Montenegro diz que saúde familiar será “um dos eixos” do programa de emergência

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, garantiu este domingo que a saúde familiar será “um dos eixos” do programa de emergência para o setor que o Governo prevê apresentar em junho.

“Cuidar com proximidade e confiança. No Dia Mundial do Médico de Família realço que a saúde familiar será um dos eixos do nosso programa de emergência. Vamos valorizar os profissionais de saúde e com eles dar respostas aos cidadãos”, lê-se numa mensagem publicada na conta oficial de Luís Montenegro na rede social “X” (antigo Twitter).

Na quarta-feira, no debate quinzenal com o primeiro-ministro na Assembleia da República, o chefe do executivo afirmou que o programa de emergência para a saúde seria apresentado dentro de duas semanas, com especial foco na recuperação de cirurgias, na obstetrícia e nas respostas no âmbito da medicina familiar.

“No máximo, dentro de duas semanas, o país vai conhecer o programa de emergência que temos para a saúde. Vai ter incidências na recuperação dos tempos de espera para cirurgias, em particular as mais problemáticas — por exemplo, as oncológicas. Vai ter foco especial na obstetrícia e um plano de resposta de medicina familiar para cerca de 1,5 milhões de portugueses sem médico de família”, especificou.

Luís Montenegro, no entanto, advertiu que o programa será de emergência e “não a transformação estrutural que o Governo tenciona fazer na saúde” até ao final da legislatura, libertando-a de complexos de ordem ideológica.

O grupo de 13 pessoas que está a preparar este plano é coordenado pelo antigo presidente do Infarmed Eurico Castro Alves, licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e doutorado em Medicina pelo ICBAS – Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.

Além de Eurico Castro Alves, integram o grupo, entre outros, Alberto Caldas Afonso, pediatra e diretor do Centro Materno-Infantil do Norte; António Marques, professor catedrático e anestesiologista que foi responsável pela Comissão de Gestão do Plano do Ministério da Saúde para a Jornada Mundial da Juventude; Catarina Baptista, administradora hospitalar que foi vogal da anterior administração liderada por Ana Paula Martins à frente do Hospital de Santa Maria, e João Gouveia, diretor do serviço de Urgência Central da ULS de Santa Maria.

Rafale E-Tech 4×4 PHEV é um SUV com 300 cv e 100 km em modo eléctrico

O Rafale é o SUV que se assume como o novo topo de gama da Renault, pelo que não é de estranhar que seja ele a apresentar a mais recente versão do motor híbrido do construtor francês, que promete baixos consumos, uma autonomia muito generosa em modo eléctrico e, como não podia deixar de ser, uma respeitável capacidade de aceleração — ou não fosse este Rafale E-Tech 4×4 PHEV o modelo mais potente da marca nas últimas décadas, igualando os 300 cv fornecidos pelo hatchback desportivo Mégane RS Trophy-R, que conquistou o recorde no circuito de Nürburgring.

Depois de já ter anunciado uma versão mais acessível do Rafale, com um motor híbrido com 200 cv, idêntico ao que já está ao serviço do Austral e do Espace, a Renault surge agora com uma versão mais musculada do SUV topo de gama com ares de coupé, com uma mecânica híbrida plug-in (PHEV) com 300 cv. E esta, por montar um segundo motor eléctrico no eixo posterior, passa a usufruir não só de maior potência, como igualmente de tracção integral 4×4.

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No essencial, este novo motor E-Tech mantém os argumentos já conhecidos e testados pelo Austral, que tem por base o motor sobrealimentado com 1,2 litros de capacidade e três cilindros, garantindo agora 150 cv (em vez dos anteriores 131 cv) e uma força de 230 Nm (em vez dos 205 Nm da versão anterior). A este motor a gasolina, agora soprado por um turbocompressor de geometria variável e funcionando segundo o ciclo Miller, para se tornar mais eficiente, a Renault juntou um motor eléctrico similar ao do Austral e do Espace. A debitar 68 cv, é esta unidade que ajuda o motor de combustão a reduzir o consumo e a incrementar o nível de potência. Existe ainda um outro motor que, tal como no Austral e Espace, fornece 34 cv e tem por missão não só a gerar energia durante as travagens e desacelerações, como modular as mudanças eléctricas. Encontra-se instalado à frente, dentro da caixa de velocidades, a qual foi concebida em colaboração com a Renault Sport, que gere as equipas de F1 e do WEC, cujos técnicos a dotaram com 15 velocidades, entre três mecânicas e cinco eléctricas.

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A novidade neste Rafale E-Tech 4×4 é a inclusão de um segundo motor eléctrico com acção directa na locomoção do SUV, que segundo a Renault fornece 136 cv, para elevar a potência total para os anunciados 300 cv. Mas esta versão PHEV tem mais trunfos na manga, uma vez que monta uma bateria com 22 kWh de capacidade (recarregável a 7,4 kW), que será suficiente para prometer uma autonomia em modo 100% eléctrico “de até 100 km”, segundo o fabricante.

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Esta mecânica PHEV mistura uma unidade a combustão com outras eléctricas que permitem ao SUV com mais de 4,7 metros de comprimento reivindicar mais de 1000 km de autonomia total, assegurada pela energia acumulada na bateria e no depósito com 55 litros de gasolina. O construtor francês não revelou a velocidade máxima, mas avançou que a capacidade de aceleração corresponderá a 6,4 segundos para ir de 0-100 km/h (apenas 1 segundo mais lento do que o Mégane RS Trophy-R), além de que o consumo em WLTP será de 0,7 l/100 km. E pormenoriza ainda que, depois de esgotada a capacidade da bateria – ou seja, com o modelo a funcionar apenas como híbrido –, o Rafale com 300 cv consegue um consumo de 5,8 l/100 km.

Liberdade de expressão: Dentro da lei, todos podem dizer “as patetices que quiserem”

O cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL) às eleições europeias, João Cotrim de Figueiredo, considera que, dentro da lei, as pessoas podem “dizer as patetices que quiserem”, pedindo coerência no debate sobre a liberdade de expressão. “Para nós, a liberdade de expressão é clara: as pessoas têm o direito, dentro dos termos da lei, de dizer as patetices que quiserem“. João Cotrim de Figueiredo referia-se à  à polémica de sexta-feira, em que o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, defendeu que não lhe compete censurar as posições ou opiniões de deputados, remetendo para o Ministério Público uma

Ordem dos Médicos pede comissão para acompanhar reforma das Unidades Locais Saúde

O bastonário da Ordem dos Médicos defendeu este domingo a criação de uma comissão de acompanhamento da reforma das Unidades Locais de Saúde (ULS) e alertou para “um retrocesso” na ligação entre os cuidados primários e hospitalares.

“Nalgumas ULS houve um retrocesso na ligação entre os cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares, o que é um facto curioso, mas (…) que tem de ser rapidamente corrigido”, afirmou Carlos Cortes, em declarações à agência Lusa.

Considerando que a reforma das ULS “não começou bem” e “não foi bem preparada”, o bastonário apontou um conjunto de problemas neste modelo, mas afirmou: “a posição da Ordem dos Médicos é manter o desenvolvimento da reforma, mas corrigir uma série de dificuldades”. “É preciso melhorar e aprimorar aquilo que está a ser feito”, acrescentou.

Unidades Locais de Saúde resultaram num recuo na ligação entre hospitais e centros de saúde em alguns locais, diz Ordem dos Médicos

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Sobre a falta de acompanhamento das unidades de saúde nesta transformação, Carlos Cortes defendeu que o Ministério da Saúde deveria criar uma comissão de acompanhamento das ULS “para perceber se as coisas estão a correr bem e, nos locais onde elas não estão a correr bem, ajudar a ultrapassar as dificuldades”. E afirmou que os cuidados de saúde primários têm imensas dificuldades”, lembrando que “não há nenhum documento orientador para as ULS”.

Disse que é normal, e desejável, alguma autonomia, mas considerou que a reforma, como foi levada a cabo, deixou as ULS “por conta própria”, defendendo que “tem de haver uma linha condutora de toda a reforma”.

O responsável lembrou ainda o fim das Administrações Regionais de Saúde — que ainda não está efetivado pois o Presidente da República devolveu o diploma ao Governo — e frisou que muitas competências que eram destas entidades passaram para as ULS, mas sem qualquer acompanhamento.

Os sindicatos médicos têm denunciado casos em que este desacerto na passagem das competências para as ARS têm levado à falta de pagamento de incentivos às equipas. Também o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Nuno Jacinto, apontou o dedo à forma como esta reforma avançou no terreno, com “soluções idênticas aplicadas a realidades diferentes”.

“As realidades são diferentes e, muitas vezes, o que nós tentamos é aplicar a mesma solução em todos os lados ou a mesma solução [de forma] exatamente igual, e isso acaba por não correr bem”, afirmou Nuno Jacinto. O responsável teme que se perca “algo que já tinha sido conquistado nos cuidados primários”: a autonomia.

“Isso é perigoso”, disse Nuno Jacinto, lembrando que “um dos princípios basilares da reforma dos cuidados de saúde primários era que estas equipas, estas unidades de saúde familiar, teriam de ter autonomia técnica, funcional e organizativa”.

“Em coisas simples, em procedimentos internos, em gestão de horários, em gestão de planos de férias, em gestão de assiduidade, na definição das áreas prioritárias em que querem trabalhar (..). Isso cabe às equipas e tem que caber às equipas”, frisou.

Nuno Jacinto alertou ainda: “Se começamos a ter elementos externos às unidades a quererem, de alguma forma, interferir com tudo isto, estamos obviamente a limitar a sua autonomia e isso não pode acontecer”.

Disse igualmente que, nesta altura, com as ULS, “há esse risco”, aconselhando “cuidado” com a maneira como se aplica a este novo modelo, “sob pena de podermos comprometer algo de bom que já tinha sido conquistado nos cuidados primários”.

A Madeira é a região mais pobre dos país: A culpa “É de Miguel Albuquerque”

O secretário-geral do Partido Socialista Pedro Nuno Santos disse, este sábado, que “não é normal” a Madeira ser a região mais pobre do país e responsabilizou o atual presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque. Pedro Nuno Santos responsabiliza o PSD e Miguel Albuquerque pelo nível de pobreza na Madeira. “A Madeira é a região mais pobre do país e aqui também não podem culpar os socialistas, a responsabilidade é mesmo do PSD. A responsabilidade é mesmo de Miguel Albuquerque e ele sabe que é. Ele sabe que a responsabilidade por nós termos na Madeira a região mais pobre do país

Marta Gautier: “As mulheres quando se querem divorciar estão anos a cozinhar aquilo, muitas vezes secretamente, e depois muitas dão o passo”

Bárbara Guimarães, Ana Galvão e Ana Garcia Martins juntam-se todas as semanas na SIC Mulher para uma conversa olhos nos olhos. Em cada programa é lançado um convite a uma personalidade que partilha o seu ponto de vista sobre o tema da semana.

‘Temos de Falar’ sobre os assuntos que importam, com o prazer das boas conversas. Todos os domingos um novo episódio na SIC e em todas as plataformas de podcast.

Governo Regional dos Açores garante que cuidados de saúde “estão assegurados”

A secretária regional da Saúde dos Açores transmitiu este sábado uma mensagem de segurança e tranquilidade aos açorianos e garantiu que, apesar do incêndio que atingiu o hospital de Ponta Delgada, os cuidados de saúde na região “estão assegurados”.

“É normal que seja necessário fazer uma reorganização [dos serviços], atendendo ao contexto em que vivemos, mas não está em causa a prestação de cuidados de saúde aos açorianos, e essa é uma mensagem de tranquilidade que eu gostaria de passar”, disse Mónica Seidi aos jornalistas após uma visita ao Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, em Angra do Heroísmo, que acolhe doentes do hospital de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, que no dia 4 de maio foi afetado por um incêndio.

Os doentes da ilha de São Miguel que precisam de fazer hemodiálise foram transferidos para os hospitais de Angra do Heroísmo (ilha Terceira), Horta (ilha do Faial) e Madeira. Segundo a governante, o executivo regional da coligação PSD/CDS-PP/PPM tem a preocupação de “devolver estes doentes à sua ilha, à sua família, ao seu domicílio, ao seu hospital” com segurança.

“Estamos a falar de um tratamento específico, que requer que haja parâmetros analíticos que são avaliados em laboratórios na região e até, [que] em alguns casos, terão de ir para o exterior”, explicou.

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Açores aguardam relatório sobre danos no Hospital de Ponta Delgada

O Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) de Ponta Delgada está a retomar gradualmente tratamentos oncológicos e consultas, mas o serviço de hemodiálise aguarda ainda por análises à água para voltar a fazer tratamentos.

Mónica Seidi relatou que após o incêndio, por uma questão de segurança, os tanques de água daquela unidade de saúde foram esvaziados e novamente cheios e os primeiros resultados das análises foram positivos.

Como referiu, agora é necessário fazer uma contra análise, para que exista “100% de confiança” e os doentes deslocados possam regressar “com segurança” ao maior hospital da ilha de São Miguel.

“Esperamos que ao longo da próxima semana possamos ter o resultado da contra análise e que se mantenha tudo dentro dos parâmetros da normalidade”, prosseguiu a titular da pasta da Saúde no arquipélago dos Açores.

Segundo Mónica Seidi, o regresso dos doentes de hemodiálise ao HDES será feito de forma gradual: “Não vão voltar os 120 [doentes] todos ao mesmo tempo. Será necessário fazer uma organização, talvez por grupos e, naturalmente, [esse regresso] terá em conta as indicações do próprio serviço de Nefrologia do HDES”.

O incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, que deflagrou no dia 4 de maio, obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para vários locais dos Açores, Madeira e continente.

Sete localidades evacuadas na Indonésia depois de novas erupções do vulcão Ibu

As autoridades indonésias informaram este domingo que sete localidades foram evacuadas depois de duas novas erupções do vulcão Ibu, situado numa ilha remota do leste do arquipélago, e da ativação do alerta máximo na quinta-feira passada.

O vulcão, situado na ilha de Halmahera, na província das Molucas do Norte, voltou a entrar em erupção no sábado à tarde, lançando nuvens de cinzas a 4.000 metros de altura, segundo um comunicado divulgado hoje pela Agência Nacional de Resposta a Catástrofes da Indonésia (BNPB).

Uma segunda erupção ocorreu pouco depois, desta vez lançando nuvens de cinzas a uma altitude de cerca de 1.000 metros. Em ambos os casos, o Observatório de Vulcões do país conseguiu registar o estrondo provocado por cada erupção, bem como explosões de luz provenientes da cratera.

O Exército e as equipas de salvamento enviaram camiões e veículos para evacuar sete aldeias próximas do vulcão e realojar os habitantes, acrescentou o comunicado, sem especificar quantas pessoas estão a ser retiradas no total.

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Na quinta-feira, as autoridades indonésias elevaram o alerta para o vulcão Ibu para o nível máximo, após uma nova erupção, a terceira numa semana. “As observações indicam um aumento da atividade vulcânica no Monte Ibu, pelo que o nível de alerta foi elevado de 3 para 4 [o mais elevado]”, declarou o Centro Indonésio de Mitigação de Eventos Vulcanológicos e Geológicos (PVMBG) em comunicado.

A agência já tinha pedido ao público que não se deslocasse num raio de quatro quilómetros e que estabelecesse uma restrição mais ampla de sete quilómetros na parte norte do vulcão, onde se encontra a cratera ativa. O Monte Ibu, que tem cerca de 1.325 metros de altura, entrou em erupção na passada segunda-feira.

Ibu situa-se no norte de Halmahera, a maior das ilhas do grupo de Maluku, no leste do arquipélago indonésio, com uma área de 17.780 quilómetros quadrados e uma população de mais de 449.000 pessoas. A Indonésia tem mais de 400 vulcões, dos quais pelo menos 129 ainda estão ativos e 65 estão classificados como perigosos.

O arquipélago indonésio está situado no chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica que é abalada por cerca de 7.000 sismos por ano, a maioria de baixa magnitude.