Especulação imobiliária em vila na Ajuda Novo dono diz cumprir “todos os direitos”

O espaço não é muito desafogado. Mas dentro da casa de José Manuel Pereira sente-se a comodidade só conferida por décadas de apego doméstico. “Esta casa de banho tive de a comprar quando para aqui vim. Isto não existia, foi feita de raiz”, diz o homem de 73 anos, que se mudou em 1986 para aquela fracção dentro da Vila Boa Alma, na Ajuda. O velho núcleo habitacional operário, cujas origens remontarão ao final do século XVIII, já teve mais gente e denota sinais evidentes de degradação exterior. Mas os inquilinos tudo têm feito para contrariar a mudança anunciada.

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Num ano, ULS Santa Maria não aplicou qualquer processo a utentes por comentários ofensivos nas redes sociais. Despacho continua em vigor

No último ano, a Unidade Local de Saúde (ULS) de Santa Maria não instaurou qualquer processo judicial a utentes por críticas à instituição ou aos profissionais de saúde nas redes sociais, apesar de o polémico despacho que prevê a medida ainda estar em vigor. 

Em agosto de 2024, o Observador avançou a notícia de que o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, iria passar a processar utentes ou cidadãos que criticassem nas redes sociais, de forma ofensiva, a instituição e/ou os seus profissionais de saúde.

Em causa, de acordo com um despacho interno, estariam comentários que atingissem “a honorabilidade, a reputação e o bom nome” dos profissionais e da instituição. Nesses casos, o gabinete jurídico poderia atuar, reportando as situações aos tribunais e ao Ministério Público, para depois avançar com os processos.

Santa Maria ameaça com processos utentes que façam críticas ofensivas ao hospital nas redes sociais

Um ano depois, a ULS Santa Maria confirma ao Observador que, “até à data, não chegou, nos termos do despacho, nenhuma proposta enviada pelo Gabinete Jurídico ao Conselho de Administração”. Ou seja, nenhum utente foi processado, facto com o qual a instituição “se congratula”.

Na mesma resposta, o Santa Maria reitera que “não existe qualquer triagem por nenhum profissional ou serviço ou censura de comentários nas redes sociais da ULS Santa Maria” e garante que é sempre respeitada a liberdade de expressão. A ULS adianta que o despacho continua em vigor, mas “espera convictamente nunca ter de avançar com qualquer processo nesta área”.

Em agosto de 2024, a medida levou a críticas dos partidos, com destaque para a Iniciativa Liberal, que chamou o presidente da Unidade Local de Saúde de Santa Maria de urgência ao Parlamento.

Iniciativa Liberal quer ouvir o presidente do Hospital de Santa Maria com caráter de urgência devido a ameaça de processos a utentes

Na audição, já em outubro de 2024, Carlos Martins reforçou a ideia de que a medida não configurava um ato de censura, mas sublinhou que “casos graves obrigarão a instituição a reagir”. O responsável garantiu também que não estava arrependido de ter emitido o despacho — ao contrário do que foi dito pelo ex-ministro e ex-presidente do Santa Maria Adalberto Campos Fernandes, na Rádio Observador.

Presidente do Santa Maria garante que não foram instaurados processos a utentes mas avisa que casos graves “obrigarão instituição a reagir”

Supertaça feminina vai decorrer no Estoril

A Supertaça feminina de futebol, entre Benfica e Torreense, está marcada para 7 de setembro, às 17h15.

O jogo vai decorrer no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril.

O Benfica é campeão nacional e o Torreense conquistou a Taça de Portugal, precisamente contra as encarnadas.

Apanhados pelo ecrã gigante: empresário trai mulher com funcionária em concerto dos Coldplay

É o assunto do momento nas redes sociais. Andy Byron, o CEO da empresa de software Astronomer, foi apanhado a trair a mulher com a diretora de recursos humanos da empresa num concerto dos Coldplay, em Boston. Os dois, casados e com filhos, apareceram abraçados no ecrã gigante e quando perceberam o que estava a acontecer, separaram-se com um ar muito comprometido. Chris Martin, o vocalista da banda, reparou na estranha atitude e atirou: “Ou estão a ter um caso ou são muito tímidos!” Andy Byron, entretanto, pediu desculpas à mulher num comunicado, frisando que um “momento privado tornou-se público”, sem o seu consentimento. Fala-se em divórcio. (Vídeo Twitter)

Marcelo tem dúvidas e questionou Governo sobre decreto de privatização da TAP

O Presidente da República colocou questões ao Governo sobre o decreto-lei de privatização da TAP. A informação foi avançada pela RTP que acrescenta que Marcelo Rebelo de Sousa tem dúvidas sobre a interpretação de algumas cláusulas do diploma que prevê a venda de 49,9% da companhia.

Entre as dúvidas manifestada pelo Presidente, e que foram entretanto confirmadas pelo Observador, estão eventuais operações sobre o património imobiliário da TAP — as instalações ocupadas no atual aeroporto de Lisboa que o Governo quer excluir da privatização, alterações na estrutura de capital no contexto do concurso e ainda questões relativas à insolvência da ex-TAP SGPS (rebatizada Siavilo) que foi declarada no início desta semana pelo tribunal no decorrer do pedido da própria TAP.

Do lado desta “TAP” má, esvaziada de ativos, ficou a dívida de 178 milhões de euros reclamada pela companhia brasileira Azul e que o próprio Governo reconhece ser uma das contingências que podem afetar o valor das ofertas pela transportadora.

Tribunal declara insolvência da antiga TAP SGPS

Sobre a privatização da TAP, Marcelo Rebelo de Sousa já tinha manifestado a intenção de promulgar o decreto-lei aprovado pelo atual Governo, desde que ultrapassasse as questões que o levaram a vetar o diploma aprovado pelo Executivo de António Costa em 2023.

Segundo o Presidente, o diploma assegura a “prevalência de Portugal e do Estado português, porque é minoritária a parte estrangeira”, ao contrário da privatização de 2023 que previa a venda de até 100% do capital da TAP. Marcelo valorizou ainda o facto de ter sido “previamente informado por Luís Montenegro de todo o plano delineado para a companhia aérea”.

Marcelo Rebelo de Sousa descarta veto presidencial à privatização da TAP se for na linha do anunciado. “Não há razão para não deixar passar”

Apesar de o decreto-lei de privatização ter sido aprovado há quase um mês, só no início desta semana o diploma chegou à Presidência da República remetido pela Presidência do Conselho de Ministros, o que suscitou agora as perguntas enviadas ao Governo.

Questionado pelos jornalistas na semana passada, o ministro das Infraestruturas afirmou não ter informação de que o Presidente tivesse dúvidas sobre o diploma. Em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação da estratégia para os portos realizada na quarta-feira da semana passada, Miguel Pinto Luz admitiu que o caderno de encargos pudesse ser publicado brevemente, eventualmente durante esta semana. A publicação desta fase da operação depende da promulgação do decreto pelo Presidente.

O Observador questionou os ministérios das Finanças e das Infraestruturas para confirmar estas dúvidas do Presidente, bem como a Presidência da República, não tendo sido possível obter mais esclarecimentos.

“O calor é um assassino silencioso”. Afinal, porque é que as ondas de calor estão a piorar?

Alterações climáticas

07 ago, 2025 – 17:31 • Beatriz Pereira

As ondas de calor, que bateram recordes em todo o mundo este ano, com alertas emitidos em várias regiões, provocam todos os anos milhares de mortes, que podiam ser “evitadas”, explicam os especialistas. As alterações climáticas são o principal fator responsável por uma série de eventos climáticos extremos que se tem sentido em todo o mundo. Só o último mês de julho quebrou uma sequência de recordes, tornando-se o terceiro mais quente de que há registo

Governo cria mecanismo permanente de apoio a prejuízos dos incêndios

O Governo vai criar um regime permanente para dar resposta aos prejuízos causados pelos incêndios.

A medida deverá entrar em vigor ainda este verão, anunciou a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, em declarações no final do Conselho de Ministros.

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A governante fez ainda um balanço dos danos dos últimos incêndios, já apurados: “Esses danos já identificados incidem sobretudo sobre bens naturais e agrícolas e, num número residual, sobre casas e fábricas. O Conselho de Ministros decidiu que, diferentemente do que aconteceu em tempos anteriores, em que se tomaram decisões fogo a fogo, se deveria preparar um novo regime estrutural e permanente para apoio aos prejuízos causados pelos grandes incêndios. Deseja-se que este regime entre em vigor ainda este verão”.

Governo quer penas mais pesadas e prevenção

Entre as medidas aprovadas no Conselho de Ministros desta quinta-feira está ainda o reforço da política criminal sobre incêndios e a possibilidade de agravamento das penas.

“Alterar a política criminal dando maior prioridade a uma maior agravamento do quadro sancionatório dos crimes relacionados com a geração de incêndios”, declarou a ministra da Administração Interna.

Para Maria Lúcia Amaral, parece haver “largo consenso quanto ao facto de termos vindo a aprender que o chamado crime de incêndio florestal causa grave dano comunitário e, por isso, deve ter nesta lei de política criminal uma consideração especial, nomeadamente na prioridade que deve ser dada na sua investigação”.

Incêndios. Estado de alerta prolongado até dia 13 de agosto

O Governo decidiu também retomar o Plano de Intervenção para a Floresta 2025-2050, apresentado em março pelo anterior executivo. O objetivo é prevenir incêndios, “valorizar a economia da floresta, clarificar a propriedade e melhorar o modelo de governação do setor”.

“É um plano que foi já discutido preliminarmente em Conselho de Ministros, mas ainda não aprovado, e que será aprovado até ao final do ano, com um investimento médio anual de 246 milhões de euros até 2050”, explicou.

A ministra reafirmou que Portugal ainda não precisa de recorrer à ajuda de Bruxelas no combate aos incêndios das últimas semanas, apesar da disponibilidade manifestada.

“Como ainda não chegamos, felizmente, e contamos não chegar à verificação que já não somos capazes de debelar um problema pelos nossos próprios meios, levamos muito a sério esta condição de última instância no recurso à ajuda externa, à ajuda europeia”, salientou.

Lembrando que a “dimensão de última instância” do pedido de ajuda europeia sempre existiu, Maria Lúcia Amaral defendeu que tal é ainda mais importante numa altura em que “o sul da Europa está em geral a braços com o mesmo problema” de incêndios florestais.

O Governo decidiu, entretanto, prolongar até 13 de agosto o alerta de incêndio que terminava esta quinta-feira.

Governo admite ajustar rota, mas para chegar ao mesmo destino: regular a imigração

O caminho para lá chegar pode ser diferente, mas o Governo não desiste do objectivo de garantir uma “imigração mais regulada”. Depois de o Presidente da República ter enviado para o Tribunal Constitucional o decreto que altera algumas regras da lei que regula a entrada, permanência e afastamento de imigrantes do país, o ministro da Presidência assegurou que, caso os juízes do Palácio Ratton detectem inconformidades, o executivo vai ajustar os diplomas, mas sem alterar a meta: “Ajustaremos a rota, mas o destino mantém-se”, garantiu António Leitão Amaro.

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A capacidade de prevenir a próxima pandemia está a ser prejudicada pelas teorias da COVID

A conclusão baseada em evidências de que a pandemia da COVID terá começado com um vírus que saltou de animais para humanos destaca o risco que enfrentamos cada vez mais. No entanto, a nossa capacidade de impedir ou nos prepararmos para pandemias continua a ser prejudicada. No final de junho, o Grupo Consultivo Científico para as Origens de Novos Patógenos (SAGO), um grupo de especialistas independentes convocado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), publicou uma avaliação das origens da COVID. O relatório concluiu que, embora não saibamos conclusivamente de onde veio o vírus que causou a pandemia, “uma origem zoonótica

Netanyahu diz que Israel tenciona tomar o controlo da Faixa de Gaza

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou, numa entrevista à Fox News, que pretende tomar o controlo da Faixa de Gaza, em vésperas de um encontro de ministros e depois de o chefe do Estado-Maior general das Forças Armadas, Eyal Zamir, ter repetido a sua oposição ao plano, que diz ser perigoso para os reféns ainda no território e para os soldados.

Netanyahu acrescentou que a ideia seria criar um perímetro de segurança e não governar o território palestiniano. Disse que o controlo seria depois passado a uma força árabe credível que pudesse governar o território.

Vários analistas em Israel dizem que interessa a Netanyahu manter a ideia de que pretende ocupar toda a Faixa de Gaza para, por um lado, pressionar o Hamas e, por outro, dar um sinal aos seus parceiros de Governo de extrema-direita, mas que seria arriscado ter um confronto directo que acabasse com o afastamento de Zamir por esta razão.

A oposição á continuação da guerra em Gaza (sem chegar sequer ao plano de ocupação) está a aumentar em Israel: depois de uma acção inédita de antigos chefes militares e de serviços secretos dizerem que Israel já tinha conseguido atingir os objectivos operacionais há um ano e que a guerra se estava a arrastar apenas por razões políticas, pedindo o seu fim, esta quinta-feira foi a vez de peritos legais avisarem que se continuar, a guerra na Faixa de Gaza poderá tornar-se ilegal.

“Pode até ser considerada um acto de agressão, que implica responsabilidade criminal pessoal a altos responsáveis do Estado”, escreveram 16 especialistas numa cara ao Governo, citada pelo diário Haaretz.

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