Empresa Avincis que operou helicópteros do INEM suspende transporte aéreo

A Avincis, empresa responsável pela operação dos helicópteros ao serviço do INEM até junho deste ano, pediu a suspensão do certificado de transporte aéreo, incluindo o de emergência médica, a qual foi esta quinta-feira publicada em Diário da República.

O despacho, assinado pela presidente do Conselho de Administração da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), Ana Vieira da Mata, determina a suspensão da licença de transporte aéreo de passageiros, carga e correio, com efeitos a partir de 15 de julho deste ano, data em que a Avincis apresentou o pedido junto do regulador nacional do setor.

Com a decisão de avançar para a suspensão do certificado de transporte aéreo, a empresa que operou os helicópteros do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) até 30 de junho deste ano, não poderá apresentar-se a concursos públicos nem a receber ajustes diretos, que impliquem ter este tipo de certificado.

Contactado pela agência Lusa, a Avincis sublinha que a “suspensão deste certificado de operador aéreo não terá qualquer impacto nas atividades que tem em curso de combate a incêndios”, acrescentando “que estão totalmente cobertas pelas certificações e autorizações necessárias para operar em Portugal”.

“Continuamos totalmente comprometidos em prestar um serviço eficaz e seguro com os nossos dois aviões Canadair e dois helicópteros Bell 412 e AS350B2, que estão a apoiar as autoridades portuguesas no combate aos incêndios em todo o país”, refere a empresa, na resposta escrita.

O contrato da Avincis com o INEM, ao abrigo do qual estavam disponíveis quatro helicópteros nas bases de Macedo de Cavaleiros, Viseu, Évora e Loulé, terminou em 30 de junho deste ano.

O novo concurso internacional para a operação de helicópteros de emergência foi ganho pela empresa Gulf Med, que previa o seu início a 01 de julho, o que não se verificou, obrigando o INEM a avançar com um ajuste direto e a contar com o apoio das aeronaves da Força Aérea.

Este ajuste direto destinou-se à “locação de três aeronaves”, prevendo duas a operarem a partir de 01 de julho e a terceira a partir de 15 de julho, até ao dia a indicar pelo INEM com uma semana de antecedência.

O contrato refere ainda que os períodos de operação destes três helicópteros vão terminando “à medida que seja possível substituí-los pelas aeronaves” previstas no contrato que resultou do concurso público internacional.

Este contrato foi adjudicado à Gulf Med por cerca de 77,5 milhões de euros para uma operação de quatro helicópteros 24 horas por dia até 2030.

Papagaio “delator” ajuda polícia inglesa a desmantelar grupo de traficantes de droga

Um grupo de traficantes de droga, cuja atividade criminosa já ascendia a um milhão de libras e contava com 15 elementos, foi desmantelado pela polícia de Lancashire. Para conseguir esse objetivo, as autoridades inglesas não precisaram de agentes infiltrados ou da delação de um dos elementos do gangue, bastou… um papagaio.

Segundo o jornal The Telegraph, o papagaio de um dos traficantes de drogas aprendeu a repetir a expressão “two for 25£”, ou seja, “dois por 25 libras”, uma frase que fazia parte da linguagem comum do gangue criminoso para anunciar duas porções de cocaína por 25 libras.

Mango, assim se chama o papagaio “delator”, vivia na casa de Shannon Hilton, a namorada do cabecilha do grupo, Adam Garnett, que se encontrava preso, mas ainda assim conseguia gerir a atividade do gangue a partir da cadeia.

E Mango era “estrela” em várias provas obtidas pela polícia, ao figurar num vídeo recuperado do telemóvel da namorada do líder da rede criminosa a repetir aquela expressão, mas também em videochamadas que foram efetuadas entre Shannon e Adam, nas quais Mango surgia a brincar na frente de uma criança com dinheiro arrecadado por via do tráfico de drogas.

Os vídeos com Mango, de acordo com o jornal britânico e a polícia de Lancashire, foram preponderantes para derrubar o grupo organizado e prender os seus membros.

Aliás, a polícia de Blackpool (no condado de Lancashire) partilhou inclusivamente na sua página no Facebook um vídeo do papagaio amarelo a pegar nas notas, acrescentando-lhe a legenda: “Qual é a coisa mais talentosa que o seu animal de estimação sabe fazer? Sentar? Dar a pata? Que tal falar?”

O Japão começou uma batalha para salvar crianças do turismo sexual

A embaixada do Japão no Laos e o seu Ministério dos Negócios Estrangeiros emitiram um aviso invulgarmente direto, alertando os homens japoneses contra a “compra de sexo a crianças”. Foi uma mudança de rumo no reconhecimento público do envolvimento de homens japoneses no turismo sexual infantil. A mudança de rumo foi desencadeada por Ayako Iwatake, proprietária de um restaurante em Vientiane, que alegadamente viu publicações nas redes sociais de homens japoneses a gabarem-se da prostituição infantil. Em resposta, lançou uma petição apelando à ação do governo. O boletim em língua japonesa esclarece que este tipo de conduta é passível de

Câmara de Loures volta a demolir no Talude Militar

A Câmara de Loures voltou esta quinta-feira a demolir no bairro do Talude Militar, deitando abaixo uma construção precária reerguida por mãe e filha desalojadas nas operações de julho, informou o movimento Vida Justa.

A nova construção foi erguida por uma das famílias desalojadas nas demolições de 14 de julho, no mesmo local onde estava a anterior, disse à Lusa Kedy Santos, deputado municipal eleito pela CDU e elemento do Vida Justa, que tem prestado apoio aos moradores do Talude Militar.

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“Estamos a tentar negociar com a câmara, mas já estão a retirar as chapas. É uma das famílias já sinalizadas”, contou, ao telefone, a partir do terreno.

A providência cautelar em vigor que suspendeu as operações desencadeadas a 14 de julho, aprovada por um tribunal administrativo de Lisboa, só abrange anteriores construções, por isso o Vida Justa apoiou as duas moradoras em causa na apresentação de uma nova providência cautelar.

Segundo Kedy Santos, “o despacho do juiz foi favorável aos moradores” e a autarquia de Loures, liderada pelo socialista Ricardo Leão, “está informada disso”. Porém, “diz que não foi notificada”, segundo o deputado.

A Lusa já pediu esclarecimentos à Câmara Municipal de Loures (liderada pelo PS), no distrito de Lisboa, mas ainda não obteve resposta.

Câmara de Loures apresentou queixa contra "comercialização de barracas" no Talude

No Talude Militar continuam a dormir em tendas cerca de 40 famílias, de acordo com as organizações no terreno.

Entre elas estão a mãe, hipertensa, e a filha, de 12 anos, que reergueram a habitação demolida hoje. “O marido está fora, em Espanha, porque perdeu o trabalho que tinha aqui com a demolição [de julho]”, explicou Kedy Santos.

O deputado municipal confirmou que a autarquia tem arranjado “soluções para quem tem crianças”, mas ressalvou que estas apenas são úteis durante a noite, porque durante o dia as famílias não têm onde deixar os filhos.

“Vêm todos os dias das pensões para o bairro, onde podem cozinhar e deixar as crianças. A resposta social da câmara não está a surtir efeito”, aponta Kedy Santos.

A autarquia de Loures desencadeou no dia 14 de julho uma operação de demolição de 64 casas precárias e construídas pelos moradores no Talude Militar, onde viviam 161 pessoas, tendo sido demolidas 51 no primeiro dia e outras quatro no segundo.

A operação foi entretanto suspensa após o despacho de um tribunal de Lisboa, na sequência de uma providência cautelar interposta por 14 moradores.

Das 55 famílias que ocupavam as construções precárias demolidas, 14 estão a receber apoio da Câmara Municipal de Loures e outras 14 encontraram alternativa habitacional junto de familiares ou amigos.

Três recusaram o apoio e sete não manifestaram interesse nas soluções apresentadas.

De acordo com os mais recentes dados disponibilizados, três famílias, com cinco menores a cargo, continuam com apoio de pernoita e 10 famílias, com 21 menores a cargo, encontram-se a receber apoio alimentar.

Segundo a autarquia, cinco famílias conseguiram aceder ao mercado de arrendamento, tendo beneficiado do apoio municipal para o pagamento da caução e do primeiro mês de renda.

Especulação imobiliária em vila na Ajuda Novo dono diz cumprir “todos os direitos”

O espaço não é muito desafogado. Mas dentro da casa de José Manuel Pereira sente-se a comodidade só conferida por décadas de apego doméstico. “Esta casa de banho tive de a comprar quando para aqui vim. Isto não existia, foi feita de raiz”, diz o homem de 73 anos, que se mudou em 1986 para aquela fracção dentro da Vila Boa Alma, na Ajuda. O velho núcleo habitacional operário, cujas origens remontarão ao final do século XVIII, já teve mais gente e denota sinais evidentes de degradação exterior. Mas os inquilinos tudo têm feito para contrariar a mudança anunciada.

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Num ano, ULS Santa Maria não aplicou qualquer processo a utentes por comentários ofensivos nas redes sociais. Despacho continua em vigor

No último ano, a Unidade Local de Saúde (ULS) de Santa Maria não instaurou qualquer processo judicial a utentes por críticas à instituição ou aos profissionais de saúde nas redes sociais, apesar de o polémico despacho que prevê a medida ainda estar em vigor. 

Em agosto de 2024, o Observador avançou a notícia de que o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, iria passar a processar utentes ou cidadãos que criticassem nas redes sociais, de forma ofensiva, a instituição e/ou os seus profissionais de saúde.

Em causa, de acordo com um despacho interno, estariam comentários que atingissem “a honorabilidade, a reputação e o bom nome” dos profissionais e da instituição. Nesses casos, o gabinete jurídico poderia atuar, reportando as situações aos tribunais e ao Ministério Público, para depois avançar com os processos.

Santa Maria ameaça com processos utentes que façam críticas ofensivas ao hospital nas redes sociais

Um ano depois, a ULS Santa Maria confirma ao Observador que, “até à data, não chegou, nos termos do despacho, nenhuma proposta enviada pelo Gabinete Jurídico ao Conselho de Administração”. Ou seja, nenhum utente foi processado, facto com o qual a instituição “se congratula”.

Na mesma resposta, o Santa Maria reitera que “não existe qualquer triagem por nenhum profissional ou serviço ou censura de comentários nas redes sociais da ULS Santa Maria” e garante que é sempre respeitada a liberdade de expressão. A ULS adianta que o despacho continua em vigor, mas “espera convictamente nunca ter de avançar com qualquer processo nesta área”.

Em agosto de 2024, a medida levou a críticas dos partidos, com destaque para a Iniciativa Liberal, que chamou o presidente da Unidade Local de Saúde de Santa Maria de urgência ao Parlamento.

Iniciativa Liberal quer ouvir o presidente do Hospital de Santa Maria com caráter de urgência devido a ameaça de processos a utentes

Na audição, já em outubro de 2024, Carlos Martins reforçou a ideia de que a medida não configurava um ato de censura, mas sublinhou que “casos graves obrigarão a instituição a reagir”. O responsável garantiu também que não estava arrependido de ter emitido o despacho — ao contrário do que foi dito pelo ex-ministro e ex-presidente do Santa Maria Adalberto Campos Fernandes, na Rádio Observador.

Presidente do Santa Maria garante que não foram instaurados processos a utentes mas avisa que casos graves “obrigarão instituição a reagir”

Supertaça feminina vai decorrer no Estoril

A Supertaça feminina de futebol, entre Benfica e Torreense, está marcada para 7 de setembro, às 17h15.

O jogo vai decorrer no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril.

O Benfica é campeão nacional e o Torreense conquistou a Taça de Portugal, precisamente contra as encarnadas.

Apanhados pelo ecrã gigante: empresário trai mulher com funcionária em concerto dos Coldplay

É o assunto do momento nas redes sociais. Andy Byron, o CEO da empresa de software Astronomer, foi apanhado a trair a mulher com a diretora de recursos humanos da empresa num concerto dos Coldplay, em Boston. Os dois, casados e com filhos, apareceram abraçados no ecrã gigante e quando perceberam o que estava a acontecer, separaram-se com um ar muito comprometido. Chris Martin, o vocalista da banda, reparou na estranha atitude e atirou: “Ou estão a ter um caso ou são muito tímidos!” Andy Byron, entretanto, pediu desculpas à mulher num comunicado, frisando que um “momento privado tornou-se público”, sem o seu consentimento. Fala-se em divórcio. (Vídeo Twitter)

Marcelo tem dúvidas e questionou Governo sobre decreto de privatização da TAP

O Presidente da República colocou questões ao Governo sobre o decreto-lei de privatização da TAP. A informação foi avançada pela RTP que acrescenta que Marcelo Rebelo de Sousa tem dúvidas sobre a interpretação de algumas cláusulas do diploma que prevê a venda de 49,9% da companhia.

Entre as dúvidas manifestada pelo Presidente, e que foram entretanto confirmadas pelo Observador, estão eventuais operações sobre o património imobiliário da TAP — as instalações ocupadas no atual aeroporto de Lisboa que o Governo quer excluir da privatização, alterações na estrutura de capital no contexto do concurso e ainda questões relativas à insolvência da ex-TAP SGPS (rebatizada Siavilo) que foi declarada no início desta semana pelo tribunal no decorrer do pedido da própria TAP.

Do lado desta “TAP” má, esvaziada de ativos, ficou a dívida de 178 milhões de euros reclamada pela companhia brasileira Azul e que o próprio Governo reconhece ser uma das contingências que podem afetar o valor das ofertas pela transportadora.

Tribunal declara insolvência da antiga TAP SGPS

Sobre a privatização da TAP, Marcelo Rebelo de Sousa já tinha manifestado a intenção de promulgar o decreto-lei aprovado pelo atual Governo, desde que ultrapassasse as questões que o levaram a vetar o diploma aprovado pelo Executivo de António Costa em 2023.

Segundo o Presidente, o diploma assegura a “prevalência de Portugal e do Estado português, porque é minoritária a parte estrangeira”, ao contrário da privatização de 2023 que previa a venda de até 100% do capital da TAP. Marcelo valorizou ainda o facto de ter sido “previamente informado por Luís Montenegro de todo o plano delineado para a companhia aérea”.

Marcelo Rebelo de Sousa descarta veto presidencial à privatização da TAP se for na linha do anunciado. “Não há razão para não deixar passar”

Apesar de o decreto-lei de privatização ter sido aprovado há quase um mês, só no início desta semana o diploma chegou à Presidência da República remetido pela Presidência do Conselho de Ministros, o que suscitou agora as perguntas enviadas ao Governo.

Questionado pelos jornalistas na semana passada, o ministro das Infraestruturas afirmou não ter informação de que o Presidente tivesse dúvidas sobre o diploma. Em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação da estratégia para os portos realizada na quarta-feira da semana passada, Miguel Pinto Luz admitiu que o caderno de encargos pudesse ser publicado brevemente, eventualmente durante esta semana. A publicação desta fase da operação depende da promulgação do decreto pelo Presidente.

O Observador questionou os ministérios das Finanças e das Infraestruturas para confirmar estas dúvidas do Presidente, bem como a Presidência da República, não tendo sido possível obter mais esclarecimentos.

“O calor é um assassino silencioso”. Afinal, porque é que as ondas de calor estão a piorar?

Alterações climáticas

07 ago, 2025 – 17:31 • Beatriz Pereira

As ondas de calor, que bateram recordes em todo o mundo este ano, com alertas emitidos em várias regiões, provocam todos os anos milhares de mortes, que podiam ser “evitadas”, explicam os especialistas. As alterações climáticas são o principal fator responsável por uma série de eventos climáticos extremos que se tem sentido em todo o mundo. Só o último mês de julho quebrou uma sequência de recordes, tornando-se o terceiro mais quente de que há registo