Município de Foz Côa condenado a pagar 17.835 euros a ex-vice presidente Vítor Sobral

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco condenou o município de Foz Côa a pagar 17.835 euros ao ex-vice-presidente da câmara, Vítor Sobral, a título de reembolso de despesas que efetuou num processo judicial que envolveu a autarquia.

Segundo a sentença a que a Lusa teve acesso esta quinta-feira, o tribunal julgou totalmente procedente o pedido deduzido na ação por Vítor Sobral (atual vereador do PS) contra o município da Vila Nova de Foz Côa, condenando este a pagar-lhe “a quantia de 17.835 euros, acrescidos de juros de mora vencidos e vincendos”, contados desde 27 julho de 2017.

A sentença foi proferida em 11 de julho, no âmbito da ação interposta por vereador Vítor Sobral contra a Câmara de Foz Côa, no distrito da Guarda, na qual reclamou o valor em causa.

Nas eleições autárquicas de 2005, Vítor Sobral foi eleito pelo PS vereador a tempo inteiro, cargo que exerceu até outubro de 2009, num mandato no qual foi pronunciado por dois crimes de prevaricação e um crime de abuso de poderes.

“Eu fui julgado como cidadão Vítor Sobral, mas por factos praticados enquanto autarca eleito ao município de Foz Coa, e daí reclamar este valor gasto na minha defesa”, explicou o visado à Lusa.

O caso está relacionado com aquisição de material informático durante aquele o mandato 2005/2009, quando Vítor Sobral era o vice-presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, com pelouros como a Educação.

“Tal quantia havia sido peticionada, na referida ação judicial, por Vítor Sobral a título de reembolso pelas suas despesas com a sua representação judicial no âmbito de um processo criminal no qual havia sido julgado e totalmente absolvido dos crimes de que vinha acusado enquanto eleito local já e na altura vereador a tempo inteiro e vice-presidente da Câmara”, indica a sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Castelo Branco.

Segundo a defesa de Vítor Sobral, o município de Vila Nova de Foz Côa, desde então liderado por executivos do PSD, sempre se recusou a reconhecer o direito ao reembolso das referidas despesas.

“No caso em apreço, o Tribunal da Relação de Coimbra, apreciando o mérito da causa, absolveu Vitor Sobral dos crimes pelos quais estava pronunciado” e, tratando-se de um processo penal, “a apreciação de culpa deve ser feita à luz da responsabilidade penal que foi objeto de julgamento”, lê-se na sentença, que acrescenta: “Deste modo, a avaliação de existência de dolo ou negligência deve reportar-se exclusivamente aos comportamentos apreciados no processo-crime.”

O TAF concluiu que, “tendo Vítor Sobral sido absolvido dos crimes pelos quais vinha pronunciado, e tendo o processo chegado a apreciar o mérito da causa, o valor com a sua representação é devido” pelo município de Vila Nova de Foz Côa.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, João Paulo Sousa, adiantou que o executivo vai analisar os factos com os seus advogados e não coloca de lado a hipótese de um recurso desta decisão.

Vítor Sobral vê reconhecido judicialmente o direito a ser reembolsado pelo município a cuja presidência concorre pelo PS nas eleições autárquicas de 12 de outubro.

EUA anunciam sanções contra OLP e Autoridade Palestiniana por “apoio ao terrorismo”

Acompanhe o nosso liveblog sobre o conflito no Médio Oriente

Os Estados Unidos da América (EUA) impuseram esta quinta-feira sanções contra responsáveis da Autoridade Palestiniana e da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), acusando as organizações de “internacionalizar o conflito com Israel” e de apoio ao terrorismo.

De acordo com um comunicado do Departamento de Estado norte-americano, as duas organizações são acusadas de “continuarem a apoiar o terrorismo, incluindo através da incitação e glorificação da violência”.

A diplomacia norte-americana acusa as organizações de “fornecerem pagamentos e benefícios em apoio do terrorismo aos terroristas palestinianos e às suas famílias”.

O governo dos EUA explicou ainda que as sanções contra a OLP e contra a Autoridade Palestiniana — no poder em partes da Cisjordânia — consistem na recusa de vistos a membros dessas organizações.

“É do nosso interesse de segurança nacional impor consequências e responsabilizar a OLP e a Autoridade Palestiniana por não cumprirem os seus compromissos e prejudicarem as perspetivas de paz“, explica a diplomacia norte-americana no comunicado.

[Horas depois do crime, a polícia vai encontrar o assassino de Issam Sartawi, o dirigente palestiniano morto no átrio de um hotel de Albufeira. Mas, também vai descobrir que ele não é quem diz ser. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. É narrada pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Ouça o segundo episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E ouça o primeiro aqui]

Bruno Nogueira: “O Quim Barreiros não tem alinhamento e decide no momento o que é que vai tocar. Dá duas notas no acordeão, a banda toda sabe, vai atrás e é só êxitos do princípio ao fim”

Perguntar Não Ofende

Podcast

No Perguntar Não Ofende, Daniel Oliveira conversa com Bruno Nogueira, figura incontornável do humor em Portugal. A conversa parte dos limites do humor, mas rapidamente avança para algo mais profundo: qual é, afinal, a função social, política e cultural do humor? Tem de ter uma?

José Fonseca Fernandes

Ao longo do episódio, Daniel Oliveira revisita os marcos principais de duas décadas de carreira de Bruno, do Curto-Circuito ao stand-up, dos Contemporâneos ao Último a Sair, passando pelo fenómeno Deixem o Pimba em Paz, ao inesperado sucesso do talk-show confinado no Instagram, durante a pandemia, Como é Que o Bicho Mexe?, até à série Ruído

José Fonseca Fernandes

Fala-se do sentimento de perseguição que atravessa muitos humoristas, sobretudo os mais bem-sucedidos, e da contradição entre essa perceção e o espaço sem precedentes que o humor hoje ocupa. E discute-se o sketch final do “Ruído” e os ecos da justiça como nova forma de censura, como no caso da Joana Marques, ou da cartoonista Cristina Sampaio. Afinal, o humor é uma ameaça ou está só a ser levado (finalmente) a sério? Bruno reflete também sobre o poder do humor e as suas responsabilidades: existe uma ética do humor? Quem tem graça também tem de saber ouvir? É um espaço de crítica ou só uma forma de escapar à realidade?

José Fonseca Fernandes

Da música popular à sátira política, dos podcasts aos palcos esgotados, Bruno fala sobre a tensão entre arte e entretenimento, e sobre como tenta manter-se fiel à vontade de experimentar, mesmo com o conforto que o sucesso já poderia garantir. É uma conversa sobre risco, criatividade e sobre o lugar que o humor pode (e talvez deva) ocupar no espaço público.

José Fonseca Fernandes

É mais que uma entrevista, é menos que um debate. É uma conversa com contraditório em que, no fim, é mesmo a opinião do convidado que interessa. Quase sempre sobre política, às vezes sobre coisas realmente interessantes. Um projeto jornalístico de Daniel Oliveira e João Martins. Imagem gráfica de Vera Tavares com Tiago Pereira Santos e música de Mário Laginha. Subscreva (no Spotify, Apple e Google) e oiça mais episódios:

Governo reduz para metade organismos na Educação, Ensino Superior e Ciência

O ministro da Educação, Ciência e Inovação apresenta a reforma do Ministério que vai reduzir para metade o número de entidades nas áreas da Educação, Ensino Superior e CIência.

Fernando Alexandre revela que as atuais 18 entidades serão reduzidas para sete, reduzindo o número de cargos de dirigentes superiores de 45 para 27.

Na área do sistema educativo não superior, as atuais 12 entidades, com 31 dirigentes superiores, desaparecem todas, exceto a Inspeção-Geral da Educação e Ciência. Serão criadas a Direção-Geral de Estudos, Planeamento e Avaliação, o Instituto de Educação, Qualidade e Avaliação e a Agência para a Gestão do Sistema Educativo. As Comisões de COordenação e Desenvolvimento Regional, as CCDR’s, vão passar a ter um vice-presidente para a Educação.

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Entre as entidades que desaparecem contam-se, por exemplo, a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), o Instituto de Gestão Financeira da Educação ou a Rede de Bibliotecas Escolares ou o Plano Nacional de Leitura.

Na área do Ensino Superior, das seis entidades atuais passam a três. Mantém-se a Inspeção-Geral da Educação e Ciência e serão criadas a Direção-Geral de Estudos, Planeamento e Avaliação e o Instituto para o Ensino Superior.

Na área da da Ciência e Inovação, as atuais oito entidades passam a quatro. Mantém-se a Inspeção-Geral da Educação e Ciência e a Academia de Ciências de Lisboa e serão criadas a Direção-Geral de Estudos, Planeamento e Avaliaçãoe a Agência para a Investigação e Inovação que, absorverá as funções da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

O ministro garante que o objetivo da reforma não é poupar recursos financeiros, nem libertar professores para dar aulas, mas sim ornar o sistema mais eficaz e garantir igualdade de oportunidades.

[notícia atualizada às 16h24]

Madureira condenado a 3 anos e 9 meses de prisão, Sandra com pena suspensa. “Tempo de Salazar já foi há muito”

“Foi uma pena como Madureira acabou”, disse a juíza, mas “aquilo foi uma imposição de uma ditadura e o tempo de Salazar já foi há muito”. Vários crimes caíram, mas ‘Macaco’ foi mesmo condenado a prisão efetiva. O ex-líder da claque do FC Porto, ‘Super Dragões’, Fernando Madureira, foi esta quinta-feira condenado a três anos e nove meses de prisão efetiva, quase dois anos depois dos incidentes da Assembleia-Geral dos azuis e brancos que desencadearam a Operação Pretoriano. A esposa do ‘Macaco Líder’, Sandra Madureira, também foi condenada, a dois anos e oito meses de prisão, mas fica com a

Não está cá, está está! – O Comentário da Dona Virgínia

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Lucros do BPI caem 16% no primeiro semestre. Foram 274 milhões

O banco não resistiu à descida das taxas de juro, responsável, pela queda dos resultados na primeira metade do ano. Em comparação com igual período do ano passado, o BPI fechou o semestre com um lucro de 274,5 milhões, menos 16%.

Só em Portugal, o lucro até junho é de 241 milhões, menos 10% face ao período homólogo.

“Estamos a metade das taxas que tínhamos há um ano”, explica o CEO do banco, João Pedro Oliveira e Costa, para justificar estes resultados.

A margem financeira encolheu 10%, para 441 milhões de euros. As comissões desceram 11%, mas este valor compara com 2024, ano em que o BPI registou um ganho não recorrente de 16 milhões. Sem esta operação, a redução das comissões é de 1%.

“Não só não aumentámos as tabelas, como em algumas áreas ainda fomos mais agressivos”, diz João Pedro Oliveira e Costa.

A remuneração média trimestral caiu, no crédito e nos depósitos, pelo quarto trimestre consecutivo, para 3,7% e 0,8%, contra 4,7% e 1,2%, respetivamente.

O crédito aumentou 7% e o crédito à habitação, em particular, subiu 10%, para 16.193 milhões de euros. Os depósitos aumentaram 5%.

BPI quase a esgotar garantia pública, admite pedir reforço

Apesar da descida dos resultados, o banco aumentou o crédito concedido nos primeiros seis meses. Para este crescimento contribuiu sobretudo o segmento da habitação, que subiu 10%, graças à garantia pública para os jovens.

O banco já celebrou 2.500 contratos com esta garantia, no valor de 467 milhões.

Contas feitas, a instituição financeira já esgotou 62% da quota de 149,5 milhões que tem disponível na garantia pública para crédito à habitação.

O CEO diz estar surpreendido com a procura e acredita que “rapidamente vamos esgotar” a quota. João Pedro Oliveira e Costa admite pedir ao governo um aumento da dotação, “se chegarmos lá e se for viável e estiver em cima da mesa, vamos fazer”. “O Estado terá todo o interesse em ajudar os jovens, para nós não aumenta o risco“, acrescenta.

O CEO garante ainda que a venda do Novo Banco aos franceses BPCE, depois do BPI ter manifestado interesse, não muda a estratégia do BPI. “Não estava no nosso mandato, não estava em cima da mesa o Novobanco. Continua tudo igual para nós”, garante.

“Portugal não pode menosprezar qualidades” de Centeno

O presidente do BPI elogia o currículo de Álvaro Santos Pereira, o antigo ministro da Economia e do Emprego, indicado pelo governo para assumir a liderança do banco de Portugal.

“É uma pessoa de trato muito fácil”, com um “currículo que fala por si”, diz João Pedro Oliveira e Costa.

No entanto, espera para ver o que vai fazer o novo governador. “Daqui a um ano falamos, quero ver na prática”, diz. “Espero que seja no mínimo do mesmo valor que foi o professor Mário Centeno”, sublinha.

O CEO do BPI deixou ainda fortes elogios ao governador cessante. “Apreciei muitíssimo a sua postura e comportamento”, diz, Mário Centeno “foi claramente um grande agregador do sistema e é uma pessoa muito respeitada internacionalmente. Aprendi bastante”.

João Pedro Oliveira e Costa acredita que ainda vamos ouvir falar de Centeno e espera que Portugal não esqueça este talento. “Tenho-o em alto valor. Portugal não pode menosprezar um português com aquelas qualidades e espero que se encontre um lugar disponível para uma pessoa com este valor”.

Operação Marquês: Processo secundário calhou a juiz que foi chefe de gabinete em governos PS

O processo separado da Operação Marquês, no qual o antigo primeiro-ministro José Sócrates é arguido, foi distribuído, por sorteio, a um juiz que foi chefe de gabinete em governos PS, mas para já o processo fica nas mãos de outro juiz.

Em resposta por escrito à Lusa, o Conselho Superior da Magistratura (CSM) confirma que o processo “foi distribuído por sorteio eletrónico, no dia 28 de julho”, ao juiz 18 do Tribunal Central Criminal de Lisboa, cujo titular é o juiz Vítor Teixeira.

Segundo vários despachos publicados em Diário da República, Vítor Teixeira, de 48 anos, foi entre 15 de janeiro de 2021 e 29 de março de 2022 chefe de gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Mário Belo Morgado, e, entre 5 de abril de 2022 e março de 2024, do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

Os dois executivos foram chefiados por António Costa, do PS, o partido a que José Sócrates pertencia quando foi primeiro-ministro (2005-2011) e do qual José Luís Carneiro é o atual secretário-geral.

Relação nega pedido de Sócrates para afastar juíza e multa-o em mil euros

Questionado se, atendendo a esta circunstância, Vítor Teixeira pediu para sair do processo ou se o seu afastamento foi requerido por algum interveniente, o CSM esclarece que “o juiz ainda não teve contacto com o processo nem proferiu qualquer despacho no âmbito do mesmo”.

“Tratando-se de um processo de caráter urgente, será presente ao juiz de turno [que assegura a tramitação dos processos em férias], que não tem competência para se pronunciar sobre eventuais incidentes de escusa ou recusa quanto ao juiz titular do processo”, acrescenta o órgão de gestão dos magistrados judiciais.

O CSM, que autorizou que os cargos de chefe de gabinete fossem exercidos por Vítor Teixeira em comissão de serviço, sublinha ainda que, “nos termos da Constituição e da lei, os juízes exercem a sua função com independência, imparcialidade e isenção, não estando sujeitos a orientações externas de qualquer natureza”.

A informação de que o processo tinha sido distribuído ao juiz em causa foi avançada na quarta-feira pelo Correio da Manhã.

Em 11 de junho, o Tribunal Central de Instrução Criminal decidiu mandar julgar José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva por três crimes de branqueamento de capitais.

Na leitura da decisão instrutória, a juíza entendeu que, por estarem em causa crimes alegadamente praticados em coautoria com arguidos que estão no processo principal da Operação Marquês, os dois casos deveriam ser anexados.

O julgamento do processo principal, no qual José Sócrates e Carlos Santos Silva são dois dos 21 arguidos, começou em 03 de julho, no Tribunal Central Criminal de Lisboa.

Os arguidos têm negado, em geral, a prática de qualquer crime.

Incêndios: autarca de Arouca espera compensações do Governo para população afetada pelo fogo

A presidente da Câmara de Arouca, Margarida Belém, disse esta quinta-feira esperar que o Governo aprove medidas de apoio para compensar as pessoas afetadas pelo incêndio que lavra desde segunda-feira naquele concelho do distrito de Aveiro.

Em declarações à Lusa, Margarida Belém disse que é preciso dar “um sinal de esperança e um sinal positivo a estas comunidades e a estas populações do Interior que constantemente estão a ser fustigadas por estes incêndios”.

“Se queremos efetivamente que o Interior se mantenha povoado e que tenha estes cuidadores da paisagem e da floresta, que são os nossos produtores de gado, que são os nossos agricultores, nós temos que dar um sinal positivo, de apoio e de medidas, de majoração, para continuar a alimentar a esperança destas pessoas e fazer tudo para garantir que nos lembramos delas, e tem que haver compensações”, referiu a autarca.

A presidente da Câmara disse ainda que já começaram a fazer um trabalho de avaliação para apoiar a população, porque há “muitos danos” no município.

“O território agora tem que recuperar e temos que apoiar as pessoas, porque há aqui vários danos, seja nos produtores de mel, os agricultores, há aqui vários anexos agrícolas, estruturas de apoio que ficaram danificadas, muita gente também sem água, estamos a fazer a distribuição de água potável e, portanto, é um trabalho muito minucioso e extremamente importante no apoio a estas populações”, afirmou.

Para além do apoio social e psicológico à população, Margarida Belém disse que, neste momento, a principal preocupação do município é “a questão da distribuição de água e a substituição dos canos” que são fundamentais para o dia a dia dos produtores e dos agricultores.

“Só conseguimos recuperar se conseguirmos reativar aqui a normalidade e esta normalidade ainda leva algum tempo, e, portanto, temos que ajudar aqui todos nesta recuperação rápida e, claro, a distribuição de água potável a estas localidades e algumas casas mais isoladas é fundamental, que é isso que estamos a fazer com os bombeiros voluntários e também aqui a apoiar com os canos que são fundamentais para estas populações recuperarem o acesso àquilo que é um bem essencial”, referiu.

Apesar de as primeiras estimativas apontarem para uma área ardida superior a 4.000 hectares neste município, a autarca acredita que o número deverá ser inferior, adiantando que nesta área estão “algumas manchas que não foram afetadas”.

Margarida Belém referiu ainda que se mantém em vigor o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil, que foi ativado na madrugada de terça-feira, e que prevê que os serviços municipais e todos os trabalhadores municipais estejam mobilizados, sem qualquer reserva, para todas as ações inerentes à Proteção Civil.

O incêndio em Arouca, que alastrou aos concelhos vizinhos de Castelo de Paiva (distrito de Aveiro) e Cinfães (distrito de Viseu) tinha hoje, às 09h15, uma frente ativa, que a Proteção Civil disse esperar ver “debelada” em breve.

Pelas 11h45, segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam mobilizados no combate às chamas 597 operacionais, apoiados por 225 viaturas.

Trump diz que o presidente da Fed Jerome Powell é “demasiado estúpido” para o cargo

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou esta quinta-feira que o presidente da Reserva Federal Americana (Fed), Jerome Powell, é “demasiado estúpido e político” para ocupar o cargo.

Numa publicação na sua rede social Truth Social, Trump atacou o presidente da Fed, a quem chamou de “Jerome ‘Tardón’ Powell”: “Ele chega tarde demais e, na verdade, está demasiado irritado e é demasiado estúpido e político para estar à frente da Fed”.

Depois de a Fed ter anunciado na quarta-feira a sua decisão de manter as taxas, Powell anunciou também que a sua política atual está bem posicionada para continuar, enquanto se espera para ver o impacto real das tarifas impulsionadas pelo Presidente norte-americano.

Antes do anúncio, Trump tinha renovado a pressão sobre a Reserva Federal para que baixasse as taxas de juro, face ao aumento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano. Após a recusa de Powell, o Presidente dos EUA disse que isso está a custar “triliões de dólares” ao país, que está a “pagar o preço” por o presidente da Fed ser um “completo falhado”.

Além disso, Trump voltou a atacar Powell por causa das obras de renovação da sede do Fed, com um custo adicional de cerca de 700 milhões de dólares, que os republicanos usam para criticar a sua má gestão à frente do organismo.

“Uma das renovações de edifícios mais incompetentes e corruptas da história da construção”, dizem.

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