Foden eleito melhor futebolista do ano da Liga inglesa

O inglês Phil Foden foi eleito o melhor futebolista da edição 2023/24 da Liga inglesa, mantendo o domínio do Manchester City neste galardão, anunciado este sábado pela Premier League.

O avançado internacional inglês marcou 17 golos e fez oito assistências – o seu máximo pessoal -, em 34 jogos, contribuindo para o sucesso dos tricampeões citizens, que lideram o campeonato, com dois pontos de avanço sobre o Arsenal, antes da última jornada.

Phil Foden é o segundo jogador mais utilizado pelo treinador Pep Guardiola, tendo sucedido, no historial deste prémio, aos seus companheiros Kevin De Bruyne, cuja lesão deu protagonismo ao inglês no onze e venceu o galardão em 2019/20 e 2021/22, a Rúben Dias, vencedor em 2020/21, e Erling Haaland, em 2022/23.

O avançado norueguês era um dos oito nomeados para este prémio, juntamente com Alexander Isak (Newcastle), Martin Odegaard e Declan Rice (Arsenal), Cole Palmer (Chelsea), Virgil van Dijk (Liverpool) e Ollie Watkins (Aston Vila).

A eleição decorreu da votação de um painel de especialistas, incluindo antigos futebolistas, jornalistas e adeptos.

Foden consegue a dobradinha, depois de também ter sido eleito o jogador do ano pela associação de jornalistas desportivos ingleses (FWA).

Paisagem: arquitetura do território

Publicação só em língua inglesa, sem o conveniente bilinguismo, cada vez mais habitual em edições congéneres, e que própria editora Monade também pratica, este livro em grande formato — justificado como primeira obra de referência sobre o trabalho do arquiteto paisagista e professor João Gomes da Silva (Lisboa, 1962-) —, pode dizer-se sem hesitar, visa apoiar a internacionalização profissional e académica do seu autor, várias vezes premiado, e que tem notória e muito relevante colaboração com Álvaro Siza Vieira, João Luís Carrilho da Graça, Manuel Salgado e Paulo David, entre outros, e já lecionou em universidades inglesas e suíças. Em março passado, numa iniciativa da editora portuense Monade e da revista italiana Casabella, o livro foi levado ao Theatro Milano, a pretexto duma conferência do autor, ali apresentado por Federico Tranfa, como parte dum ciclo de lectures de algum efeito e prestígio.

O extenso ensaio fotográfico de João Carmo Simões, arquiteto e um dos dois editores da Monade, com Daniela Sá, serve de roteiro geral que antecede os desenhos técnicos da envolvente do bairro da Malagueira, em Évora (1987-91) e do Convento de Jesus, em Setúbal (1996-99), do Jardim do Palácio de Belém (1998-2002), do Parque do Museu de Serralves (1996-98), das Piscinas das Salinas, em Câmara de Lobos (2003-6), do pavilhão vulcânico e dos jardins aquáticos em São Vicente (2003-4) e da promenade da Praia Formosa, na Madeira (2004-6), do jardim da Casa do Pego, em Sintra (2004), da Herdade do Esporão, em Monsaraz (2010-15), da Quinta da Alorna, em Almeirim (2010-16), da frente ribeirinha (2009-15) e do Terminal de Cruzeiros de Lisboa (2010-15) — e da lista completa dos trabalhos do atelier partilhado com Inês Norton, em que, desde então, há sobretudo pequenas e quase médias encomendas municipais e privadas.


Título: “The Order of Landscape”
Autores: João Gomes da Silva, Cláudia Taborda
Fotografia: João Carmo Simões

Edição: Daniela Sá e João Carmo Simões
Editora: Monade
Páginas: 316

Falta-lhes certamente o impacto projetual das obras aqui representadas em fotografias e plantas, mas incluem — entre muitas outras, de expressivo significado — um jardim de homenagem a Gonçalo Ribeiro Telles em Coruche (2022), a reabilitação da Quinta de Nossa Senhora da Piedade, em Vila Franca de Xira, e a extensão do Museu de Serralves, no Porto (2021), a do ISCTE (2019) e também o pátio do novo e dinâmico Centro Brotéria, em Lisboa, 2022. A intervenção no paço henriquino no Convento de Cristo, em Tomar, projetada em 2023, aguardará ainda certamente o seu desfecho e conclusão.

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João Gomes da Silva é não apenas um arquiteto paisagista com obra relevante, é também um professor universitário (começou como assistente de Gonçalo Ribeiro Telles na Universidade de Évora) e um ágil pensador acerca do seu ofício. Sobre a contínua renovação das teorias sobre arquitetura paisagística, já em modo mais contemporâneo do que moderno, como ele próprio reclama, João Gomes da Silva, prudente, reconheceu algures que “temos vindo a ser menos solicitados para a reflexão sobre a realidade e mais para a produção em massa”. Ainda assim, o livro reúne dois ensaios tematicamente conjugados — Landscape: order, transformation, architecture (pp. 250-55, 272-73) e Site and place: nature and the tectonics of landscape (pp. 256-70, 274-75) —, embora não nos seja dado saber se são inéditos, ou em que data e contexto foram escritos, ou mesmo que outra bibliografia do autor (em língua portuguesa, ou talvez não só nela) merece ser referida nesta publicação e, desse modo, poder ganhar a nossa melhor atenção num momento posterior. Conheço entrevistas disponíveis em-linha e o quase autobiográfico A Paisagem: ideia ou experiência?, publicado no Jornal de Arquitetura em maio de 2002, mas haverá certamente alguns outros e mais perto de nós, sejam reflexões sobre obras suas ou em que colaborou (por exemplo, o Terminal dos Cruzeiros em Lisboa, as Termas Romanas de São Pedro do Sul, com livros publicados em 2017 e 2021 pela chancela NMB), etc. Contudo, as longas legendas explicativas dos mais importantes projetos da carreira do arquiteto (v. pp. 276-99) cumprem perfeitamente essa função elucidativa, deixando aos ensaios a formulação teórica, abstratizante.

Paisagem é palimpsesto e palíndrome, continuum natural e continuum cultural, enquanto expressão de comunidades locais: fenómeno espacial e forma arquitetural que criam lugares que alcançaram valor simbólico para nós e sobre os quais todos temos as perceções subjetivas, memórias individuais e coletivas que dão o tal genni loci. Mas também lemos — mesmo que, diria, sem instantânea consciência disso — um sítio ou lugar como facto temporal e formação cultural, recorrendo em diferentes graus e momentos a topografia, geologia, botânica, hidrologia, ecologia, geografia, história, antropologia e economia, identificando “um complexo sistema de signos e significados que constituem a legível presença do tempo no espaço” (e traduzo; p. 262), a memória — “condição vital da humanidade” (p. 268) — tornando-se parte da experiência arquitetural e da relação referencial com os espaços em que nos movemos. “Não vivemos fora de paisagem”, e “a paisagem é o lugar da nossa identidade”, escreve por fim João Gomes da Silva, às pp. 269-70.

Com este livro, fica-se mais convicto de que é desta qualificação — diria mesmo, da urgente qualificação — da nossa paisagem, da nossa arquitetura e do nosso território,  que deveríamos estar a falar. Mas isso seria já outra conversa…

Jorge Jesus “satisfeito” com título do Sporting aplaude Varandas: «Obreiro das suas decisões»

Treinador fala em “clube estruturado” que “não é movido por forças extrafutebol”

Jorge Jesus diz-se “satisfeito” com a conquista do título do Sporting e reconhece na liderança de Frederico Varandas um dos motores dessa conquista.

“Estou satisfeito por ele ter conquistado o segundo campeonato. O Sporting, na minha opinião, com a chegada do Frederico Varandas a presidente, mudou muito para melhor. Hoje é um clube estruturado, que tem uma linha de orientação, que não é movido por forças extrafutebol. Sei perfeitamente do que falo. E quero dar os parabéns ao presidente Varandas, porque ele foi o grande mentor e obreiro dessas suas decisões”, afirmou à CNN Portugal. No Al Hilal desde o verão, o treinador português, que já assumiu que deverá renovar com o clube nos próximos dias, não se vê a regressar ‘a casa’ em breve. “Posso não ficar no Al Hilal, mas dificilmente vou regressar a Portugal. Estou preparado para estar mais uns anos fora”, atirou, sublinhando que “mais jogadores portugueses” deverão rumar à Arábia Saudita. “Têm de vir os melhores, por aqui só entram os melhores, principalmente nas grandes equipas”, concluiu. 

Por Record

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CNCS aconselha utilizadores a desconfiar de pedidos inusitados de dados sensíveis

O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) aconselha os utilizadores a desconfiar “de pedidos inusitados de dados sensíveis” ou que levem à realização de ações críticas através de telemóvel, na sequência de cibertaques que se servem destes dispositivos.

Chamadas de números internacionais ou envio de mensagens fraudulentas com propostas de trabalho são alguns dos métodos que estão a ser usados em ciberataques.

“Os ciberataques que utilizam o telemóvel como superfície de ataque, quer através de SMS, quer de telefonemas, não são novos”, refere fonte oficial do CNCS, quando contactada pela Lusa.

No entanto, “nos últimos anos, verifica-se um elevado número de casos deste tipo, particularmente ligados às tipologias de incidentes phishing/smishing e engenharia social (que inclui vishing), os quais se realizam tendo como objetivo a recolha de informação sensível e realização de fraudes junto de potenciais vítimas, explorando as vulnerabilidades do fator humano”, adianta a mesma fonte.

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O phishing é um tipo de ataque em que se usam técnicas de engenharia social para capturar informação sensível de uma vítima, utilizando o mail. Quando a técnica é utilizada através de SMS, chama-se smishing e, por telefone (voz), de vishing, de acordo com informação no site do CNCS.

“Alguns dos casos incluídos nestas tipologias, embora não todos, correspondem aos telefonemas e às mensagens fraudulentas descritas, nomeadamente algumas situações de smishing e vishing“, prossegue fonte oficial do CNCS, em resposta à Lusa, referindo que, “de ano para ano, os incidentes de phishing/smishing e engenharia social têm sido dos mais registados pelo CERT.PT”, como é possível verificar no Relatório Riscos e Conflitos do Observatório de Cibersegurança do CNCS.

O Centro Nacional de Cibersegurança refere que o objetivo destas campanhas varia: “Em alguns casos pretende-se a cooptação da vítima para “trabalhar” como money mule, recebendo dinheiro ou criptoativos na sua conta e transferindo-os, depois, para outras contas, dificultando a identificação da conta de destino”.

Em outros casos, “visa-se a recolha de dados pessoais e bancários e/ou a realização de transferências bancárias ilegítimas”, sendo que “em quase todas as situações há uma forte possibilidade de comprometimento dos dispositivos das vítimas”, alerta o CNCS.

Por isso, o CNCS “aconselha as boas práticas contra o phishing, smishing e vishing, bem como as relacionadas com os cuidados a ter com as mensagens instantâneas”.

De um modo geral, “os utilizadores devem desconfiar de pedidos inusitados de dados sensíveis ou que levem à realização de ações críticas através de telemóvel”, aconselha o CNCS.

Além disso, “devem pensar duas vezes antes de aceitar qualquer proposta considerada muito boa, provavelmente ‘demasiado boa para ser verdade’”, conclui a mesma fonte.

As baterias da próxima geração passam por Portugal

49 entidades juntam-se fabricar baterias de estado sólido e sustentáveis. No Minho está a ser criado um eletrólito à base de celulose. Baterias. São uma palavra presente em artigos, em estudos, em conversas. Todos os dias. 49 entidades juntaram-se, formaram o New Generation Storage, e vão fabricar baterias de estado sólido e sustentáveis. É um consórcio para criar as baterias da próxima geração – que passa por Portugal, mais precisamente pela Universidade do Minho, O Centro de Química da Escola de Ciências da Universidade do Minho está a desenvolver um eletrólito à base de celulose para as baterias da próxima

Avó leva neta sem autorização do hospital de Beja, é detida e bebé devolvida

Uma avó retirou sem autorização a neta do hospital de Beja, esta sexta-feira, mas foi encontrada “cerca de meia hora depois” pela PSP e foi detida, tendo a bebé sido devolvida à unidade hospitalar, foi este sábado revelado.

Fonte do gabinete de comunicação da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), a que pertence o hospital de Beja, explicou à agência Lusa que a bebé “estava internada no serviço de Pediatria” daquela unidade, de onde foi “levada pela avó”.

“Trata-se do caso de uma bebé já sinalizado pela polícia e pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens [CPCJ]. A criança estava internada e a avó era quem tinha autorização para estar com ela”, disse a mesma fonte.

Contudo, a mulher “violou a pulseira de segurança” usada pela menor “e saiu do serviço com a neta”, relatou.

“Deixou lá a pulseira, evitando que o alarme disparasse e retirou-a do serviço. Assim que o serviço detetou o caso, as autoridades foram logo alertadas, a mulher foi intercetada e a criança foi devolvida ao hospital, de boa saúde”, disse a fonte da ULSBA.

Segundo a unidade local de saúde, a avó terá levado a neta “ao final da tarde”, mas, após a intervenção policial, “à noite a menor já estava no hospital”.

Contactada pela Lusa, fonte do Comando Distrital de Beja da PSP afiançou que, mal o hospital comunicou esta situação, a polícia “iniciou diligências e conseguiu encontrar a senhora meia hora depois”.

“Foi encontrada em Beja e devolvemos a criança ao hospital”, disse a fonte policial, indicando que a mulher foi detida a presente este sábado ao Tribunal Judicial de Moura.

Uma outra fonte policial, contactada pela Lusa, acrescentou que, após ser presente a tribunal, a mulher foi libertada com as medidas de coação de termo de identidade e residência e proibição de contacto e aproximação da criança.

De acordo com a ULSBA, nesta situação, “o hospital acionou todas as normas de segurança correspondentes e cumpriu todos os protocolos de segurança”.

Na sua página de Internet, o jornal Correio da Manhã noticiou que “uma bebé de 11 meses foi raptada pela avó dos serviços de pediatria do Hospital de Beja, esta sexta-feira, onde a criança se encontrava internada”, pode ler-se na notícia.

Também o Jornal de Notícias, na sua edição online, avançou que “o caso ocorreu cerca das 18h30 horas, no Serviço de Pediatria que funciona no 5.º piso da unidade hospitalar, depois de a avó materna, residente em Moura, ter tido autorização a visitar a bebé”.

A mulher levou a neta consigo “sem que ninguém do pessoal médico ou de enfermagem do piso se apercebesse”, após ter retirado os alarmes, pode ler-se na notícia do mesmo jornal, que acrescentou que, “poucos minutos depois, a cerca de 400 metros do hospital”, a PSP “localizou a mulher com a bebé em seu poder” e deteve-a.

Ainda segundo o mesmo jornal, “a criança terá sido retirada aos pais” na sequência de um processo conduzido pela CPCJ de Moura e encontrava-se “internada para recuperar de alguns problemas de saúde de que sofria, para depois ser institucionalizada”.

Luís de Camões homenageado com edições literárias especiais nos 500 anos do nascimento

Luís Vaz de Camões, que se estima ter nascido em 1524 e morrido em 1580, é considerado um dos maiores nomes da literatura mundial, ocupando a sua vasta obra, ainda hoje, um lugar cimeiro na história da cultura portuguesa.

O universo único que criou nos seus textos épicos e líricos tem despertado ao longo dos séculos interesse e paixão em leitores e estudiosos, como é o caso do escritor, tradutor e professor universitário Frederico Lourenço, que se assume um dos grandes leitores do poeta.

Para homenagear Luís de Camões no quinto centenário do seu nascimento, a Quetzal publica, no dia 29, um conjunto de textos selecionados e anotados por Frederico Lourenço, com o título “Camões. Uma Antologia”.

Esta antologia dá a ler “as passagens mais brilhantes” de “Os Lusíadas” e das “Rimas”, com um comentário ao mesmo tempo acessível, erudito e ousado, lê-se na sinopse.

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Autor do romance camoniano “Pode um Desejo Imenso” e de estudos académicos sobre Camões, Frederico Lourenço dedica-se aqui a explorar, com elementos novos, a velha questão da presença clássica na obra camoniana, não deixando de enfrentar o problema de como lê-la à luz das mentalidades contemporâneas.

Outra aposta do grupo Bertrand para assinalar a data, neste caso pela chancela Contraponto, é a Biografia de Luís de Camões, da autoria da escritora e investigadora Isabel Rio Novo, a ser publicada em junho, que promete dar a conhecer o homem por detrás do mito.

Fruto de um trabalho de cinco anos, que obrigou a autora a mergulhar a fundo em todas as biografias antigas e recentes, na pesquisa de fontes conhecidas e na reunião de informação que estava dispersa, bem como a fazer viagens a Goa e a Moçambique, esta biografia inclui uma enorme quantidade de notas de rodapé, que contextualizam e explicam conceitos da época que se foram perdendo ou alterando com o passar do tempo.

A editora Guerra e Paz escolheu publicar o “Camões de que Sena nos faz orgulhar”, nas palavras do editor, Manuel Fonseca, que assinala a efeméride com a publicação de vários livros de Jorge de Sena dedicados a Luís de Camões e à sua obra.

São cinco livros que terão como selo a designação “Camões-Sena, 500 anos de Camões na Visão Herética de Jorge de Sena”, e que juntam, “numa simbiose inesperada”, os dois escritores.

O primeiro, “O Pensamento de Camões”, é só de Sena, que, em quatro breves ensaios, mostra como da poesia épica e lírica de Camões se pode extrair um pensamento filosófico que faz do poeta “um gigante no seu tempo”.

O segundo livro, “Os Lusíadas e a Visão Herética”, inclui a versão integral de “Os Lusíadas”, precedida de uma breve apresentação dos dez cantos, feita por Sena, e seguida de um ensaio, que resgata a epopeia portuguesa de visões paroquiais, patrioteiras, religiosas ou pietistas.

“Babel e Sião”, a terceira deste conjunto de obras, reúne a redondilha de Camões, “Sobre os rios que vão”, ao conto de Sena, “Super Flumina Babylonis”, que ficciona justamente Camões a escrever aquele poema.

Este mesmo livro — uma edição de capa dura, com a cobertura e parte do miolo em papel preto, impresso a prata — inclui ainda o Salmo 136 de David, que inspirou a redondilha camoniana, bem como um ensaio de Sena sobre essa redondilha.

Além destes três livros, que tiveram o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, a Guerra e Paz vai publicar as cartas de Camões, em “Cartas e Poemas”, e, de Jorge de Sena, o seu “Reino da Estupidez II”, que incluiu um capítulo, intitulado “Dois Estudos de Super-Camoniciologia Envolvendo uma Sensacional Entrevista com Camões em Pessoa”.

A Porto Editora tem previsto publicar na Assírio & Alvim o “Teatro Completo” de Luís de Camões, a faceta “menos explorada, mas não menos magistral do grande poeta nacional”, que chega às livrarias no último trimestre do ano.

A edição está a cargo de Sérgio Guimarães, que nesta chancela já foi responsável por projetos como “Peregrinação”, de Fernão Mendes Pinto, e “Obra Completa”, de Francisco de Sá de Miranda.

A Editorial Presença reeditou no mês passado, numa edição revista e aumentada, “Camões e Outros Contemporâneos”, livro de ensaios de Hélder Macedo que partem da premissa “contemporâneos são todos aqueles com quem vivemos”, para refletir sobre a antiguidade, ou não, da obra de Camões e a forma como esta continua presente em autores atuais.

Pela mão de um dos maiores especialistas camonianos, este livro vencedor do prémio D. Diniz, ilustra a necessidade de entender o autor de “Os Lusíadas” como uma das mais necessárias vozes da literatura portuguesa no século XXI, destaca a editora.

Para os mais novos, a Booksmile, chancela do grupo Penguin Random House Portugal, lançou em fevereiro “Camões, As Aventuras e Desventuras de um Poeta Épico”, uma introdução à vida e obra do poeta, dirigida às crianças.

O livro tem textos informativos e curiosos sobre os principais episódios da vida e obra de Camões, da autoria do professor de Português e Estudos Clássicos Sérgio Franclim, e ilustrações de Bruno Ferreira.

A Imprensa Nacional, que tem no seu histórico edições de “Os Lusíadas” e da Lírica Completa, além de estudos como “Camões e a Divina Proporção”, de Vasco Graça Moura, anunciou no seu plano para 2024 uma nova edição de “Os Lusíadas” e ainda um volume dedicado ao escritor na coleção infantojuvenil.

Quadro “Descida da Cruz” de Domingos Sequeira exibido pela primeira vez publicamente em Portugal

O famoso quadro “Descida da Cruz”, do pintor Domingos Sequeira, está exibido publicamente, este sábado, no Mosteiro de Leça do Balio, a sede da Fundação Livraria Lello, no Porto.

A obra, exibida pela primeira vez em Portugal, esteve envolta em polémica desde 2023, quando a então Direção-Geral do Património Cultural decidiu autorizar a saída do país, contrariando pareceres de especialistas.

Pedro Sobrado, presidente da Museus e Monumentos de Portugal, lembra que este momento é o ponto final numa longa polémica.

“Não é apenas o resgate de uma obra-prima da pintura portuguesa para o país. Não é apenas isso que nós hoje celebramos, mas que à pintura de Domingos Sequeira seja restituída, a sua função, ou melhor, o seu destino”, refere. “O destino de uma obra-prima como esta é a atenção do público”.

Até às seis da tarde, o quadro vai estar em exposição no Mosteiro de Leça do Balio, em Matosinhos, como forma de assinalar o Dia Internacional dos Museus.

De lá, segue para o depósito do Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, onde será exibido publicamente e de forma inédita a partir de 1 de junho.

Rita Marques, presidente da Fundação Livraria Lello, diz que este é “um compromisso de três anos” e pretende que a obra possa estar exibida no Museu Nacional Soares dos Reis “durante, no mínimo, seis meses, sendo certo que depois circulará por outros museus nacionais, tentando que chegue a todos”.

Já para o diretor do Museu Nacional Soares dos Reis, António Ponte, esta é uma obra que acrescenta valor à instituição, uma vez que “a própria coleção do museu já tem na sua constituição um conjunto de obras do Domingo Sequeira”, à qual “esta vem reforçar”.

“Estes temas bíblicos, religiosos, eram os temas mais tratados pelos artistas do Romantismo e, portanto, esta será também a linha em que nós estamos a mostrar estas peças no Museu Nacional Soares dos Reis”, explica.

“Descida da Cruz” é uma das referências maiores da pintura portuguesa do século XIX.

O quadro integra um conjunto de telas de Domingos Sequeira que com “Ascensão”, “Juízo Final” e “Adoração dos Magos” – que foi adquiria pelo Museu Nacional de Arte Antiga com recurso a doações – são trabalhos do artista feitos nos seus últimos anos de vida, em Roma, onde acabou por morrer em 1837.

Belenenses conquista nono título de campeão nacional de râguebi

O Belenenses conquistou este sábado o seu nono título de campeão nacional de râguebi, ao vencer a Agronomia por 19-18, no Estádio do Restelo, em Lisboa, com uma penalidade convertida no último lance da final do campeonato.

João Freudenthal, aos 90+7 minutos, garantiu o título para os ‘azuis’, depois de ter acertado entre os postes em mais três ocasiões (35, 46, 61) e de ter transformado o único ensaio do encontro, ‘assinado’ por André Cunha (40+8).

Com este triunfo, o Belenenses soma nove títulos (1959, 1963, 1973, 1975, 2003, 2008, 2018, 2022 e 2024) e iguala o Benfica no terceiro lugar do historial da Divisão de Honra, atrás de CDUL (20) e Direito (12), que detinha o cetro e foi eliminado pelos ‘azuis’ nas meias-finais.

TikTok: desinformação “está muito presente no ambiente online”

A responsável pelas políticas públicas e assuntos governamentais do TikTok Portugal e Espanha afirma, em entrevista à Lusa, que a desinformação “está muito presente no ambiente online” e, por isso, a rede social tem de investir no seu combate.

“A desinformação está muito presente no ambiente online, achamos que é algo que temos de investir e é por isso que confiamos nos fact-checkers com parceiros locais”, diz Yasmina Laraudogoitia.

A responsável esteve em Portugal para participar no 33.º Congresso da APDC.

Atualmente, o TikTok conta com “3,3 milhões de utilizadores mensalmente ativos” em Portugal.

Em Portugal, a rede social trabalha com o Polígrafo, considerando esta parceria “imensamente útil”.

“Temos colaborado com eles, digamos, de forma consistente e constantemente”, prossegue, apontando que no caso das eleições portuguesas, decorridas em 10 de março, trabalharam este evento específico com o Polígrafo.

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“Temos um fluxo de trabalho específico com o Polígrafo e agora com as eleições europeias também”, acrescenta Yasmina Laraudogoitia.

“É muito importante recolhermos informações de especialistas”, sublinha a responsável.

Yasmina Laraudogoitia explica também como o TikTok usa o sistema de moderação.

“Treinamos o nosso sistema de moderadores, as nossas equipas de moderação são treinadas especificamente em desinformação graças a esta parceria e desta forma podemos saber que tipo de informação é mais popular e, assim por diante”, e depois é utilizada também a inteligência artificial (IA).

Nos conteúdos gerados por IA pode haver informação enganosa e prejudicial e daí advir desinformação.

“Na verdade somos a primeira plataforma que inclui uma ferramenta para que os criadores de conteúdo possam rotular” se houve manipulação.

Ou seja, “se eles fizerem um vídeo que é manipulado com IA, que é gerado com IA, eles podem ser capacitados e informar a comunidade. E isso está a ser feito com inteligência artificial, explica.

E agora “estamos a colaborar com a Coalition for Provenance and Authenticity (Aliança para a Proveniência e Autenticidade)“, acrescenta.

O que é que isso quer dizer? “O nosso sistema de moderação será mais eficiente na deteção de conteúdo gerado por IA e, desta forma, poderemos moderar melhor e poderemos ser mais eficientes em termos de também combater a desinformação”, explica.

O TikTok usa a IA para o sistema de recomendação para fornecer a melhor experiência, o melhor conteúdo para cada utilizador e para a moderação também.

“Implementámos os protocolos de conteúdos e com isso somos mais capazes de identificar conteúdos gerados”, diz.

Com os conteúdos gerados por IA, a TikTok pretende fornecer mais transparência aos utilizadores e também ser mais eficiente em termos de moderação de conteúdo, como também capacitar a comunidade.

TikTok suspende voluntariamente serviço de recompensas Lite na UE após ameaça de Bruxelas

Em suma, “transparência e empoderamento”, remata.

Em termos de fornecimento de contexto, “temos 40.000 profissionais em todo o mundo” no combate à desinformação, diz, e 173 moderadores para conteúdo específico.

Mas este número vai se alterando conforme o conteúdo evolui.