Elevador da Glória. Carmona Rodrigues alerta para necessidade de reforçar manutenção devido à pressão turística

O antigo presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, defendeu esta quinta-feira a importância de reforçar a manutenção das infraestruturas urbanas, sobretudo face ao aumento da pressão turística na capital.

Em declarações à Renascença, o antigo autarca sublinhou que os equipamentos da cidade devem estar “permanentemente sob um olhar criterioso”.

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“Se calhar até há relativamente pouco tempo não estávamos habituados, digamos, não sei se chamaria pressão turística, mas de facto o volume de turistas hoje em dia em Portugal o que se faz é reforçar aquilo que é necessidade de que todas as infraestruturas estejam permanentemente sob um olhar criterioso”, afirmou.

Questionado sobre a existência de vulnerabilidades nos elevadores da cidade, nomeadamente no elevador da Glória, Carmona Rodrigues garantiu que o tema nunca foi discutido durante o seu mandato.

“Eu não me lembro, nunca foi um assunto. Obviamente, reunia-me regularmente com o então presidente da Carris, que fez um excelente trabalho, devo dizer”, disse, acrescentando que, na altura, os problemas identificados eram outros, como “investimento, instalações, recursos humanos ou atualização das linhas”.

Cronologia. O que se sabe até agora sobre o acidente do Elevador da Glória?

“Se me pergunta se tenho alguma lembrança de alguma preocupação particular sobre essas questões, não, não tenho”, reforçou.

Sobre o impacto do recente acidente com o elevador da Glória, o antigo autarca admite um eventual efeito imediato na procura turística, mas rejeita consequências de longo prazo.

“No curtíssimo prazo, talvez, mas as pessoas não deixarão de vir a Lisboa por causa disto, com certeza”, afirmou, considerando que este tipo de acidentes são pouco prováveis e não deverão repetir-se.

Carmona Rodrigues acredita, no entanto, que o episódio pode afetar mais o sentimento dos lisboetas e dos portugueses em geral do que a imagem da cidade junto dos visitantes.

Cartão amarelo forçado. Bruno Henrique suspenso por 12 jogos

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva no Brasil condenou Bruno Henrique, do Flamengo, a uma suspensão de 12 jogos.

O avançado foi castigado por, alegadamente, agir “de forma contrária à ética desportiva” numa partida contra o Santos em 2023 ao forçar o cartão amarelo.

As autoridades suspeitam que o jogador tenha feito de propósito devido a apostas.

A cunhada, uma prima e amigos de Bruno Henrique apostaram consideráveis quantias de dinheiro em como Bruno Henrique seria admoestado com o cartão amarelo.

Em abril deste ano, a Polícia Federal acusou Bruno Henrique de fraude desportiva.

Também a ser investigados estão um irmão do jogador, a mulher desse irmão e uma prima do atleta.

O julgamento decorreu esta quinta-feira e demorou quase oito horas. Bruno Henrique declarou-se inocente.

O Flamengo já admitiu que vai recorrer da decisão.

Laifen estreia-se no mundo das máquinas de barbear

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As máquinas de barbear T1 Pro e P3 Pro da Laifen ficam disponíveis para compra durante este mês de setembro.

Depois dos secadores de cabelo e das escovas de dentes, a Laifen, cujos produtos já experimentámos por aqui, foi à IFA 2025 mostrar a sua estreia num nicho de produtos onde nunca tinha estado: máquinas de barbear, com os modelos T1 Pro, de dimensões compactas e focada na precisão do barbear, e a P3 Pro, concebida para responder a necessidades mais exigentes no cuidado da barba.

A T1 Pro distingue-se pela leveza – pesa apenas 93 gramas – e por uma construção ergonómica em alumínio, com um sistema de lâmina única ArcBlade que permite um ângulo de corte até 148,5 graus. Incorpora um motor linear de alta velocidade capaz de realizar 12.000 cortes por minuto, ajustando a potência de forma inteligente, ao passo que a bateria assegura 120 minutos de utilização, com carregamento rápido que, em apenas um minuto, garante energia suficiente para oito minutos de barbear. Entre os acessórios estão incluídas cabeças de corte com diferentes comprimentos, capa de proteção e cabo USB-C.

Já a P3 Pro, com 179 gramas, aposta na robustez e na potência, apresentando-se com uma estrutura compacta em alumínio, onde se destaca uma janela que expõe o motor, inspirada na relojoaria. O sistema de corte integra três lâminas – duas cabeças de barbear e uma de acabamento – também com ângulo de 148,5 graus. O motor duplo linear atinge 24.000 cortes por minuto, ajustando-se automaticamente às exigências do utilizador. A autonomia é de 100 minutos, enquanto três minutos de carregamento asseguram sete minutos de uso. Este modelo inclui ainda diferentes cabeças de corte, tampa de protecção, cabo USB-C e bolsa de transporte.

Tanto a T1 Pro como a P3 Pro são compatíveis com barbear a seco e a húmido, contam com certificação IPX7 à prova de água e possuem cabeças magnéticas de remoção rápida para limpeza imediata.

Quantos a preços, a T1 Pro será disponibilizada em três cores – prateado, azul e cinzento espacial – com preço recomendado de 159,99€ para a edição Standard e 119,99€ para a edição destinada ao aparo de barba curta. Já a P3 Pro chegará ao mercado com um valor de 199,99€. Ambos os modelos estarão disponíveis a partir de 19 de Setembro, através do site oficial da Laifen e também na Amazon.

PJ não tem indícios de sabotagem no descarrilamento do Elevador da Glória

A Polícia Judiciária (PJ) não tem até ao momento qualquer indício de que tenha havido um crime intencional no descarrilamento desta quarta-feira do Elevador da Glória, em Lisboa, que provocou pelo menos 16 mortos e 22 feridos, nove dos quais são considerados graves.

Até ao momento, o departamento de homicídios da Directoria de Lisboa da PJ está a investigar cenários de negligência, admitindo a eventual existência de crimes de homicídio negligente ou de violação das regras de segurança. Se, no primeiro caso, a pena pode variar entre os três anos de prisão e a multa (sobe para cinco anos de cadeia no caso de negligência grosseira), no segundo pode chegar aos dez anos de prisão.

A informação foi apurada pelo PÚBLICO apesar de o director nacional da PJ ter recusado ontem durante uma conferência de imprensa, em Lisboa, excluir qualquer cenário da investigação. “Só quando estivermos seguros é que tornaremos pública essa informação”, disse Luís Neves, na sede da PJ, numa conferência conjunta em que participaram outros três responsáveis públicos.

Dos nove feridos graves há um que se encontra em coma e não está ainda identificado, explicou esta quinta-feira o director-executivo do SNS, Álvaro Almeida, que também esteve na conferência de imprensa. Os restantes são três pessoas de nacionalidade portuguesa, uma alemã, uma cabo-verdeana, uma marroquina, uma suíça e outra sul-coreana. O responsável adiantou que seis dos feridos graves estão internados em unidades de cuidados intensivo de hospitais da Grande Lisboa e outros três apresentam uma “evolução mais favorável”.

Um dos feridos graves (ontem eram dez) morreu esta quinta-feira, fazendo elevar para 16 as vítimas mortais. O director da PJ explicou que estão identificadas com 100% de certeza oito pessoas (cinco portugueses, dois coreanos e um suíço) e com “elevado grau de probabilidade” um alemão, dois canadianos, um ucraniano e um norte-americano. Três continuavam ontem ao fim da tarde por identificar.

André Marques, guarda-freio ao serviço da Carris, foi a primeira vítima mortal do acidente do elevador da Glória, em Lisboa, a ser identificada publicamente. Durante o dia a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa confirmou que há quatro funcionários da instituição entre os mortos.

O ex-árbitro da Associação de Voleibol de Lisboa Pedro Manuel Alves Trindade é outra das vítimas fatais do acidente, revelou esta quinta-feira a Federação Portuguesa de Voleibol.

Entre os mortos está um homem de nacionalidade alemã, que morreu no local. Trata-se do pai de uma criança de três anos que seguia com os pais no elevador e foi um dos 13 feridos ligeiros do incidente. A criança foi transferida para o Hospital de Santa Maria, onde passou a noite, bem como a mãe, que está em estado grave nos cuidados intensivos. A criança teve alta ao final da tarde desta quinta-feira e, de acordo com informação do Santa Maria, saiu aos cuidados de familiares.

Já o presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), Francisco Corte-Real, igualmente presente na sede da PJ, explicou que as autópsias das 15 vítimas que morreram no local foram terminadas até ao início da tarde desta quinta-feira, o que implicou que uma boa parte dos 37 profissionais envolvidos nas diligências tenham estado a noite toda a trabalhar. “Foi um tempo recorde. O objectivo foi minorar o sofrimento das famílias e ajudar na rápida identificação das vítimas”, sublinhou Corte-Real.

O especialista explicou que foi necessário cumprir os protocolos internacionais para situações de catástrofe o que obrigou à recolha de impressões digitais, a determinar o perfil genético das vítimas e a recolher fórmulas dentárias, elementos que foram ou terão de ser comparados com amostras de referências, algumas que estão no estrangeiro, já que a maior parte das vítimas não são portuguesas.

Corte-Real precisou que ainda não estão determinados todos os perfis genéricos, um trabalho que deve terminar esta noite. A autópsia da décima sexta vítima foi realizada esta quinta-feira à tarde.

A Polícia Judiciária começou esta quinta-feira à tarde a notificar as famílias das vítimas mortais, de forma progressiva, na sua sede, tentando que não houvesse encontros entre diferentes grupos de pessoas enlutadas, evitando contágios emocionais.

“Estamos presentes para preparar a família e dar início ao processo de luto”, disse ao PÚBLICO Sónia Cunha, responsável pelo Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em crise do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Foram notificados familiares, tanto estrangeiros como portugueses, sendo que as línguas utilizadas foram o inglês e o alemão.

Esta quinta-feira os serviços de psicologia do INEM contabilizaram mais de 50 intervenções, entre familiares, amigos e profissionais de socorro que estiveram esta quarta-feira nas operações de socorro

A criança de três anos que perdeu o pai e tem a mãe em estado grave recebeu apoio de um psicólogo infantil da PSP, que fala alemão, uma valência que os profissionais do INEM não possuíam. Este psicólogo também acompanhou outro menor, igualmente falante em alemão, que não estava no local do descarrilamento, mas foi afectado por este.

O director nacional da PJ informou que a linha de informação oficial criada esta quinta-feira por aquela polícia Judiciária (211 968 000) já recebeu mais de 200 chamadas, permitindo dar informação aos familiares das vítimas do acidente e encaminhá-los, bem como recolher informações úteis para identificar as pessoas falecidas, adiantou Luís Neves.

Há hora de almoço, numa conferência de imprensa o primeiro-ministro garantiu que “o Governo está, desde a primeira hora, a acompanhar a situação” — que considera ser “uma das maiores tragédias humanas da nossa história recente” —, “e a reposta mais célere possível de todas as entidades e autoridades públicas envolvidas”. Agradecendo a todos os envolvidos nas operações de socorro pela rápida resposta, Luís Montenegro destaca que “o Instituto de Medicina Legal está a trabalhar incansavelmente com o objectivo de concluir o mais rápido que seja possível todas as autópsias e assegurar a rápida entrega dos corpos às famílias enlutadas”.

O primeiro-ministro adiantou que o Instituto de Registo e Notariado “vai disponibilizar uma equipa em Lisboa para poder acelerar os registos de óbito e garantir um atendimento prioritário”.

Alemanha derrotada na abertura da qualificação para o Mundial

A Eslováquia venceu a Alemanha, por 2-0, na primeira jornada de qualificação para o Mundial 2026.

A seleção germânica teve poucas situações de perigo durante a partida.

Os golos foram apontados por Strelec e Hancko.

Esta é uma derrota histórica para os alemães: é a primeira vez que a Alemanha perde o primeiro jogo de qualificação para um Mundial de futebol. Até hoje foram 40 vitórias, 10 empates e zero derrotas, com 147 golos marcados e 36 sofridos.

Já no outro jogo do grupo, Leandro Barreiro, do Benfica, foi titular no meio-campo do Luxemburgo contra a Irlanda do Norte, que venceu por 3-1.

AICEP recomenda diversificação das exportações

A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) conclui que as exportações portuguesas cresceram 3,7% nos primeiros cinco meses de 2025, acima da média comunitária.

Um estudo, divulgado esta quinta-feira, indica que os EUA continuam a ser um destino estratégico. Ocupam o quarto lugar nas exportações nacionais, com um crescimento sustentado da quota de mercado, apesar da recente contração ligeira.

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Em “A Economia Portuguesa em Contexto de Incerteza Mundial – Análise das Dinâmicas Comerciais”, os investigadores avaliam o impacto das tensões geopolíticas, tarifas alfandegárias, particularmente dos EUA, e a incerteza no comércio internacional na economia portuguesa.

Quando os EUA cobram as tarifas mais elevadas dos últimos 100 anos, este estudo descreve os riscos e oportunidades que as empresas enfrentam no comércio internacional.

Ameaças e oportunidades

A concentração das exportações na União Europeia ajuda a mitigar o impacto das tarifas norte-americanas, mas setores como o automóvel e a maquinaria enfrentem o desafio do protecionismo, entre outros. Já para a área farmacêutica esta pode ser uma nova oportunidade.

O estudo conclui que, para atingir 55% do peso das exportações no PIB até 2029, as empresas têm de diversificar os mercados e integrar cadeias de valor regionais. A AICEP pode ajudar com dados, programas especializados e incentivos à internacionalização.

Madalena Oliveira e Silva, presidente da AICEP, destaca que, “apesar do ambiente de incerteza sem precedentes, as empresas portuguesas têm oportunidades para se reposicionarem nos mercados internacionais”.

Francisco Catalão, administrador responsável pelo pelouro da Informação, acrescenta que a AICEP oferece alertas e análises para apoiar as empresas na adaptação e na exploração de novos mercados.

Vassouras, tropeções ou flores amarelas. Eis 10 das superstições sexuais mais estranhas

Desde receios em torno do contacto visual num brinde ou superstições relacionadas com a cor da roupa interior, há vários rituais estranhos associados à sexualidade um pouco por todo o mundo. O sexo há muito que está entrelaçado com rituais, medo e folclore, dando origem a uma série de superstições incomuns que perduram até aos dias de hoje. De acordo com a Vice, embora as sociedades modernas possam considerar estas crenças ultrapassadas ou ilógicas, elas revelam como as culturas procuraram historicamente impor uma estrutura à intimidade e ao desejo. Em todo o mundo, estas crenças assumem formas notavelmente diferentes. Em

EuroDreams: Veja a chave desta quinta-feira

A chave do sorteio do EuroDreams desta quinta-feira, 4 de setembro de 2025, é composta pelos números 10 – 14 – 21 – 22 – 37 – 40 e pelo Número de Sonho 4.

Em jogo no primeiro prémio do EuroDreams estão 20 mil euros por mês, durante 30 anos. O segundo prémio vale dois mil euros, durante cinco anos.

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Ninguém acertou no primeiro e no segundo prémio. Para Portugal vão 15 terceiros prémios, no valor de 103 euros.

Os sorteios realizam-se duas vezes por semana, à segunda-feira e à quinta-feira.

Os prémios atribuídos de valor superior a cinco mil euros estão sujeitos a imposto do selo, à taxa legal de 20%, nos termos da legislação em vigor.

A chave do EuroDreams constante neste artigo não dispensa a consulta do site do Departamento de Jogos da Santa Casa.

Elevador da Glória: pedir responsabilidade política não é “aproveitamento”

Cara leitora, caro leitor:

Rafael Bordallo Pinheiro inventou um boneco, no século XIX, que era “a porca da política”. Só faltou a Luís Montenegro citar o imortal Bordallo, quando piedosamente pediu que não existam “aproveitamentos políticos” neste tempo de “união” a seguir à tragédia do elevador da Glória.

Montenegro faz-se, mais uma vez, de sonso. Aquilo a que chama “aproveitamento político” é o escrutínio democrático. Todos os poderes – neste caso, a começar pela Câmara de Lisboa, responsável pela empresa municipal Carris – têm que se sujeitar ao normal funcionamento das instituições. Não está em causa a vida privada de Carlos Moedas: está em causa a gestão de um bem público e se foi essa gestão (ou não foi) que levou a esta tragédia, que chocou gente por todo o lado. A menos que tenha sido crime – e ao fim da tarde desta quinta-feira o director da PJ veio dizer que “não está excluído nada”.

A menos que se tenha tratado de um crime, a ideia de que Carlos Moedas pode não responder politicamente é de bradar aos céus. As ditaduras conseguem esses fenómenos, nas democracias não é assim.

Montenegro está a conseguir em muito pouco tempo atingir o pódio do primeiro-ministro que mais vezes fez conferências de imprensa sem direito a perguntas. Nem perante uma tragédia nacional, Montenegro se sujeita a uma coisa que até aqui era normal: responder a perguntas. O primeiro-ministro fica inseguro, já se viu (ou mente, como fez quando lhe perguntaram se tinha pedido a ocultação das matrizes na declaração de rendimentos), se não tiver à mão o discurso estudado ou um teleponto.

Quando Montenegro faz aqueles avisos contra “manobras de aproveitamento político” é porque sabe que estamos em plena campanha eleitoral para as eleições autárquicas e, obviamente, há o risco de consequências na possível reeleição de Carlos Moedas.

É público que Carlos Moedas diminuiu o orçamento para a Carris. Não está provado que essa diminuição esteja directamente ligada a uma pior manutenção dos elevadores pela empresa que, aliás, faz também a manutenção dos outros elevadores de Lisboa (Bica, Lavra e elevador de Santa Justa).

Como é óbvio, esta tragédia faz aumentar a percepção de insegurança, não relativamente à criminalidade em Lisboa, da qual tantas vezes o presidente da câmara se queixou, mas da insegurança das infra-estruturas da cidade (Carlos Moedas tinha estado na manhã de quarta-feira de visita à derrocada de um prédio na Graça, que deixou oito pessoas desalojadas).

Há muito tempo que eu não subo no elevador da Glória – houve alturas em que usava muito o elevador, principalmente quando a Hemeroteca ficava num palácio bonito logo acima da paragem superior. Sinceramente, ninguém me apanha agora a entrar em outro elevador de Lisboa tão cedo. É impossível não recear que um acidente como aquele se possa repetir, pelo menos enquanto as investigações não chegarem ao fim.

Tendo em conta que a tragédia foi noticiada em todos os jornais internacionais, o meu receio de voltar a andar nos elevadores de Lisboa pode multiplicar-se por esse mundo fora. Os elevadores e os eléctricos eram a imagem de marca que Portugal decidiu “vender” fora do país, na campanha para aumentar o turismo. Depois disto, não se pode dizer que Portugal é “um país seguro” em termos de infra-estruturas.

Morreram 16 pessoas. É um dos mais graves acidentes ocorridos em Lisboa nos últimos anos. O incêndio do Chiado, em 1988, devastou a zona, na época muito degradada e onde já quase ninguém morava. Morreram duas pessoas. Houve as trágicas cheias de 1967 (mais de 400 mortos) e o desastre na estação do Cais do Sodré, em 1963, quando caiu a cobertura e morreram 49 pessoas.

Dos anos 60 até agora, nenhuma desgraça como esta atingiu a cidade. Um sindicalista da Fectrans, Manuel Leal, disse que na Carris “os trabalhadores já vêm reportando de há muito tempo questões da necessidade de manutenção destes elevadores” e “as diferenças em termos daquilo que era a manutenção que há uns anos era feita pelos trabalhadores da Carris e as diferenças para a manutenção que é feita hoje”. O sindicalista referiu expressamente as “queixas sucessivas de trabalhadores que lá laboram quanto ao nível de tensão dos cabos de sustentação destes elevadores”.

Se existiram alertas para o risco, por que é que foram ignorados? A culpa não pode morrer solteira. Foram 16 mortos. A lição de moral contra as “manobras de aproveitamento político” que Montenegro fez aprioristicamente (ainda antes de algum partido ou dirigente se ter manifestado) revela pouco espírito democrático e a enorme contradição que existe entre os dois Montenegros: o que falava na oposição e o que hoje é primeiro-ministro. Montenegro na oposição estaria a fazer escrutínio – ou a “fazer manobras de aproveitamento político”, na sua actual definição.

Até para a semana

Mais dois reforços apresentados no Estrela Amadora

Paco Niang, jogador que alinhava nos sub-19 do Partizan, da Sérvia, é reforço do Estrela da Amadora, anunciou o clube esta quinta-feira.

Os tricolores sublinham que o avançado é uma “promessa que chega com grandes expectativas” e até já treinou com o restante plantel principal.

Também esta quinta-feira, o clube amadorense anunciou a contratação do médio Pape Fuhrer, que já estava inscrito na Liga e fez parte da convocatória para a receção ao Santa Clara, para a quarta jornada do campeonato, no último fim de semana, sem que tenha sido utilizado.

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