Governo quer prisão para donos de lanchas rápidas sem bandeira ou identificação

O Governo propôs à Assembleia da República que os proprietários de lanchas rápidas a partir de quatro metros de comprimento sem bandeira ou com identificação ocultada ou falsificada possam ser condenados a entre um e quatro anos de prisão.

A medida consta da proposta de lei para regular o uso de embarcações de alta velocidade (EAV) aprovada em 07 de agosto pelo Governo em Conselho de Ministros, entregue na Assembleia da República na terça-feira e consultada pela Lusa no site do parlamento.

O diploma prevê a mesma moldura penal de um a quatro anos de prisão para “quem transportar, importar ou exportar” lanchas rápidas ou nelas “entrar ou sair do território nacional” sem ter tido a autorização da Autoridade Tributária e Aduaneira.

Esta obrigação não se aplica ao “mero transporte de EAV que já se encontre e esteja devidamente regularizada” em Portugal.

A proposta de lei estabelece ainda que passará a ser obrigatório submeter à Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços e Marítimos os projetos de construção ou modificação de lanchas rápidas.

Quem não o fizer, incorre numa pena de até dois anos prisão, tal como os tripulantes que transportem numa EAV mais combustível do que o permitido ou recorram a mecanismos, como tinta ou equipamentos eletrónicos, para que as embarcações não apareçam nos radares.

O atual regime, datado de 1990, define apenas as regras de circulação destas lanchas, cujo incumprimento é sancionado com coimas, agora agravadas até um máximo de 25.000 euros para pessoas individuais e até 100.000 para coletivas.

As regras aplicam-se a embarcações com um comprimento total a partir de quatro metros e que tenham “aparelho propulsor de três ou mais motores, sendo a potência efetiva de qualquer deles igual ou superior a 95kW (127,4 hp)” ou “aparelho propulsor com qualquer número de motores”, com potência total efetiva de pelo menos 130 kW (174,33 hp).

Lanchas com um mínimo de quatro metros cujo deslocamento seja suportado, “em repouso ou movimento, por uma almofada de ar gerada continuamente”, ou que tenham “casco com capacidade de ser suportado completamente acima da superfície da água, em modo planante” por estruturas “hydrofoil” são também abrangidas.

No diploma, que visa que a Assembleia da República autorize o Governo a alterar o decreto-lei original nos termos propostos, o executivo de Luís Montenegro justifica a necessidade de regulamentação com o uso de embarcações de alta velocidade por traficantes de droga.

“As novas rotas do tráfico, que incluem a costa portuguesa, começaram a ser gizadas a partir do momento em que Espanha proibiu genericamente a utilização de EAV. É por isso premente fazer aprovar regime jurídico que exerça pelo menos idêntico efeito preventivo e sancionatório quando comparado como o regime legal espanhol”, lê-se na proposta de lei.

EUA rejeitam proposta de redução de emissões marítimas da ONU

Os Estados Unidos (EUA) rejeitaram na terça-feira a proposta da Organização Marítima Internacional, denominada Net-Zero Framework (algo como Programa-Quadro para a Neutralidade Climática em português), que tem como objectivo reduzir as emissões de gases com efeito de estufa no sector do transporte marítimo global. Além de declinar a proposta, a administração de Donald Trump ameaçou retaliar contra os países que apoiam essa iniciativa de combate à crise climática.

“O Governo de Trump rejeita inequivocamente esta proposta perante a Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês) e não tolerará qualquer acção que aumente os custos para os nossos cidadãos, fornecedores de energia, empresários de transporte marítimo e seus clientes, ou turistas”, refere uma declaração conjunta feita pelos secretários norte-americanos de Estado (Marco Rubio), do Comércio (Howard Lutnick), da Energia (Chris Wright) e dos Transportes (Sean Duffy).

O anúncio da Administração Trump antecede uma votação Organização Marítima Internacional – a agência das Nações Unidas para o mar -, agendada para Outubro, para a adopção da proposta de zero emissões líquidas até 2050, mas já rejeitada pelos EUA e outras potências petrolíferas ou países que dependem fortemente dos combustíveis fósseis – Arábia Saudita e China, por exemplo, incluem-se nesse lote. O transporte marítimo movimenta cerca de 80% do comércio mundial, sendo responsável por quase 3% das emissões mundiais de dióxido de carbono.

“Os nossos colegas na Organização Marítima Internacional devem estar cientes de que buscaremos o seu apoio contra esta acção e não hesitaremos em retaliar ou explorar soluções para os nossos cidadãos caso este esforço falhe”, ameaça a Administração Trump no comunicado, com o título nada subtil de Declaração Conjunta para a Protecção dos Consumidores Indústria de Transportes Marítimos Americanos Derrotando o Programa-Quadro para a Neutralidade Climática da Organização Marítima Internacional conhecida como a Taxa Global de Carbono.

Maioria de dois terços

A Organização Marítima Internacional recorre à votação precisamente porque não foi possível chegar a um consenso sobre o regulamento para a redução de emissões no sector. A votação de Outubro exigirá uma maioria de dois terços dos 108 Estados-membros que ratificaram a legislação fundamental que visa diminuir a poluição causada pelo transporte marítimo.

Recorde-se que os EUA, um dos 176 Estados-membros desta agência das Nações Unidas, abandonaram em Abril as negociações sobre a redução de emissões poluentes no sector marítimo. E também instaram outros membros da Organização Marítima Internacional a reconsiderar o apoio à proposta de combate às alterações climáticas, segundo um memorando ao qual a agência Reuters teve acesso na altura.

Apesar de os Estados Unidos terem batido com a porta, os Estados-membros chegaram em Abril a um acordo sobre a proposta Net-Zero Framework. A decisão foi tomada numa votação que exigia uma maioria simples: 63 Estados-membros votaram a favor (incluindo a União Europeia, a China e o Brasil) e apenas 16 países votaram contra.

Estratégia diplomática

A estratégia de enviar memorandos aos países a propósito de negociações das Nações Unidas tem sido uma marca da diplomacia norte-americana. Os Estados Unidos também enviaram uma carta a (pelo menos) alguns países pouco antes de arrancar, em Genebra, o encontro do Comité Intergovernamental de Negociação sobre Poluição Plástica, denominado INC-5.2.

Com data de 25 de Julho, a missiva instava os Estados-membros a rejeitar um Tratado Global dos Plásticos que inclua não só limites para a produção, mas também para aditivos químicos potencialmente nocivos, revelou a agência Reuters. Estas negociações decorrem até quinta-feira à noite na cidade suíça, e o seu sucesso está seriamente ameaçado.

O anúncio dos Estados Unidos em relação à proposta para o sector marítimo ocorre numa altura em que a Administração Trump instrumentaliza as tarifas sobre o comércio internacional para ganhar vantagem no tabuleiro geopolítico. A política tarifária pode ser mais hostil ou simpática consoante a postura de cada líder político, sendo as tarifas de 50% com que ameaçou os países que integram o BRICS o exemplo mais ilustrativo. Este grupo inclui o Brasil, a Índia e a África do Sul (e daí o acrónimo, que se refere apenas aos membros iniciais).

“Qualquer país que alinhe com as políticas antiamericanas dos BRICS vai ser castigado com uma tarifa adicional de 10%”, escreveu há um mês Donald Trump, na sua rede Truth Social, colocando a palavra “adicional” em caixa alta.

China aumenta presença

Enquanto os EUA viram as costas às Nações Unidas e a iniciativas climáticas multilaterais (incluindo o Acordo de Paris), a China elevou discretamente o seu estatuto na IMO através de uma “missão permanente”.

“Trata-se de uma formalização simbólica do capital político investido por Pequim no domínio marítimo”, afirma Richard Meade, director da Lloyd’s List, uma publicação britânica de referência no sector marítimo. “A China é o principal agente de poder dentro da IMO, tendo construído estrategicamente uma representação política e tecnicamente competente, capaz de superar todas as outras nações marítimas dentro do sistema das Nações Unidas”, escreve Richard Meade.

O sector marítimo tem estado sob pressão de ambientalistas e investidores para tomar medidas de protecção do clima mais concretas, incluindo uma taxa sobre o carbono. A maior parte dos navios é ainda movida a fuelóleo pesado, um tipo de combustível derivado do petróleo que é extremamente poluente. E está a aumentar o número de navios movidos a gás natural liquefeito (GNL), o que fez com que as emissões de metano – um gás que tem um efeito de estufa muito mais poderoso que o CO2, embora não se mantenha tanto tempo na atmosfera – no transporte marítimo da UE tenham crescido duas a cinco vezes mais entre 2018 e 2023.

Muitas grandes empresas de transporte marítimo já se comprometeram com operações de neutralidade climática até 2050, segundo a Reuters. Vários grupos industriais que as representam apoiam a legislação, ainda que exijam incentivos, incluindo a cobrança de taxas sobre combustíveis fósseis poluentes para ajudar a compensar o custo mais elevado dos combustíveis verdes.

Mas a lei internacional foi reforçada, em Maio, com a decisão do Tribunal Internacional para a Lei do Mar, que considerou que a emissão de gases com efeito de estufa é uma forma de poluição marinha, à luz da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS) e, como tal, os Estados são obrigados a proteger os ecossistemas marinhos, e até a restaurá-los. E para satisfazer esta obrigação de salvar os oceanos, os juízes dizem que os Estados têm de ir além dos compromissos voluntários assumidos no âmbito do Acordo de Paris.

Parte da Europa continua afetada por fogos alimentados pelo calor

Grécia, Portugal e Espanha continuavam esta quarta-feira a lutar contra incêndios, enquanto a situação melhorava em França e Itália, depois de dezenas de milhares de hectares terem sido devastados no sul da Europa nos últimos dias.

Os incêndios, que causaram duas mortes em Espanha e uma no Montenegro, têm estado a ser alimentados por uma onda de calor intensa e prolongada combinada com uma seca severa, sinais dos efeitos das alterações climáticas, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

Na Grécia, os bombeiros anteciparam “um dia muito difícil” sobretudo às violentas rajadas de vento que se fizeram sentir durante o combate a 23 incêndios, incluindo um nos arredores de Patras, a terceira maior cidade do país.

“Estas são certamente as 24 horas mais difíceis do período de combate aos incêndios”, declarou o presidente do Sindicato dos Bombeiros, Kostas Tsigas. “Só ontem [terça-feira] deflagraram 82 incêndios, um número muito elevado que, combinado com os ventos fortes, a seca e as altas temperaturas, criou enormes dificuldades”, disse ainda sobre os fogos, a maioria dos quais já foi controlada.

Na madrugada de quarta-feira, com ventos superiores a 80 quilómetros por hora (km/h) na Grécia desde a semana passada, foram mobilizados 33 aviões e 4.850 bombeiros em todas as frentes. Atenas apelou na terça-feira ao mecanismo europeu para obter quatro bombardeiros de água suplementares, enquanto mais de 20.000 hectares foram destruídos pelas chamas no país desde junho.

As frentes de incêndio mais preocupantes situam-se na ilha de Zakynthos, no mar Jónico (oeste), na ilha de Chios (nordeste do mar Egeu), em Preveza (oeste) e no departamento de Achaia (noroeste do Peloponeso).

Perto da cidade de Patras, um novo incêndio deflagrou junto ao sítio arqueológico de Vouteni, ameaçando zonas florestais e habitações, cobertas por uma espessa nuvem de fumo.

Em Portugal, perto de 1.900 operacionais estavam empenhados, pelo meio-dia, no combate a cinco incêndios em Arganil, Viseu, Vila Real, Tabuaço e Trancoso, considerados os mais preocupantes pela proteção civil. O combate efetuava-se com o apoio de 585 meios terrestres e 25 meios aéreos.

Em Espanha, os bombeiros continuavam hoje a combater 14 grandes incêndios, especialmente no norte, embora com boas perspetivas graças ao aumento da humidade, a um pouco de chuva e à descida das temperaturas. “A situação (…) deve ser favorável porque o tempo está do nosso lado durante algumas horas”, disse a diretora da Agência de Proteção Civil, Virginia Barcones, na televisão pública.

Cerca de 6.000 pessoas de 26 localidades foram retiradas dos locais de residência na região de Castela e Leão (noroeste).

Até agora, Espanha sofreu 199 incêndios que destruíram 99.000 hectares, o dobro do ano passado mas três vezes menos do que em 2022, o pior ano, segundo a AFP.

No sul de França, foi mantida a máxima vigilância para evitar qualquer reativação do gigantesco incêndio que destruiu 16.000 hectares antes de ser controlado no domingo, no departamento de Aude. No entanto, foram emitidos alertas vermelhos para a onda de calor no centro-leste do país, que tem sido assolado por altas temperaturas, à semelhança de Itália, Portugal, Grécia, Espanha e Balcãs.

Em Itália, a situação melhorou consideravelmente, tendo o incêndio nas encostas do vulcão Vesúvio, que lançava nuvens de fumo sobre Nápoles (sul), sido controlado ao fim de cinco dias. Em toda a península, os bombeiros comunicaram que tinham conseguido “controlar ou extinguir” nove incêndios.

Êxodo afegão desde o Paquistão agrava-se com 78.000 retornados em quatro meses

Mais de 78.000 afegãos regressaram do Paquistão nos últimos quatro meses através da passagem fronteiriça de Spin Boldak, num êxodo de refugiados que se tem agravado sucessivamente ao longo do ano.

A questão é tanto mais delicada uma vez que os que foram obrigados agora a regressar tinham fugido do território afegão para o Paquistão.

Islamabade, porém, determinou a expulsão, forçando-os a regressar a um Afeganistão mergulhado numa grave crise humanitária.

O Departamento de Refugiados do governo talibã informou que, entre abril e agosto, mais de 72 mil pessoas e seis mil prisioneiros atravessaram a fronteira apenas por este ponto.

Além de disponibilizar mais instalações para os repatriados, as autoridades anunciaram a construção de seis municípios na província de Kandahar para lhes fornecer alojamento, segundo informações divulgadas pelo canal afegão Tolo News.

Este fluxo constante resulta de uma campanha maciça de expulsão de refugiados afegãos por parte do Paquistão. Muitos dos que agora são forçados a regressar fazem parte dos centenas de milhares de afegãos que fugiram do Afeganistão em agosto de 2021, com receio do regresso dos fundamentalistas ao poder.

De acordo com as Nações Unidas, os afegãos enfrentam uma das piores crises humanitárias do mundo, com mais de metade da população a necessitar de ajuda, uma economia colapsada e um sistema de direitos humanos desmantelado, sobretudo para as mulheres.

O retorno “maciço e apressado” tem “exercido uma enorme pressão sobre os serviços básicos e representa um risco de instabilidade” para toda a região, alertou na semana passada a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

O drama vive-se na fronteira, onde os regressados denunciam abusos sistemáticos por parte das autoridades paquistanesas, incluindo maus-tratos e extorsão.

Ministra palestiniana diz que se Trump resolver conflito deve ser nomeado para Nobel da Paz

Acompanhe o nosso liveblog sobre o conflito no Médio Oriente.

A chefe da diplomacia da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) afirmou esta quarta-feira esperar que o Presidente norte-americano seja nomeado para o prémio Nobel da Paz por resolver o problema palestiniano, que considerou “um dos temas mais delicados do mundo”.

“Temos de fazer com que a nossa voz seja ouvida pelo Presidente [norte-americano, Donald] Trump e pelos que decidem ao seu redor nos Estados Unidos, porque se eles querem construir a paz na região, essa paz depende dos direitos dos palestinianos. Sem isso, nunca haverá paz nesta área”, disse Varsen Aghabekian, numa conferência de imprensa em Ramallah, na Cisjordânia ocupada.

A ministra dos Negócios Estrangeiros palestiniana confirmou que atualmente não há negociações diretas entre a ANP, que governa a Cisjordânia, e Trump, embora existam conversações indiretas.

“Se o Presidente Trump quiser ser indicado para o prémio Nobel da Paz, esperamos que seja por resolver também o nosso problema”, disse Aghabekian.

A ofensiva israelita em Gaza começou depois dos ataques do Hamas, no poder no enclave desde 2007, em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e perto de 250 foram feitas reféns.

Desde então, a operação militar israelita causou já mais de 61 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas, perante acusações de genocídio por vários países e organizações.

A ONU tem alertado para uma situação de fome generalizada no enclave, onde Israel bloqueou a entrada de ajuda humanitária desde há meses e que retomou recentemente, apesar de a União Europeia (UE) e organizações humanitárias reclamarem que a quantidade é insuficiente para suprir as necessidades da população de mais de dois milhões de pessoas.

Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o Hamas como uma organização terrorista.

Rui Reininho: “Tenho ternura pelos nepaleses que vivem em Portugal porque vi muita pobreza no Nepal. Mulheres a reconstruir o país com sacos de pedras”

Blitz Posto Emissor

Podcast

Na pausa de agosto do Posto Emissor, recordamos algumas das edições mais ouvidas do podcast da BLITZ ao longo do ano. Convidado em fevereiro, quando completou 70 anos de vida, Rui Reininho recordou aventuras musicais nos GNR, mas também percorreu memórias que começaram na infância no Porto. Vale a pena ouvir

A 28 de fevereiro último, dia em que completou 70 anos, Rui Reininho foi o convidado de luxo do Posto Emissor, uma edição que agora recordamos no momento de pausa estival do podcast da BLITZ. O artista lembrou a infância no Porto, nomeadamente a relação que mantinha com a família mais próxima e a reação dos pais às suas maiores extravagâncias, nomeadamente no momento de afirmar uma identidade visual (ouça no reprodutor acima, a partir dos 25 minutos e 19 segundos).

Esta foi uma das edições do Posto Emissor mais ouvidas de 2025: recordamo-la agora que chegamos à pausa de agosto do podcast da BLITZ.

Patriarca de Lisboa manifesta solidariedade pelas vítimas da ilha cabo-verdiana de São Vicente

O patriarca de Lisboa manifestou esta quarta-feira solidariedade com as vítimas da tempestade que atingiu a Ilha de São Vicente, em Cabo Verde, na madrugada de segunda-feira e que provocou pelo menos oito mortos.

“Neste momento de grande tristeza, quero expressar a toda a comunidade afetada a minha mais sincera e fraterna solidariedade. O sofrimento que enfrentam não passa despercebido, nem diante de Deus nem diante dos nossos corações”, escreve Rui Valério, numa carta enviada esta quarta-feira ao bispo de Mindelo, Ildo Fortes, divulgada na página do Patriarcado de Lisboa na Internet.

O patriarca manifesta pesar “por aqueles que partiram, pelos seus familiares e por todos quantos perderam tanto” e pede, também, “por todos aqueles que estão neste momento a fazer grandes esforços para procurar os desaparecidos e para dar condições de vida dignas a todos os que perderam casas e meios de subsistência”.

Referindo que são muitos os laços que unem as duas dioceses, o bispo titular da diocese de Lisboa destaca “de forma particular” a ligação a Ildo Fortes, que é membro do presbitério de Lisboa, e refere que o patriarcado está à procura dos “melhores meios” para ajudar “quer espiritualmente, quer materialmente, neste momento.

O bispo de Mindelo foi ordenado na Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa, em 3 de abril de 2011, pelo então Cardeal Patriarca de Lisboa, José Policarpo, que presidiu à cerimónia, considerando que Ildo Fortes seria a “ponte entre as duas igrejas e entre os dois mundos”.

Cabo Verde decretou na terça-feira dois dias de luto nacional pelas oito vítimas da tempestade em São Vicente. Segundo as autoridades, ainda há três pessoas desaparecidas.

Guiné-Bissau, Portugal e São Tomé e Príncipe já manifestaram solidariedade e apresentaram condolências às famílias enlutadas.

Marcelo promulga novas regras de gestão do crédito malparado

O Presidente da República promulgou esta quarta-feira um diploma que introduz novas de gestão do crédito malparado pelas instituições financeiras com o objetivo de os bancos lidarem melhor com os créditos não produtivos.

Trata-se do decreto-lei do Governo que transpõe a Diretiva (UE) 2021/2167, que harmoniza o acesso e o exercício da gestão de créditos bancários não produtivos e define os requisitos para os adquirentes de créditos.

Portugal já devia ter transposto a diretiva europeia há mais de um ano e meio, porque os Estados-Membros tinham até 29 de dezembro de 2023 para adotar as disposições legislativas de forma a aplicar as novas orientações a partir de 30 de dezembro de 2023.

No entanto, como Portugal não o fez e deixou passar o prazo, ficando em incumprimento do direito europeu, a Comissão Europeia abriu uma infração contra o Estado português em 2024 e, no seguimento desse processo, apresentou uma ação no Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) em 12 de fevereiro deste ano.

Uma semana depois, em 20 de fevereiro, o Governo português aprovou, em Conselho de Ministros, um diploma que harmoniza as regras.

Na altura, o executivo explicou que as mudanças pretendem desenvolver o mercado secundário de transação de créditos considerados não produtivos, assegurando ao mesmo tempo que a venda dos créditos “não prejudica os direitos dos clientes (devedores)”. O diploma permite ainda que os gestores de créditos comercializem empréstimos não produtivos noutros mercados.

Além de Portugal, outros seis países também se atrasaram na transposição da diretiva e foram alvo de procedimentos idênticos desencadeados pela Comissão Europeia, com os processos a chegarem ao Tribunal de Justiça da UE.

Na mesma data em que o executivo comunitário instaurou o processo contra Portugal, apresentou ações idênticas contra a Bulgária, a Espanha, a Hungria, os Países Baixos, a Áustria e a Finlândia.

As imagens dos incêndios que estão a devastar Trancoso e Piodão

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Um crime diferente no Jumbo: roubaram milhares de latas e garrafas… vazias

A loja até costuma ser tranquila, nem tem segurança. Algumas pessoas viram o roubo mas ninguém lançou o alerta. Quando há um roubo num supermercado, normalmente os ladrões levam dinheiro, bebidas, comidas. Ou tudo junto. Desta vez o crime foi diferente: dois homens roubaram milhares de latas e garrafas… vazias. Aconteceu em Cuijk, nos Países Baixos. Dois homens foram ao Jumbo roubar seis grandes sacos, todos cheios de latas e garrafas vazias. Os ladrões aparecem nas imagens das câmaras de vigilância, tranquilamente, a pegar nos tais seis sacos e a metê-los no carro. Precisaram de três viagens de carro para

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