Ministro defende extinção da FCT: “Não está adaptada aos novos tempos”

A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) “não está adaptada aos novos tempos” e tem mesmo que ser extinta, defende o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre.

Em entrevista esta quinta-feira à SIC Notícias, reconhece que a FCT “prestou um serviço muito importante ao desenvolvimento do sistema científico”, mas tornou-se obsoleta.

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Fernando Alexandre defende que reorganizar a FCT não chega, porque Portugal precisa de “acompanhar as tendências na Europa, de termos mais ligação da investigação à inovação”.

“Este Governo tem vindo a aumentar significativamente o investimento em ciência e nós temos que justificar à sociedade porque é que estamos a colocar mais investimento em ciência”, sublinha o ministro.

No próximo ano, a nova Agência para a Investigação e Inovação, que vai substituir a FCT, vai ter mais 40 milhões de euros para investigação científica em Portugal, diz o governante.

Governo reduz para metade organismos na Educação, Ensino Superior e Ciência

“Devolver à sociedade”

Fernando Alexandre considera que os investigadores devem “devolver à sociedade” o investimento feito pelo Estado.

“Esses 40 milhões podiam ir para outras dimensões da Educação e o Governo decidiu colocar na investigação. A obrigação que a comunidade científica também tem é devolver à sociedade. Respeitamos totalmente a liberdade científica (…), mas nunca nenhum investigador deve esquecer que aquilo que está a fazer é – pode ser mais imediato ou mais no médio/longo prazo – com recursos da sociedade para a sociedade.”

O ministro da Educação, Ciência e Inovação faz o diagnóstico e considera que, uma das diferenças da Europa em relação aos EUA, “é que não conseguimos transformar o conhecimento em inovação, na melhoria do bem estar das pessoas e na transformação da economia como os EUA conseguem fazer”.

Questionado sobre as críticas de falta de diálogo e ao timing do anúncio da reforma do setor da educação e do ensino superior, Fernando Alexandre desdramatiza.

“Não podemos adiar reformas porque as pessoas estão de férias, está calor, depois vem o Natal. Não vamos parar de fazer reformas porque vamos para férias”, diz o ministro, que garante que “as pessoas que sobrarem serão integradas noutros serviços”.

“Uma reforma é uma decisão executiva do governo que não é discutida na praça pública. Nunca nenhum governo fez isso e não funciona. Estamos a fazer uma reforma profunda e é natural que haja polémica, porque é uma reforma que vai mudar o sistema. Quando mudamos o sistema, obviamente, há pessoas – muitas delas porque estavam acomodadas ou viviam ligadas a esse sistema que está ultrapassado – que sentem essa dificuldade de mudança, mas nós temos que mudar e melhorar o país e para isso temos que reformar as instituições”, argumentou o ministro da Educação, Ciência e Inovação.

Trump exige demissão imediata do CEO da Intel por ligações à China

Donald Trump exigiu esta quinta-feira a demissão imediata do CEO da Intel, Lip-Bu Tan, acusando-o de estar “altamente em conflito” devido a ligações a empresas chinesas, numa rara intervenção presidencial na liderança de uma empresa privada.

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Em abril, a agência Reuters revelou que Lip-Bu Tan investiu pelo menos 200 milhões de dólares (cerca de 185 milhões de euros) em centenas de empresas chinesas ligadas à produção avançada e à indústria de chips, incluindo algumas com ligações ao exército chinês.

As declarações de Trump surgem na sequência de um relatório noticioso que revelou que o senador republicano Tom Cotton enviou uma carta ao presidente do conselho de administração da Intel, questionando os laços de Tan com empresas chinesas e um caso criminal recente envolvendo a empresa que fundou, a Cadence Design.

“O CEO da INTEL está altamente EM CONFLITO e deve demitir-se imediatamente. Não há outra solução para este problema”, escreveu Trump na rede social Truth Social.

As ações da Intel encerraram a sessão de quinta-feira a cair 3%, num momento de crescente escrutínio sobre a liderança da empresa.

A tecnológica tem sido uma peça-chave na estratégia dos EUA para relançar a produção doméstica de semicondutores, tendo garantido, no último ano, o maior apoio financeiro ao abrigo do CHIPS Act de 2022: 8 mil milhões de dólares (cerca de 7,4 mil milhões de euros).

João Pereira. “Nada melhor do que nos cruzarmos com o Sporting para começar”

O Casa Pia recebe o Sporting pelas 20h15 desta sexta-feira, no Estádio Municipal de Rio Maior, no primeiro jogo da I Liga 2025/26, que terá arbitragem de Gustavo Correia, da associação do Porto.

O treinador João Pereira prometeu esta quinta-feira um Casa Pia humilde, mas ambicioso, na receção ao Sporting.

“O Sporting é campeão nacional, reflexo de todo o trabalho que foi feito na época passada, mas isso já está no museu, é história. Fizemos uma pré-época estável e nada melhor do que nos cruzarmos com o Sporting para começar, porque isso nos dá a hipótese de nos transcendermos. Nada melhor do que termos já este estímulo”, disse o técnico dos ‘gansos’ em conferência de imprensa de antevisão ao encontro.

João Pereira atribui favoritismo ao Sporting, mas frisa que o Casa Pia quer surpreender já na primeira jornada.

“No futebol não se vive de história e conquistas passadas. Amanhã (sexta-feira) será um jogo de igual para igual. O Sporting é favorito, mas isso não invalida que queiramos ser protagonistas do jogo. Estamos preparados e confiantes para o embate”, disse João Pereira, que não vê qualquer drama na saída de Gyökeres de Alvalade e acredita que Rui Borges “vai arranjar soluções” para a ausência do sueco.

Quanto à dúvida que subsiste sobre que esquema tático vai o Sporting apresentar, o treinador dos casapianos diz não estar focado no que os ‘leões’ vão fazer, mas antes na resposta que o Casa Pia tem de dar.

“Olhamos mais para nós e temos de saber defender linhas de três e de quatro. Saberemos o que temos de fazer, apresente o Sporting o que apresentar. Estamos preparados para todos os cenários”, sublinhou o treinador, que vai iniciar a segunda época na liderança dos lisboetas.

Sobre a época que agora começa, João Pereira adianta que a manutenção é o primeiro objetivo, mas que há ambição para mais depois disso.

“Entramos com a mesma mentalidade da época passada. É uma equipa jovem, queremos potenciar jogadores e vincar a imagem do Casa Pia. No plano desportivo, temos os pés bem assentes na terra: o objetivo principal é a manutenção e, em segundo plano, fazer melhor do que na época passada, que já foi a melhor época de sempre”, concluiu.

O Casa Pia recebe o Sporting pelas 20h15 de sexta-feira, no Estádio Municipal de Rio Maior, no primeiro jogo da I Liga de futebol 2025/26, que terá arbitragem de Gustavo Correia, da associação do Porto.

Incêndio de grandes proporções no sul de França controlado após destruir 16 mil hectares

As autoridades francesas anunciaram esta quinta-feira que o incêndio florestal que deflagrou na terça-feira no sul do país está finalmente contido.

O fogo destruiu cerca de 16.000 hectares de floresta e povoações na região de Aude, perto da fronteira com Espanha e do mar Mediterrâneo.

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No terreno permanecem centenas de bombeiros para assegurar o rescaldo e evitar reacendimentos. Apesar do controlo das chamas, as autoridades mantêm a interdição de regresso às habitações para os residentes evacuados, devido aos riscos associados a estruturas danificadas e cabos elétricos caídos.

Este é o maior incêndio registado em França desde 1949. Provocou a morte de uma mulher que desrespeitou ordens de evacuação e causou 18 feridos, entre os quais 16 bombeiros. Foram ainda destruídas 36 casas e outras 20 ficaram danificadas. Cerca de 2.000 pessoas, entre residentes e turistas, tiveram de abandonar a zona.

Durante o pico da emergência, mais de 5.000 casas ficaram sem eletricidade. Na noite de quinta-feira, cerca de 1.500 permaneciam ainda sem fornecimento de energia.

Pepsi podia ter roubado a receita secreta da Coca-Cola, mas não quis. Escândalo deu prisão

Uma história de “cessar-fogo” na guerra das colas. Plano milionário de gangue perdeu o gás todo quando a Pepsi chamou o FBI. A história tem segredo, intriga, espionagem, conspiração, crime, prisão e, claro, as gigantes envolvidas na permanente guerra das colas, Coca-Cola e Pepsi. Há 19 anos atrás, a fabricante da lata azul teve a oportunidade de, a troco de 1,5 milhões de dólares, ter acesso à famosa receita secreta da adversária da lata vermelha. Joya Williams, secretária da Coca-Cola em Atlanta, nos EUA, abordou a Pepsi com uma mala Armani cheia de documentos oficiais onde estaria a fórmula secreta

Mulheres pedem inclusão na Romaria d” Agonia para preservar “alma e verdade”

O movimento Somos Todas Mordomia pediu esta quinta-feira que o Desfile da Mordomia da Romaria d”Agonia inclua as mulheres da terra que sempre participaram na iniciativa, porque sem elas “a tradição perde alma, raízes e verdade”.

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Em comunicado, o grupo apela “à inclusão, já em 2025, das mulheres vianenses que, com orgulho e autenticidade, desejam continuar a representar a sua terra”, depois de as mil vagas abertas para o desfile terem esgotado em apenas dois dos 15 dias estabelecidos pela organização.

“A Romaria d”Agonia não é um espetáculo de vaidades nem um palco de influências. É, acima de tudo, um ato de pertença, memória e continuidade cultural”, defendem.

O movimento tem como propósito “a união das mulheres vianenses, inscritas e não inscritas, na luta pelo seu direito a participar no desfile da mordomia, garantindo que se mantém a tradição por mulheres que fazem e são a tradição vianense”, explicam.

“Muitas das mulheres agora excluídas têm desfilado durante décadas, investindo em trajes, ouro e legado. São famílias inteiras que, silenciosamente, contribuem há gerações para manter viva a alma da romaria”, descrevem. .

Ãssim, pretendem “salvaguardar a participação das mulheres que são o rosto da festa e as descendentes de quem começou esta tradição, nas diferentes freguesias do concelho de Viana do Castelo”. .

“Não pode haver Desfile da Mordomia sem a verdadeira chieira vianense, que só a nós pertence”, asseguram. .

O Somos Todas Mordomia propõe também que “o processo de inscrição passe, numa fase inicial, a privilegiar as mulheres naturais e/ou residentes em Viana do Castelo” e que “apenas numa fase posterior sejam abertas as vagas remanescentes a participantes de outras regiões”. .

O movimento manifesta “profundo pesar em verificar que a organização se preocupa em internacionalizar a tradição, como se se tratasse de um desfile carnavalesco, ao invés de preservar a cultura impregnada em cada traje e cada peça de ouro das mulheres vianenses”. .

“O nosso movimento é composto por mulheres diversas, algumas que conseguiram inscrever-se e outras que não tiveram essa oportunidade. Estamos unidas por um propósito comum: a defesa do nosso lugar numa tradição que nos pertence”, afirmam.

O Somos Todas Mordomia recorda que as inscrições “abriram à meia-noite do dia 16 de junho, com um limite de mil vagas”.

“Para surpresa geral, esgotaram-se em pouco mais de 48 horas. Muitas vianenses tentaram inscrever-se no dia 18, terceiro dia do processo (que deveria estender-se até 30 de junho), e depararam-se com o encerramento antecipado das inscrições. A comunicação oficial das inscrições encerradas surgiu apenas às 21:00 desse mesmo dia, gerando frustração e indignação entre quem, de boa fé, contava ainda poder participar”, relatam.

Por outro lado, “no dia 16 de julho, pelas 20:00, foram abertas 32 vagas adicionais”, permanecendo “por esclarecer como foram preenchidas, sendo que algumas mulheres conseguiram efetuar a inscrição, outras relataram falhas técnicas no sistema, sem qualquer resposta ou compensação por parte da organização”. .

O grupo lembra que foram as vianenses “que asseguraram que a tradição vianense se perpetuasse até ao presente, com a participação num desfile que outrora não era tão apetecível e cuja participação foi mendigada pela organização durante muitos anos”.

“São as mesmas mulheres que agora exigem reconhecimento e respeito, pois participaram todos os anos de forma fiel, quando a organização pedia a participação para fazer número, e agora são descartadas porque os “números” que a organização almejava já se encontravam atingidos, não se preocupando essa mesma organização com quem teria preenchido tais vagas”, dizem. .

A Lusa tentou obter esclarecimentos junto da VianaFestas, que organiza a Romaria d”Agonia, tendo sido divulgada a realização de uma conferência de imprensa na sexta-feira.

A longa luta pela custódia e o padrasto condenado por abusos. Como estão os irmãos-milagre que sobreviveram na selva em 2023?

Já passaram dois anos desde que os quatro irmãos-milagre foram resgatados com vida da Amazónia colombiana, mas a sua história continua a ser notícia. As crianças, que na altura tinham 13, 9, 4 e 1 anos, passaram 40 dias na selva sozinhos depois de sobreviver à queda da avioneta onde seguiam. A mãe, que tinha a guarda dos quatro, morreu no acidente tal como um amigo e o piloto do aparelho e foi a partir da disputa da custódia das crianças que o pior se descobriu: Manuel Ranoque, o pai das duas crianças mais novas e padrasto das outras duas, abusava sexualmente de Lesly, a mais velha de todos.

Em agosto de 2023, as autoridades colombianas acusaram Ranoque de abuso sexual da enteada, descobrindo que os abusos terão começado quando a criança tinha apenas dez anos. No início desta semana, a justiça colombiana condenou o homem a uma pena de 32 anos de prisão, noticiou o El País.

Em maio e junho de 2023, durante cinco semanas de buscas intensivas — com a Colômbia em suspenso por não se saber se os meninos estavam vivos ou não — o pai e padrasto das crianças demonstrou grande preocupação e referiu-se a todos os menores como seus, mesmo sendo apenas o pai biológico dos mais novos.

Desnutridas e enroladas em cobertores térmicos. Como foram encontrados os irmãos-milagre da Colômbia

Tudo mudou de forma radical após o resgate. Poucos dias depois, já na Colômbia, o Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar (ICBF) decidiu removê-lo da lista de visitas, não permitindo que ele visse as crianças no Hospital Militar de Bogotá, onde eram tratadas por terem sido encontradas com sinais de subnutrição e exposição aos fatores naturais. Foi o Estado a assumir a custódia temporária enquanto eram esclarecidas as acusações contra o homem.

Os avós maternos, Narciso Mucutuy e María Fátima Valencia, alegaram que Ranoque não só batia na sua filha, a mãe das crianças, como também era violento com todas as crianças e, pior do que tudo isto, abusava sexualmente de Lesly, a irmã mais velha — que foi também quem conseguiu garantir que os irmãos, pertencentes à comunidade indígena de Uitoto,  sobreviviam na selva, recolhendo frutos e água potável para todos.

Estes avós maternos lutaram pela guarda dos netos, mas foram descartados pelos serviços sociais colombianos devido à sua idade avançada. Também o pai das duas meninas mais velhas entrou na luta judicial para ficar com a guarda das quatro crianças. Concluiu-se que não estava apto e, de acordo com o El Mundo, os meninos foram entregues à  tia materna, Elda Mucutuy Valencia, dona de casa e mãe de quatro filhos.

Segundo fontes próximas ao caso, ouvidas pelo El Mundo, em reportagem em Bogotá, a única pessoa a garantir o sustento do local onde vivem agora oito crianças é o marido de Elda, que não ganha o suficiente para conseguir responder às necessidades básicas de todos eles. Mesmo assim, esta foi considerada a colocação familiar mais adequada para os irmãos, que se mantém juntos.

A disputa entre o lado materno e paterno (das duas meninas mais velhas) foi acesa durante meses a fio, com acusações de que, antes de morrer, a mãe “praticamente sequestrou as meninas”, sem que ao pai das duas crianças mais velhas fosse permitido o contacto com as filhas biológicas.

Santa Clara em clara vantagem na Liga Conferência

O Santa Clara derrotou o Larne, fora de casa, por 3-0, na primeira mão da pré-eliminatória da Liga Conferência.

Os açorianos dominaram a partida na Irlanda do Norte e marcaram todos os golos na primeira parte.

Em destaque esteve Gabriel Silva, que bisou. O outro tento foi apontado por Wendell.

A equipa portuguesa consegue assim uma boa vantagem na eliminatória e vai agora receber os norte-irlandeses em São Miguel a 14 de agosto para garantir lugar no playoff.

Buscas por pescador submarino desaparecido em Aljezur suspensas sem resultados

As autoridades marítimas deram esta quinta-feira por concluídas, sem resultados, as buscas por um pescador submarino dado como desaparecido na quarta-feira, na ponta da Atalaia, no concelho de Aljezur, disse o capitão do porto de Lagos.

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O homem foi dado como desaparecido por dois amigos que o acompanhavam, com os quais não se reuniu em terra à hora combinada, e hoje as autoridades colocaram no terreno um dispositivo que efetuou buscas submarinas, e por terra e ar, com apoio de um drone, mas não foi possível encontrar o praticante de pesca submarina, disse à agência Lusa Hugo da Guia, capitão do porto de Lagos.

O capitão do porto indicou que as buscas incindiram na zona onde foi encontrada a boia de sinalização do mergulho do pescador desaparecido e numa área situada até 1.000 metros para sul dessa localização.

“Foram realizadas buscas subaquáticas, com um drone e com pessoal por terra apeado, assim como com uma embarcação”, destacou o capitão do porto algarvio.

Participaram nos trabalhos uma embarcação com dois tripulantes, da Estação Salva-vidas de Sagres, cinco elementos da Unidade de Intervenção em Salvamento Aquático (UNISA) dos Bombeiros do Algarve, três agentes da Polícia Marítima e três elementos dos Bombeiros Voluntários de Aljezur, precisou.

Hugo da Guia informou que os trabalhos contaram ainda com a “um elemento com formação em apneia e com conhecimento da zona, que também participou nas buscas”.

Na sexta-feira de manhã, as autoridades vão “retomar as buscas subaquáticas, com o apoio de uma embarcação”, e utilizar um drone para, “principalmente na altura da baixa-mar, pelas 09:00, bater a linha de costa” e detetar um “eventual arrojamento”, antecipou.

É um cenário que “não é expectável”, mas “não se pode eliminar”, justificou Hugo da Guia, que espera uma meteorologia “mais favorável” para sexta-feira, em comparação com as condições verificadas durante as buscas de hoje.

Coimbra. Concessionário vai avançar este ano com obras na Piscina de Celas

O concessionário que venceu o concurso para a construção do Centro Desportivo Integrado de Celas, em Coimbra, prevê avançar com as obras entre setembro e novembro, quer na antiga piscina, quer no Campo da Arregaça, a contrapartida do concurso.

“Estamos a reunir as informações necessárias e prevemos avançar, entre setembro e novembro, com as empreitadas dos dois projetos”, disse à agência Lusa a diretora executiva da Bom Pulso, empresa que detém os ginásios Phive (dois situados em Coimbra), que venceu em 2020 o concurso para a construção e exploração do Centro Desportivo Integrado de Celas, que inclui a antiga piscina municipal.

A Piscina Municipal de Celas está fechada desde janeiro de 2019, tendo o anterior executivo, liderado pelo PS, optado por avançar em 2020 com um concurso para reabilitação e exploração daquela piscina, integrada num centro que aproveita um terreno municipal contíguo à infraestrutura já existente.

O concurso, que mereceu a contestação da oposição (que agora lidera o executivo), prevê como contrapartida pela concessão por 40 anos que a empresa assegure a reabilitação dos equipamentos de apoio do Campo da Arregaça, usado pelo clube União de Coimbra.

Segundo Alexandra Góis, as licenças de construção foram emitidas no início do ano, mas a empresa não avançou logo com a empreitada por discordar do pagamento de taxas de construção para os dois projetos, que totalizam cerca de 300 mil euros.

“Não faz sentido existir taxa de construção, porque continuam a ser espaços do domínio público”, disse, referindo que a Bom Pulso contestou a aplicação das taxas, que já mereceu resposta por parte do município, sendo uma questão que terá de ser resolvida em tribunal. Face a esse diferendo, a empresa irá “fazer uma garantia desse valor e avançar com os projetos”, explicou. Com um prazo de execução de 18 meses, espera-se que o Centro Desportivo Integrado de Celas e as obras de requalificação do Campo da Arregaça estejam prontas no início de 2027, acrescentou.

Na última reunião do executivo, liderado pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/NC/PPM/V/R/A), a vereadora com o pelouro do urbanismo, Ana Bastos, disse que os projetos estavam “devidamente licenciados há mais de seis meses”, referindo que a obra só não avança por vontade do concessionário, dando nota de que ainda não teriam sido pagas as taxas urbanísticas.

Em 2024, Alexandra Góis dizia que esperava avançar com as obras ainda naquele ano, afirmando, na altura, que o futuro centro de Celas seria um espaço com “uma área de ginásio de mil metros quadrados, uma piscina de 25 metros — a que será reabilitada —, uma piscina exterior, campos de padel, parede de escalada, salas para aulas de grupo, fisioterapia, uma clínica e área de spa”.

De acordo com as declarações da altura, a empresa previa manter o ginásio que já detém na zona de Celas quando o Centro Desportivo estiver operacional, admitindo que, com a nova instalação, poderá mudar “o posicionamento” da unidade atual.

Em 2023, a questão das taxas urbanísticas também foi criticada noutro projeto definido pelo anterior executivo de concessão a privados de terrenos públicos municipais, naquele caso para um centro de ginástica e ginásio, na zona do Vale das Flores.

Em 2023, a vereadora do PS Regina Bento defendeu a isenção de taxas urbanísticas para aquele projeto, mas um parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) dava razão ao município, que mantinha a decisão de pagamento das taxas associadas à operação.