Filipinas dizem que vão evitar resposta a navios chineses no mar do Sul da China

O Presidente das Filipinas afirmou esta segunda-feira que a guarda costeira do país vai evitar responder às manobras de navios chineses, num contexto de tensões crescentes no disputado mar do Sul da China.

“Não temos qualquer intenção de atacar ninguém. A última coisa que queremos é aumentar a tensão“, declarou Ferdinand Marcos Jr., citado pela imprensa local.

O chefe de Estado filipino garantiu que os navios não vão instalar canhões de água, nem realizar manobras perigosas semelhantes às efetuadas por navios chineses contra embarcações filipinas.

As declarações surgiram depois de duas embarcações da guarda costeira chinesa terem disparado canhões de água e efetuado “manobras perigosas” contra navios filipinos, provocando danos materiais, nas águas disputadas ao largo do atol de Scarborough, na passada terça-feira.

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Não seguiremos o caminho traçado pela guarda costeira chinesa. A missão da marinha e da guarda costeira filipinas é precisamente a oposta: desanuviar as tensões.

As reivindicações territoriais das Filipinas e da China no mar do Sul da China sobrepõem-se no atol de Scarborough e, parcialmente, nas ilhas Spratly, palco de confrontos nos últimos meses entre navios das duas nações.

Desde que chegou ao poder, em junho de 2022, Marcos Jr. reforçou os laços de Defesa com os Estados Unidos e criticou Pequim pelas reivindicações de soberania no mar do Sul da China.

Em julho de 2016, o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia decidiu a favor das Filipinas numa sentença contra a China sobre a soberania no atol de Scarborough, situado a menos de 321 quilómetros da ilha filipina de Luzon, caindo, acordo com o direito internacional, na área económica exclusiva de Manila.

Pequim não acatou com a decisão, alegando razões históricas para a reivindicação de soberania sobre a quase totalidade do mar do Sul da China, uma reivindicação que entra em conflito com as de outros países, incluindo Vietname, Malásia e Brunei.

Por estas águas estratégicas, onde os Estados Unidos defendem o direito à livre navegação, passa 30% do comércio marítimo mundial. A região alberga ainda 12% das zonas de pesca do mundo, bem como jazidas de petróleo e gás.

Vem aí cheque chorudo para accionistas de bancos – com um extra que agrada a Miranda Sarmento

Entre os quatro bancos que vão entregar metade dos resultados aos seus accionistas, o BPI destaca-se: quase tudo será para o Caixabank. Lucros recorde, dividendos recorde – e os accionistas dos bancos que operam em Portugal agradecem. Caixa Geral de Depósitos, BCP, BPI e Banco Montepio vão entregar metade dos resultados aos seus accionistas. Ao todo, 1.3 mil milhões de euros em dividendos. É o dobro do que aconteceu há um ano. Como descreve o portal ECO, é um “cheque chorudo” para os accionistas dos bancos. Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças, agradece o valor extra que vem da Caixa

Turquia: Galatasaray mais perto do título

O Galatasaray recebeu e goleou (6-1) o Sivasspor e ganhou uma margem de sete pontos para o Fenerbahçe, que só joga hoje na casa do Konyaspor em jogo da 35.ª jornada do campeonato turco. O campeão em título, que soma 96 pontos, ainda recebe o 2.º classificado daqui a duas semanas. Icardi, Mertens e Ziyech marcaram cada qual dois golos.

Por Record

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Boa notícia para quem tem medo de agulhas: dispositivo recolhe sangue… sem agulha

Novo dispositivo médico é inspirado em sanguessugas. As amostras de sangue são recolhidas muito rapidamente – e é mais seguro. Na Suíça, cientistas do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (Ethz) inspiraram-se nas sanguessugas para criar um novo dispositivo médico, capaz de recolher amostras de sangue de forma rápida. Sem agulha. Esta inovação é bastante aguardada pelas pessoas que sofrem de aicmofobia, ou seja, a fobia e o medo extremo de agulhas. Mede 2 centímetros — sensivelmente o tamanho de uma moeda —, o dispositivo do tipo sanguessuga é composto por uma ventosa de silicone e microagulhas internas de aço

A Europa vai a votos. Fala-se muito de imigração, mas será que o assunto preocupa assim tanto os europeus?

As eleições europeias são mais ou menos daqui a um mês. Os europeus vão eleger 720 deputados que vão legislar sobre assuntos que têm impacto na vida de todos os cidadãos, e passam tanto pelos planos plurianuais sobre a preservação do ambiente como pelo orçamento para renovar o pavilhão desportivo de uma pequena cidade.

Os europeus sabem o que os preocupa mais. Há várias sondagens sobre isso, a maioria publicada já este ano. Querem serviços públicos de qualidade, preocupam-se com a pobreza, a falta de emprego e a instabilidade económica, com a segurança e defesa do espaço europeu e com a proteção contra futuras pandemias. Não se preocupam tanto com a questão que mais aparece nos nossos noticiários, debates, nos discursos dos nossos políticos: a imigração. Apenas em Chipre, Malta e Grécia essa preocupação atinge os primeiros cinco lugares nos temas que mais preocupam os cidadãos.

Então por que razão é este assunto tão prevalente nos meios de comunicação social? De onde vem o medo? De que são feitos os mitos à volta da imigração e da aceitação de refugiados? A direita radical pode conseguir uma boa votação nestas europeias – e o avolumar do problema da imigração é uma das suas armas principais.

Neste episódio de O Mundo a Seus Pés, falámos com Susana Frexes, correspondente da SIC e do Expresso em Bruxelas que acompanha a política europeia e tem escrito sobre o novo pacto para as migrações e as discussões que ele tem gerado, e Hélder Gomes, jornalista da secção de Internacional do Expresso, que acompanha também temas europeus e recentemente conduziu uma entrevista com o académico Hein de Haas que desmonta alguns dos mitos acerca do tema de que hoje trata o nosso podcast.

Este episódio contou com a sonoplastia de Gustavo Carvalho.

«2h30 da manhã não é um problema»: a festa do Sporting no Marquês vista por um adepto estrangeiro

A carregar o vídeo …

A festa do Sporting no Marquês de Pombal não foi só vivida por quem lá estava e, nas redes sociais, foram alguns os utilizadores que partilharam vídeos das celebrações leoninas vistas… de prédios ao longe: “Quando a equipa de Lisboa leva o campeonato para casa, 2h30 da manhã não é um problema”, pode ler-se numa publicação de um adepto estrangeiro no X. (Vídeo: X)

Joana Marques fala-nos das reclamações de Tiagovski

O youtuber Tiagovski gosta de ser bem servido e quando isso não acontece, usa o seu privilégio de influencer para “cascar” nas stories, porque ele não é uma pessoa normal:

“Muitas vezes nos estabelecimentos os funcionários pensam que estão a servir pessoas normais, mas calha ser um anormal. Daqueles que reclamam através de stories. As pessoas têm que dar sempre o seu melhor, independentemente de estarem a atender um comum mortal ou o grande Tiagovski. Mas não é por uma questão de brio e profissionalismo, é só por medo de serem expostas no Instagram.

Esta técnica de reclamação tem lhe servido para conseguir ser bem servido, obter favores e despedir funcionários. É melhor ter cuidado com o Tiagovski:

“Por outro lado, isto de dizer que reclamar e chorar já lhe resolveu muita coisinha… lembra-me o meu filho mais novo. É verdade, ele poderia dizer exactamente o mesmo porque todos os dias usa o mesmo método. Infelizmente não chora em stories. Era preferível. Eu podia simplesmente bloquear.

O Coração Ainda Bate. No campo

O meu pai, aos quase 88 anos, diz muitas vezes: “estou em baixo de forma”. Gosto desta expressão, porque eu, aos 52, estou muitas vezes próxima desse lugar. Não pode ser o mesmo. O meu pai perdeu a mulher, a sua referência de toda a vida (mesmo que toda a vida tenha sido injusto com ela) mas, agora, falta-lhe um braço, um movimento que o ajude a situar-se, uma dança que o leve ao centro de tudo. Eu estou só angustiada com o excesso. Era importante que todos disséssemos: “estamos nauseados com o excesso: vamos parar”.

Há muitos dias que sinto essa náusea, esse aborrecimento, essa dor adormecida. Nem sei de onde vem – temo que venha de tudo o que li, assimilei, intuí, temi, daquilo que perspectivei ser o futuro. Antes tínhamos a utopia, agora fomos derrubados pela distopia.

Estou em baixo de forma, disfarçando todos os dias com uma pequena distracção, mas isso revela-se insuficiente.

O meu pai, porque se permite até saltar nos anos, não sabendo ao certo quantos tem, pode passar uma tarde a alimentar-se de memórias. Eu, consciente dos dias todos, vivo do presente. E o presente revela-se perigoso. Eu a pensar que o perigo estava no futuro…

O que fazemos quando a esperança nos falta ao pequeno-almoço? Ao acordar? Depois de uma notícia que parece quase boa? Quando regressamos a casa, o único lugar aonde desejamos chegar? Que falta de esperança é esta que se come em papas de aveia no início de cada dia? Como contrariamos isto?

Há muito tempo que venho a defender que temos de redesenhar uma sociedade que volta às origens e se estabelece de novo no campo. Poderemos formar de base um pensamento quase livre (estamos condenados, depois de tanta informação) e teremos de nos libertar de boa parte do que temos para seguir em frente.

Voltemos à frase chave desta crónica, escrita no Dia da Mãe: “estou em baixo de forma”. Faltam-me alegrias pequenas, coisas de nada, que a comunicação social está longe de querer fazer germinar. Tudo o que é de pequena dimensão está, hoje em dia, condenado: os escritores de pequena dimensão, os semi notáveis, os atores quase famosos, os pensadores respeitados mas pouco conhecidos. Estamos na época do exagero, que não aceita sequer um desabafo honesto como estar em baixo de forma. Isso não vende, não é apelativo. Nenhum boião de creme quer eliminar rugas vindas desse sofrimento, mesmo que todos precisemos desse antídoto.

Se me perguntassem onde queria estar agora, facilmente responderia: no campo. Longe das angústias colectivas. É egoísta? Talvez. Mas ninguém se incomoda com as nossas. As minhas. As daqueles que nem sequer ao boião de creme chegam.

Há uns anos, quando impactei com o episódio de Black Mirror em que tudo se resumia a um punhado (grande) de likes para ter acesso a uma viagem, um patamar seguinte, uma supremacia que se contava em polegares, não me ri. Percebi que o futuro já estava demasiado próximo. Eu sou do tempo em que Blade Runner nos parecia um cenário distante e futurista, quando hoje é uma ficção ultrapassada pela nossa própria realidade. Talvez os Replicants ainda não sirvam de medida para nos distinguir do que fomos e do que corremos o risco de ser, mas mais cedo ou mais tarde isso será inevitável. E se as memórias puderem ser também reconstruídas, então o que nos sobra? Como nos distanciaremos do logro, quando o real é tão difícil de somar?

Estou em baixo de forma. Esta sociedade não estará muito melhor do que eu. Apenas tenta dissimular o mal-estar diário. Sinto que estamos no momento em que ainda o podemos dizer. Depois disso estaremos na dimensão de Black Mirror. Alguns, talvez, já no campo.

O coração ainda bate.

Montenegro diz que sem o PSD Portugal “seria imperfeito e incompleto”

O PSD faz 50 anos e está de regresso ao governo. Com uma vitória curta nas eleições legislativas de março, as primeiras semanas não têm sido fáceis e no parlamento a oposição não dá tréguas ao governo minoritário.

Luis Montenegro não sabe o que o futuro ditará, mas tem a certeza que o PSD faz parte da história do último meio século do país e que assim continuará a ser.

“Tal como os que estavam a iniciar o Partido há cinquenta anos, hoje também não podemos saber o que contar do futuro. Mas como eles, sabemos que o futuro conta connosco. Abraçamo-lo com confiança e esperança” escreve Luis Montenegro num artigo que é publicado no site do PSD, a que a Renascença teve acesso.

Esta segunda-feira, assinalam-se os 50 anos do PSD e Luis Montenegro tem a certeza que se o partido não existisse Portugal “seria imperfeito”.

“Sem o Partido Social Democrata Portugal não seria apenas diferente. Seria seguramente mais imperfeito e incompleto” escreve o líder do PSD.

Luis Montenegro diz que o partido está preparado para ser mais forte e coeso no futuro, tendo em conta também as alterações que foram feitas nos estatutos aprovados no último congresso. Montenegro aponta algumas alterações que passam por uma maior transparência, pela ética, a abertura do partido à sociedade e a integração de mulheres nos órgãos do partido.

“Com cada vez mais transparência e compromisso ético. Com mais participação, mais abertura à sociedade, mais independentes. (…) Com mais paridade de género, até esbatermos completamente as diferenças de representatividade entre homens e mulheres nos órgãos e estruturas do Partido. E com mais jovens” escreve o líder do PSD.

Neste texto Luis Montenegro preferiu apenas citar o nome dos três fundadores, Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota. Ao longo do artigo não há mais nenhuma referência aos militantes que chegaram aos lugares mais importantes do Estado, quer no governo ou na presidência da república.

Montenegro prefere homenagear nestes 50 anos do PSD todos os que ao longo deste tempo, militantes ou apenas simpatizantes, trabalharam sempre pelo partido.

“Os que foram a votos e ganharam e os que foram a votos e perderam. Os que nunca desistiram nem do ideal social-democrata, nem do país.

Todos aqueles que, investidos pelo voto democrático, cumpriram com honra, zelo e responsabilidade as funções públicas que o povo lhes confiou. Numa Assembleia de Freguesia ou na Presidência da República. Entregando sempre a sua freguesia, o seu município ou o seu país em melhor estado do que aquele em que o receberam” escreve Luis Montenegro.

O primeiro-ministro refere que o PSD desenhou o rumo do país porque, no seu entender, foi o partido que permitiu o progresso económico e social “que só uma visão social-democrata transporta”.

“Direcionou-o decisivamente para o Estado social, para a economia social de mercado e para um modelo de sociedade livre, justa e equitativa” refere o primeiro-ministro.

Comemorações dos 50 anos do PSD vão durar até maio de 2025

A seis de maio de 1974, apenas 11 dias depois da revolução, era criado e anunciado em conferência de imprensa um novo partido, PPD, Partido Popular Democrático. O nome foi escolhido no gabinete de Pinto Balsemão no jornal Expresso, o PPD foi fundado por Francisco Sá Carneiro, o primeiro secretário-geral, Joaquim Magalhães Mota e Francisco Pinto Balsemão.

Ao longo de um ano o PSD vai assinalar o cinquentenário do partido. O início das comemorações arranca esta segunda-feira com um jantar na estua fria. Estão previstos outros eventos como uma exposição itinerante, um ciclo de conferências, a inauguração da sede e Mediateca e a sessão final do Sentir Portugal e apresentação de um livro. Vai ainda ser feito um documentário e um podcast com 50 personalidades.

Para os militantes, o PSD tem um pin de ouro para quem completa 50 anos de militância, e de prata para os 25 anos. Vai ser lançado um postal e um selo do CTT comemorativo dos 50 anos e uma linha de merchandising retro alusiva aos 50 anos.

O partido quera inda criar na APP uma área para o simpatizante do PSD.

Bugalho quer ver o debate entre PS e Chega (se acontecer)

Líder da AD nas europeias falou sobre o calendário dos debates, mas destacou que a sua campanha eleitoral não é na televisão. O cabeça de lista da AD às europeias, Sebastião Bugalho, afirmou, este domingo, que o modelo de debates para este tipo de eleições é inédito e será necessário conciliar o interesse das televisões com o calendário de pré-campanha. “O modelo de debates avançado pelas televisões nunca tinha acontecido numa eleição europeia. É natural que as candidaturas ainda tenham que se habituar ao facto de este modelo ter sido proposto”, referiu o candidato da Aliança Democrática (AD). Falando à