a preocupar-nos com a saúde dos nossos filhos e netos. Após a criação da Comissão de Vítimas da Bomba Atómica em 1947, algumas pessoas esperavam ser curadas das lesões… mas, na verdade, os médicos estavam apenas a recolher sangue e dados.”

Ogura pensava, em criança, que nunca encontraria um parceiro devido à discriminação contra os hibakusha, mas também estava profundamente consciente de que outros sobreviventes tinham sofrido ainda mais do que ela.

Contudo, quando Robert Jungk, sobrevivente do Holocausto, veio investigar para o seu livro Children of the Ashes com a ajuda de Kaoru Ogura – um americano bilingue que esteve internado durante a Segunda Guerra Mundial e que viria a tornar-se marido de Keiko – tudo começou a mudar para ela. Conhecer o Holocausto deu uma nova dimensão às suas próprias experiências de discriminação.

Jungk – juntamente com Robert J. Lifton, historiador do genocídio – escreveu estudos baseados em entrevistas em Hiroshima nas décadas de 1950 e 60, numa altura em que os cidadãos comuns do mundo pouco sabiam sobre a magnitude do que aconteceu em Hiroshima, Nagasaki e nos locais de testes nucleares. Lifton, originalmente psiquiatra militar, explicou que após a crise dos mísseis de Cuba em 1962, sentiu-se motivado a estudar Hiroshima por receio de que o mundo estivesse prestes a “cometer o mesmo erro novamente”.

No entanto, a ligação entre Hiroshima e o Holocausto foi feita pela primeira vez por Otto Frank, pai de Anne Frank, que organizou a plantação de um jardim de rosas Anne Frank no Parque Memorial da Paz em honra de Sadako Sasaki, uma menina de 11 anos que morreu de leucemia nove anos após a bomba.

Médio Oriente. Capotamento de camião com ajuda humanitária mata vinte pessoas na Faixa de Gaza

Vinte pessoas morreram e dezenas ficaram feridas quando um camião que transportava ajuda humanitária capotou na Faixa de Gaza, informou o governo de Gaza.

As autoridades locais culparam o exército israelita pelo ocorrido, por fechar estradas e obrigar os camiões que transportam ajuda a circular por estradas perigosas e que não reúnem as condições de segurança necessárias, segundo um comunicado divulgado pelo gabinete de imprensa do Governo da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas.

“Apesar das autorizações limitadas concedidas recentemente para a entrada de alguns camiões, a ocupação (israelita) impede deliberadamente a sua segurança e impede o acesso daqueles que precisam”, escreve o Governo.

“Em vez disso, obriga os camionistas a tomarem rotas cheias de civis famintos, que esperam há semanas satisfazer as necessidades mais básicas da vida, o que leva a ataques a esses camiões e à pilhagem do seu conteúdo”, acrescentou o comunicado.

De acordo com as autoridades locais, o camião capotou sobre as pessoas que procuravam obter alguma comida que o veículo transportava. Para alem de que o camião circulava por uma estrada que “tinha sido previamente bombardeada”.

O governo de Gaza descreveu o incidente como parte de uma “conduta criminosa deliberada” que criou “condições catastróficas e caos”.

“Face à deterioração humanitária sem precedentes observada na Faixa de Gaza, a ocupação israelita continua a cometer o crime de fome em massa contra mais de 2,4 milhões de pessoas, ao continuar a fechar as passagens fronteiriças e a impedir a entrada de ajuda humanitária e materiais básicos, como parte de uma política sistemática destinada a quebrar a determinação do nosso povo e desmantelar o seu tecido social”, acusou o Governo no comunicado.

O Governo da Faixa de Gaza insta a comunidade internacional a intervir “urgentemente para deter este crime, impor a abertura total, segura e sustentável das passagens fronteiriças e garantir o fluxo de alimentos, assistência médica e combustível para a vida sem obstáculos nem condições políticas”.

O incidente ocorreu horas depois de a ONU reiterar os seus apelos para que fossem utilizados “todos os portos disponíveis” para permitir a entrada de mais ajuda humanitária e bens comerciais na Faixa de Gaza, face à crescente fome da população palestiniana.

Pelo seu lado, o exército israelita disse na terça-feira que, nas últimas horas, foram lançados um total de 110 paletes de alimentos pelo ar para Gaza, apesar de as principais organizações e a ONU rejeitarem este método de distribuição por ser “caro, insuficiente e perigoso”.

Os hospitais de Gaza receberam na terça-feira, pelo menos, 52 mortos por fogo israelita, dos quais 28 eram pessoas que procuravam comida, informaram fontes dos centros de saúde. Mais tarde, meios de comunicação como a cadeia de televisão Al Jazeera, do Catar, elevaram este número para 83 mortos, dos quais 58 procuravam ajuda humanitária.

Trump acusa bancos de discriminação e prepara ordem executiva contra encerramento de contas por motivos políticos

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou esta terça-feira os principais bancos do país de discriminarem contra si e os seus apoiantes, alegando que instituições como o JPMorgan e o Bank of America recusaram aceitar os seus depósitos.

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Em entrevista à “CNBC”, Trump afirmou que os bancos “totalmente discriminam contra mim, talvez até mais, mas discriminam contra muitos conservadores”. Acrescentou ainda que, após a sua primeira presidência, o JPMorgan terá informado que não podia manter as suas contas, apesar dos montantes elevados depositados.

“Eu tinha centenas de milhões, tinha muitas, muitas contas carregadas de dinheiro… e disseram-me: ‘Lamentamos, senhor, não o podemos ter. Tem 20 dias para sair’”, afirmou Trump.

De acordo com um rascunho revisto pela Reuters, a Casa Branca está a preparar uma ordem executiva que instruirá os reguladores a rever práticas de encerramento de contas por razões políticas ou ilegais, conhecidas como “debanking”.

A medida deverá ser anunciada esta quarta-feira.

“Acabei por recorrer a bancos pequenos em todo o lado”, disse Trump. “Estava a colocar 10 milhões aqui, 10 milhões ali, fiz 5 milhões, 10 milhões, 12 milhões”, referiu, sem especificar as instituições.

O JPMorgan, em resposta, não comentou as alegações específicas, mas negou que encerre contas por razões políticas. “Não encerramos contas por motivos políticos e concordamos com o Presidente Trump que são necessárias mudanças regulatórias urgentes”, fez saber o banco.

O Bank of America também evitou comentar os casos concretos.

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