Livre alerta que governo minoritário sem apoio parlamentar poderá rapidamente ficar em gestão

O porta-voz do Livre, Rui Tavares, alertou esta terça-feira que um governo minoritário, sem um diálogo parlamentar que seja construtivo, poderá “muito rapidamente” tornar-se num executivo em gestão.

“Um governo minoritário na próxima legislatura, se não estiver assente num diálogo parlamentar que seja construtivo, pode muito rapidamente ser um governo em funções de gestão”, afirmou Rui Tavares à saída do Hospital de Aveiro onde reuniu com os administradores.

Sem revelar se viabilizaria ou não um eventual Governo minoritário do PS, o dirigente do Livre assumiu que, para evitar esse cenário, é “importantíssimo” que se deixe de lado o jogo de quem é que chega primeiro, alegando que isso aplica-se ao futebol, mas não ao parlamentarismo. “O que é preciso é ter uma maioria ou, pelo menos, uma base de apoio parlamentar a um governo que seja coerente e coeso”, reforçou.

Na sequência da reunião em Aveiro, círculo eleitoral onde o Livre quer eleger deputados pela primeira vez, Rui Tavares revelou que, se houver um governo em gestão durante mais de um ano, isso impossibilita novas contratações e decisões administrativas na saúde. Além disso, acrescentou, há reformas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que ficariam à espera de um governo que só viria com um novo ciclo político em 2026.

O porta-voz do Livre, que desde o início da campanha eleitoral tem defendido uma solução de governabilidade à esquerda, considerou que a esquerda não tem de falar a uma só voz, mas tem de ser pragmática e coordenar-se na altura de encontrar uma maioria de governação. “Isso é o que acontece noutros países europeus e é o que pode acontecer em Portugal, mas, evidentemente, não acontecerá com partidos que não trazem este tipo de atitude para o centro da ação política”, frisou.

Rui Tavares reforçou que o Livre não está a concorrer para a oposição, muito menos para a oposição à restante esquerda, mas sim para a governação. Por isso, é fundamental que o Livre seja um “partido decisivo e de charneira na política portuguesa” para mudar o país, insistiu. “Estou cada vez mais convencido de que apenas uma votação muito reforçada no Livre pode ser a chave para uma solução e uma alternativa de governação”, concluiu.

O porta-voz do Livre garantiu também que se integrar uma solução governativa impedirá a privatização do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e tornará o “terreno de jogo” entre serviço público e privado equilibrado. Rui Tavares considerou que, neste momento, o SNS está a travar “uma luta desigual com os olhos vendados e a mão atrás das costas” com o privado.

Na sua opinião, é preciso haver coragem política para fazer frente aos privados e para impor regras iguais para todos. “Os privados, nomeadamente em grandes áreas metropolitanas como a de Lisboa, têm vantagens competitivas numa concorrência desleal que movem ao Serviço Nacional de Saúde, situação que seria possível de combater sem gastar um euro, mas mudando apenas a lei e dando as mesmas obrigações aos privados e SNS”, vincou. E acrescentou: “Até agora ainda não encontramos nenhum ministro da Saúde que tem a coragem política de fazer valer para os privados as mesmas regras que valem para o público”.

No décimo dia de campanha eleitoral, Rui Tavares acusou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de fazer promessas na saúde que sabia que eram impossíveis de cumprir. “Fez na saúde, como tinha feito na economia, como tinha feito nas outras áreas. No início do mandato era relativamente fácil apanhar fruta madura que foi deixada pelo Governo de António Costa [PS]”, frisou.

O porta-voz do Livre considerou que Luís Montenegro não tem vontade política de travar a degradação na saúde, apelando aos eleitores que vejam bem a quem é que vão entregar o voto no próximo domingo. Além da questão dos privados, Rui Tavares apontou a necessidade de se criarem condições de atratividade para profissionais de saúde no SNS, não tanto no que diz respeito às remunerações, mas na questão do tempo e possibilidade de conciliar a vida profissional com a familiar.

O Livre, que na semana passada visitou o Hospital de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, insistiu ainda na necessidade de se criarem incentivos para que os profissionais de saúde fiquem no SNS oferecendo-lhes uma carreira estável e atrativa.

Rui Tavares assumiu a ambição de eleger pela primeira vez em Aveiro, afirmando querer “roubar” o mandato à IL, que elegeu um deputado por este círculo nas legislativas de 2024. “Temo-nos cruzado com muita gente que, prontamente, diz que quer ter uma eleição do Livre em Aveiro”, frisou.

Segundo Rui Tavares, é muito importante poder representar um distrito que tem um dinamismo económico muito grande, que tem uma cultura muito própria na área industrial e um eleitoral que tem muito arreigados os valores da independência, da autonomia e de conquista de uma certa prosperidade para a família. “Nós achamos que Aveiro é um distrito que pode ser muito fértil para causas e valores de esquerda, tal como já foi no passado, tanto no início do liberalismo em Portugal como no 25 de Abril”, sustentou.

Dizendo querer imprimir dinamismo e dignidade a Aveiro, o porta-voz do Livre revelou que quer “roubar” o mandato à IL que, nas últimas eleições legislativas, “elegeu por pouco”. “É uma competição saudável e eles terão que entender, uma vez que também gostam da concorrência”, brincou.

Há muitos distritos que querem ter um partido que é europeísta, ecologista, das liberdades, dos direitos humanos, da defesa do Estado Social e que não quer recuar em nenhum direito, apontou. Além de Aveiro e Santarém, Rui Tavares, que tem recusado traçar uma meta para estas eleições, manifestou já o objetivo de eleger, igualmente pela primeira vez, em Braga e Leiria.

A candidatura do Livre em Aveiro tem como cabeça de lista, Filipe Honório, de 32 anos e assessor político, seguindo-se Joana Filipe, também assessora política. Nas últimas eleições legislativas, o Livre não conseguiu eleger em Aveiro, tendo os deputados sido distribuídos pelo PSD (sete), PS (cinco), Chega (cinco) e Iniciativa Liberal (um).

​Comércio que fecha, jovens que emigram. O país que Raimundo vai encontrando

O secretário-geral comunista vai fazendo uma campanha bem-disposta, mas vai encontrando relatos que o entristecem. Só esta terça-feira foram dois.

No distrito de Lisboa, em Benfica, a caravana da CDU esteve em contacto com os comerciantes do bairro. O proprietário de um pronto a vestir estava desiludido e pronto a fechar.

“Da próxima vez que aqui vier, a minha loja já estará fechada… A partir de janeiro vou fechar”, diz a Paulo Raimundo, com ar determinado.

Júlio Santos, 78 anos, chegou a ter dois funcionários, mas agora trabalha sozinho. “A grande distribuição rebentou isto tudo”, queixa-se.

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O líder comunista ouve e lamenta a situação. Deixa o panfleto da CDU e segue caminho. Mais tarde, no discurso público, conta o que ouviu para dar o exemplo de como afinal as coisas não vão assim tão bem como outros proclamam.

Umas horas mais tarde, em Mem Martins, Sintra, a história repete-se, mas com outro tema. Lá vai Raimundo rua cima, rua abaixo distribuindo o “documentozinho” (como o próprio se refere ao panfleto da CDU). À porta de um prédio está uma jovem a quem Raimundo se dirige.

Ela começa por dizer que não vive cá e depois esclarece.

“Fui embora para Inglaterra, desiludida com o país”, desabafa Sara Chaves, 34 anos, emigrada há 11.

Raimundo acena a cabeça com empatia e diz ter também amigos na mesma situação. Sara Chaves continua. “O que mais me irrita é que há uns anos davam melhores incentivos para os estrangeiros virem para cá do que para os portugueses que querem regressar.”

O líder comunista, em tom de brincadeira, sugere que “mude de nacionalidade” e assim possa usufruir das vantagens.

Sara diz “não vou voltar”. Raimundo não resiste a interpelá-la. “Eu compreendo, mas não podemos desistir do nosso país. Se desistirmos do país, é o fim”.

“Vou tentar”, acaba por dizer Sara.

Paulo Raimundo segue caminho e, mais uma vez, nos discursos públicos, conta o que ouviu.

“Isto tem que acabar. Precisamos que os nossos jovens nasçam, cresçam e vivam cá e que, com a sua criatividade, energia e conhecimento, contribuam para o desenvolvimento do país.

O que fazer se nota de liquidação do IMI indicar o mês de maio?

No Explicador Renascença desta terça-feira vamos responder às dúvidas de muitos dos proprietários que têm de pagar Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

Qual é então o novo prazo para pagamento do IMI?

O novo prazo para quem tem de pagar IMI é agora o final de junho. Os proprietários terão um mês adicional. Esta é uma decisão que surgiu na sequência dos constrangimentos causados pelo apagão de 28 de abril.

O Fisco admitiu que não foi possível enviar atempadamente um conjunto alargado de notas de cobrança do IMI, motivo pelo qual decidiu prorrogar o prazo do final de maio para 30 de junho.

É este então agora o prazo para o pagamento da primeira prestação deste imposto ou para o pagamento da prestação única nos casos em que o valor seja inferior a 100 euros.

E se a nota de liquidação indicar o mês de maio?

De acordo com um esclarecimento publicado esta terça-feira pela Autoridade Tributária, os contribuintes não precisam de ter em conta essa informação.

Mesmo que a nota do Fisco indique que o pagamento é até final de maio, pode na verdade ser liquidado até 30 de junho, sem quaisquer acréscimos ou penalidades.

E a referência para o pagamento mantém-se válida até ao final do novo prazo.

E como é que fica o resto do calendário?

O resto do calendário fica sem alterações. Portanto, quem tenha de pagar menos de 100 euros pode fazê-lo até final de junho, num pagamento único.

Quando o IMI varia entre 100 e 500 euros, pode ser dividido em duas prestações: a primeira, que já está a pagamento, até 30 de junho e a segunda prestação pode ser paga em novembro.

Para pagamentos de IMI superior a 500 euros, mantêm-se as três prestações: a primeira até final de junho e as outras em agosto e novembro.

E há algum desconto para quem pague o IMI de uma só vez e não em prestações?

Não. De facto, a nota de liquidação prevê a opção de pagamento do imposto de uma só vez, mas não há qualquer desconto associado.

Também há quem esteja isento de IMI. Quem é que pode beneficiar dessa isenção?

Podem beneficiar de isenção as pessoas que, no ano passado, tenham comprado casa para habitação própria e permanente, com um valor patrimonial até 125 mil euros, desde que os rendimentos sujeitos a IRS não ultrapassem os 153.300 euros anuais.

Nesse caso ficam isentas de pagar IMI nos primeiros três anos e esta isenção pode ainda ser prolongada por mais dois anos, por decisão da assembleia municipal.

A isenção de IMI também é automática para as famílias, com rendimentos anuais brutos até 16.398 euros e que tenham uma casa com valor patrimonial até cerca de 71.300 euros.

Também estão isentos de pagar IMI os idosos que tenham passado a residir em lares.

Compensa pedir uma reavaliação da casa para baixar o valor do IMI?

Só compensa se o proprietário já tiver uma indicação de que o valor patrimonial da casa pode baixar.

De facto, as Finanças não atualizam automaticamente todos os coeficientes que influenciam o cálculo do IMI, nomeadamente o coeficiente de vetustez, que está relacionado com a idade da casa.

A DECO Proteste tem um simulador que permite apurar se o contribuinte está a pagar imposto a mais.

Se assim for, deve ser feito o pedido de reavaliação no portal da Autoridade Tributária. É gratuito, só pode ser feito a cada três anos.

Sociedade civil guineense anuncia manifestação dia 25 pela reposição da democracia

Duas plataformas de organizações da sociedade civil guineense anunciaram esta terça-feira que vão realizar, no dia 25, uma manifestação para exigir a reposição da ordem democrática e o fim da supressão das liberdades fundamentais.

Fernando Mandinga da Fonseca, da coordenação da Frente Popular, plataforma que junta sindicatos e organizações juvenis, disse que a manifestação terá igualmente como finalidade “lutar contra a ditadura que se impõe no país“.

De acordo com o ativista, a iniciativa partiu da organização cívica e social “Po de Terra” (pau da terra), à qual se juntou a Frente Popular para “exigir a reposição da legalidade democrática” na Guiné-Bissau.

As duas plataformas contestam o derrube do parlamento, em dezembro de 2023, por decisão do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, cujo mandato de cinco anos, afirmam, terminou a 27 de fevereiro passado, dia em que passaram cinco anos desde a sua posse.

Fernando da Fonseca assinalou que a “mega manifestação” foi projetada para 25 de maio, Dia da África, para também reivindicar a liberdade na Guiné-Bissau, sem, contudo, avançar com todos os pormenores da iniciativa que, assegurou, “vai surpreender o regime”.

“Nós temos a consciência dos riscos que se impõem [ao] confrontar este Governo”, acrescentou o ativista, lembrando “a tortura” infligida aos manifestantes da Frente Popular no dia 18 de maio de 2024.

Nesse dia, a polícia guineense prendeu cerca de uma centena de ativistas da Frente Popular, na sua maioria jovens, que saíram às ruas de Bissau e de várias cidades do país para exigir a “reposição da ordem constitucional”.

Vários ativistas da Frente Popular denunciaram atos de espancamentos durante a detenção na 2.ª Esquadra de Bissau.

Os dirigentes da organização, entre os quais o seu líder, o jornalista Armando Lona, ficaram detidos durante 10 dias, sendo, depois, apresentados ao Ministério Público, que lhes instaurou processos judiciais.

Temos medo, mas vamos confrontar” as autoridades, declarou Fernando da Fonseca, salientando que a liberdade “não se negocia e nem se impõe”, bastando que os cidadãos e as forças de segurança respeitem a Constituição do país.

Sérgio Conceição diz que AC Milan acredita na conquista da Taça de Itália: “Estamos prontos, focados no que temos de fazer”

O treinador português Sérgio Conceição disse nesta terça-feira que o AC Milan “está pronto e acredita” na vitória na final da Taça de Itália de futebol, ante o Bolonha, na quarta-feira em Roma.

“Estamos prontos, focados no que temos de fazer. Temos a hipótese de vencer outro troféu e qualificarmo-nos para a Liga Europa após um ano difícil. Sentir pressão é normal, isto é o AC Milan. Temos adrenalina e não medo”, declarou, em conferência de imprensa.

Depois de serem visitados pelo presidente de Itália, Sergio Mattarella, os milaneses anteciparam a 78.ª final da taça, à qual chegam após uma série de quatro vitórias consecutivas, a última precisamente na última jornada do campeonato, ante o outro finalista, o Bolonha (3-1).

Sérgio e o banco que vê na crise uma oportunidade: AC Milan vence Bolonha e consegue quarta vitória consecutiva (segunda com reviravolta)

“Vimos de resultados positivos, a equipa tem melhorado, mesmo que não tenha tanta consistência como pretendo. Temos de estar no nosso melhor, ter atenção a um Bolonha muito competitivo, e aos detalhes da partida”, declarou.

O técnico, que notou a sua experiência em finais de taça, lembrou que a equipa tem mostrado “através de reviravoltas e golos a partir do banco” que é capaz de se manter “saudável e unida”.

Também presente na conferência de imprensa, o guarda-redes francês Mike Maignan realçou um grupo “muito esfomeado por vencer e trazer a taça para Milão”.

O AC Milan, que segue no oitavo posto na Serie A, pode quarta-feira vencer a sexta Taça de Itália da sua história, a primeira desde 2003, numa época em que já venceu a Supertaça, defrontando os bolonheses, que levantaram duas vezes o troféu.

Abriu o Holis Hostel em Sucre, Bolívia

Na Bolívia, um casal de viajantes – ela portuguesa e ele australiano – decidiu começar este ano, 2025, um projeto de alojamento turístico, num país que “ainda envolto em muito mistério, com poucas infra- estruturas para o turismo, mas com muito para oferecer”. Ana João e Oliver querem criar uma cadeia de hostéis e o primeiro – o Holis Hostel – já abriu as portas no centro histórico da cidade de Sucre, capital constitucional da Bolívia.

Holis Hostel - Sucre - Bolivia ©

Holis Hostel – Sucre – Bolivia ©

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COMO TUDO COMEÇOU

“Nós somos a Ana João e o Oliver (Olly), portuguesa e australiano, que se juntaram há cinco anos na aventura de partilhar a vida e os sonhos. Eu, a Ana João, sou arquiteta de formação, mas nos últimos anos tenho vindo a trabalhar nas mais diversas áreas, sobretudo na área do turismo”.

“O Oliver formou-se como canalizador mas trabalha há vários anos na gerência do departamento de manutenção de grandes hotéis. Ambos já trabalhamos em vários países tais como: o Canadá, a Austrália, o Chile, a Geórgia, o Equador, Portugal e almejamos continuar a construir uma vida que se partilhe entre vários países e continentes”.

Revela-nos a Ana João: “Eu sou viajante já antes de nascer. A minha mãe ganhava concursos de dança do ventre na Tunísia uns meses antes de eu nascer! Viajei muito desde que era bebé – os meus pais tinham (e têm ainda) uma autocaravana que levámos a todos os cantos da Europa, desde os paredões das praias croatas, lagos escoceses e até aos fiordes noruegueses.

Depois de entrar na faculdade, descobri o couchsurfing, os programas de Erasmus+ da União Europeia, e as viagens à boleia. E comecei a viajar sozinha pelo Mundo, passando um ano pela América latina, fazendo várias visitas ao Médio Oriente, passando temporadas pelas Caraíbas e pela América do Norte, fazendo voluntariado em Marrocos, na Grécia e na Geórgia”.

Holis Hostel - Sucre - Bolivia ©

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Como se encontraram? “Depois de acabar o curso, e de trabalhar como guia turística no Porto e em Braga, embarquei numa viagem à Ásia e à Oceania que me acabaria por manter na Austrália por quase quatro anos. Durante a pandemia, trabalhando numa ilha no limiar da grande barreira de coral australiana, conheci o Oliver e convenci-o a dar a volta à Austrália. Compramos uma carrinha, transformámo-la em casa e passamos seis meses a conhecer todos os Estados e territórios do país”, conta-nos Ana.

Holis Hostel - Sucre - Bolivia ©

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“O Olly começou o seu percurso das viagens um pouco mais tarde. Sem grandes possibilidades para viajar durante a infância, foi já aos 23 anos, numa viagem pelo sudeste asiático que percebeu que queria mudar a sua forma de vida. Mudou-se para o Canadá durante dois anos, formou-se como instrutor de esqui e começou uma rotina de passar metade do ano na Austrália a trabalhar, para viajar nos restantes seis meses.

Durante 7 anos, passou temporadas por toda a Ásia e pelas Américas e descobriu a sua paixão por incentivar pessoas a viajar e a viver uma vida diferente. Depois de viver na Bolívia e na Guatemala, enquanto aprendia espanhol, começou a solidificar a ideia de abrir uma cadeia de hostéis na América latina. A ideia já estava guardada na sua mente há vários anos, quando a pandemia o encontrou na Argentina. Regressou de emergência à Austrália e conheceu aquela que seria a sua companheira de aventuras dos cinco anos seguintes. Como eu sempre havia querido voltar à América do Sul, o plano do Olly pareceu-me perfeito!”, explica Ana João.

Holis Hostel - Sucre - Bolivia ©

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Holis Hostel – Sucre – Bolivia ©

PORQUÊ NO SUCRE?

“A Bolívia surgiu na mente do Oliver como opção, depois de passar duas temporadas a aprender espanhol em Sucre. É um país ainda envolto em muito mistério, com poucas infra-estruturas para o turismo, mas com muito para oferecer. É um país que ainda não aposta no turismo e que, de certa forma, tem um gap no mercado no que diz respeito aos hostéis. Isto, aliado ao facto de ser um país relativamente barato para fazer um investimento destes, consumou a decisão de fazer uma cadeia de hostéis na Bolívia!”

Assim nasce o Holis Hostel, o primeiro Hostel deste casal que está situado no centro histórico da cidade de Sucre, capital constitucional da Bolívia. Uma beleza de cidade que encantou o casal ao ponto de quererem construir aqui o seu primeiro projeto. “É chamada a “cidade branca”, com edifícios de estilo colonial e praças verdejantes que funcionam como os pulmões da cidade. A cidade estende-se muito para lá do centro histórico, e os mercados tradicionais, as casinhas de tijolo à vista e os “morros” formam parte do panorama sucrense”, salienta Ana João.

Holis Hostel - Sucre - Bolivia ©

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“O hostel abriu no dia 1 de abril, de 2025, e no dia 3 estávamos lotados e desde a primeira semana que temos vindo a recusar viajantes por estarmos lotados. Depois de passarmos dois meses e meio a renovar o edifício, decidimos abrir a nossa pequena casa para viajantes ainda sem tudo terminado, pensando que o começo iria ser mais lento. O essencial estava pronto, só nos faltavam algumas decorações e fazer alguns arranjos pequenos na casa”.

Holis Hostel - Sucre - Bolivia ©

Holis Hostel – Sucre – Bolivia ©

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COMO É O HOLIS HOSTEL?

A apresentação do espaço que vemos nas fotografias vem da proprietária, Ana João: “o Holis Hostel tem dois pátios, com espaços de leitura, mesas, floreiras, camas de rede e lugar para bicicletas e motos, quatro dormitórios (de 12, 8 e 4 pessoas), três quartos privados, nove casas de banho e uma cozinha que os hóspedes podem utilizar a qualquer hora do dia.

Temos também uma sala de estar com recepção, bar, jogos de mesa, troca de livros e serviço de lavandaria. Alguns amigos locais estão a trabalhar connosco e a ajudar a tornar este sonho realidade. O objetivo do projeto é que, depois de um primeiro ano inicial, o hostel funcione sem que nós tenhamos que estar na Bolívia todo o ano. Nós continuaremos a viajar!”, explica Ana.

Ana e Olly - Holis Hostel - Sucre - Bolivia ©

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Stan Wawrinka e Richard Gasquet recebem wildcard para Roland Garros

Segundo torneio do Grand Slam arranca a 25 de maio

A ATP anunciou esta 3.ª feira que o suíço Stan Wawrinka, campeão em 2015, recebeu um wildcard para jogar o quadro principal de Roland Garros, assim como o francês Richard Gasquet, que vai retirar-se do ténis no Grand Slam parisiense.

Aos 40 anos, Wawrinka vai disputar o quadro principal masculino do major francês, que ganhou em 2015 e do qual foi finalista em 2017.

O atual 132.º classificado do ranking ATP tem outros dois Grand Slams no currículo, uma vez que ganhou o Open da Austrália em 2014 e o Open dos Estados Unidos em 2016, tendo também conquistado o ouro olímpico de pares ao lado de Roger Federer em Pequim2008.

Além do suíço, que se estreou na ‘Catedral da terra batida’ em 2005, a organização de Roland Garros decidiu atribuir um convite a Richard Gasquet, que já tinha anunciado a intenção de terminar a carreira após competir uma última vez no seu Grand Slam.

Esta será a 22.ª participação do gaulês de 38 anos no major nacional, onde se estreou em 2002, com apenas 15 anos.

Gasquet conta com 16 títulos no currículo, incluindo um no Estoril Open, em 2015.

O segundo Grand Slam da época começa em 25 de maio e termina em 8 de junho, com a qualificação a acontecer uma semana antes do arranque do quadro principal.

Por Lusa

OMS diz que 57 crianças morreram à fome em Gaza nos últimos dois meses

Acompanhe o nosso liveblog sobre o conflito israelo-palestiniano

A Organização Mundial da Saúde (OMS) denunciou nesta terça-feira que pelo menos 57 crianças morreram de fome na Faixa de Gaza desde março, na sequência do bloqueio humanitário imposto por Israel ao enclave palestiniano.

Numa conferência de imprensa em Genebra, Suíça, o representante da organização para os Territórios Palestinianos Ocupados, Rik Peeperkorn, alertou que as crianças que conseguiram sobreviver até à data enfrentam possíveis problemas de saúde para toda a vida.

A OMS vincou que, se a terrível situação humanitária persistir, cerca de 71.000 crianças com menos de cinco anos poderão sofrer de desnutrição aguda nos próximos 12 meses, e que muitas delas estão “presas no ciclo vicioso causado pela falta de alimentos”.

Peeperkorn denunciou que o embargo à ajuda por parte de Israel “só permite que a assistência chegue a 500 crianças com desnutrição aguda”, o que é apenas uma “fração” das que enfrentam “necessidades urgentes”.

“Já sabemos que os danos causados pela falta de alimentos têm consequências para toda a vida. Isto inclui problemas cognitivos e outros. Sem alimentos e água potável, toda uma geração será permanentemente afetada“, disse Peeperkorn, antes de afirmar que a OMS dispõe de “recursos na Cisjordânia” que aguardam entrega no enclave.

O representante da OMS para os Territórios Palestinianos Ocupados sublinhou que esta é “uma das piores crises de fome do mundo” e que “está a acontecer em tempo real”.

Os alertas de Peeperkorn surgem um dia após a divulgação de um relatório apoiado pela ONU que alerta para a insegurança alimentar e sugere que uma em cada cinco pessoas em Gaza poderá passar fome.

“Temos vindo a chamar constantemente a atenção para a necessidade de fazer chegar a ajuda à Faixa de Gaza. Os 31 camiões da OMS continuam parados em al-Arish, no Egito, a apenas algumas dezenas de quilómetros da passagem de Rafah”, lamentou.

Peeperkorn afirmou que os centros médicos de Gaza “não são um alvo legítimo” na ofensiva israelita, depois de o exército ter atacado o hospital Nasser, a sul de Khan Yunis (sul do enclave), onde morreram duas pessoas, incluindo um jornalista, e 12 ficaram feridas.

“A saúde não é um alvo”, afirmou o representante da OMS, que aproveitou a ocasião para reiterar o apelo à “proteção das instalações de saúde” e à implementação de medidas para “pôr fim ao bloqueio, libertar os reféns e conseguir um cessar-fogo que conduza a uma paz duradoura”.

A ofensiva israelita foi desencadeada por um ataque do grupo radical palestiniano Hamas no sul de Israel em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns, segundo as autoridades israelitas.

A retaliação de Israel contra a Faixa de Gaza provocou mais de 52.900 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, que governa o enclave desde 2007.

A ofensiva israelita na Faixa de Gaza causou também a destruição de grande parte das infraestruturas do território de 2,4 milhões de habitantes.

Israel retomou a ofensiva em março, pondo termo a um cessar-fogo negociado em janeiro, durante o qual trocou vários reféns israelitas por prisioneiros palestinianos.

Desde que retomou a ofensiva, impôs um bloqueio à entrada de ajuda humanitária na Faixa da Gaza, apesar dos apelos de organizações internacionais, como a ONU, para que não deixasse morrer a população à fome e de doenças.

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