Camões: 500 Anos de História e de Lenda

Quem foi, afinal, Camões? Um génio literário, um aventureiro incansável ou uma figura mitificada ao longo dos séculos? Neste podcast especial, gravado na Biblioteca Nacional de Portugal, damos a ouvir um ciclo de debates que explora a vida, a obra e os mistérios que ainda envolvem o autor de Os Lusíadas. Uma viagem sonora pela história e lenda de uma das figuras mais fascinantes da lusofonia

Assembleia Municipal aprova moções para reformular 2.ª fase do metrobus do Porto

A Assembleia Municipal do Porto aprovou na segunda-feira à noite moções para reformular ou suspender a segunda fase do metrobus, orientação que o executivo municipal vai seguir, segundo o presidente da câmara, Rui Moreira.

“Nós, em fim de mandato, formalizaremos de acordo com o que a assembleia hoje [segunda-feira] aqui decidir”, disse Rui Moreira numa sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Porto decorrida na segunda-feira à noite, requerida pelo PSD para discutir o projeto do metrobus, com o ponto único “Por uma Avenida da Boavista Verde, Humanizada e Sustentável”.

As moções apresentadas por três forças políticas (PSD, movimento Rui Moreira – Aqui Há Porto e CDU) no sentido de reformular ou suspender o projeto, entre outros aspetos, foram aprovadas por maioria, tendo sido chumbado um ponto da moção da CDU e as propostas do BE.

Durante a sessão, o deputado municipal do PSD Rodrigo Passos disse que a segunda fase do metrobus, como estava inicialmente previsto, iria eliminar o atual desenho de “uma ciclovia funcional, segura, reconhecida por todos como um bom exemplo de mobilidade suave”.

Pedro Schuller, do movimento Rui Moreira – Aqui Há Porto, lembrou que para o canal do metrobus “tinha vindo a ser prometido há vários anos um sistema de metro ligeiro”, e sinalizou “a preocupação com as ciclovias, embora elas tenham surgido apenas relativamente à segunda fase do projeto”.

O deputado do PAN Paulo Vieira de Castro sublinhou que o partido não mudou de opinião sobre a defesa dos modos suaves no projeto do metrobus, recordando o posicionamento de 2023, em que transmitiu o “total desacordo” com a eliminação de vias para modos de mobilidade suave, recordando uma resposta em que fonte oficial da Câmara do Porto afirma que foi uma “opção política” eliminá-las na primeira fase do projeto, na parte oriental da Avenida da Boavista.

Já Agostinho Sousa Pinto, do PS, apelidou a marcação da sessão da Assembleia Municipal pelo PSD, bem como a petição pública com o mesmo título liderada pelo candidato do PSD/CDS-PP à Câmara do Porto, Pedro Duarte, como “um episódio de uma estratégia política pouco coerente e manifestamente inconsequente”, pois os sociais-democratas “foram os que há meses se abstiveram na votação sobre a primeira fase”.

Pela CDU, Rui Sá disse que, como não podia “sobrar dinheiro” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “de um momento para o outro, apareceu a extensão da linha do metrobus até à rotunda da Anémona, que não fazia parte dos planos da cidade”, e defendeu o seu voto a favor das moções, por considerar “fundamental haver uma posição maioritária da cidade” face ao “desrespeito da Metro do Porto, com a cumplicidade do Governo”.

Pelo BE, Susana Constante Pereira considerou que a discussão sobre o traçado do metrobus, “a integração da ciclovia, o espaço público, devia ter acontecido há dois anos, quando o projeto foi anunciado”, dizendo que, nessa altura, o PSD “manteve o silêncio, mesmo com um acordo de governação com a maioria do executivo municipal”.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse na Assembleia Municipal que a Metro do Porto aceitou as alterações propostas pela autarquia para a segunda fase do metrobus, objeto de uma recente petição pública.

O candidato do PSD/CDS à Câmara do Porto Pedro Duarte encabeça uma petição para suspender e mudar a segunda fase do metrobus, defendendo a circulação sem canal dedicado e a salvaguarda de árvores e da atual ciclovia.

No mesmo dia em que foi conhecida a petição (22 de maio), Rui Moreira afirmou concordar com a mesma, suspender e mudar a segunda fase do metrobus, defendendo a circulação sem canal dedicado e a salvaguarda de árvores e da atual ciclovia.

O metrobus ligará a Casa da Música à Praça do Império (primeira fase) e à Anémona (segunda), os veículos do serviço serão autocarros a hidrogénio visualmente semelhantes aos do metro convencional, e a obra total custa cerca de 76 milhões de euros.

El Rei dom Gouveia e Melo e Montenegro, o trepador

Gouveia e Melo apresentou-se como candidato, terá cumprido a lenda e subido ao palco como Dom Sebastião? E o que dizer dos que vieram já declarar-lhe apoio? Que espaço sobra para o candidato do PSD? E Luís Montenegro, como vai ele lidar com Gouveia e Melo, se for eleito presidente?

Esta Comissão Política tem comentários de Eunice Lourenço, Paula Varela e Vítor Matos. A moderação é de David Dinis, sonoplastia de Salomé Rita e ilustração de Carlos Paes.

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Seis milhões de sul-coreanos já votaram para escolher sucessor de Yoon

Mais de 44 milhões de eleitores começaram esta terça-feira a votar nas eleições presidenciais antecipadas na Coreia do Sul, após a destituição do ex-presidente Yoon Suk-yeol, na sequência da imposição da lei marcial em dezembro.

A votação começou às 06:00 (22:00 de segunda-feira em Lisboa) em 14.295 mesas de voto em todo o país e cerca de seis milhões de pessoas já tinham votado nas primeiras quatro horas.

Outras 15 milhões de pessoas já tinham votado durante o período de votação antecipada, que decorreu entre 29 e 30 de maio, de acordo com a Comissão Eleitoral Nacional.

As urnas irão encerrar às 20:00 (meio-dia em Lisboa) e observadores afirmam que o vencedor pode ser anunciado ainda antes da meia-noite em Seul.

O vencedor assumirá o cargo imediatamente, logo após a confirmação dos resultados pela Comissão Nacional de Eleições sul-coreana, sem o habitual período de transição de dois meses.

Entre os principais candidatos está Lee Jae-myung, do Partido Democrático, que, de acordo com uma sondagem divulgada na semana passada pela Gallup Korea, lidera as intenções de voto com 49% das intenções de voto apuradas.

Numa publicação feita esta terça-feira na rede social Facebook, Lee pediu aos eleitores que “emitam um julgamento severo e resoluto” contra os conservadores, face à crise política criada pela imposição da lei marcial.

O Tribunal Constitucional confirmou a destituição de Yoon em abril, obrigando à realização de eleições no prazo de 60 dias, conforme estipulado pela Constituição do país asiático.

A tentativa de Yoon de tomar o poder, alegando ameaças de “forças inimigas do Estado” e da Coreia do Norte, foi precedida por meses de paralisia política.

Num dos últimos discursos de campanha, na segunda-feira, Lee Jae-myung alertou para os alegados perigos de uma eventual vitória de Kim Moon-soo, candidato do Partido do Poder Popular, que apoiava o ex-presidente Yoon Suk-yeol.

A vitória de Kim, que segundo sondagens recolhia 35% das intenções de voto, significaria “o regresso das forças rebeldes, a destruição da democracia e a privação dos direitos humanos das pessoas”, considerou Lee Jae-myung.

Na direção oposta, Kim Moon-soo alertou que uma vitória de Lee Jae-myung lhe permitiria lançar retaliações políticas contra os rivais e implementar leis para o proteger de vários problemas legais, uma vez que o Partido Democrático controla o Parlamento.

Lee Jae-myung “está agora a tentar tomar todo o poder na Coreia do Sul e estabelecer uma ditadura semelhante à de [Adolf] Hitler”, disse Kim Moon-soo, num comício na cidade de Busan, no sudeste do país.

A campanha ficou marcada pela ausência de um debate sobre a política externa da Coreia do Sul, apesar dos Estados Unidos terem imposto taxas alfandegárias de 25% sobre as importações oriundas do país asiático, e da persistente ameaça da Coreia do Norte, com a qual Seul continua tecnicamente em guerra.

Internamente, o país enfrenta um acentuado declínio da taxa de natalidade, atualmente fixada em 0,75 por mil habitantes, uma das mais baixas do mundo, indício de uma profunda crise demográfica.

Fundação Serralves reúne quase um século de Álvaro Siza Vieira em Xangai

A Fundação de Serralves inaugura esta semana, em Xangai, uma grande exposição dedicada ao arquiteto português Álvaro Siza Vieira, com desenhos, maquetes, esculturas e objetos que refletem várias décadas da obra do prémio Pritzker.

Intitulada Álvaro Siza: The Archive, a exposição estará patente entre 6 de junho e 7 de setembro no Power Station of Art, o primeiro museu público de arte contemporânea da China continental e sede da Bienal de Xangai.

Trata-se de uma adaptação da mostra C.A.S.A., apresentada em Serralves em 2024, e representa a maior exposição alguma vez realizada sobre o trabalho de Álvaro Siza, segundo nota difundida pela organização.

Com curadoria do arquiteto António Choupina — em colaboração com Siza Vieira e Carlos Castanheira –, a exposição é organizada conjuntamente pelo Museu de Serralves e pelo Power Station of Art, e propõe uma leitura cronológica da obra do arquiteto português ao longo de quase um século, desde os seus desenhos de infância até às diversas tipologias que definem o seu percurso.

Ao todo, as peças expostas ocupam quase um quilómetro de extensão expositiva, destacou a organização.

“Assente na arte, na geometria e na beleza, esta exposição apresenta um retrato de Siza como um verdadeiro pensador contemporâneo, cuja prática continua a recorrer ao desenho como ferramenta para desvendar os mecanismos internos da arquitetura e do pensamento”, lê-se no comunicado.

O arquiteto portuense, de 91 anos, conta com algumas obras importantes na China, desenvolvidas em colaboração com Carlos Castanheira, incluindo o Edifício sobre a Água, em Huai’an (leste), e o Museu de Arte e Educação de Ningbo.

A exposição assinala também o 30º aniversário do acordo de geminação entre as cidades de Xangai e do Porto.

“O campeonato que se vai falar para sempre”: Mirandela perde sem jogar, Juncal campeã a jogar

Uma final muito marcada pelo Mundial de ténis de mesa. Mirandela não chegou ao bicampeonato após uma cena muito invulgar. O CTM Mirandela chegou à final do campeonato nacional feminino de ténis de mesa como favorito. Líderes da fase regular, campeãs no ano passado, dominadoras na modalidade neste século. Ia à procura do 24.º título, segundo consecutivo. Mas do outro lado estava o GDCS Juncal, que só tinha um título até agora, mas que tinha ficado no 2.º lugar na fase regular e aparecia como forte concorrente nesta final. A final joga-se à melhor de três jogos. O troféu fica

Félix Correia: «Futuro? Vou agarrar o melhor projeto desportivo»

O extremo do Gil Vicente em entrevista exclusiva a Record

RECORD – Já começou a pensar no próximo passo? O interesse dos três grandes foi falado, tem propostas em cima da mesa?

Por Nuno Barbosa

Saloios em Lisboa: “Em pleno século XX, ainda havia vacas dentro das leitarias no centro da cidade e as leiteiras vendiam de porta em porta”

“És um saloio!”, “Isso é uma saloiada”, “Não passa de uma saloiice”, “Olha a batatinha saloia!”. Na região de Lisboa (e não só…), expressão “saloio” permanece em algumas marcas da linguagem (e de produtos), mas o que muitos não sabem é que saloio designou, durante séculos, as populações que habitavam os arredores a norte da capital.

Saloios eram todos aqueles que produziam os alimentos hortícolas ou de origem animal (como os célebres queijos, a par do pão saloio), traziam água para a cidade, tratavam dos transportes entre o campo e a cidade e faziam a lavagem da roupa dos alfacinhas nas ribeiras de água límpida dos arredores.

Nuno Fox

Em troca, passaram a fazer parte de um certo folclore urbano, a que não faltou um certo olhar de desdém tão típico “dos da cidade”. Por tudo isto, pode dizer-se que o saloio parece ser, no fundo, uma invenção da população da cidade, que no século XIX se queria, definitivamente, distinguia-se do resto dos habitantes do Termo. Mas tudo indica que as raízes desta população estão bem cravadas no solo da História.

Hoje, nas Histórias de Lisboa, partimos à descoberta dos saloios – uma viagem aos arredores da cidade.

Histórias de Lisboa é um podcast semanal do jornalista da SIC Miguel Franco de Andrade com sonoplastia de Salomé Rita e genérico de Nuno Rosa e Maria Antónia Mendes.

A capa é de Tiago Pereira Santos em azulejo da cozinha do Museu da Cidade – Palácio Pimenta.

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Há dezenas de ambulâncias a circular fora de lei em todo o país

A Associação Nacional de Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) diz que há dezenas de ambulâncias dos bombeiros a circular “fora da lei” em todo o país.

Em causa estará o incumprimento de regras relativas à formação e à composição das tripulações das ambulâncias.

Em declarações à Renascença, o presidente da ANTEM, Paulo Paço, garante que a lei não está a ser cumprida.

É obrigatório ter, no mínimo, um tripulante de ambulância de socorro, que não pode ao mesmo tempo ser um motorista, ou seja, poderá eventualmente existir um TAT [Tripulante de Ambulância de
Transporte], que é uma formação inferior que conduz a ambulância, mas o TAS [Tripulante de Ambulância de Socorro] terá que acompanhar sempre o doente na sala sanitária”, explica.

No entanto, esta regra é frequentemente desrespeitada em várias regiões do país, comprometendo a segurança e os cuidados prestados aos pacientes.

“Existem, todos os dias, de Norte a Sul do país, dezenas de ambulâncias que circulam à margem desta lei, que desde logo coloca em causa as condições de saúde dos doentes que são transportados nessas ambulâncias”, denuncia Paulo Paço.

Razões que levam a associação de técnicos de emergência a pedir uma auditoria externa ao Sistema Integrado de Emergência Médica.

“O Sistema Integrado de Emergência Médica tem algumas falências e alguns problemas que se têm vindo a acentuar e a única forma de garantir que existe aqui uma melhoria e um romper com este paradigma é exatamente através da implementação de uma auditoria ou até mesmo de um outro tipo de investigação, uma comissão de estudo ou algo desse género, porque realmente esta situação é insustentável”, defende.

Já há “batalhas” nas escolas para ver quem sabe mais personagens do ‘italian brainrot’: mas afinal, o que é isso e como se tornou viral?

Os nomes Ballerina Cappuccina, Tralalero Tralala ou Bombardino Crocodillo dizem-lhe alguma coisa? São uma bailarina com cabeça de cappuccino, um tubarão calçado com ténis de marca ou um crocodilo com corpo de avião bombardeiro. Criados com recurso a inteligência artificial e fazem parte de uma tendência chamada ‘italian brainrot’. São descritos pelos mais novos como “desenhos bizarros e sem sentido”. O que não impede que se tenham tornado um vício e um tema de conversa entre os jovens das gerações Alpha e Z.

No recreio da escola até já há desafios para ver quem sabe mais nomes e, com acesso a ferramentas de inteligência artificial generativa, qualquer utilizar pode acrescentar personagens novas. Até já há versões portuguesas, como uma tartaruga com carapaça de azulejo ou um pombo lisboeta que “bombardeia” turistas.

Nuno Fox

Neste episódio, Pedro Miguel Coelho fala com Ana Marta Flores, professora universitária e investigadora, para nos dizer que significado têm estes conteúdos, de onde vieram, e que cuidados os pais devem ter para evitar jovens cérebros apodrecidos.

A conversa aprofunda ainda as implicações da Inteligência Artificial na criação artística, o que levanta questões sobre a natureza da autoria e o valor dos processos artísticos tradicionais.

Descubra este e outros temas de tecnologia, inovação, ciência ou tendências online n’O Futuro do Futuro. Pode seguir o podcast nas suas plataformas de podcasts preferidas ou acompanhar os episódios semanais nos sites do Expresso, da SIC e da SIC Notícias.

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