Carlos Moedas fala em “ansiedade que não se justifica”: «Percebo que são muitas horas…»

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa garante que tem equipas a trabalhar em toda a cidade para ajudar as pessoas

Em declarações aos jornalistas, Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, falou esta segunda-feira em “ansiedade que não se justifica” quando questionado acerca do apagão geral que afetou Portugal e outros países da Europa.

“A cidade de Lisboa está a trabalhar com estas dificuldades. Não vamos deixar os túneis abertos porque é preciso arejar. Não podemos fazê-lo por razões de segurança, para as pessoas não ficarem dentro de um túnel. Mas, de resto, tudo está a funcionar”, começou por referir.

Acha que os lisboetas estão tranquilos? “Eu percebo a pergunta, são muitas horas. É um problema internacional, que vem de fora. Temos de manter essa calma. Serão várias horas, não tenho informação de quantas. Temos estado a trabalhar para servir as pessoas. Tenho equipas na rua para informar as pessoas, a perguntar se precisam de alguma coisa. Mas o número de horas não lhe posso dizer”.

Vai resolver-se brevemente? “Não tenho essa informação, mas Lisboa tem muitos mecanismos. Os nossos bombeiros continuam a retirar pessoas de elevadores. Não há feridos, não há vítimas, não estamos a falar de nenhum acidente que causou mortos. Pode é haver uma ansiedade que não justifica neste momento. O plano da Câmara está acionado, todas as forças estão a trabalhar e estamos a utilizar os nossos meios. Qualquer necessidade, até num hospital, estamos prontos para ajudar, em contacto com todas as instituições. Sempre dentro desta calma”.

Ajuda nos lares… “Ainda não tive contacto com o provedor da Santa Casa, estamos a tentar recolher toda a essa informação. Mas ainda não há situações de urgência. Neste momento, é isto que vos posso dizer. Que as pessoas não se movimentem se não for necessário. Para se deslocarem, se puderem fazê-lo a pé melhor, caso contrário podem entrar nos autocarros da Carris, que hoje são gratuitos para toda a gente”.

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Por André Santos

Os (ainda mais) jovens do Barça, treinados por Belletti, conquistam Youth League

O FC Barcelona conquistou hoje a 11.ª edição da Youth League em futebol, ao golear na final o Trabzonspor, por 4-1, no Centre Sportif de Colovray, em Nyon, na Suíça, e isolou-se no palmarés de vencedores da prova.

Um ‘bis’ de Ibrahim Diarra, que marcou aos 11 e 68 minutos, e golos de Andrés Cuenca (18) e Hugo Alba Silveira (56), garantiram o triunfo dos catalães, que sucedem no palmarés aos gregos do Olympiacos, vencedores na época passada, tendo Bican Tibukoglu apontado para os turcos aos 88.

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O FC Barcelona junta o troféu aos conseguidos em 2013/14 e 2017/18 e passou a liderar o palmarés de vencedores, seguido do Chelsea com dois.

A prova continental de clubes de sub-19 organizada pela UEFA foi ganha pelo Benfica em 2021/22, e pelo FC Porto na época 2018/19.

Horas a caminhar, atos de solidariedade e um restaurante onde “ninguém fica sem comer”. Como se viveu o apagão em Lisboa

Ethan e Jess fizeram mais de 40 minutos a pé, a subir, e carregados com malas de viagem. “Da estrela ao aeroporto fomos a pé, andámos duas horas… Usámos o Google Maps porque funciona offline, mas agora não sabemos. Vamos ter de marcar mais uma noite num hotel, vamos tentar comer e amanhã logo tentamos novamente”, diz o casal.

Pelo caminho até à rotunda do aeroporto, após quase 30 minutos de caminhada intensa, uma jovem na casa dos 20 anos não aguentou o calor. Sentada no chão, pedia a quem passava uma garrafa de água, mas ninguém parecia ter. No meio da quebra de tensão que aparentava sentir, um condutor de TVDE encostou, abriu o vidro e deu-lhe uma garrafa.

Desligar o quadro elétrico, limitar o uso do telemóvel e atenção à desinformação. O guia de medidas para o apagão

Na Rotunda do Relógio — para onde se dirigia — estava instalada a confusão que além do elevado número de veículos, se agravava pelo não funcionamento dos semáforos. As aplicações de mobilidade (como Uber e Bolt) deixaram de funcionar, mas os motoristas arranjaram uma alternativa: na bomba de gasolina que existe junto à rotunda que liga ao aeroporto, esperavam por turistas e faziam viagens fora da aplicação. “Vamos fazer dinheiro”, gritava um motorista.

Nessa mesma bomba de gasolina, entre os carros TVDE e aqueles que esperavam pela chegada de familiares e amigos ao aeroporto, estavam também viajantes que, com as malas ao lado, aguardavam e tentavam decidir o que iam fazer. “Não quero gastar o pouco dinheiro que tenho num táxi com um preço inflacionado”, comentava um turista também britânico.

Cerca das 20h50, a energia começou a voltar a Lisboa, onde foi recebida com gritos e apitos. Agora, resta avaliar todas as consequências das mais de nove horas de apagão, o maior dos últimos 25 anos.

Montenegro prevê “restabelecimento integral nas próximas horas” e apela à moderação no consumo de luz

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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, prevê “restabelecimento integral de eletricidade nas próximas horas”, após o apagão desta segunda-feira em todo o país. De acordo com a E-Redes, pelas 21h30 desta segunda-feira, dois milhões de consumidores já tinham luz.

“O abastecimento está a ser reposto gradualmente. Em muitas regiões do país a eletricidade já foi restabelecida, sendo expectável que do ponto de vista do território haja um restabelecimento integral nas próximas horas“, afirmou Montenegro, em conferência de imprensa realizada esta segunda-feira à noite, à margem de um Conselho de Ministros de emergência.

O chefe do Governo diz que ainda há situações difíceis na Beira Baixa, Alentejo e Setúbal.

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O que sabemos e não sabemos sobre o apagão em Portugal

Nesta declaração ao país, o primeiro-ministro deixou um apelo moderação no consumo de energia, agora que a eletricidade está a voltar, até que a rede esteja plenamente estabilizada.

Montenegro adverte que a “retoma pode demorar mais tempo em Portugal do que em Espanha, porque ao contrário da possibilidade que Espanha tem de ter interligações com outros países, nomeadamente com França e Marrocos, nós em Portugal estamos exclusivamente ligados à rede espanhola”.

O que causou o apagão? Montenegro ainda não sabe

Luís Montenegro afirma que “o apagão generalizado teve origem fora de Portugal, muito provavelmente em Espanha”, na sequência de uma grande oscilação na tensão elétrica. No entanto, as causas ainda não são conhecidas.

“Ainda não há um apuramento da origem da situação. Há alguns elementos que apontam numa direção: a origem não está relacionada com a rede portuguesa”, garante.

Montenegro subscreve a explicação da REN – Rede Energéticas Nacionais, ao final da tarde: “Tendo nós ligação à espanhola, foi aí que teve origem um aumento abrupto da tensão na rede espanhola. A origem ainda não conseguimos explicar. Sabemos que foi o aumento dessa tensão que terá feito disparar os mecanismos de segurança que levaram ao apagão. Serenamente, vamos avaliar com as autoridades espanholas”.

País pode voltar a ficar às escuras?

Luís Montenegro subscreve também aqui a posição da REN: a reposição é preciso ser feita gradualmente para evitar nova quebra na energia.

“Estamos a ter todos os cuidados, querer ser rápido pode levar a nova quebra. As coisas estão a correr bem, estamos até a antecipar os cenários previstos pela REN. Duas horas antes do previsto, Lisboa tem a situação praticamente reposta”, garante.

Portugueses serenos perante “situação grave, inédita e inesperada”

“De imediato, constituímos um gabinete de crise no Governo que desde a primeira hora se concentrou na gestão de uma situação grave, inédita e inesperada”, destacou o primeiro-ministro.

O chefe do Governo elogia a “compreensão, serenidade e sentido cívico que os portugueses estão a demonstrar nesta circunstância extraordinária”.

Apagão em Portugal. Imagens de um dia atípico sem eletricidade

Escolas podem reabrir na terça-feira

Com o apagão em vias de resolução, o primeiro-ministro acredita que há condições para as escolas reabrirem na terça-feira de manhã.

O primeiro-ministro “não vê razão para que as escolas não possam abrir amanhã, se não houver perturbações no reabastecimento”.

“É preciso fazer essa ressalva, porque é um processo delicado e a qualquer momento pode haver algum constrangimento na recuperação”, diz.

Voos noturnos autorizados em Lisboa

O apagão obrigou à suspensão dos voos, nomeadamente no Aeroporto de Lisboa.

Luís Montenegro adiantou que os voos vão ser autorizados durante noite, para permitir o escoamento de milhares de passageiros que ficaram retidos.

“Situação dos hospitais foi a mais difícil de gerir”

Luís Montenegro confessa que “a situação dos hospitais foi a mais difícil de gerir”, mas nenhum hospital chegou a situação limite.

“Sem fornecimento elétrico, foram acionados os geradores, alimentados a combustível, que vai sendo consumido e é preciso alimentar novamente os depósitos e a cadeia de abastecimento estava também a colapsar. Foi preciso uma gestão muito rigorosa e a colaboração das forças de segurança, que asseguraram o patrulhamento dos camiões que abasteceram os hospitais. Não tivemos nenhuma situação limite, em que o abastecimento fosse esgotado, mas tivemos de gerir situações de perturbação com a dificuldades de trânsito e gestão operacional. Houve situações dramáticas, mas que não tiveram a ver com a energia”, explica o primeiro-ministro, nesta conferência de imprensa.

Apagão adia a audição do neonazi Mário Machado pelo Ministério Público

A audição do militante neonazi Mário Machado pelo Ministério Público (MP) na sequência dos desacatos no 25 de Abril, agendada para esta segunda-feira, foi adiada, ainda sem nova data marcada, adiantou a defesa.

A informação foi confirmada à Lusa pelo advogado de Mário Machado, José Manuel Castro.

Mário Machado foi um dos três detidos pela PSP na sexta-feira, numa concentração de extrema-direita em Lisboa, tendo sido notificado para comparecer voluntariamente nesta segunda-feira pelas 10h00 no Campus de Justiça, perante o MP da instância de pequena criminalidade.

Detidos em concentração de extrema-direita notificados para se apresentarem no MP

O presidente do partido Ergue-te, Rui Fonseca e Castro, o líder do movimento 1143, Mário Machado, e um terceiro manifestante foram detidos na sexta-feira à tarde e libertados à noite, por suspeita da prática dos crimes de, respetivamente, desobediência, ameaça e coação a órgão de comunicação social, e resistência e coação.

Manifestação não autorizada. Fonseca e Castro e Mário Machado já foram libertados e terão de se apresentar às autoridades

Fonte da PSP confirmou entretanto à Lusa que as três audições foram adiadas, no dia em que o país foi afetado por um apagão da rede elétrica e ao longo do qual os tribunais se mantiveram abertos para atos urgentes e com várias diligências adiadas, confirmou o Ministério da Justiça (MJ).

Caos no trânsito, comunicações cortadas e corridas às lojas. O longo dia em que um apagão paralisou o país

De acordo com o Código de Processo Penal, compete ao MP decidir o seguimento a dar ao caso: arquivar, ordenar a abertura de uma investigação ou, por se tratar de crimes com pena máxima igual ou inferior a cinco anos, mandar os arguidos para julgamento sumário ou propor a suspensão provisória do processo.

A concentração não autorizada de apoiantes de extrema-direita decorreu no Largo de São Domingos, entre o Rossio e o Martim Moniz, no centro de Lisboa, e culminou em confrontos com manifestantes antifascistas.

Segundo o comunicado de sexta-feira, além dos três detidos, a PSP identificou “um suspeito da prática de ofensas à integridade física” e quatro pessoas “por suspeita de envolvimento nos distúrbios”.

“Lamentavelmente, dois polícias ficaram feridos, um com um ferimento no nariz e outro ferido na mão”, detalhou a força de segurança.

Em conferência de imprensa ao final da tarde de sexta-feira, o comandante da 1.ª Divisão Policial do Comando Metropolitano de Lisboa, Iúri Rodrigues, revelou que as autoridades estavam ainda a analisar “as imagens que foram recolhidas pelos órgãos de comunicação social para tentar identificar mais indivíduos que estiveram envolvidos nas agressões”.

Questionado se houve registo de civis feridos, Iúri Rodrigues disse que a PSP tem indicação de “uma pessoa que foi identificada como vítima e que se deslocou à esquadra para apresentar queixa”.

Apagão: PSP reforça policiamento durante a noite nas cidades sem luz

Não há iluminação pública e os sistemas de alarme de segurança não estão a funcionar

 A PSP vai reforçar o policiamento hoje à noite nas cidades que estão sem eletricidade, em especial nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, disse à Lusa fonte desta polícia.

A mesma fonte adiantou que o policiamento vai ser reforçado durante a noite, uma vez que não há iluminação pública e os sistemas de alarmes de segurança não estão a funcionar.

Segundo a PSP, o trânsito esteve muito complicado ao fim da tarde de hoje nas saídas de Lisboa, nomeadamente nas pontes 25 de abril e Vasco de Gama, Autoestrada 1, A8, A5 e IC19, mas por volta das 19:45 a situação estava mais calma.

Também durante o fim da tarde de hoje as filas para apanhar os autocarros em Lisboa foram longas, tendo em conta que não há Metropolitano e a CP esteve em greve.

A fonte disse também que a PSP ajudou a encerrar o Metropolitano de Lisboa ao fim da manhã, tendo os polícias apoiado na retirada de pessoas sem que se registasse qualquer incidente.

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Num comunicado hoje divulgado, a PSP referiu que os serviços da polícia estão “a funcionar plenamente com o auxílio de fontes alternativas de energia”, estando todas “as operações essenciais de polícia a ser asseguradas”.

Ao longo do dia de hoje, a PSP auxiliou os automobilistas no trânsito, uma vez que, devido à falta de eletricidade geral, os semáforos deixaram de funcionar.

A REN — Redes Energéticas Nacionais confirmou hoje um corte generalizado no abastecimento elétrico em toda a Península Ibérica e avançou que estão a ser ativados os planos de restabelecimento por etapas do fornecimento de energia.

O apagão registou-se às 11:30 de Lisboa e ainda se mantinha pelas 20:00.

Por Lusa

Bispos aos partidos: “é urgente restabelecer a confiança dos cidadãos nas instituições”

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Ornelas, pede responsabilidade aos partidos na campanha para as eleições legislativas de 18 de maio e que os problemas reais dos portugueses estejam no centro do debate político.

Na abertura da 211.ª Assembleia Plenária da CEP, em Fátima, D. José Ornelas afirmou que a Conferência Episcopal acompanha “com muito interesse e partilha o ambiente de preocupação que se vive no nosso país, a viver um período de significativa incerteza e instabilidade política”.

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Os bispos portugueses mostram-se preocupados com “a situação de crise política” provocada pela queda do Governo e apelam a uma campanha eleitoral com responsabilidade.

“À porta de mais uma campanha eleitoral, chegou a hora de os partidos políticos assumirem, de forma honesta, clara e inequívoca, que é urgente restabelecer a confiança dos cidadãos nas instituições, agir com ética e responsabilidade e promover um diálogo construtivo entre os diferentes agentes políticos e as forças vivas da sociedade”, referiu D. José Ornelas.

Sondagem das Sondagens

O presidente da CEP alerta para o aumento de situações extremas de exclusão social e pobreza e pede aos partidos que centrem a campanha nos problemas reais que afetam os portugueses.

“Mais do que sobre estratégias partidárias e antagonismos pessoais, é fundamental que o debate pré-eleitoral se concentre sobre as questões reais que interessam ao país, servindo para esclarecer os eleitores e motivar à participação democrática nas votações em perspetiva”, sublinhou o bispo de Leiria-Fátima.

Para D. José Ornelas, “só assim será possível a criação e aplicação de políticas justas e eficazes que coloquem a dignidade humana no centro, favoreçam o desenvolvimento de todos e protejam os mais frágeis”.

Cinquenta anos após as primeira eleições livres em Portugal, a CEP apela a que “nenhum cidadão deixe de votar nos atos eleitorais que se aproximam, honrando este marco histórico da democracia do nosso país e escolhendo, de forma esclarecida, os representantes que nos governam”.

“Dor e de saudade” pelo Papa Francisco

O presidente da CEP diz que esta será uma assembleia plenária em ambiente de luto pela morte do Papa Francisco, aos 88 anos.

“Este momento é assumido com muita intensidade por toda a Igreja. É ocasião de dor e de saudade, pela partida de um irmão e de um pai apreciado e querido, na Igreja e no mundo, pela sua palavra inspirada no Evangelho e pelos gestos carinhosos e corajosos, que marcaram os 12 anos do seu ministério”, afirmou D. José Ornelas.

O Papa Francisco pediu uma Igreja para “todos, todos, todos” e os bispos portugueses destacam “o testemunho de fé e pelo caminho sinodal de transformação renovadora que imprimiu à Igreja, a partir do acolhimento”.

“Fazendo eco do ministério do Papa Francisco e dando graças por este dom de Deus à sua Igreja, hoje mesmo, neste Santuário onde o Santo Padre nos lembrou que a Igreja deve ser como a Capelinha das Aparições, sem portas para poder estar disponível para acolher todos, os bispos aqui presentes celebrarão a Eucaristia juntos em sua memória e sufrágio, convidando todos os que o desejarem a juntarem-se a esta celebração de memória agradecida”, refere a CEP.

Apagão. Associação Nacional de Farmácias pede aos utentes que comprem “apenas o estritamente necessário”

A presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), Ema Paulino, pede aos utentes que, durante o apagão nacional que afetou o país esta segunda-feira, só recorram às farmácias para comprar medicamentos estritamente necessários e com exigência de receita médica.

Em declarações à Renascença, Ema Paulino afirma que a operação das farmácias foi fortemente afetada pelo apagão de eletricidade.

“As farmácias foram afetadas no seu funcionamento diário. Houve grande transformação digital na saúde, na validação das receitas, é tudo feito por comunicações entre bases de dados das farmácias e o sistema central. Com o corte de energia, isso deixou de ser possível. Há constrangimentos na visualização das receitas e na sua dispensa”, explica.

Sem acesso às receitas eletrónicas, Ema Paulino diz que as farmácias estão a dispensar medicamentos para situações mais urgentes e em casos de proximidade.

“Se existe relação de proximidade de confiança, em caso de urgência, a dispensa do medicamento ao utente é feita e o registo é feito posteriormente. A associação disponibilizou uma base de dados para as farmácias verem os preços dos medicamentos para facilitar o processo.”, refere a presidente da ANF.

A ANF apela ainda à população que só recorra à farmácia para comprar medicamentos estritamente necessários com necessidade de receita.

“Se puder ser uma situação adiada, que o seja, para que as farmácias continuem a ter capacidade de resposta para as situações mais urgentes”, conclui.

Apagão: Corte generalizado deixou Península Ibérica às escuras durante várias horas

Um corte generalizado no abastecimento elétrico deixou hoje toda a Península Ibérica sem eletricidade durante várias horas, sem que sejam ainda conhecidas as causas, e o fornecimento de energia está a ser restabelecido de forma gradual em várias regiões do país. O apagão registou-se às 11:30 de Lisboa e a situação estendia-se a toda a Península Ibérica e parte do território francês, confirmou a REN – Redes Energéticas Nacionais ao final da manhã, avançando que os planos de restabelecimento por etapas do fornecimento de energia já estavam a ser ativados. Pouco depois das 15:00, mais de três horas após o

Regresso da luz à Grande Lisboa está mais próximo. Duas subestações já estão ativas

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A Redes Energéticas Nacionais (REN) garante que cerca de 750 mil utentes já têm energia e que o regresso à normalidade está mais próximo em Lisboa e no Porto.

Numa nota publicada, a REN informou que “já conseguiu repor o abastecimento de energia a subestações do Carregado e Sacavém, passo essencial para reabastecer Lisboa”.

A meio da tarde, o administrador da REN garantiu que a reposição da eletricidade iria ser feito de forma lenta e gradual e que a Grande Lisboa iria “demorar mais tempo”.

Sobre o Grande Porto, onde a energia começou a ser reposta por volta das 18h00, a REN esclarece agora que “todas as subestações do Grande Porto já estão operacionais, pelo que os consumidores da zona deverão ver a sua situação normalizada em breve”.

O que causou o apagão?

A Redes Energéticas Nacionais (REN) revela que se verificou uma “grande oscilação na tensão espanhola” minutos antes da quebra energética em Portugal, na manhã desta segunda-feira, mas ainda não é conhecido o motivo que levou ao apagão geral.

Em conferência de imprensa, o administrador João Faria Conceição começou por dizer que “ainda não é possível apontar nenhuma causa concreta”, mas foi possível assistir, “momentos antes das 11h33, uma grande oscilação de tensões na rede espanhola e, naquele momento, o sistema elétrico português estava num momento de importação para aproveitar uma energia mais barata de Espanha”.

“Isso fez disparar algo semelhante aos disjuntores que temos em casa e o sistema veio todo abaixo”, explicou Faria Conceição.

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